Se você teve acesso à Internet nos últimos dias, então soube da tragédia que assolou o estado do Rio Grande do Sul.
23 de Maio de 2024
Se você teve acesso à Internet nos últimos dias, então soube da tragédia que assolou o estado do Rio Grande do Sul. Se ligou a TV, sintonizou o rádio, conversou com o taxista: você sentiu a tristeza das notícias que não pararam de chegar, cada vez maiores, cada vez piores.
Um sentimento em comum nos invadiu por completo: como posso ajudar diante de um acontecimento que parece maior e mais forte do que todos os nossos braços juntos? Como não se sentir pequeno e impotente diante de algo que certamente entrará para a história?
E então, fizemos o que fazemos de melhor: nos unimos. A solidariedade ganhou a força de um gigante, tão gigante quanto esse país, quanto esse povo. Cada centavo contou, cada meia esquentou, cada post convidou mais gente a se juntar a essa causa que não era mais local - nunca foi. As chuvas caíram sobre um estado, mas molharam a todos nós que nos vimos mergulhados em uma vontade intensa de ajudar.
Não sabemos o futuro, é impossível prevê-lo. Mas ficamos com esse aqui e agora que deixou marcas profundas em todos nós. E esperamos que isso tudo se torne passado um dia, exceto essa solidariedade genuína que nos lembrou que sermos humanos é inevitável e que a empatia é mesmo contagiosa.
São muitas as lições que devemos aprender, mas a mais importante delas é não esperar para estender a mão a quem está desesperadamente querendo segurá-la. O toque das duas palmas, acredite, é magia para todos os envolvidos.
Para Inspirar
O estresse é parte do nosso cotidiano. Mas como fazer dele seu aliado, segundo ensinamentos do psicólogo Ben Shahar?
24 de Julho de 2020
Estresse, palavra tão conhecida e amplamente utilizada pelo vocábulo moderno - e que gera arrepios diante de sua mais breve menção ou possibilidade de acontecer. Isso porque, para o dicionário “popular”, estresse é sinônimo de irritação, desestabilização ou exposição à um alto nível de perturbação emocional.
Mas para o neurologista Fabiano Moulin, em sua entrevista para o Portal Plenae, o estresse “nada mais é do que uma tentativa do nosso cérebro de se reorganizar.” Isso pode acontecer em diferentes intensidades, é claro, mas nem sempre precisa ser algo traumático.
É o que diferentes especialistas acreditam e pregam hoje em dia, sobretudo o psicólogo israelense Tal Ben-Shahar, também conhecido como “professor da felicidade” na Universidade de Harvard, e um dos convidados do evento Plenae em 2018 (você confere vídeo de sua participação aqui).
O autor de best-sellers como “Seja Mais Feliz” e “A ciência da felicidade” reúne, em seus escritos e palestras mundo afora, alguns ensinamentos sobre o bom equilíbrio entre doses de estresse cotidianas e inevitáveis e a busca da tão sonhada calmaria e felicidade.
Para ele, estamos estudando há muito tempo os fatores que nos geram estresse, mas não as condutas que temos diante desses episódios. E pode ser justamente aí que mora a “cura” para a epidemia do século, segundo palavras do próprio.
Conheça alguns de seus principais ensinamentos a seguir!
Em seu curso de Psicologia Positiva, em Harvard, esse era um dos primeiros tópicos abordados em sua aula. Para o psicólogo e também filósofo, “quando negamos as emoções dolorosas e negativas — que são naturais, elas se intensificam”.
Para ele, ter espaço na vida onde possamos ser autênticos e com boas doses realistas, é imprescindível. Isso porque a ausência desse local é justamente o que acaba comprometendo nossa felicidade e até nossa saúde, gerando altos níveis de estresse e culminando em possíveis comorbidades emocionais, como o burnout (esgotamento físico e mental).
Se permita ser humano e entenda que nosso cérebro precisa dessas nuances emocionais para criar métodos comparativos. É a velha história de só saber o que é bom quando se conhece o que é ruim. Não há arco-íris sem chuva, lembre-se.
Para o estudioso, uma das descobertas mais relevantes na ciência nas últimas duas décadas no que diz respeito aos estudos da mente é bem simples: o estresse não é o problema. Ele é, na verdade, parte do nosso sistema defensivo do organismo.
Há algo mais danoso do que ele, e é também uma queixa constante da sociedade: a falta de tempo. Não há um período de recuperação entre um momento de estresse ou outro, e eles acabam por se acumular, o que prejudica demais o equilíbrio físico e mental.
Para ele, “as pessoas mais bem sucedidas, mais saudáveis e mais felizes experimentam o estresse como todos nós, mas encaixam momentos para recuperação na rotina estressante.” É justamente nesses intervalos que moram a reenergização da nossa vida.
Para ele, se nós, seres imediatistas em uma era globalizada e urgente, prestássemos mais atenção às nossas escolhas em diferentes universos, colheríamos bons resultados posteriormente. Além disso, enxergar esse momento da escolha como algo natural e saudável também evitaria o famigerado sofrimento por antecipação.
É importante também perceber quando você esteve mais feliz. O que você estava fazendo? Com quem estava? O contrário também vale: qual era sua atitude em momentos de estresse? Essa lição de casa sobre si mesmo pode te ajudar - e muito! - na hora de tomar decisões.
A grande lição é: valorize essas trocas, seja com quem for. Elas exercem um grande poder sobre nossos dias e sobre quem somos e como lidamos com as situações ruins. Além disso, são para elas que corremos quando estamos desequilibrados emocionalmente, e é preciso que elas sejam sólidas para que sejam de grande valia nesses episódios.
Em tempos de pandemia, ficou ainda mais evidente que, apesar da grande ajuda que a tecnologia exerce para nos manter perto, ela não substitui o contato humano. Prova disso é a já comprovada “fome de pele”, estudada por neurologistas e mencionadas aqui nessa matéria.
Há níveis de recuperação do estresse, como meditação, caminhada, exercícios físicos, sair com amigos, ter boas noites de sono, estar mais offline, tirar dias de folga e viajar. É claro que a nossa rotina não consegue permitir todos de uma vez, mas que tal incluir o que se encaixa, devagar, em seu dia a dia?
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