Para Inspirar

Conheça o conceito de lifelong learning

Conhecido em português como educação continuada, o lifelong learning traz benefícios diferentes para a sua vid

9 de Abril de 2020


Em janeiro de 2017, a gigante revista americana The Economist, cravou em sua matéria de capa o burburinho que logo começava a se tornar uma realidade: como sobreviver na era da automação? Através do lifelong learning , é claro, ou em tradução livre, a educação continuada, voluntária, automotivada e constante.

E o que é essa educação continuada afinal? Segundo a organização sem fins lucrativos
Lifelong Learning Council Queensland (LLCQ), a ideia central do termo é “um aprendizado que é perseguido durante a vida: um aprendizado que é flexível, diverso e disponível em diferentes tempos e lugares. O lifelong learning cruza setores, promovendo aprendizado além da escola tradicional e ao longo da vida adulta”.

Em um mundo inconstante, flexível e ágil como o nosso, não há mais espaço para o profissional que se restringiu somente à educação formal e básica. Isso porque ela se torna obsoleta em pouco tempo, além de demonstrar um desestímulo desse indivíduo a se manter em constante aprendizado.

O lifelong learner, como são chamadas as pessoas que aderiram ao conceito, são caracterizados como curiosos, e estão sempre buscando novas experiências que lhe tragam mais bagagem. O primeiro passo é, acima de tudo, reconhecer que o conhecimento não é linear - sobretudo àquele que nos foi passado nos nossos primeiros anos de vida.

O segundo passo é entender os quatro pilares fundamentais do lifelong learning, também cravados pela LLCQ:
aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser. O primeiro pilar diz respeito a atitude interior, ou seja, como você encara o conhecimento que se apresenta a você. Você está se beneficiando das oportunidades de educação que se apresentam ao longo da vida?

O segundo pilar é o misto de aprendizado técnico que determinada função possa demandar, mas também aprender a performar o seu melhor desempenho nas situações mais diversas da vida. Conhecer as suas limitações e seus
modus operandi pode te ajudar nessa jornada.

O terceiro pilar talvez seja o mais autoexplicativo. Aprender a conviver é, sobretudo, desenvolver sua inteligência emocional e gerenciamento de conflitos. Trabalhar em equipe, por exemplo, pode ser um dos pontos a se desenvolver, mas não somente isso. Entender que seus projetos de vida muitas vezes podem assumir outros formatos e fugir de suas mãos é também uma lição árdua e necessária para o resto da vida.

Por fim, o último pilar: aprender a ser um lifelong learner é uma junção de todos os outros pilares que, ao final, farão desse indivíduo alguém naturalmente autônomo, com mais discernimento, responsabilidade social, independência e liderança. Saber ser diz respeito a querer ser, é absorver para si o interesse inato e espontâneo pelo eterno conhecimento.

Isso quer dizer então que devo ter muitos diplomas universitários? Não necessariamente. Ter ou não uma graduação é, ao contrário do que muitos pensam, cada vez mais irrelevantes. Personalidades como Bill Gates e Steve Jobs, por exemplo, nunca concluíram seus estudos superiores, mas nunca abandonaram a sede do saber.

Uma pesquisa conduzida pela americana
Pew Research Center, e apresentada na matéria do The Economist,  provou que apenas 16% dos americanos consideram um curso de 4 anos efetivamente preparatório para os alunos de um trabalho de alto rendimento na nossa economia moderna. Além disso, 54% deles acreditam que será essencial desenvolver novas habilidades ao longo da sua vida profissional.

Portanto, aposte em cursos de atualização, pós-graduações, especializações e até modelos curtos e à distância de conhecimentos gerais. Os cursos no modelo EAD, aliás, podem ser uma boa saída não só financeira, mas também para quem reclama de falta de tempo. Segundo os
dados mais atualizados do Censo de Educação Superior 2018, pela primeira vez na história as vagas de ensino superior à distância superaram as vagas de ensino presencial.

Como comentou a empresária Ana Maria Diniz, uma das mantenedoras do
Instituto Singularidades, em sua coluna no Jornal Estadão, “A única maneira de se preparar para os desafios constantes e voláteis decorrentes da revolução digital  é romper com as amarras das convenções e passar a compreender a aprendizagem não como uma tarefa que deve ser realizada em um número determinado de anos, durante uma fase específica da nossa vida, mas como um projeto de longo prazo que começa na primeira infância e não tem data para acabar.”

BENEFÍCIOS
Ser um lifelong learner pode te trazer muito mais do que “apenas” conhecimento.

