Para Inspirar
Conheça a história de um médico que descobriu seu propósito depois de uma experiência familiar, na décima quarta temporada do Podcast Plenae.
19 de Novembro de 2023
Leia a transcrição completa do episódio abaixo:
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Fernando Korkes: Muitos médicos são treinados somente para avaliar o que é possível fazer pelo paciente e não o que faz sentido fazer. Isso ficou muito claro pra mim, quando a minha mãe foi diagnosticada com câncer. Eu sou urologista especializado em oncologia. Viver na pele o papel de filho de uma pessoa com câncer mudou a minha maneira de encarar o tratamento da doença.
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Geyze Diniz: Fernando Korkes está acostumado a lidar com o câncer. É o dia a dia dele como oncologista. Mas, quando a sua mãe foi diagnosticada com um tipo raro de melanoma, ele se viu em outra posição. Em vez de médico, Fernando passou a ser acompanhante de paciente. Essa nova perspectiva impactou não só a vida dele, mas a de centenas de pessoas pelo Brasil através de sua atuação. Eu sou Geyze Diniz e esse é o Podcast Plenae. Ouça e reconecte-se.
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Fernando Korkes: Eu vivi um dos piores dias da minha vida em 2016. Era um domingo ensolarado, que tinha tudo para ser, na verdade, um dia gostoso. Eu estava no clube com a minha esposa e com meus filhos, quando a minha mãe me mandou uma mensagem.
O texto dizia mais ou menos assim: “Acho que meu exame deu alguma coisa esquisita. Queria que você desse uma olhada”. A minha mãe era bem direta ao ponto, uma pessoa mais de ações do que de palavras. Eu puxei isso dela. Junto com a mensagem, ela encaminhou o arquivo de um exame.
Era uma biópsia do colo do útero, que vinha com o diagnóstico de melanoma, um tipo de câncer de pele agressivo. Na hora, eu pensei: “Tem alguma coisa errada aqui. Não, não é possível”. Porque eu sabia que existia melanoma e sabia que existia câncer de útero. Mas melanoma na mucosa da região genital é muito improvável. É mais comum ver um laudo errado do que um diagnóstico tão raro.
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Quando eu cheguei em casa, entrei no site do laboratório e revirei todos os resultados da minha mãe. Tinha a imagem de uma colposcopia, um exame ginecológico, que realmente mostrava uma coisa estranha no local da biópsia. Aí a história passou a fazer sentido. O laudo apontava que tinha uma metástase em trânsito, ou seja, a doença já estava se espalhando pela região pélvica.
Na minha cabeça, começaram a vir números. Em oncologia, trabalhamos muito com estatísticas. É uma especialidade complexa e foi justamente isso que me encantou nessa área. O câncer não é uma doença só. Na verdade, são centenas de doenças que levam o mesmo nome. E existem cada vez mais formas de tratamentos disponíveis.
Ninguém tem bola de cristal, mas os estudos mostram pra gente qual é a chance de sucesso de cada tratamento pra cada tumor. Antes de propor uma estratégia terapêutica pro paciente, a gente olha pros números. A grande maioria dos tumores que eu trato, como próstata, bexiga e rim, são curáveis. O câncer de testículo, por exemplo, tem mais de 98% de chance de cura. Só que a situação da minha mãe era diferente.
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Eu comecei a revirar a literatura médica sobre casos como o dela. É um diagnóstico tão raro, que não tem muitos estudos a respeito. Mas, quando eu fui cruzando os dados que eu encontrei, eu calculei que a chance de cura dela era de menos de 4%. A minha mãe tinha 62 anos.
Era uma mulher independente e com muita energia, que adorava o trabalho dela. Sempre foi uma pessoa saudável. Nunca fumou. Praticou atividade física a vida toda. Muito antes de se falar em quinoa e chia, isso já era uma realidade na minha casa. Como uma pessoa relativamente jovem e com esse histórico podia ter um diagnóstico tão violento?
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Perder a mãe é o curso natural da vida, mas ninguém nunca está pronto pra isso. Eu não estava. Quando eu vi essa possibilidade no horizonte, caí direto no fundo do poço. Dizem que os fantasmas vêm à noite. Os meus me fizeram passar a madrugada em claro. Os pensamentos oscilavam entre o medo da perda e o medo do que a minha mãe teria que enfrentar. Eu imaginei todas as cenas do filme até o final. Na minha estimativa, a minha mãe teria uns 17 meses de vida pela frente. E foi cravado o tempo que ela viveu depois do diagnóstico.
