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Como envelhecer e manter sua mente ativa

É possível atravessar décadas a fio mantendo sua mente ativa e capaz, como um corpo em forma

4 de Outubro de 2022


Um dos maiores medos associados ao envelhecimento se encontra na perda da capacidade mental. Doenças como o Alzheimer e a demência se encontram enraizadas no imaginário popular como se fossem compulsórias assim que se adentra a melhor idade. Mas elas estão longe de ser uma sentença e é muito possível manter uma mente ativa mesmo para quem já tem uma alta quilometragem na estrada da vida.

Para se ter essa conversa, é preciso, primeiro, estabelecer o parâmetro: o que é uma mente ativa? É uma que não se encontra estagnada. Que é plenamente capaz de interpretar a realidade de maneira independente, tendo novas ideias e mantendo o aprendizado até o fim da vida. E que segue absorvendo novas informações sem grandes empecilhos também.

Os caminhos da mente ativa

A mente ativa é o equivalente a ter um corpo em forma. E como diz o ditado romano: mens sana in corpore sano, ou mente sã num corpo são. Ambos estão intrinsecamente relacionados, e, como sempre, os exercícios físicos são grandes aliados de um bem-estar mental também.

Eles devem ser sempre realizados de acordo com a capacidade física da pessoa. Porém, na maturidade, ela pode estar mais limitada. Ainda assim, existem diversas outras formas de manter o cérebro afiado. Ter um hobby ajuda a manter o foco, ou ter um animal de estimação cria responsabilidades importantes para evitar a tal estagnação.

Jogos como o xadrez, as palavras cruzadas e, se vencida a barreira tecnológica, como te contamos aqui neste artigo, até os videogames, são intelectualmente desafiantes. Jogos de tabuleiro, por exemplo, podem servir a três propósitos: a diversão, o estímulo mental e a inclusão.

Esse último é muito importante e também não pode ser negligenciado. O ser humano é um animal social até o fim e, de acordo com o neurocirurgião Sanjay Gupta, autor do livro “Mente Afiada”, a falta de uma conexão com outras pessoas pode agravar até o risco de AVC. Sentir a inclusão, seja na própria família ou em quaisquer outros grupos, é extremamente benéfico a quem a solidão mais aflige.

Hoje em dia é cada vez mais fácil, inclusive, unir essa parte social com um aprendizado mais acadêmico. Por mais que muitas pessoas pensem o contrário, nunca deixamos de aprender. Assim, muitas pessoas já na terceira idade têm optado por fazer uma faculdade, motivadas por essa vontade que elas ainda têm de conhecer novos horizontes. Já existem cursos focados para quem tem mais de 60 anos, e esse ambiente universitário pode ser também de inclusão, novos contatos e amizades.

Ainda que por hobby, uma graduação pode também nortear a vida de uma pessoa que já se sente perdida diante de tantos anos passados. É o que Gupta escreve sobre a importância de se encontrar um propósito: “pensar na última coisa que te fez sentir uma energia intensa e partir daí”, aconselha o neurocirurgião. 

Propósito, para que te quero?

Encontrar tal propósito nem sempre é fácil. Se fosse, não estaríamos discutindo isso há séculos na filosofia. Mesmo assim, só a tentativa, a busca por uma visão de mundo que englobe isso, já faz diferença. O propósito, afinal, é a gente que dá. E isso não muda na terceira idade.

Muitas coisas mudam. Outras, nem tanto. Não perdemos nossa humanidade com o envelhecimento. Muitos dos bons hábitos que nos beneficiam ao longo de toda a vida vão continuar o fazendo mesmo quando já se caminhou um percurso distante. Dieta balanceada, exercícios físicos, atividades no geral que ensinam, incluem e divertem: tudo isso é ótimo para pessoas de todas as idades. 

Envelhecer ainda é, claro, um processo impactante, mas não é, e nem precisa ser, assustador. É apenas um processo natural, envolto pelas mudanças passadas ao longo de toda uma vida. A mente pode sentir tudo isso e ainda assim continuar ativa, esperta, ligeira. É uma questão de cuidados que você pode tomar e, quanto antes começar, melhor.

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Cinco livros sobre longevidade e envelhecimento

Conheça cinco títulos que podem oferecer uma nova visão sobre a longevidade e o envelhecimento, no Brasil e no mundo.

27 de Dezembro de 2018


Alguns livros transformam a nossa maneira de pensar. Conheça cinco que podem oferecer uma nova visão sobre a longevidade e o envelhecimento, no Brasil e no mundo. Como Envelhecer (Editora Objetiva) A jornalista inglesa Anne Karpf quebra o paradigma negativo associado ao envelhecimento e sugere que o passar dos anos pode ser enriquecedor e trazer imenso crescimento. A passagem do tempo é parte inevitável da condição humana, e o grande desafio de envelhecer é simplesmente viver. Segundo Karpf, ficar velho não tem a ver com a forma física, mas com estar determinado a viver plenamente em qualquer idade. O Segredo Está nos Telômeros (Editora Planeta) A bióloga molecular Elizabeth Blackburn, premiada com o Nobel de Fisiologia e Medicina em 2009, e a psicóloga da saúde Elissa Epel abordam o envelhecimento sob a perspectiva celular. Elas apresentam ao leitor os telômeros, que são as extremidades dos cromossomos, por sua vez as estruturas das nossas células que armazenam o DNA. Com o passar do tempo, as pontas dos cromossomos ficam mais curtas, fenômeno associado ao envelhecimento e a doenças. Em cada capítulo, as autoras sugerem maneiras de aprimorar a saúde dos telômeros e, consequentemente, o bem-estar cotidiano. A Bela Velhice (Editora Record) A antropóloga Mirian Goldenberg , professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem se dedicado ao estudo sobre o envelhecimento de homens e mulheres. Ela já entrevistou mais de 5 mil pessoas de todas as idades para entender qual é o significado de envelhecer na cultura brasileira. No livro, revela que é possível experimentar o processo de envelhecimento com beleza, liberdade e felicidade. A "bela velhice" é, afinal, o resultado natural de um "belo projeto de vida", que pode ser construído desde muito cedo, ou mesmo tardiamente, por cada um de nós: os velhos de hoje e os velhos de amanhã. Zonas Azuis - A Solução Para Comer e Viver Como Os Povos Mais Saudáveis do Planeta (Editora nVersos) O escritor americano Dan Buettner identificou cinco regiões do planeta nas quais a população tem a maior longevidade e menor taxa de doenças (câncer, obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras), quando comparadas com outros lugares da Terra. As denominadas Zonas Azuis englobam a Sardenha (Itália), Okinawa (Japão), Loma Linda (Califórnia), Península de Nicoya (Costa Rita) e Icária (Grécia). No livro, o autor revela porque esses povos vivem tanto e bem, e descreve como podemos incorporar em nosso cotidiano as dietas e hábitos que prolongam as vidas dessas pessoas. Longevidade – Os Desafios e As Oportunidades de Se Reinventar (Editora Évora) Como pensar em uma vida cada dia mais longa sem projetos, sonhos e objetivos? O livro de Denise Mazzaferro e Renato Bernhoeft, especialistas em pós-carreira, inspira o leitor a se reinventar a partir de histórias reais. Sete pessoas, sendo quatro homens e três mulheres, falam sobre a grandeza da vida e de suas possibilidades.

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