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Como aliviar a rotina do cuidador

Confira cinco dicas embasadas em estudos científicos que podem melhorar muito a dura jornada do cuidador.

3 de Dezembro de 2018


O cuidador familiar tem papel importante e difícil. Responsável pelo bem-estar do doente crônico da casa, está sempre envolto com a função de diminuir o sofrimento alheio. Dá suporte emocional e físico. Providencia a higiene pessoal, a alimentação e muitas vezes distração ao acamado.

Abaixo, cinco dicas embasadas em estudos científicos que podem melhorar muito a dura jornada do cuidador.

Dica 1: dedique-se aos relacionamentos significativos.
Estudos mostram que as pessoas mais felizes e saudáveis ​​têm relacionamentos de qualidade em suas vidas que tendem a incluir familiares, amigos e comunidade. Muitas vezes, no entanto, os cuidadores perdem contato com amigos, colegas de trabalho, vizinhos e outras pessoas. O isolamento e solidão – tanto para adultos mais velhos como para cuidadores familiares – pode ser o equivalente a fumar 15 cigarros por dia.

Cuidador: não evite ou perca relacionamentos importantes. Dedique um tempo para essas amizades significativas.

Dica 2: encontre sua tribo

Esse é o segredo, segundo Dan Buettner , autor da série de livros Blue Zones, ainda sem tradução no Brasil. Na pesquisa que fez sobre os locais com as pessoas mais longevas do planeta, mostra que somos “geneticamente programados para estar em grupos de pessoas familiares, que compartilham os mesmos valores”. Normalmente, isso inclui membros mais novos e mais velhos da família, mas também pode abrigar os amigos mais próximos, como aqueles de fé semelhante.

Cuidador:
confie em sua tribo para ajudar nos cuidados de um familiar. Se você aceitar que a tribo que você escolheu – família, amigos, comunidade religiosa – oferecerá apoio em tempos difíceis, perceba a hora de pedir que lhe ajudem com os cuidados para que você possa descansar um pouco.

Dica 3: pratique a positividade e visualize seu lugar de felicidade

Lyubomirsky, professor de psicologia na Universidade da Califórnia em Riverside, Estados Unidos, passou anos estudando a felicidade e os impactos na saúde. Um de seus projetos exigiu que os participantes pensassem sobre eventos felizes por apenas oito minutos todos os dias durante três dias seguidos. Os resultados mostraram que os participantes apresentaram maiores níveis de satisfação com a vida nas quatro semanas seguintes do que sentiam antes de se juntarem ao estudo.

Cuidador: visualize lugares, pessoas, memórias que tragam felicidade por alguns minutos por dia e perceba os sentimentos positivos que permanecem por semanas.

Dica 4: siga o seu "fluxo" e realize uma coisa simples por dia

Seguir o “fluxo” significa encontrar seus pontos fortes e depois usá-los com o máximo de sua capacidade. De acordo com o célebre autor e pesquisador da Psicologia Mihaly Csikszentmihalyi, “A sensação de estar em um fluxo (flow) não acontece quando vivemos momentos passivos, receptivos e relaxantes... Os melhores momentos costumam ocorrer se o corpo ou mente de uma pessoa estiver esticado até seus limites em um esforço voluntário para conseguir algo difícil e valioso.”

Cuidador:
tente encontrar fluxo ao cumprir tarefas diárias simples, como fazer sua cama. Desenvolver alguns hábitos regulares simples pode ser suficiente para ajudar você a passar pelos tempos difíceis.

Dica 5: desfrute de abraços, humor e “hygge”

Uma pesquisa recente analisou os benefícios para a saúde de um bom abraço. Quando bem-vindo, ele libera oxitocina – o hormônio responsável pelo sentimento de bem-estar. Os cientistas descobriram que os abraços aumentam a imunidade aos resfriados, ajudam a diminuir a ansiedade e têm fator neuroprotetor para aumentar a saúde do cérebro.