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No dia seguinte, eu liguei pro laboratório onde ela fez o exame e confirmei o resultado com o patologista. Não tinha mais dúvida. A situação, realmente, era gravíssima. Aí, eu comecei uma epopeia pra encontrar o médico que cuidaria da minha mãe. Eu até contei. Em uma semana, nós passamos por 32 consultas, exames e biópsias, antes de decidir o melhor caminho a ser seguido.
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Nessa fase, eu me vi do outro lado da mesa. Em vez de médico, eu era acompanhante de uma paciente. E aí ficou nítido para mim que a medicina às vezes olha a doença e pensa em como tirá-la. Só que nem sempre essa abordagem é a melhor praquela pessoa. Um dos médicos com quem a gente se consultou, por exemplo, sugeriu uma cirurgia mutiladora. Mas, o fato é que aquela cirurgia não aumentaria a chance de cura e pioraria a qualidade de vida. Então qual era o sentido?
Eu tive o privilégio de entender do assunto, de conhecer os melhores especialistas e de pesquisar tudo o que tinha de estudo pra essa doença no mundo. A estratégia que o cirurgião propôs não fazia sentido nenhum. A cura dependia mais da resposta das células aos remédios do que de uma operação ultra agressiva. A gente escolheu uma abordagem menos radical.
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Durante esses 17 meses, a minha mãe quis fazer uma pausa no tratamento pra viajar com a amiga pra Miami. Teve um baita furacão na Flórida e elas ficaram fugindo desse furacão de cidade em cidade. Foi uma aventura a viagem da vida delas. Eu cheguei a me questionar se ela não deveria tá fazendo quimioterapia em vez de passear. Mas entendi que esse raciocínio estava errado. A busca incessante por prolongar a vida não é, necessariamente, a decisão mais inteligente a se tomar.
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O lado romântico do câncer é que tanto o paciente quanto as pessoas ao redor dele podem se preparar pra finitude. Nesses 17 meses, eu me aproximei da minha mãe. Eu sou acelerado, faço um milhão de coisas ao mesmo tempo. É uma característica que eu puxei dela. Então, se você pega duas pessoas assim, a chance dos dois estarem sempre ocupados é de 100%. Quando eu me deparei com a finitude da minha mãe, eu encontrei tempo pra tá com ela.
Nas sessões de quimioterapia, nós dois ficávamos sentados fazendo nada, o que era raro antes. Nesses espaços de silêncio, surgiram as palavras. Foi um período em que eu refleti muito sobre a vida, sobre as minhas escolhas. Eu escrevia o que sentia e mostrava pra ela. Ela ficava orgulhosa. A minha mãe sempre foi uma pessoa que me estimulou demais. Se eu dissesse: “Eu quero aprender a falar francês”, no dia seguinte eu estava inscrito numa aula de francês. Com certeza, eu adquiri muitas habilidades porque ela me empurrou pra frente. Nessa época, eu tive oportunidade de falar: “Obrigado”.
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A minha mãe tentou tudo que a medicina podia oferecer. Ela fez cirurgia, quimio, rádio e imunoterapia, que era um tratamento novo na época. Quando ela estava bem debilitada, com novas metástases, a gente viajou para Israel, pra tentar um tratamento experimental extremamente duro, o TIL. Era a última cartada e ela não resistiu. Quando a minha mãe partiu, eu sofri, é lógico, mas me senti em paz. Eu já tinha vivido o luto no domingo em que ela me mandou o laudo do exame. Naquele dia, eu já sabia qual ia ser a parte mais assustadora do filme. Então, quando eu assisti o filme, o susto não foi tão grande.
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Um ano depois que a minha mãe se foi, eu recebi um convite pra coordenar o Serviço de Urologia Oncológica da Faculdade de Medicina do ABC. Eu cuidaria dos tratamentos de câncer urológico dos hospitais públicos da região do ABC, na Grande São Paulo. Era um trabalho voluntário. Na primeira reunião, eu ouvi um dado alarmante: quase metade dos pacientes operados com câncer de bexiga ali não sobreviviam.
Era uma projeção verossímil. Eu trabalhei em vários hospitais públicos e centros universitários. Conhecia bem essa realidade. A minha ideia pra mudar esse cenário foi criar um ambulatório e pedir pros hospitais da região mandarem pra gente as pessoas que precisassem ser operadas. Era uma espécie de quartel-general do câncer de bexiga.
