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Prática religiosa melhora a saúde

A prática religiosa diminuiu em 55% a probabilidade de morrer quando comparada aos não frequentadores. Os voluntários foram acompanhados por 18 anos pelos pesquisadores.

5 de Setembro de 2018


Vários estudos apontam para a relação entre prática religiosa e vida mais longa. Um dos mais abrangentes, publicado pelo jornal mensal da Associação Médica Americana – JAMA Internal Medicine , em 2016 – comparou mulheres que se dedicavam à vida religiosa a seus pares que não faziam o mesmo.

Elas apresentaram 33% menor de chance de morrer que os maridos ao longo dos 16 anos do estudo. Um ano depois, outra pesquisa publicada na revista científica de livre acesso na internet, a PLOS One , descobriu que a ida regular a locais como igrejas ou templos reduzia o estresse. A prática religiosa diminuiu em 55% a probabilidade de morrer quando comparada aos não frequentadores. Os voluntários foram acompanhados por 18 anos pelos pesquisadores.

Vida em congregação

O simples ato de se congregar com uma comunidade de mentalidade semelhante pode merecer grande parte do crédito. Um dos autores do estudo publicado no JAMA e professor de epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, EUA, Tyler VanderWeele afirma: “a prática religiosa oferece rede de apoio social, atitude otimista, melhor autocontrole e propósito na vida. Todos esses fatores explicam os benefícios.”

“Na verdade, são também os valores que se baseiam na tradição religiosa – respeito, compaixão, gratidão, caridade, humildade, harmonia, meditação e preservação da saúde – que parecem promover a longevidade, e não o dogma pregado no altar”, diz Howard Friedman, professor de psicologia da Universidade da Califórnia e coautor do livro O Projeto da Longevidade, lançado no Brasil, pela Editora Prumo (R$ 37,90).

Fomentar essas qualidades pode até afetar as taxas de doenças crônicas, diz Marino Bruce, coautor do estudo da PLOS One e professor associado de pesquisa em medicina, saúde e sociedade na Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. “Ter a sensação de não estar no mundo sozinho e de fazer parte de uma força maior podem dar mais confiança para lidar com as questões da vida”, diz Bruce. “Se isso reduzir o estresse, significa menos probabilidades de ter pressão arterial alta, diabetes ou complicações que fragilizam a vida”.

O poder da oração individual

Os pesquisadores têm dificuldade de afirmar se a oração solitária, longe de uma comunidade religiosa, – ou mesmo um sentido mais abstrato de espiritualidade – oferece os mesmos benefícios. Alguns estudos afirmam que a oração pode melhorar, sim, a saúde e prolongar a sobrevivência. Há estudos que confundem, como o publicado em 2006 no Jornal Americano de Cardiologia.

Ele revela que pessoas cientes de que estavam recebendo orações antes de passarem por cirurgia cardíaca eram mais propensas a sofrer complicações do que pessoas que não sabiam se estavam nas orações dos outros. Uma coisa, no entanto, é certa: a prática desencadeia estado de relaxamento da mente e do corpo e é capaz de diminuir o estresse, a frequência cardíaca e a pressão arterial.

Também, alivia os sintomas de doença crônica e chega mesmo a mudar a expressão gênica, ou seja, a produção de proteínas. Esse estado geralmente está ligado a atividades como meditação e yoga, e a pesquisa sugere que também pode ser obtido por meio da oração. “Dadas a incerteza e as evidências acumuladas que apoiam a participação religiosa em grupos”, diz VanderWeele, “os praticantes solitários deviam considerar congregar de vez em quando.”

Leia o artigo completo aqui.

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5 benefícios do contato com a natureza para sua saúde

Além de relaxante, mexer e estar em contato com a terra pode trazer benefícios para todo o corpo e seu funcionamento.

4 de Junho de 2020


Amanhã, dia 5 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, definido pela Assembleia Geral das Nações Unidas durante a importante Conferência de Estocolmo, em 1972. De lá para cá, o debate acerca da preservação da natureza ganhou proporções legais e até mesmo corporativas.

Não há empresa que não tenha que prestar contas a respeito de sua responsabilidade social e ambiental nos dias de hoje. É importantíssimo olhar para o meio ambiente sob a ótica macro, pensando em planeta e seus caminhos futuros. Mas, mais do que isso, é interessante começar dentro do seu próprio ecossistema, ainda que ele seja o seu quintal.