  • Estar preparado para os desafios do novo mundo, não somente os desafios práticos e tangíveis, como o próprio conceito de desafiar-se, ser sempre sua melhor versão e estar preparado para o que vier.
  • Se manter atualizado pode te trazer retornos financeiros, afinal, as vagas de emprego demandam cada vez mais diferentes skills e um profissional com bagagem sempre chama mais atenção.
  • Estudar traz propósito de vida, como explicamos aqui nessa matéria. Isso faz com que você mantenha sua mente ativa e operando sempre em sua plena capacidade, além de alimentar seus sonhos e planos.
  • Cursos são compostos por alunos, e seus colegas de classe podem ser ótimos contatos para manter sua rede de networking ainda mais atualizada e recheada de nomes importantes para sua trajetória.
  • Estudar demanda organização, e ela pode se refletir no seu dia a dia de trabalho. Além disso, o estudo traz á tona um espírito de liderança pessoal, seu com a sua vida, que pode também refletir positivamente na sua rotina e na sua equipe.
  • Por fim, estudar pode fortalecer uma atitude empreendedora. Isso porque, da mesma forma que um estudante se depara frequentemente com novos desafios e encara todos eles de frente, o empreendedor também faz isso diariamente, executando atividades que nem mesmo estão sob sua alçada.
Mude sua forma de pensar e receba o conhecimento constante como uma realidade de vida. A transformação deve e irá vir sempre da ponta de nossas canetas. E divirta-se! Afinal, nada mais dinâmico e espontâneo do que estar sempre em constante aprendizado.

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Para Inspirar

Izabella Camargo em “Uma dor invisível”

Na terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias para Refletir, conheça a jornada de resistência e limites de Izabella Camargo

27 de Dezembro de 2020


Leia a transcrição completa do episódio abaixo:

[trilha sonora] Izabella Camargo: A Síndrome de Burnout é um conjunto de sinais e sintomas relacionados ao excesso de trabalho. Essa é a definição da Organização Mundial da Saúde. Já, na minha definição, burnout é a ausência de si mesmo. A pessoa ama tanto o que faz, que não vê problema em trabalhar demais, em deixar de dormir, de conviver com a família, por exemplo, pra trabalhar. Eu colocava o trabalho na agenda antes de mim mesma. Só que pra acumular mais e mais tarefas, eu tinha que abrir mão de muitas coisas. Nesse caso, das minhas horas de sono. Eu ultrapassei tanto os limites físicos e mentais, que cheguei ao ponto de receber o diagnóstico da Síndrome de Burnout. E esse diagnóstico mudou a minha vida. [trilha sonora] Geyze Diniz: Abrindo mão do sono, trabalhando madrugadas adentro e com a sensibilidade à flor da pele, o corpo e a mente da jornalista Izabella Camargo chegaram ao limite. A partir do diagnóstico de Síndrome de Burnout, Izabella se recolheu para recuperar a saúde. Neste processo, se reconectou com o próprio corpo, reorganizou suas prioridades e conquistou uma vida com mais sentido. Ouça no final do episódio as reflexões da professora Lúcia Helena Galvão para ajudar você a se conectar com a história e com você mesmo. Eu sou Geyze Diniz e esse é o Podcast Plenae. Ouça e reconecte-se. [trilha sonora] Izabella Camargo: Eu sempre fui uma pessoa de sono fácil, daquelas que encosta a cabeça no travesseiro e apaga, sabe? Eu deitava às 10 da noite e levantava às 5 ou 6 da manhã sem despertador, olha que beleza! Eu sou do dia, então eu durmo cedo e acordo cedo. Eu vivi essa rotina de sono na maior parte do tempo até 2014, quando eu passei a trabalhar no telejornal Hora Um, que começava às 5h da manhã ao vivo na TV Globo. Por quatro anos, até o burnout e ser dispensada, eu precisava acordar meia-noite, uma ou duas da manhã. Só que para acordar meia-noite, por exemplo, eu tinha que dormir às 5h da tarde. Então, tente imaginar como é se deitar às 5h da tarde com o barulho da cidade, o calor, a claridade desse horário, especialmente no verão. Mesmo assim, com todas essas dificuldades, eu fiz de tudo para tentar me adaptar a essa dinâmica de vida.  Eu mudei do 3º pro 16º andar do prédio para ter menos barulho, mas não adiantou. Eu adotei um ritual pro cérebro desligar, tomando banho morno e bem demorado, muito chá de camomila, florais, meditação … Nada disso funcionou. Até que eu comecei a tomar remédios pra dormir. E ainda assim, não deu certo. Às vezes eram oito da noite e eu ainda nem tinha conseguido dormir. Fritava na cama. E aí, eu fazia a conta: 8, 9, 10, 11, meia-noite. Daqui 4 horas eu preciso levantar. E aí, o cérebro não desligava mesmo. Resultado: eu passei a dormir muito pouco e muito mal. E a privação do sono por muito tempo fez a minha mente e consequentemente o corpo saírem do eixo. [trilha sonora] O meu corpo começou a mandar sinais que algo não ia bem. O primeiro aviso veio pelo estômago. Tudo o que eu comia e bebia inflamava o meu estômago. Eu procurei uma nutricionista e depois um gastroenterologista. E aí, os alimentos levaram a culpa. Eu cortei lactose, café, como se a comida fosse a minha inimiga. E aí, vieram outros problemas de saúde. Problemas na pele, manchas, queda de cabelo, taquicardia. A privação de sono também atrapalha a recuperação venosa. Eu já acordava com as pernas inchadas e tive que fazer uma cirurgia pra retirar a safena esquerda. Os meus exames foram ficando completamente desregulados. O cortisol, por exemplo, que é o hormônio do estresse, chegou a 31, enquanto o máximo estabelecido para mulheres é de 18.  Agora, o curioso é que e não negligenciei nenhum sintoma, tá? A cada sinal de descompasso, eu procurava um especialista. Todos os profissionais diziam que o meu problema estava relacionado ao horário de trabalho e o que eu fazia nessas horas de trabalho. Eu já fazia terapia cognitivo-comportamental há muito tempo. Eu sempre cuidei da espiritualidade, então não faltou Deus, não faltou psicólogo, não faltou exame médico, remédio, não era alimentação. Faltou apoio profissional mesmo para mudar aquela situação, eu pedi pra mudar de horário, mas eu não fui ouvida. Quando eu dizia pros outros o que estava acontecendo, sabe o que parecia? Reclamação. Mas na verdade, hoje eu vejo que eu estava pedindo socorro. [trilha sonora] Pra fazer televisão ao vivo, você precisa estar com o raciocínio ágil, porque você tem pouco tempo pra falar muita coisa. E eu trabalhava em três telejornais praticamente simultâneos. Já fazia um mês que eu estava muito mal, com o braço esquerdo adormecido, que, depois eu descobri, era um sinal perigosíssimo de infarto. Até que naquele dia 14 de agosto, às 6 e pouco da manhã, eu falava da previsão do tempo para algumas capitais do país. Quando chegou no Paraná, que é o meu estado natal, eu travei. Eu não consegui avançar na palavra “Curitiba”, eu não lembrava da palavra "Curitiba". E mais do que isso: eu não sabia onde eu estava, quem eu era, nem pra onde eu ia.  Se eu não estivesse com tantos problemas de saúde, aquele apagão teria passado batido, como outros passaram. Afinal, eu só esqueci a palavra “Curitiba”, não é? Mas ali não era um lapso de memória: era um ultimato. Quem rege o corpo é a mente. E o meu cérebro já tinha dado todos os sinais de que algo não ia bem. Com aquele apagão, ele quis me dizer: “Agora deu, né?” [trilha sonora] Assim que acabou o jornal, eu fui ao psiquiatra. E foi ali, que eu descobri que eu estava vivendo a temida Síndrome de Burnout. Receber aquele diagnóstico foi como levar uma pancada na cabeça. Como assim, doutor? [trilha sonora] O tratamento começou pelo afastamento do ambiente estressor. Na minha licença, eu chorei demais, fiquei confusa, senti angústia e muita culpa por ter deixado chegar naquele ponto. Ainda mais porque o burnout é um desequilíbrio invisível, então além de cuidar da minha saúde, eu ainda gastava muita energia, muito tempo e muita saúde tendo que compreender os julgamentos alheios. Eu ainda tive a sorte de contar com o apoio do meu marido, da minha mãe e de algumas amigas, que se mantiveram ao meu lado. O suporte emocional é tão ou mais importante que o tratamento. Eu recomendo para quem convive com pessoas que estão passando pela Síndrome de Burnout que não forcem a barra. Na minha opinião, a melhor maneira de oferecer ajuda é dizer: “Quando você estiver confortável, eu estou aqui para te ouvir, tá?”