O neuroeconomista Paul Zak prescreve pelo menos oito abraços por dia de mais de 20 segundos cada um para alcançar o melhor benefício para a saúde a partir da liberação da oxitocina. O bom humor também pode ser terapêutico. O riso relaxa os músculos em todo o corpo, diminui o hormônio do estresse, fortalece a imunidade e – aumentando o fluxo sanguíneo – ajuda a proteger o coração contra problemas cardiovasculares. Por último, mas não menos importante, a arte dinamarquesa de “hygge” (pronuncia-se "hu-ga") que literalmente se traduz do dinamarquês como “aconchego”. Significa encontrar conforto e tempo de silêncio. Meditar, ler um bom livro, pescar... A interação pessoal de qualidade também é muito importante.

Cuidador:
receba oito abraços por dia. Tente rir umas 15 vezes (média para adultos). Diariamente, desconecte-se da tecnologia por pelo menos 20 minutos e mergulhe em um ambiente aconchegante.

Leia o artigo completo aqui 

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Coloque em prática

Por dentro do aromaverso

A tendência do momento é na realidade uma sabedoria antiga, mas que vem ganhando mais adeptos e mais estudos a respeito

5 de Setembro de 2023


Você pode até não saber, mas os cheiros não são parte dos nossos cinco sentidos essenciais de forma leviana. Vai muito além de somente sensações ou odores agradáveis: é graças ao cheiro que conseguimos nos salvar de situações perigosas, como vazamento de gás, que conseguimos distinguir comidas estragadas, dentre outras funções. 

Quando ficamos com esse sentido prejudicado, temos o que a ciência chama de anosmia, que é a perda total dessa capacidade. Sua perda parcial é chamada de hiposmia. Essas sensações ficaram bem constantes e ganharam mais notoriedade durante a pandemia da covid-19, já que esse era um dos sintomas clássicos de infecção das primeiras cepas. 

Os odores são tão importantes para a nossa espécie que exercem efeito até mesmo em nossas relações, segundo estudos. Sabe aquelas amizades em que o “santo bate” assim, de cara? Segundo pesquisadores, quando dois desconhecidos se dão bem de forma tão espontânea e imediata, é porque há uma semelhança de odor corporal entre ambos. 

Da mesma forma, o mecanismo dos odores atua na nossa reprodução. O chamado ferormônio é uma substância liberada em mamíferos e até insetos do sexo feminino que atrai de forma inconsciente um parceiro sexual. Ele funciona como uma mensagem de que aquela fêmea está fértil e pronta para acasalar. Nós, seres humanos, não fugimos a essa regra, mas esse odor age de forma muito sutil, não somos exatamente capazes de o sentir. 

Os cheiros gostosos - a aromaterapia

Agora que já falamos sobre esses cheiros, digamos, funcionais, ou seja, que possuem alguma função específica e não são necessariamente bons, é hora de falar sobre os odores agradáveis que também exercem alguma função no nosso corpo. 

A aromaterapia é uma terapia complementar que utiliza o aroma e as partículas liberadas pelos óleos essenciais para estimular diferentes partes do cérebro, como explica esse artigo. Apesar de não constar como terapia autorizada pelo Conselho Federal de Medicina, que alega carecer de mais comprovações científicas, a prática já é amplamente adotada - inclusive pelo nosso Sistema Único de Saúde, o SUS, nas chamadas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)

Sua função vai desde aliviar sintomas da ansiedade e depressão, até descongestionar nariz, auxiliar na concentração e aliviar dores musculares, alergias ou lesões. A aromaterapia é uma prática complementar, ou seja, ela não substitui um tratamento médico, mas sim, o auxilia e o otimiza. 

Além disso, é preciso consultar um especialista no assunto, afinal, cada odor possui a sua função específica, a sua dosagem, forma de aplicar - seja na pele, no travesseiro ou mesmo em um umidificador de ambientes - e alguns podem ser tóxicos em algum nível e gerar desde sintomas mais brandos, como dores de cabeça e náusea, até mesmo um nível de toxicidade maior que pode trazer problemas respiratórios mais sérios. 

