Coloque em prática

Quais são os benefícios do boxe?

A modalidade queridinha do momento pode trazer benefícios para sua disposição, força e até saúde mental!

16 de Maio de 2023


Se você tem o hábito de acompanhar o dia a dia de algumas influenciadoras digitais, pode já ter se deparado com a modalidade queridinha do momento: a luta, mais especificamente, o boxe. Mariana Rios, Alice Wegmann, Jade Picon e Flávia Pavanelli são alguns dos vários nomes que se tornaram adeptos à prática. 

Mas o boxe, é claro, não se trata de uma nova modalidade. A primeira referência a um duelo com punhos fechados é uma placa de pedra da Mesopotâmia, datada de 5 mil a.C, como explica esse artigo da revista Superinteressante. O esporte continuou acontecendo em outras civilizações e nos anos seguintes, mas sem regras ou sem competições. 

Foi na Grécia, em 668 a.C, que a coisa ficou um pouco mais “séria” e profissionalizada. Até chegar em 1920, já na história recente, quando o boxing - que já havia ganhado esse nome - volta a participar das olimpíadas e se torna até mesmo tema de filme, ainda no mesmo século, com o inesquecível Rocky Balboa.
 

Os benefícios da luta


Mas, a pergunta que não quer calar é: por que escolher lutar? Quais são os seus benefícios, afinal? A prática de artes marciais em geral contribui para o condicionamento físico, como a flexibilidade, a respiração, a postura e a coordenação motora, como explica artigo do Ministério da Saúde. 

"As lutas proporcionam o treinamento que vai além, inclusive mental e psicológico. Isso acaba por impactar a vida delas, ajuda a agir, reagir, se defender, se colocar na hora certa, no momento certo", explica o empresário e educador físico Márcio Padilha ao mesmo site. 

Segundo sua própria experiência, os alunos se aproximam das práticas de luta com o objetivo principal de emagrecer, mas acabam engajando até mais do que em outras modalidades. O motivo seria primeiramente porque a luta ajuda a enfrentar outros desafios na vida. Mas, além disso, elas possuem um processo pedagógico que favorece o envolvimento do aluno, que vai buscando uma evolução cada vez mais constante.

"O nível de profundidade do engajamento é maior por conta de todo enredo que envolve a pessoa. Estão embutidos princípios, valores e desafios que a pessoa precisa vencer para buscar um outro patamar. Assim, ela acaba se dedicando por um período de tempo razoável. Vai muito além de emagrecer e perder peso", esclarece ao Ministério. 

Para escolher a luta que você quer se especializar, é preciso analisar as características de cada uma, como quantidade de contato físico, os princípios e valores de cada uma e, claro, a logística adequada para você (Se é perto de casa, se é viável financeiramente, etc). 

Os benefícios do boxe


Agora que você já sabe que todas as lutas são benéficas e costumam engajar mais os seus adeptos do que outros exercícios físicos, e também já sabe que há particularidades em cada uma, digamos que você tenha escolhido o boxe, que é um tipo de luta de pouco contato corpo a corpo. 


A modalidade é bastante democrática, como explica Alexandre Brufatto, coordenador da Jab House, academia especializada em treinos de boxe,
ao portal Terra. Isso quer dizer que qualquer pessoa pode praticá-lo, desde que faça uma avaliação médica antes. Se há problemas articulares ou inflamatórios nos punhos, cotovelos e ombros ou para gestantes em início de gestação, a prática deve ser proibida, pontua ele.  


Dentre seus principais benefícios, estão:

    • Perda de peso
    • Aumento na agilidade, deslocamento e velocidade de reação
    • Ganho de resistência muscular e flexibilidade
    • Mais coordenação e ritmo
    • Liberação de endorfina e serotonina no cérebro, trazendo mais bem-estar
    • Ativa diversos grupos musculares, como braços, pernas e abdômen
    • Melhora o desempenho cardiorrespiratório e o condicionamento físico geral
    • Autodefesa e autoestima também são trabalhadas, além do espírito 
    • Maior entendimento da percepção corporal e na concentração


    Por fim, o boxe ainda traz benefícios para as relações, já que são aulas feitas em duplas ou até em grupo. Ele reduz o estresse do praticante graças às liberações dos hormônios mencionados acima e pela própria sensação de estar liberando a tensão e, por fim, a capacidade de superar seus próprios desafios é instigada.

    É preciso tomar cuidado com as lesões, já que é um esporte que trabalha com muita mobilidade e com muitos grupos musculares diferentes. Também é preciso absorver a filosofia de todas as lutas, que são ensinadas para a defesa pessoal e para serem usadas com parcimônia. Agora, é só começar a lutar!

