Coloque em prática
Veja o que passou por aqui em 2022 no pilar Corpo e como aplicar essas dicas em 2023!
2 de Janeiro de 2023
Os anos passam, muita coisa muda, mas há uma delas que permanece com nós, onde quer que a gente vá: o nosso corpo! Ele, que é nossa morada, nosso veículo e que, portanto, deve receber toda a atenção possível. Para isso, produzimos vários conteúdos sobre o assunto, pelas mais variadas frentes, e separamos aqui tudo que rolou no último ano para que te sirva de meta nesse novo ciclo que se inicia!
Metas
1- Desmistifique conceitos! Há vários deles que podem parecer complexos e buscamos justamente desmistificá-los por aqui. São eles: o que é o tratamento de canabidiol, o que é a endometriose, o que é o câncer de próstata e também o câncer de mama, o que é o vitiligo e o que é a depressão pós-parto.
2- Busque caminhos possíveis. Por aqui, demos alguns “como”. São eles: como manter um hábito mesmo sem se sentir motivado ou como manter esse mesmo hábito em uma rotina acelerada, como combater uma má noite de sono, como o álcool age no corpo, como manter uma boa saúde da coluna e como fazer o uso de vitaminas de forma segura. Por fim, separamos alguns aplicativos para te ajudar nessa jornada de caminhos possíveis!
3- Inspire-se! Para isso, é preciso abraçar a trajetória de outras pessoas que podem ser bem diferentes de você, como a história de 10 atletas negros que chegaram longe, o foco e a resiliência da preparação física de um jogador de futebol, os mitos e verdades sobre as pessoas trans, além dos mitos e verdades sobre as pessoas surdas e até mulheres que escolheram engravidar mais velhas.
4- Mergulhe no entendimento dos alimentos. E para isso, é preciso começar entendendo porque as dietas restritivas raramente funcionam e também entendendo que o nosso metabolismo muda ao longo da vida. Abrace os alimentos em toda sua potência, afinal, alguns deles fazem realmente bem para o cérebro e outros, como o chocolate que é sempre tão criticado, têm também o seu calor!
5- Lembre-se que as suas emoções afetam diretamente o seu corpo! É o caso da sua pele, por exemplo, que sintomatiza tudo que foi sentido. A TPM, motivo de piadas infinitas, na verdade pode se tornar clínica e trazer sintomas físicos bem desagradáveis juntos. E isso vale para os homens, que têm o costume de negligenciar a sua saúde.
Agora é só aplicar esses conceitos - ou pelo menos alguns deles! - na sua rotina. Feliz 2023!
Coloque em prática
Além de divertido, dançar faz bem para a saúde mental e pode ser a opção de exercício físico que buscava.
16 de Novembro de 2020
Dançar é, provavelmente, uma das práticas mais completas de todas. Ela contempla, de forma lúdica, a saúde física e também a mental. Como nos contou Mariana Ferrão , nossa personagem da primeira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir , a dança possibilitou que ela se reconectasse até mesmo com a sua feminilidade, e descobrisse novas possibilidades com seu corpo.
Mas isso vem sendo falado mais recentemente. Segundo artigo publicado no periódico da americana Harvard , foi em 2008, em um artigo publicado na revista Scientific American por neurologistas da Universidade de Columbia, que a investigação começou. Isso porque a dança, além de tudo, requer uma complexa coordenação mental.
Nas palavras dos cientistas, “sincronizar música e movimento - dança, essencialmente - constitui um ‘jogo duplo do prazer’.” Além disso, a música é a responsável por estimular determinadas áreas do cérebro ligados ao processo de recompensa - por isso a musicoterapia pode ser tão efetiva em determinados tratamentos, como explicamos nesta matéria .
A dança, por sua vez, ativa circuitos sensoriais e motores bastante expressivos do nosso corpo de maneira física e também mental. Um outro estudo, coordenado por pesquisadores da Albert Einstein College of Medicine , investigou o efeito das atividades de lazer sobre a saúde do cérebro, sobretudo no risco de demência em idosos.
Ainda segundo o artigo, “os pesquisadores analisaram os efeitos de 11 tipos diferentes de atividade física, incluindo ciclismo, golfe, natação e tênis, mas descobriram que apenas uma das atividades estudadas - dança - reduziu o risco de demência dos participantes”.