Como já publicamos uma vez, a jardinagem pode trazer uma série de benefícios para cada um de seus pilares Plenae - até mesmo para o seu bolso. Iniciar sua própria horta pode ser, inclusive, esse primeiro passo rumo à uma maior consciência ambiental. Mas, pode ser que você não seja o tipo de pessoa que tenha disciplina ou prazer em cultivar plantas e acompanhar seu crescimento e suas necessidades, certo? Não tem problema.

Você pode somente estar em contato com a terra e seus similares, sem compromisso e em uma frequência positiva para o seu corpo. Quando o ser ser humano se conecta de forma profunda e energética com a natureza, a terra, a grama e todos os demais atores ainda que brevemente, há uma grande diferença no contexto geral do seu corpo e saúde. Conheça a seguir alguns benefícios que o ato pode te trazer.

Melhora na saúde cardíaca
Antes de focarmos somente no coração, é importante dizer que o contato com a natureza é benéfico para o corpo num geral. Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard e o Hospital da Mulher de Brigham concluíram, após entrevistarem 108 mil mulheres, que a taxa de mortalidade das que viviam cercada pelo verde era 12% mais baixa que as demais.

Além disso, os riscos de mortes relacionados a doenças renais eram 41% menores, 34%, em casos de doenças respiratórias e 13%, em casos de câncer. Tratando-se somente do coração, um outro estudo menor , conduzido por cientistas americanos e publicado no Jornal da Medicina Alternativa e Complementar , experimentou colar “adesivos de terra” na pele de alguns voluntários.

O resultado foi um aumento positivo e ideal da produção de glóbulos vermelhos, responsáveis por transportar o oxigênio para todos os tecidos. Como se sabe, alguns órgãos necessitam mais de sangue do que outros, e é importante que esse sangue esteja bem oxigenado. O músculo cardíaco é um desses órgãos que, para bombear sem ter que fazer mais força do que o recomendado, precisa de bastante sangue em seus tecidos, com concentração específica de oxigênio.

Por fim, esse estudo conduzido na Universidade de Chiba , no Japão, comprovou que o simples fato de passar um tempo cercado por uma paisagem verde e em contato com a terra, pode reduzir a pulsação e a pressão arterial. É daí que veio a ideia do shinrin-yoku , no português, “banho de floresta”, prática adotada pelas empresas japonesas que expõe, sobretudo os trabalhadores, a alguns momentos dentro da mata para relaxarem e aumentarem sua produtividade.

Melhora em dores e fadigas crônicas

Esse estudo , publicado no americano Jornal da Medicina Esportiva , analisou a reação do corpo de voluntários que fizeram seus exercícios sobre um tapete de grama sintética e terra. O resultado foi aumento de creatina quinase (proteína presente nas fibras musculares e diversos tecidos) e a contagem de glóbulos brancos, responsáveis por combater agentes estranhos no corpo e inflamações. As dores podem ser um processo inflamatório do músculo. O estudo percebeu que os voluntários apresentaram menos danos musculares e menos dores pós-exercício.

À longo prazo, também conclui-se que optar por se exercitar sobre a terra pode trazer benefícios para suas dores crônicas, pois o processo citado acima influencia também a capacidade do corpo de curar. A exposição à natureza também melhora a oxigenação do corpo e isso reflete diretamente nos nossos músculos, reduzindo a tão conhecida fadiga. Também afeta positivamente a oxigenação do cérebro, que irá responder melhor ao processo do sentir a dor.

Redução de estresse e de doenças emocionais
Ir para uma fazenda e fugir do caos que o cenário urbano nos traz é, por si só, revigorante. Para além dos benefícios comprovados que o silêncio , muito abundante em um cenário bucólico, traz para o nosso corpo, há também comprovações científicas. O termo biofilia, criado por Edward Osborne Wilson em sua obra de mesmo nome, sugere, dentre outras coisas, que o ser humano é naturalmente programado para amar as coisas vivas, e não objetos.

Portanto, o simples contato com a natureza já seria, por si só, benéfico para nosso emocional. E é pautado nesse conceito que diversos pesquisadores buscam, constantemente, respostas para esse fenômeno. É o caso novamente dos pesquisadores da Universidade de Chiba, no Japão.