Funções da aromaterapia

Como mencionamos anteriormente, a aromaterapia tem diferentes tipos de aplicações. As mais conhecidas são: 

  • Sintomas emocionais como ansiedade, depressão, estresse, agitação e irritabilidade;

  • Cansaço físico ou mental

  • Dificuldade de concentração

  • Falta de memória ou de energia

  • Insônia

  • Dor crônica, neuropatia periférica, dor nas articulações, dores de cabeça comuns, enxaqueca ou dor e tensão muscular

  • Reumatismo

  • Feridas, infecções na pele e acnes

  • Aumento da libido

  • Cólicas menstruais 

  • Má digestão e alívio de náuseas

  • Fortalecimento do sistema imunológico;

  • Gripes, resfriados e seus sintomas como tosse, nariz entupido ou escorrendo, dor de garganta, etc. 

  • Tratamentos de alívio nos efeitos colaterais da quimioterapia ou em cuidados paliativos. 

Há alguns óleos mais famosos do que outros, seja pelo seu agradável odor ou pela amplitude de tratamentos que ele oferece. É o caso do óleo de lavanda, talvez o mais famoso de todos eles, que pode oferecer alívio nos sintomas de insônia, cansaço, irritabilidade, entre outros. 

Óleos como o de bergamota, alecrim, jasmim, manjericão, erva-cidreira, sândalo, patchouli, Ilangue-ilangue, eucalipto, entre outros, também figuram nas indicações de especialistas e nas prateleiras de lojas de produtos naturais.

Cada um oferece os seus respectivos benefícios. Para o alívio de acne, candidíase, micose e outros problemas de pele, por exemplo, o óleo de melaleuca costuma ser o mais indicado. Para emagrecer, há óleos que ajudam a acelerar o metabolismo, melhorar a digestão e a disposição para se exercitar ou inibir a fome, por exemplo. Limão, canela, hortelã-pimenta, gengibre são alguns dos principais nomes. 

Óleos como eucalipto, lavanda, gengibre ou cúrcuma possuem propriedades anti-inflamatórias que ajudam a aliviar os sintomas do reumatismo e dores musculares em geral. Mas o de lavanda, como já dissemos, também ajuda na insônia, justamente por trazer esse relaxamento total para o corpo. 

O uso da aromaterapia de forma aplicada

Há vários meios para usufruir desses benefícios dos óleos essenciais. Você pode pingar no chão do seu banheiro e esperar que o vapor do banho traga o seu odor, ou no caso de insônia, pingar no seu travesseiro. Há até alguns travesseiros que já são específicos para isso, como o Zen Sleep, que oferece os aromas de lavanda, camomila, entre outros.

Você pode usá-los ainda em massagens, preso a um colar específico para isso, sprays ou aromatizador - e bastam sempre poucas gotas, de 2 a 3 no máximo. Mas, no fim, todos possuem a mesma finalidade: serem inalados. Portanto, o meio mais eficaz de usufruir dos óleos essenciais é inalando ele diretamente, pois dessa forma as moléculas conseguem chegar mais rapidamente e facilmente no sistema límbico do cérebro, criando alterações buscadas no funcionamento do corpo. 

Mas, aqui vão algumas dicas para fazer um bom uso:

  • Inicie com com inalações leves e depois vá aumentando o número de inalações e a intensidade. 

  • Essa inalação pode ser feita diretamente do frasco ou então, pingue uma gota em seu pulso e as realize.

  • Comece com as inalações curtas, de 3 a 7 respirações seguidas, várias vezes ao dia. 

  • Depois as médias, de 10 a 15 respirações seguidas. 

  • Enfim, chegue às longas, de 10 a 15 minutos de respirações seguidas, 2 a 3 vezes ao dia

  • Para fazer as inalações corretamente deve-se respirar o óleo diretamente do frasco, inspirando profundamente e depois segurando o ar por 2 a 3 segundos, antes de expirar, como explicam os especialistas. 

Por fim, a aromaterapia não deve ser nunca feita por crianças, mulheres grávidas ou em amamentação sem o acompanhamento de seu médico de confiança. Converse sempre com um especialista para gozar dos benefícios sem riscos!

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