A ideia é criar uma nova camada de realidade por meio de tecnologias imersivas, onde haja uma integração total entre o plano físico e virtual em todas as esferas da “vida real” das pessoas. Ora você poderá estar imerso em algum mundo por meio de seu avatar, trabalhando em um escritório localizado no metaverso, comprando roupas, socializando com seus amigos em sua casa virtual, assistindo um show ou praticando alguma atividade física; ora você poderá estar no plano físico recebendo informações virtuais de todo tipo, interagindo com objetos e pessoas projetadas em sua frente como um holograma ou encontrando uma chave perdida através da inteligência artificial.
Para entender melhor do que estamos falando, é preciso compreender as diferentes realidades por onde iremos transitar:
Realidade virtual: um ambiente tridimensional construído por meio de softwares em que a pessoa se insere em uma realidade paralela, totalmente independente do mundo real, através de um avatar e utilizando acessórios como óculos RV e sensores de movimento.
Realidade Aumentada: aqui se trata de inserir elementos ou informações virtuais no mundo real. Você se lembra do Pokémon Go? Este foi um dos primeiros jogos de RA lançados em 2016 e que tornou famosa esse modelo de tecnologia. Hoje, ela tem sido usada especialmente pelo celular e muitas empresas já usam o recurso, como a TryOn da L'Oreal, em que é possível testar diversos produtos antes de comprar, ou a Ikea Place, em que você pode visualizar um móvel na sua casa e saber se aquela estante cabe na sua sala.
Realidade Mista: também conhecida como realidade híbrida, é a união da RV e da RA, onde as pessoas poderão interagir com objetos virtuais alocados no espaço físico, como se fizessem parte do mundo real. Esta tecnologia é a mais jovem na família das tecnologias imersivas, mas algumas gigantes já estão se posicionando no mercado, como a Microsoft com sua versão de headset RM Hololens.
Além de compreender as diferentes realidades que constituem o metaverso, precisamos conhecer as diferentes camadas tecnológicas que darão suporte a toda essa nova experiência. Afinal, o metaverso não é um tipo específico de tecnologia ou um lugar, é mais sobre o entorno que irá conectá-lo às diferentes camadas, hoje fragmentadas.
Fonte: https://mittechreview.com.br/camadas-do-metaverso/
São todas as coisas que nós iremos de fato fazer no metaverso: jogar, socializar, ir a shows ao vivo, fazer reuniões, compras, etc.
É como as pessoas descobrem que uma experiência existe. Seja a partir do marketing, seja a partir do compartilhamento das experiências nas redes. Segundo o especialista em tecnologias disruptivas, Jon Radoff, em seu site building the metaverse (“construindo o metaverso”, em tradução livre), muitas destas descobertas acontecerão por meio de recursos de presença em tempo-real (algo como o google docs, por exemplo). Isso significa que, ao invés de focar a atenção no que as pessoas gostam, iremos buscar saber o que elas estão fazendo em tempo real, algo possível no metaverso.
É tudo o que facilita para que as pessoas possam criar e monetizar coisas para o metaverso, ou seja, ferramentas de design, sistemas de animação, ferramentas gráficas, tecnologias de monetização como as NFT, etc.
Se refere aos softwares que transformam objetos 3D em hologramas e nos permite interagir com eles no plano físico e no plano virtual ao mesmo tempo. Inclui tecnologias 3D, tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada, sensores de movimento, mapeamento espacial e inteligência artificial.
Hoje a internet está na mão de grandes servidores, o que Shermin Voshmgir, pesquisadora e autora do livro “Token Economy” (ainda sem tradução para o português), em seu Ted Talk sobre a Web 3.0, chama de “Data Monarchy” (monarquia dos dados). A evolução da internet contempla a democratização e descentralização dos dados e transações através das blockchain. Ainda, o edge computing (computação de borda) irá otimizar o uso de dispositivos eletrônicos, processando e armazenando dados de forma local.
Se refere ao hardware necessário para acessar o metaverso, desde celulares até headsets de RV/RA/RM, passando por fones de ouvido e óculos inteligentes, assim como tecnologias que ampliam experiências sensoriais.
São os semicondutores, os materiais, a computação em nuvem, a rede de telecomunicações, ou seja, toda a tecnologia que torna possível a construção das outras camadas. A evolução do 5G dará início a todo esse processo, diminuindo a latência da internet, processando dados com mais velocidade e aumentando a capacidade de armazenamento - algo essencial na construção de um mundo em que as fronteiras entre o mundo físico e digital quase desaparecem.
O maior desafio para a construção do metaverso reside não só no avanço das tecnologias imersivas e da entrega da internet, mas na interoperabilidade entre todos os mundos compartilhados. Isso significa, por exemplo, que ao comprar uma roupa na Decentraland, você poderá usá-la em uma festa na Horizon Worlds, ou em um escritório localizado na Omniverse. |
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