. Ou: “Como eu posso te ajudar?”, respeitando o tempo daquela pessoa. O meu marido soube fazer tudo isso e foi extremamente importante pra que eu não pirasse ainda mais. [trilha sonora] Mas daí, depois do laudo do perito do INSS, eu voltei ao trabalho depois de dois meses e 15 dias, mas sem estar totalmente recuperada, tá? Quantos anos levaram pra eu chegar naquele estado? Então a cura não viria de um mês pro outro. Mas o meu comprometimento com a carreira era tão grande, que eu não vi problema em me restabelecer trabalhando.  No mesmo dia em que eu retornei à emissora, eu fui demitida. Se eu tivesse o conhecimento que eu tenho hoje, dos direitos e responsabilidade do empregador sobre problemas ocupacionais, das leis, aquela demissão não teria acontecido da forma como foi. Por isso eu estou aqui pra te dizer: informação é tudo. [trilha sonora] Eu passei a estudar o burnout e a falar com quem recebeu o diagnóstico. Já entrevistei mais de 4 mil pessoas. Totalmente diferentes, mas com as mesmas dores. Aprendi também que burnout é um nome novo para um problema antigo. Burnout já foi chamado "neurastenia" em 1869. Naquela época, gente, que não existia nem luz elétrica, mas a sociedade já estava estressada pelo excesso de modernidade. [trilha sonora] A síndrome é cercada de julgamento e preconceito porque, por muitos séculos, medidas higienistas tacharam como loucos pessoas com qualquer desequilíbrio mental, de lapso de memória a esquizofrenia. Eu descobri que a intolerância a uma dor invisível é muito grande. A família não sabe como lidar, muitos médicos têm dificuldade para fazer o diagnóstico. Mas sabe também o que eu aprendi? Que quando você vive uma experiência com burnout, você não é um profissional ruim. Você só está vivendo um momento ruim. O burnout atinge pessoas que, como eu, amam o que fazem, são idealistas e aí, por trabalharem tanto, se negligenciam. A Síndrome do Burnout acomete pessoas que trabalham demais não só para os seus padrões, mas para os padrões de todo ser humano. Não é à toa que a lei estabelece uma jornada de 8 horas. A gente sabe que existe uma cultura de valorização do workaholic, não é? É o máximo dizer que a gente tá sem tempo, porque tá trabalhando muito. Mas, me conta uma coisa, se não é legal falar de vício em drogas, cigarro, por exemplo, vício em trabalho pode? Tá tudo bem?   [trilha sonora] Hoje, eu faço um trabalho de prevenção, pra mostrar que a Síndrome de Burnout é só um freio, não é o fim. Dependendo da humildade da pessoa em reconhecer o diagnóstico, esse freio, essa pausa para o tratamento pode ser momentâneo, e não pra sempre. Atualmente, eu, Isabella, não preciso mais de remédio. Sou saudável, mesmo com um problema de saúde, aliás, isso é muito importante a gente dizer. E já sei que meu gatilho é excesso de trabalho como o diabético sabe que o gatilho é alimentação. simples assim. Eu entendi que se eu tiver uma agenda em que eu não consiga dormir direito, em que eu fique emendando um compromisso no outro, isso vai me deixar enjoada com a vista turva … Quando percebo que eu estou passando do meu limite, aí eu tenho que dizer "não", não pra mais trabalho, não pra entrevistas, não pra mais compromissos. Eu preciso dizer "não". Eu preciso treinar, lembrar que dizer "não" é o que vai me proteger do burnout.  [trilha sonora] Eu acredito que o fato de ter tornado público o diagnóstico de burnout tenha contribuído muito para trazer o tema pra pauta positiva. Saúde mental, a gente sabe, sempre foi o patinho feio das conversas. Mas em 2020 já entendemos que não é bem assim, não é? As 4 mil pessoas com quem conversei me dão força para continuar com a minha missão, porque uma informação correta pode transformar o futuro de uma pessoa que está chegando à exaustão. Uma informação correta tira alguém do sofrimento. Todos os dias recebo comentários ou pedindo ajuda ou agradecendo por alguma informação que eu tenha compartilhado. [trilha sonora] Hoje, eu luto com unhas e dentes pelas minhas horas de sono e também luto com unhas e dentes para lembrar que as suas horas de sono também são essenciais. São nas horas de sono que a gente recarrega a nossa bateria, de tão simples que é, eu sei que incomoda. Mas, eu repito, dormindo bem, você vive bem. Pode confiar. [trilha sonora] Lúcia Helena Galvão: Competição é palavra de ordem na pauta do dia. Êxito e sucesso só podem vir daí, ainda que o ponto mais alto do pódio possa ser um lugar bem solitário e não tão glamuroso quanto se pinta. O que a Iza começou cedo a perceber foi que este tipo de vida profissional utiliza o efeito torniquete, aperta sempre um pouco mais tirando o fôlego, a respiração, o sangue, a vida … Mas sempre exigindo que se mantenha uma boa aparência e um sorriso nos lábios até o fim. Aí vem o drama da doença invisível, negada e ignorada por tantos. Nós sabemos que o burnout é o irmão caçula de uma lista de doenças invisíveis, que incluem a depressão, a ansiedade e outras. Onde o doente parece não ter nada e estar simulando o próprio sofrimento. Isso faz com que a dor, que já é muito pesada, chegue ao nível do insuportável. Mas a terapêutica que ela empregou é altamente eficiente e sem contra indicações. Acolheu o sofrimento dos outros, discutiu, orientou, posicionou-se, comprometeu-se. Altruísmo é sempre analgésico de alta potência que não só alivia, mas pode até extinguir a dor. E aí está nossa Izabella, profissional como sempre, realizada, curada de burnout, mas severamente contagiada de humanidade. [trilha sonora] Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae. [trilha sonora]

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