Os pacientes, em algumas situações, precisam coordenar quimio, radio, imunoterapia, cirurgia e mais um monte de exames e orientações. O câncer de bexiga, assim como o melanoma uterino que minha mãe teve, é uma doença de tratamento extremamente complexo e que depende de uma grande coordenação do tratamento.
O sistema público é complicado, então as pessoas com frequência se perdem no meio do caminho. A gente começou a organizar esse fluxo, é um conceito que hoje chamamos de navegação. Eu acompanhei a minha mãe nessa jornada e sei que ela é dolorosa. Mas, a trajetória fica um pouco menos sofrida se alguém te ensina pra onde ir.
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A segunda medida foi mudar a forma de tratamento. O câncer de bexiga é uma doença que afeta, principalmente, idosos que fumaram a vida inteira. São velhinhos frágeis, que chegam com outras comorbidades. Muitas vezes, eles não resistem a uma cirurgia de grande porte. Uma abordagem radical não faz sentido nesses casos, assim como não fazia no caso da minha mãe.
Muitos pacientes que há cinco anos seriam operados da forma tradicional passaram a ser operados de maneiras menos invasivas e os resultados foram muito melhores. Assim nasceu o embrião do Projeto CABEM Mais Vidas. No começo, eu era sozinho. Depois, vieram outros urologistas, veio uma oncologista. Aí chegou uma nutricionista, uma enfermeira, uma farmacêutica, uma psicóloga, fisioterapeuta.
Hoje, nós somos 12 profissionais de saúde, todos voluntários, além de muitos estagiários. Nós já atendemos, diretamente, 230 pessoas. A gente conseguiu reduzir os índices de mortalidade em mais de nove vezes. As mortes caíram de quase 40% para menos de 3%. O CABEM Mais Vidas atravessou as fronteiras do ABC paulista. Os nossos dados saíram em revistas científicas e o modelo passou a ser replicado em hospitais públicos de Vitória, de Salvador, de Presidente Prudente.
Se a gente juntar os outros centros, a gente está falando de mais ou menos mil pacientes impactados pelo projeto. Claro que ainda queremos melhorar muito mais. Queremos agora começar a atuar mais no diagnóstico precoce desta doença no SUS, aumentar de 45% para 75% o diagnóstico feito em fases iniciais.
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Uma vez um amigo médico me perguntou: “Por que você aceita trabalhar em lugares assim? Se você ficar trabalhando de graça, nunca vão contratar ninguém”. Mas, pra mim, isso nunca foi uma questão. Felizmente, eu consigo pagar bem as minhas contas com o que eu recebo no meu consultório particular e consigo dedicar parte da minha agenda ao serviço público.
Eu não preciso usar todo o meu tempo livre pra ganhar o máximo de dinheiro que eu posso. Fazer o bem, doar, sempre foram valores que a religião judaica me ensinou, chamamos isto de Tzedaka. Quando vivi a história da minha mãe, não conseguia entender o porquê aquilo estava acontecendo comigo.
Mas, quando recebi o convite pra ir pro ABC, uma luz se acendeu e clareou para mim qual era o meu propósito. Pude unificar o que tenho de competências e conhecimentos, às minhas experiências pessoais e poder direcionar tudo isto pra ajudar o próximo e melhorar o sistema. Foi motivador pensar que existe um sentido maior no que eu estou fazendo aqui.
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Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae.
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Para Inspirar
Ainda que de início ela pareça difícil, com o tempo ela vai se tornando mais fácil, automática e muito benéfica para você
7 de Setembro de 2020
Refletir: verbo transitivo indireto e intransitivo que, segundo definição do dicionário moderno de português Michaelis, significa “pensar com calma e ponderação; atentar, considerar, pesar, ponderar, reflexionar”. É ter esse olhar demorado sobre um mesmo acontecimento, seja ele qual for.
Autoreflexão, portanto, é olhar para dentro de si, para suas atitudes cotidianas que possam ou não ter afetado o outro, com parcimônia e a demora que a prática pede. Ao ler essa frase, muitos de nossos leitores podem ter apresentado um bloqueio imediato.
Isso porque a prática realmente não é das mais simples. Como dissemos nessas matérias, o autoperdão e o autocuidado demandam tempo, profundidade, comiseração, compaixão e, sobretudo, reflexão. Portanto, é preciso dar um passo para trás: não há mudança sólida quando o assunto é autoconhecimento e mente sem longas horas dedicadas ao pensar.
O assunto da autoreflexão é tão crucial e modificador que alcançou os corredores das empresas. Falar sobre si e seus atos depois de conseguir significá-los dentro de você mesmo é não só positivo, como incentivado por muitos líderes. Como é o caso da executiva de operações e coach para equipes, Jennifer Porter.