Ao expor os mesmos voluntários a caminhadas pela cidade e caminhadas pela natureza, eles puderam observar que, dentre outras melhorias - como as da pressão arterial e até de glóbulos brancos  - houve também uma redução de 16% no hormônio do cortisol, que é um dos grandes indicadores de estresse no nosso corpo.

Em uma pesquisa da Universidade de Exeter , no Reino Unido, que durou 17 anos e acompanhou 10 mil voluntários, apontou que moradores próximos a áreas verdes têm menos problemas psicológicos. Uma das hipóteses para esse resultado não se atém somente aos fatores genéticos, mas também a questão cultural. O ambiente de cidade grande nos mantém desconectados com o que realmente importa: nós mesmos.

As várias atribuições do nosso dia sufocam nossa mente e nos expõe a uma quantidade exacerbada de informações. Quando seguimos o caminho contrário, ou seja, uma vivência mais natural e longe do caos, nosso nível de ansiedade e depressão também são positivamente afetados. Não só por você ser mais capaz de ouvir a si mesmo e aos seus pensamentos, anseios e desejos, mas também por estar mais protegida de receber tantos estímulos muitas vezes negativos.

Redução de inflamações e aceleração no processo de curas
Quem nunca ouviu dizer que crianças criadas em ambientes abertos e naturais ficam menos doente? Essa crença popular tem fundamento: estudos indicam que há uma série de bactérias presentes na terra, por exemplo, que, ao entrar em contato com o nosso corpo, fortalecem nosso sistema imunológico. Isso porque ele se vê obrigado a combatê-las e criar anticorpos, exigindo rapidez nesse aumento das células de defesa.

Um organismo fortalecido é um organismo que se adoece com menos facilidade e, consequentemente, apresenta menos inflamações. Mesmo quando porventura esse indivíduo possa vir a adoecer, seu processo de cura é mais rápido e potente, pois seu corpo está adaptado a combater todo tipo de bactéria que se apresentar. Indo para uma linha mais “mística”, há pesquisas como essa , que acreditam ser o Planeta Terra uma matrix viva, unindo em si todas as células e suas conexões.

Para que ela seja mantida, há uma condutividade elétrica que, quando entra em contato com nosso corpo - ao pisarmos na grama, por exemplo - desempenha o mesmo papel que os antioxidantes. O corpo restaura suas defesas naturais através dessa conexão, fortalecendo nosso sistema imunológico, que irá responder mais rapidamente a processos inflamatórios, por exemplo.

É a magia da Mãe Natureza agindo dentro do seu próprio quintal. Por fim, ainda sobre a cura, um estudo conduzido em um hospital da Coréia do Sul expôs pacientes pós-cirúrgicos a salas de recuperação repletas de plantas ornamentais, e acompanharam seus medidores físicos e emocionais.

O resultado, também publicado no Jornal de Medicina Alternativa e Complementar, apresentou que as plantas superaram até mesmo o nascer do Sol no que diz respeito a sensações positivas: 96% contra 80%. Isso é uma ajuda e tanto para um sujeito que precisa de todas as suas capacidades cognitivas voltadas para o processo da cura.

Melhora na memória e concentração
A Universidade de Michigan realizou um experimento bastante curioso: e se aplicássemos testes de memória em dois grupos de estudantes e depois encaminhássemos somente um desses grupos a uma caminhada pela natureza? Ao retornarem, ambas as equipes seriam novamente testadas e o resultado, como você já pode imaginar, foi vitória do time “verde”, que apresentou uma melhora em até 20% nos resultados posteriores.

A concentração também entrou na roda de ganhos. Esse estudo publicado em 1991 no Jornal Sages , também realizou testes com grupos, dessa vez, 3 diferentes. Um foi enviado para passar alguns dias exclusivamente em ambiente natural, outro em ambiente urbano e o terceiro em uma mescla. Ao final, todos foram submetidos a testes de concentração.

Adivinhem o vencedor? E agora, já está convencido de que preservar a natureza para tê-la viva e intacta é importante? Sem ela, não haveria possibilidade desse contato entre homem e meio ambiente, e todos esses benefícios - além de muitos outros não citados aqui nessa matéria - não existiriam.

Tire um tempo do dia para caminhar e respirar ar puro, ainda que seja no seu quintal ou no seu quarteirão. Acrescente verde na sua decoração, para que essa exposição seja diária, ainda que pequena. Valorize a Mãe Natureza e seus mistérios.

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