O que mora no folclore

A imaginação coletiva anuncia: está chegando mais uma história para contar.

23 de Agosto de 2024


A imaginação coletiva anuncia: está chegando mais uma história para contar. Caipora, curupira, cuca, lobisomem - não importa o protagonista, mas sim, o que ele pode nos causar. A imaginação sendo fertilizada como os solos desse país que insiste justamente nessa fertilidade em tudo que toca, seja um plantio ou um simples conto.  

Boitatá, Sereia Iara, Boto cor de rosa, Vitória Régia e Chico Rei: é possível passar uma noite inteira só desvendado os mistérios por trás de linhas aparentemente inofensivas, mas que guardam dentro de si a sabedoria e a beleza de uma pátria inteira.  

O folclore é tão nosso quanto nossos mares e nossas árvores. É um patrimônio tão fundamental quanto nossos tantos edifícios históricos. São oralidades passadas ao longo dos séculos que veem, em suas ligeiras mudanças de narrativas de uma geração para a outra, as mudanças refletidas daquela sociedade, naquele presente momento.  

Essa flexibilidade abarca as alterações urgentes que as novas décadas exigem. É preciso cortar tudo aquilo que já pode ter fortalecido velhos preconceitos. Revisitar a história do Saci pererê, do negrinho do pastoreiro, dos escravos de jó, do boi da cara preta e qual mais for necessária. Não há o que temer, engrandecemos quando abraçamos o diferente e deixamos no passado o que deveria mesmo ter ficado lá.  

Garantiremos a existência de tudo que veio antes e tudo que virá depois enquanto contarmos e perpetuarmos histórias. É nesse ato que se guarda um bem muito precioso e invisível a olho nu, aquilo que não se pode tocar e nem mesmo definir ao certo, mas indissociável de quem somos ou quem pretendemos ser, que a nossa tradição. Viva o Dia do Folclore, viva a cultura brasileira, a diversidade e o poder de transformar tanta bagagem em uma linda e colorida viagem lúdica!

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Para Inspirar

Tipo de personalidade afeta a longevidade

Estudo com idosos italianos sugere que traços de personalidade, como positividade e teimosia, ajudam as pessoas a viver mais tempo

2 de Setembro de 2019


Ser teimoso e otimista são traços de personalidade que favorecem a longevidade com boa saúde mental e física. Segundo um estudo, pessoas com essas características tendem a fazer mais exercícios e cuidar bem da alimentação. Pesquisadores das universidades Sapienza, na Itália, e da Califórnia, nos Estados Unidos, chegaram a essa conclusão ao estudar moradores de nove povoados italianos. “Os principais temas que emergiram da pesquisa foram positividade, ética de trabalho, teimosia e um forte vínculo com a família, religião e a terra”, disse o psiquiatra Dilip Jeste, coautor do estudo. A pesquisa. Publicado na revista International Psychogeriatrics , o artigo comparou a saúde de 29 pessoas, de 90 a 101 anos, com a dos familiares, que tinham de 51 e 75 anos. Os cientistas descobriram que os descendentes estavam em melhor estado de saúde física, enquanto os genitores desfrutavam de boa saúde mental. No caso dos mais velhos, os benefícios estavam ligados a traços de personalidade, como teimosia e positividade. Os dados foram coletados usando avaliações mensuráveis ​​para a saúde mental e física, incluindo estados de humor. A positividade foi notada em declarações como “Estou sempre pensando no melhor” e “Há sempre uma solução na vida”. Além disso, os pesquisadores perguntaram sobre histórias pessoais, eventos e traumas de cada um dos idosos. O mesmo método foi usado para investigar os mais jovens, que ainda tiveram que descrever a personalidade dos parentes mais velhos. Teimosia e controle. A equipe acredita que a teimosia e o jeito controlador ajudem as pessoas a permanecerem fiéis às próprias crenças, porque acabam se importando menos com o julgamento dos outros. “A tendência de controle sugere uma notável força que é equilibrada pela necessidade de se adaptar às circunstâncias”, disse outra coautora do estudo, Anna Scelzo. Otimismo e saúde. Se você não tem uma perspectiva otimista da vida, há sempre o caminho da alimentação saudável e da prática de exercícios. “Sair para correr pode ser sua melhor defesa contra uma morte prematura”, afirmou o pesquisador Luigi Ferrucci. “Se tivesse de classificar os comportamentos em termos de prioridade, eu diria que o exercício é a coisa mais importante para a vida longa e saudável”, disse Ferrucci. Fonte: Melissa Matthews, para Newsweek Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo original aqui .

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