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Meditar pode retardar o processo de envelhecimento

Em pesquisa, meditação da bondade amorosa reduziu o tamanho dos telômeros, associados ao envelhecimento

23 de Setembro de 2019


Uma nova pesquisa científica revelou que a meditação pode desacelerar o processo de envelhecimento. No estudo, publicado no periódico Psychoneuroendocrinology , os cientistas examinaram como diferentes formas de meditação influenciaram o comprimento dos telômeros, o nome que se dá à extremidade de cada cadeia de DNA.

O tamanho do telômero é um indicador do envelhecimento. No sentido metafórico, pense que ele é o plástico que reveste os cadarços. Conforme o tempo passa, o plástico se deteriora, tal qual os telômeros. Eis como os autores da pesquisa explicam o fenômeno: "A idade cronológica e a idade biológica não são idênticas. Enquanto a primeira é medida em anos, a última é frequentemente indexada pelo comprimento dos telômeros”.

Pesquisa

Os cientistas recrutaram 176 pessoas com idades entre 35 e 64 anos. Os participantes relataram que tinham pouca ou nenhuma experiência com qualquer forma de meditação. As pessoas foram aleatoriamente divididas em três grupos.

Um terço participou de uma oficina de meditação de bondade amorosa de seis semanas, um terço de uma oficina de meditação da atenção plena (mindfulness) por seis semanas e o restante serviu como grupo de controle. Para avaliar o comprimento dos telômeros, os cientistas coletaram amostras de sangue das pessoas no início e no fim do estudo.

Resultado

Em geral, a meditação da atenção plena ajudou as pessoas a permanecerem focadas no presente, sem julgamento. Já os praticantes da meditação da bondade amorosa relataram sentimentos calorosos e afetuosos em relação aos outros.

No que diz respeito aos telômeros, o comprimento diminuiu basicamente para todos os participantes. No entanto, a redução foi bem menor entre os praticantes da meditação da bondade amorosa. Em outras palavras, esse tipo de prática parece retardar o processo de envelhecimento.

Fonte: Eric Dolan, para PsyPost
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo completo aqui .

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O que é a Economia Prateada?

Conheça mais sobre essa fatia da economia voltada para o público 50+, que já movimenta trilhões no Brasil e no mundo

7 de Fevereiro de 2020


Imagine um mundo onde a maior parte da população é composta por perfis mais experientes. Há menos crianças correndo no parque, e mais jovens senhores andando em praças. Imaginou? Esqueça agora todos os estereótipos que provavelmente apareceram em sua imaginação. Isso porque, para imaginar esse cenário, basta olhar ao seu redor: a população acima dos 60 anos já bateu 962 milhões de pessoas, ou 30 milhões só no Brasil. Em 2050 estima-se que o nosso país será o mais velho do mundo, à frente de todos os outros países desenvolvidos. De acordo com o IBGE, as mulheres com 60 anos ou mais já são maioria se comparadas às meninas na faixa etária dos 0 aos 9 anos. São 15,6 milhões de senhoras, contra 14,3 milhões de crianças. Isso acontece não só graças ao avanço da medicina, como também uma mudança na mentalidade. Nunca antes o mercado de wellness - que atende saúde, beleza, fitness e bem-estar num geral - faturou tanto: só em 2017, ele faturou 3 trilhões de dólares, ultrapassando a gigante indústria farmacêutica pela primeira vez, segundo dados da WGSN . O resultado: se em 1960, as pessoas viviam em média 52 anos, hoje a expectativa de vida atual atingiu 72 anos falando de uma média mundial. Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria SeniorLab, revelou que 51% dos 60+ dizem sentir sua própria idade como qualquer outra, 31% desejam ser uma pessoa comum e 73% se sentem mais jovens do que a idade cronológica . Já outra pesquisa mostrou que 86% dos brasileiros com mais de 55 anos tem renda própria, e quase metade deles (49%) ainda trabalha. Para acompanhar essa mudança, não só no perfil etário da população, mas também nos “novos idosos”, que vivem cada vez mais e com melhor qualidade, foi necessário a criação de um mercado que atendesse esse nicho cada vez mais específico e exigente. E foi assim que nasceu a Economia Prateada: a soma de diferentes atividades econômicas que oferecem produtos e serviços associados à esse público com mais de 60 anos, que já representam 20% de todo o consumo mundial segundo IBPE. Apesar de relativamente nova, essa Economia já movimenta cerca de US$ 7,1 trilhões anualmente no mundo . No Brasil, a soma também já é alta: R$1,6 trilhões ao ano. Os valores são altos pois, segundo o CEO da SeniorLab, Martin Henkel, “o lema desse consumidor é o ‘Carpe Dien’, ou seja, aproveite o dia e as oportunidades que ele pode te oferecer”. Apesar do iminente entusiasmo do público alvo com a prosperidade dessa economia, além das muitas oportunidades para empreendedores se arriscarem, o mercado prateado ainda apresenta muitas dores e falhas a serem corrigidas. “Ainda é preciso entender melhor as necessidades específicas que os produtos para a terceira idade demandam. Não basta serem só bonitos ou inovadores, eles precisam ser funcionais” comenta Martin Henkel em evento promovido pela plataforma global Aging 2.0, em parceria com o Distrito InovaHC. Um dos grandes problemas que o idoso ainda enfrenta é a tecnologia. Não mais por não conhecê-la ou renegá-la, mas pela dificuldade em dar o primeiro passo. “O medo de errar, a falta de confiança, o ageismo e até dificuldades técnicas, acabam tornando difícil esse contato inicial” explica Sérgio Duque, conselheiro da Aging 2.0, no mesmo evento. “Mas a tecnologia, quando tem um propósito, assusta menos. Quando se baixa um aplicativo com alguma finalidade específica, como música, transporte ou até falar com quem se ama, o público mais velho se anima e quer entender mais como funciona” continua. E, graças à esses propósitos que, só no Brasil, 8 milhões de perfis no Facebook são de 60+, 68% usam celular e aplicativos como Whatsapp, 17% já compram pela internet e 24% possuem computador . Startups, produtos, serviços, aplicativos, jogos. A Economia Prateada é uma aposta tão grande do mercado que estudiosos em parcerias com entidades já começam a elaborar uma Certificação Funcional voltada para o bem-estar e cuidado sênior. “Nós avaliamos e oferecemos ao mercado estudos de embalagens, vestuário, eletroeletrônicos, utensílios domésticos, produtos de higiene, móveis, mobilidade e saúde, tudo sob a ótica da funcionalidade” conta Egídio Dórea, coordenador da USP 60+. “Um design de embalagem, por exemplo, não necessita só ser bonito ou inovador, mas ele precisa atender às demandas do público. Nós queremos desafiar o mercado a pensar em produtos mais inclusivos, levando em consideração redução de riscos, materiais adequados, usabilidade entendimento e manuseio, aspecto de biomecânica e gerontodesign , assegurando que os produtos são funcionais e de fácil manuseio” conclui.

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