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    Coloque em prática

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    Quem nunca ouviu “estudar nunca é demais”, que atire a primeira pedra. Mas é fato: nada como a sensação de estar aprendendo algo novo e ver novos horizontes se abrindo diante de seus olhos. E porque então restringir algo tão bom a uma só fase da vida? “Hoje existe uma maior valorização à educação, e mais do que isso, existe uma maior necessidade de se estar atualizado para se manter ativo, tanto mentalmente quanto no mercado” conta Egídio Lima, médico, professor e coordenador da USP 60+, uma iniciativa da Universidade de São Paulo criada 1994 e voltada para a população madura que deseja voltar a estudar. Para operar, a USP 60+ se baseia em três pilares: gratuidade, oferecendo todos os cursos gratuitos e acessíveis; Abertura, não exigindo formação prévia para a maioria deles; E intergeracionalidade, ou seja, criando disciplinas que unam jovens e idosos em uma mesma sala de aula. “Esse último pilar configura um aspecto da nossa universidade que desde o início se diferenciou de todas as outras, e que hoje é algo é advogado por todas as entidades que estudam essa questão do envelhecimento saudável e ativo. A intergeracionalidade é uma tentativa de romper muito esse estigma da sociedade que coloca os mais velhos de um lado e jovens do outro. Isso não deve existir mais” conta Egídio. A oferta de cursos, é claro, não poderia também ser mais variada. Existem os cursos da grade curricular, que são esses abertos para os 60+ e para os estudantes mais jovens que estão se graduando. Esse é, na verdade, o único modelo de curso que exige um conhecimento prévio do inscrito na matéria, pois são disciplinas mais específicas e não preliminares. Além dele, há os chamados cursos culturais, que são voltados apenas para os estudantes acima de 60 anos. Esses já oferecem temáticas das mais variadas possíveis e não exigem diploma - qualquer um está apto a se inscrever. Por fim, há também os cursos que fazem parte das atividades esportivas, e acontecem dentro dos centros esportivos da Universidade. Mas não se engane: eles não envolvem somente exercícios físicos, mas também a teoria do exercitar. Para o professor Egídio, a procura pelos cursos têm aumentado nos últimos anos. “Houve um aumento de 20 a 30%, então consequentemente aumentamos a oferta de vagas. Hoje já são 5 mil vagas abertas todo início de semestre, e centenas de cursos. Hoje, a temática do envelhecer bem é amplamente divulgada pela mídia, e há muitas iniciativas voltadas para isso. A educação continuada é parte desse processo”. O programa emite um certificado de participação ao final do semestre, que não possui caráter profissionalizante, mas de atualização do profissional. “O principal objetivo é a reinserção desse aluno dentro de um contexto universitário, um convívio mais amplo na sociedade e, obviamente, a recapacitação em muitos casos.” complementa. Nesses 26 anos de existência, algumas pesquisas qualitativas e quantitativas foram realizadas com os principais atores do projeto. E os resultados foram todos positivos. “Percebemos que a qualidade de vida desse aluno melhora como um todo. Fora isso, também conversamos com os alunos mais jovens que relataram sentir que a presença de um aluno mais velho agrega e muito à sua aula. Isso foi sentido também pelos coordenadores desses cursos” conta o médico. Esses dados, aliados à constante preocupação com o bom envelhecimento, acabaram inspirando outras faculdades a pensar em iniciativas bem parecidas. Hoje existem programas semelhantes na UNICAMP e na UNIFESP, além de iniciativas privadas na PUC e na Universidade Presbiteriana Mackenzie, com seu programa "universidade em tempo útil". Além de universidades, diversas iniciativas são oferecidas em entidades como o SESC, SENAI e SESI, além de cursos mais livres fomentados até mesmo pela Prefeitura de São Paulo e de outras cidades. “Estudar hoje em dia acaba sendo mais fácil porque a mobilidade está melhor, e há a possibilidade de estudar à distância” pontua Egídio. Abrir novos horizontes, conhecer novas pessoas, aprender novas funções e até se reinserir no mercado. Os benefícios de voltar a estudar em idade mais avançada apontam todos para um mesmo caminho: adquirir um novo propósito de vida. “A gente vê que a medida que envelhecemos, o propósito torna-se fundamental. É saber que hoje eu vou acordar porque eu tenho essa meta e isso me faz querer levantar da cama todo dia. O mundo é muito rico para ficarmos somente fechados na nossa casa ou escritório. Ganhamos 20, 30 anos de vida, que nos dão a possibilidade de conseguir aprender e conhecer muito mais do que antes. Isso é um privilégio, um presente” conclui Egídio.

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