Em artigo escrito para a revista de negócios de Harvard, a americana enfatizou a importância de mergulhar dentro dos nossos próprios universos, medos, inseguranças, dúvidas, entre outros sentimentos. Para ela, “os líderes mais difíceis de aconselhar são aqueles que não refletem – principalmente os que não refletem sobre si mesmos”.
Pode-se dizer que, aquele que reflete é aquele que aprende, pois está disposto a encarar os episódios vividos de maneira criteriosa e enxergar além do que se vê. Porter acredita que, para a reflexão ser de fato útil, é preciso que o sujeito esteja realmente disposto a se tornar mais sábio após esse tempo imersivo.
Mas quais são seus ganhos reais? Para além da mudança de postura perante ao outro, refletir também gera mais empatia, atenção, foco e capacidade de mudança. Para Porter, “a reflexão dá ao cérebro a oportunidade de fazer uma pausa em meio ao caos, desembaraçar e classificar observações e experiências, considerar diversas interpretações possíveis e criar um sentido.” Esse sentido, por sua vez, é crucial para o crescimento contínuo, pois se transforma em aprendizado, e pode embasar futuras atitudes mentais e ações concretas.
Em um contexto trabalhista, a reflexão pode levar a um melhor rendimento e otimização de tarefas, além de maior capacidade em melhorar suas funções cada dia mais. Porter cita duas pesquisas, uma realizadas por estudiosos italianos em call centers que apontou uma melhora de 23% no desempenho dos funcionários que refletiam ao final do dia.
A outra, realizada com trabalhadores do Reino Unido, apontou que todos aqueles que usavam o momento do trajeto para pensar e planejar seu dia eram mais produtivos e felizes, além de menos fatigados em comparação aos outros.
Ainda em seu artigo, a pesquisadora procurou entender porque há tanta resistência acerca do tema se ele parece tão positivo para o indivíduo quando o assunto são líderes de grandes empresas.
Para ela, esses líderes não se empenham em autorefletir pois: não entendem ou não gostam do processo, não gostam dos resultados, assumem um viés em relação à ação e não conseguem ver um bom retorno sobre o investimento de tempo dedicado a isso.
A reflexão ainda obriga-os a desacelerar por um instante, coisa que poucos fazem ou gostam de fazer, e ainda os colocam em uma posição mais humilde, de igualdade para com os outros funcionários - lugar que nem todos gostam de ocupar.
É preciso também “adotar uma atitude mental de curiosidade e ‘esquecer’ o que sabe, tolerar a confusão e a ineficiência e assumir responsabilidades pessoais. O processo pode levar a insights valiosos e até descobertas – além de sentimentos de desconforto, vulnerabilidade, resistência e irritação” explica.
Os insights advindo desse pausa podem evidenciar, por exemplo, situações onde ele poderia ter seguido por um outro caminho e obtido mais sucesso. Tomar consciência disso é também olhar para suas próprias falhas e insucessos.
É importante frisar que, apesar de tomarmos as reflexões de Jennifer Porter como base, a autoreflexão deve ser feita não só em contexto de trabalho como ela dá o enfoque, mas em todas as suas relações. Identifique, primeiramente, o porquê de você ter evitado por tanto tempo esse momento, e o que te afasta tanto dessa prática.
Uma vez mapeado o seu desconforto, é hora de trabalhá-lo. Enxergue-o como se fosse um dado de 6 faces, pois assim são nossos problemas - em especial os que envolvem terceiros. Nunca há um caminho só a ser seguido, ou uma só verdade a ser contada.
Questões práticas podem ser levantadas também durante esse momento: por que eu fiz o que fiz? O que me levou a optar por essa resolução? Ela afetou outras pessoas? O que eu poderia ter feito de diferente? Como posso melhorar minha conduta em um caso semelhante?
Agendar um horário específico do seu dia no começo pode te ajudar a transformar esse momento em um hábito, assim como estabelecer um tempo mínimo. Comece com alguns minutos, e vá aumentando conforme sentir necessidade. Com o tempo, refletir será parte inerente de seus dias, algo que precede toda e qualquer ação.
Por fim, caso não tenha conseguido, não hesite em pedir ajuda profissional. Terapias são ótimos ambientes para isso, a escuta qualificada de um bom psicólogo pode ser o pontapé inicial que você precisava para começar. O importante é não desistir, e ter em mente que essa é uma parte importantíssima de um processo maior de autoconhecimento - que você levará por toda a sua vida.
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