Isso acontece porque “a dança envolve tanto um esforço mental quanto uma interação social”, o que acaba estimulando o cérebro de forma multidisciplinar. Outros estudos da mesma maneira ainda demonstram que determinados estilos musicais, como a Zumba, ainda ajudam a reduzir os níveis de estresse, aumento dos níveis de serotonina, melhora no reconhecimento espacial e na qualidade do sono.
Em recente matéria aqui no portal, o Plenae falou sobre os diferentes benefícios de cada exercício físico - sobretudo na terceira idade. Para isso, conversamos com alguns especialistas, dentre eles, a educadora física Roberta Marques. Ela, que foi a idealizadora do Divas Dance, uma escola focada no público maduro com aulas de dança de todos os estilos.
Para Roberta, os benefícios podem ser divididos em físicos, emocionais e mentais. Praticar regularmente algum tipo de atividade física faz com que esse idoso, por exemplo, perca sua massa muscular de forma mais lenta, melhore seu condicionamento cardiorrespiratório e sua coordenação motora.
Sua postura e seu equilíbrio também são afetados de forma positiva, decorrentes de uma maior consciência corporal e reflexo, o que diminui a incidência de quedas ou a sua gravidade. Há até mesmo uma baixa da glicose no sangue, inclusive por quebrar a gordura do sangue, portanto há uma diminuição na incidência de diabetes.
Por fim, entramos na saúde mental. “Tem a questão da escolha, da autoestima, quando essa aluna se vê independente, se sente capaz de fazer suas próprias escolhas da vida sem interferir na dos filhos e noras, por exemplo” explica Roberta. Com a descarga hormonal que o praticante experimenta, há uma movimentação em todas as suas emoções, afastando risco de depressão ou doenças psicossomáticas.
Há ainda o fator relações, mencionado pelos cientistas que comandaram as pesquisas citadas acima, e também por Roberta. “A pessoa idosa muitas vezes deixa de ter grupos para se relacionar. Os exercícios em equipe proporcionam esse novo ambiente de pessoas com condição física semelhantes, realidades iguais, onde ela acaba tendo acesso a oportunidades de se divertir e conviver com esse grupo que não são só sua família, mas foram escolhidos ativamente por ela”.
Isso tudo acaba por auxiliar na disposição final do praticante e até da qualidade do seu sono. “Tenho centenas de depoimentos das minhas alunas do quanto a vida delas mudou desde que elas se dispuseram a dançar. Acreditamos que o físico é o ponto de partida para uma mudança geral na vida, em todos os aspectos, e os feedbacks passam até pela mudança na relação com a família, que relatam perceber a alegria e independência delas” diz.
Há algumas etapas importantes que uma praticante mais velha deve se proteger. Até mesmo nos detalhes, como por exemplo, propor coreografias sem a necessidade de um parceiro para que isso estimule ainda mais a independência e não exclua aquelas que vão sozinhas - como faz a escola Divas Dance.
Existem também os cuidados mais voltados para o físico. “O maior deles é saber se existe alguma lesão, limitação, porque o exercício é muito bem indicado para esse público, quase como um remédio, mas pode ser necessária algumas adaptações. É preciso fazer uma anamnese logo no começo, mas num geral já é um público que se conhece bem, conhecem suas dores específicas, se cuidam muito e estão sempre fazendo exame” diz Roberta.
O público mais velho também costuma ter mais medo e tendência à quedas. Portanto, é preciso estar atento ao solo desse local, oferecer antiderrapantes e barras para caso precise se segurar, além de evitar que o piso tenha desníveis ou uso de calçados inadequados.
A hidratação deve ser ponto constante de alerta, pois a desidratação é muito comum e rápida na maturidade. Até mesmo o nível do ar condicionado, geralmente mais gelado em academias, deve ser controlado para evitar ressecamentos ou síndromes gripais.
Por fim, estar atento às questões emocionais daquele aluno, que só tende a melhorar com a prática da dança, mas que podem ser maiores em determinados dias. “A evolução precisa ser gradual e constante, mas lenta - levando ele pra uma condição cada vez maior, fazendo com que ele tome consciência disso. E que ele se divirta, pois é o principal intuito da dança, faz bem até para a alma” conclui.
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