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A cabeça faz a idade

A idade não é apenas uma questão cronológica, mas de percepção causada pelos sinais externos e internos que recebemos.

10 de Dezembro de 2018


A idade não é apenas uma questão cronológica, mas de percepção causada pelos sinais externos e internos que recebemos. A forma como somos tratados e o jeito que encaramos os desafios, por exemplo, podem levar um indivíduo a ter mais ou menos disposição e saúde do que seriam naturais à faixa etária. Existe um “agente psicológico” que determina a forma como envelhecemos, segundo a professora mais antiga da Universidade Harvard, Ellen Langer , de 71 anos. Ela é autora de livros e de várias pesquisas envolvendo pacientes idosos. Conheça alguns dos experimentos de Ellen. De volta ao passado. Um dia, no outono de 1981, oito homens em seus 70 anos saíram de uma van em frente a um antigo mosteiro em New Hampshire, nos Estados Unidos. Os sujeitos estavam em boa saúde, mas o envelhecimento já havia deixado sua marca. “Isso foi antes de os 75 anos serem os novos 55”, diz Ellen. Eles caminharam vagarosamente em direção à entrada, alguns deles encurvados pela artrite, outros com bengalas. Quando passaram pela porta, entraram em uma espécie de túnel do tempo. Um antigo crooner cantou em um rádio vintage. O apresentador dos anos 1950 e 1960, Ed Sullivan, apareceu com seus convidados em uma TV em preto-e-branco. Tudo no interior do mosteiro – incluindo os livros nas prateleiras e as revistas à volta – foi ambientado em 1959. Os idosos ficaram ali por cinco dias. O grupo foi avaliado em destreza, força de preensão, flexibilidade, audição, visão, memória e cognição. Ellen previu que esses números seriam muito diferentes depois de cinco dias de imersão. Além do ambiente que remetia à mocidade, eles foram estimulados a realizar todas as atividades sem regalias. Por exemplo, cada um teve de carregar a própria mala para o andar de cima do mosteiro. Resultado: no final da experiência, mostraram-se mais dispostos, com maior destreza e com postura mais ereta. Memória. Ellen já havia realizado alguns estudos envolvendo pacientes idosos. Um deles envolveu residentes de uma casa de repouso que exibiram estágios precoces de perda de memória. Submetidos a incentivos, no entanto, conseguiram lembrar de fatos – mostrando que, em muitos casos, a indiferença estava sendo confundida com a deterioração do cérebro. Mais responsabilidade, mais vida. Em outro – agora considerado um clássico da psicologia social – Ellen entregou vasos de plantas a dois grupos de moradores de asilos. O grupo 1 ficou responsável ​​por manter a planta viva. Também, ficou incumbido de planejar os horários das refeições, banhos e outras atividades. No grupo 2, os vasos de plantas ficaram ao encargo dos enfermeiros e os idosos não tiveram influência na definição dos horários. Dezoito meses depois, morreram o dobro de pessoas do grupo 2 quando comparados ao grupo 1, que tinham o propósito de cuidar das plantar e planejar os horários. Conclusão: Para Ellen, isso era evidência de que o modelo biomédico da época – que a mente e o corpo estão em trilhas separadas – estava equivocado. Acreditava-se que “a única maneira de adoecer seria com a introdução de um agente patogênico e a forma de melhorar, eliminá-lo”, disse. Ellen chegou à conclusão de que a cura necessita de um “agente” psicológico – algo que faça o corpo tomar medidas autocurativas. Leia o artigo completo aqui .

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Boas amizades proporcionam mais saúde

A qualidade das amizades – e não quantidade – traz benefícios físicos e psicológicos à saúde

28 de Outubro de 2019


A longevidade é uma questão que intriga o mundo. Ao mesmo tempo em que os pesquisadores soviéticos estudavam os centenários abecasianos na década de 1930, os americanos da Universidade Harvard lançavam um dos mais longos estudos contínuos sobre longevidade.

Em 1938, o Estudo de Desenvolvimento de Adultos de Harvard começou a rastrear o bem-estar de 268 estudantes do sexo masculino da universidade. Na época, a escola da Ivy League era toda masculina. Ao longo dos anos, o estudo foi expandido com a inclusão das esposas e dos filhos dos estudantes iniciais.

Oito décadas

Os participantes responderam a entrevistas e questionários sobre a vida e a saúde, atualizados ao longo do tempo. “Após 80 anos de acompanhamento, o estudo descobriu que riqueza, classe social, genética e QI não são tão importantes para a longevidade quanto a felicidade proporcionada no relacionamento dos amigos, da família e da comunidade”, afirma Robert Waldinger, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Harvard e quarto diretor do estudo.

"A descoberta é surpreendente. As pessoas que estavam mais satisfeitas em seus relacionamentos aos 50 anos eram as mais saudáveis aos 80 anos.” As relações pessoais são o melhor indicador de saúde do que níveis de colesterol, por exemplo. Segundo Waldinger, “relações próximas de qualidade parecem proteger dos problemas do envelhecimento. Relacionamentos são superimportantes.

Eles estão lá em cima, para além de não fumar, não abusar de drogas, fazer exercícios e dieta.” George Vaillant, o diretor anterior do estudo, reforça a opinião de Waldinger: “A chave para o envelhecimento saudável é relacionamentos, relacionamentos, relacionamentos.”

Outro estudo longitudinal examinou o papel das redes sociais nas pessoas com 20 e 30 anos durante três décadas. Descobriram que aos 20 anos, a quantidade das interações sociais é mais importante que a qualidade, mas que ao chegar nos 30 anos, a relação se inverte. Todos são, no entanto, importantes na esfera psicossocial da meia-idade.

Impacto físico

Os estudos apontam para o efeito positivo psicológico como para o fisiológico. “Começamos a perceber que isso é uma coisa real, que, de alguma maneira, o número de relacionamentos e a qualidade deles, na verdade, meio que entra no seu corpo e faz a diferença”, diz Waldinger.

Relacionamentos de qualidade ajudam a diminuir inflamações no corpo, que é um precursor de muitos tipos de doenças. Há também evidências ligando a qualidade dos relacionamentos com o comprimento dos telômeros (capa proteica do material genético). Quanto mais longos essas estruturas são, maiores os períodos de saúde. “De fato, casais casados ​​tendem a ter os mesmos comprimentos de telômero.”

Solidão mata

A palestra de Waldinger em 2015 sobre o tema “O que faz uma vida boa?” foi vista mais de 21 milhões de vezes. “A mensagem mais clara que recebemos deste estudo é a seguinte: bons relacionamentos nos mantêm mais felizes e mais saudáveis ​​– ponto final”, diz ele, que destaca as três grandes lições sobre relacionamentos que aprenderam no estudo:

1. “As conexões sociais são realmente boas para nós e a solidão mata”. 2. “É a qualidade dos relacionamentos íntimos que importa”. 3. “Boas relações não protegem apenas o corpo, elas protegem os cérebros” (por exemplo, deixa a memória mais nítida e mais longa). 

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