Coloque em prática
Muitas das emoções que sentimos e não sabemos explicar o porquê podem ser resultado de pequenos traumas que parecem já ter passado, mas deixaram marcas.
14 de Setembro de 2023
Sabe aquela tristeza ou desânimo sem motivo aparente? Aquele que traz consigo até mesmo um nível de culpa, afinal, você “não tem do que reclamar” diante de uma vida aparentemente tranquila e resolvida? Ele pode ter uma explicação: os pequenos traumas, desgastes emocionais sutis, mas que ao longo da vida, vão gerando essa carga psíquica complexa e difícil de identificar.
Segundo a cientista britânica Meg Arroll, ao jornal Estadão, esses pequenos traumas possuem um impacto mais profundo do que podemos imaginar no nosso dia a dia e bem-estar. São pequenas feridas emocionais que, quando acumuladas, “crescem como juros de cartão de crédito”, causando estresse, cansaço, ansiedade, falta de confiança, como define o artigo.
A seguir, vamos te explicar um pouco mais sobre esse tema e te dar caminhos possíveis para superar esses desgastes!
Difícil cravar uma só, afinal, isso diz respeito à experiência individual de cada um e há uma infinidade de motivos possíveis, conforme a realidade imposta ao indivíduo. Mas Arroll define alguns velhos conhecidos, como: desarmonia na família, problemas na infância, relacionamentos amorosos problemáticos, falsos amigos, humilhação em sala de aula, instabilidade no emprego, pressão por desempenho, problemas constantes de orçamento, entre outros.
Justamente pelo amplo leque de possibilidades de causas, é difícil tanto cravar o que engatilhou a crise, como diagnosticar e definir um caminho de tratamento. Além disso, os tabus ao redor do tema saúde mental, que parecem ceder lentamente em nossa sociedade, podem dificultar aquilo que não é considerado “grande o suficiente”, como diagnósticos que não constam no DSM, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da American Psychiatric Association.
Considerado a bíblia da psiquiatria, o manual já está em sua quinta versão e há um debate fervoroso a respeito da sua existência: de um lado, há os que defendem o guia como um ponto de partida e uma forma de validação para os males psíquicos; do ouro, há os que criticam devido ao excesso de diagnósticos e patologização, o que leva a todos nós sermos passíveis de estarmos em algum espectro.
A questão inicial é se dar conta de que há algo ressoando muito forte dentro de si e, a partir dessa percepção, traçar um plano de ação.
Uma vez tomada a consciência, é hora de usar esses acontecimentos ao seu favor e construir uma “imunidade psicológica”, como define Meg, “que não só nos ajudará a viver melhor como nos protegerá futuramente do impacto de traumas bem maiores”, descreve o artigo.
Em seu livro, a autora traz um estudo feito pelos psiquiatras Thomas Holmes e Richard Rahe, que se debruçaram sobre mais de 5 mil conjuntos de observações médicas. A partir disso, eles compilaram uma lista de eventos partindo dos mais traumáticos aos menos significativos.
Em seguida, a dupla deu a cada um dos incidentes uma pontuação, ou “unidade de mudança de vida”, como foi descrito ao longo do livro. A conclusão foi a de que mais do que somente a gravidade dos acontecimentos, a quantidade deles em um período de um ano pareceu ser um indicativo forte para o surgimento de problemas de saúde.
Mas, a pergunta que não quer calar: o que fazer então para superar esses eventos que parecem tão pequenos, mas que juntos, causam tamanho dano? Voltamos então à autora Meg Arroll, que em seu livro, definiu três passos básicos:
Além disso, Meg ainda aponta que aprender a lidar com as emoções negativas e não tentar escondê-las é mais uma medida que deve ser levada para a vida. Lembre-se que todas as emoções, incluindo as negativas, são parte do funcionamento normal de um ser humano.
Aprender a nomeá-las e processá-las não te fará mais fraco, muito pelo contrário. “A diferença entre uma vida plena e uma que constantemente parece uma decepção tem a ver com a maneira de lidar com essas emoções, e não com a exclusão do sentimento ‘ruim’”, conclui ela.
Coloque em prática
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Fonte: HEALTH.COM Síntese: Equipe Plenae
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