As memórias juninas

As primeiras notas da sanfona não nos deixam mentir: é tempo de festa junina!

24 de Junho de 2024


As primeiras notas da sanfona não nos deixam mentir: é tempo de festa junina! É tempo ainda de celebrar a união dos povos, de todos os santos e do nosso país, onde tudo vira motivo para semear a alegria e, por que não, uma boa comida. E afinal, quem é que não guarda no peito uma boa lembrança que envolva quermesse? 

O barulho das biribinhas, acompanhados de risos estridentes das crianças travessas que ganharam muitas caixinhas dessas na pescaria. Suas primeiras coreografias dos primeiros anos, que procuram com seus olhinhos suas mães e pais orgulhosos e posam para as fotos ostentando suas pintinhas e bigodes falsos.   

A cartinha inesperada que o correio elegante te entregou e que causou um sorriso instantâneo. Olhar a quadrilha se formando ao redor de uma fogueira - real ou fictícia - pouco importa, afinal, a sua presença ali é como um imã, cuja única finalidade é reunir, nunca separar.  

O grito de "bingo", tão alto e tão vitorioso que corta até mesmo o sertanejo mais alto tocando na caixa de som. As roupas, as estampas xadrez e os chapéus, as botas e os cintos, a vontade de entrar na brincadeira e estar dentro do tema que mora um pouco em todos que frequentam esse espaço, até mesmo nos mais céticos. O cheiro do quentão que se espalha pelo ar e parece nos aquecer antes mesmo do primeiro gole. O milho em suas mais variadas formas, democrático como essa festa que é na rua, feita por todos e para todos.  

E se dá seja dentro de uma escola, no pátio atrás de uma igreja e em uma rua sem saída, organizada por uma associação de moradores: são muitas as mãos envolvidas nessa celebração que dura um mês e deixa sempre um gosto de quero mais. Viva São João, a festa junina e as brasilidades todas que nos une e nos faz sentir um só! 

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Para Inspirar

Avós voltam ao trabalho

Conheça a história de avós que voltaram a trabalhar e relatam como a atividade influenciou em suas vidas

21 de Dezembro de 2018


Na vitrine da loja no número 124, da Rua do Poço dos Negros, em Lisboa, chama a atenção senhoras ativas concentradas no tricô, no crochê e nos bordados. Entre linhas e agulhas, percebe-se que são pessoas de bem com a vida. Esse é o espírito do projeto A Avó Veio Trabalhar, que reúne mulheres acima dos 65 anos para produzir objetos de design. À frente da iniciativa estão Susana António, designer, e Ângelo Campota, psicólogo. Ela voltou de uma temporada em Milão resolvida a fazer algo pelo design português. Ele estava tocado com a questão da ocupação do tempo na terceira idade. Nesse contexto, em setembro de 2014, nasceu o projeto com o objetivo de reintegrar as senhoras do Cais do Sodré a uma vida em comunidade, fugindo dos convencionais programas sociais para idosos. O projeto começou com 12 integrantes. Susana e Ângelo propunham aos idosos sair da inércia com desafios criativos. Começaram criando luvas em cores que as senhoras não costumam usar – como tons fluorescentes – e sugerindo bordados que elas mal conheciam, como caveiras mexicanas. “Elas não estavam acostumadas e contestavam”, recorda-se Ângelo. Mais que uma segunda casa. Em 2014, eram 30 participantes. “Elas começaram a convidar vizinhos e amigos e o grupo foi crescendo”, conta Ângelo. Mas foi quando mudaram para a loja-ateliê com vitrine na Rua do Poço dos Negros que o projeto pôde dar passos mais largos. “Com a loja, começaram a chegar novas avós. Muitas vezes as famílias passam, conhecem o projeto e depois trazem a avó”, explica Ângelo, que hoje coordena o trabalho de 70 senhoras em três polos de Lisboa– a Praça São Paulo, onde tudo começou, na Rua Poço dos Negros e em Campo de Ourique. São pessoas, segundo ele, que querem se manter ativas no lugar de ficarem pensando na morte. “Muitas preferem estar aqui do que em casa”, diz Ângelo. Em plena tarde de uma quinta-feira de inverno em Lisboa, o movimento na loja-ateliê é intenso. Umas vão pegar linhas para novos projetos, outras chegam para aprender pontos de bordados. As agulhas não param, nem a conversa. Elas falam, riem, implicam umas com as outras. Sem juízo de valor, religiões ou ideologias em pauta, a alegria naquele espaço contagia e reverbera. Integradas ao hype de Lisboa. O impacto que o projeto tem na vida das participantes vai além de ocupar o tempo das idosas. A vitrine cheia de peças descoladas mostra que aquelas senhoras estão integradas ao processo de modernização do bairro, um dos que mais vem sofrendo com a mudança da população em um processo de gentrificação, que atinge a nova e hype Lisboa. Além disso, elas se envolvem em diversos projetos da cidade, como o festival de cinema DOC Lisboa, o fim-de-semana cultural Festival Silêncio e até mesmo a marcha LGBT da cidade. “Havia uma senhora de 80 anos que lutou pelos direitos dos homossexuais. Elas despertaram, cresceram como pessoas”, orgulha-se Ângelo, que diz que “é nos lugares mais estranhos que as avós querem estar”. A média de idade do grupo é de 75 anos. Há apenas uma avó com 57 anos, mas fisicamente debilitada. Já a mais velha do grupo tem mais de 90. Apesar do nome, não é um projeto só para mulheres. Há até um avô que faz tapetes. Mas há planos para criar projetos que envolvam marcenaria e outras atividades em que os homens se reconheçam mais. Leia o artigo completo aqui .

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