Para Inspirar
A artista conta como a sensação de não-pertencimento melhorou com o amadurecimento e com auxílio da arte.
31 de Outubro de 2022
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Geyze Diniz: A artista multicultural Haikaa aprendeu na prática a enxergar o belo no diferente. Depois de uma infância e adolescência turbulenta vivida entre Brasil, Japão e Estados Unidos, Haikaa encontrou um denominador comum que a fez sentir emoção novamente. Conheça a história de pertencimento, autoconhecimento e diversidade da Haikaa.
Ouça no final do episódio as reflexões do historiador Leandro Karnal para te ajudar a se conectar com a história e com você mesmo. Eu sou Geyze Diniz e esse é o podcast Plenae. Ouça e reconecte-se.
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Leandro Karnal: Haikaa tem uma história de diversidade cultural, origem oriental e os choques com a cultura brasileira, mas a narrativa dela fala muito também da dor. As dores da existência, a rejeição que o pai fez, a escolha dela, a morte da pessoa por quem ela se apaixonou, e a grande questão nesta chave não se trata de pagar aquilo que não pode ser apagado. A morte não pode ser apagada da memória, a rejeição de alguém que amamos não pode ser apagada da memória, mas o que se faz a partir destes dados dolorosos e toda história da Haikaa é como ela trabalha com a dor. Nunca teremos um passado perfeito, nunca teremos uma vida perfeita, jamais as pessoas serão exatamente aquilo que eu gostaria. Elas sempre serão diferentes do meu desejo. Como eu trabalho o enfrentamento com o real? Há pessoas que passam a vida inteira lamentando o que não tiveram ou que fizeram a elas, e outras que pensam: "isto me machucou, isto me feriu, isto me atacou profundamente, isso me provocou lágrima, isto me provocou muita dor". E agora, a partir disto, o que é que eu faço com esta memória? Transformar a dor em impulso, carregar as suas cicatrizes, que são muitas ao longo de uma vida, realmente é um dos grandes processo de superação, de dificuldades e de problemas. Haikaa é o exemplo de que ela transformou, de alguma forma, a sua vida em uma obra de arte, a sua dor em uma inspiração e a sua cicatriz em uma memória de amadurecimento. Não é fácil, mas ela conseguiu.
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Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae.
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Para Inspirar
Quais são os efeitos do humor no nosso cérebro? Como rir pode ser benéfico para a nossa saúde? Descubra 5 razões para se divertir mais!
25 de Junho de 2021
Intuitivamente, sabemos que a risada é uma das ferramentas mais poderosas que temos, seja para a diminuição do nosso estresse, ou até mesmo para desarmar o outro em caso de uma situação mais tensa. Afinal, quem é que não gosta de dar uma boa e sincera gargalhada?
Mas a ciência, como sempre, quis ir mais além. Há uma infinidade de estudos que revelam a mesma coisa: rir é sim um potente remédio para muitos males! É como a participante da quinta temporada do Podcast Plenae, Lorrane Silva , decidiu levar as adversidades de sua própria vida. A humorista revela encarar até mesmo episódios de capacitismo de forma menos intensa e relata o quanto isso mudou sua vida.
A seguir, separamos 5 motivos para você começar ainda hoje a buscar mais motivos para sorrir!
Rir libera endorfina - e isso é um fato. Um estudo revelou ainda que dar risada em grupo torna esse processo ainda mais potente, pois multiplica o que a ciência chama de “receptores opióides”, canal cujo objetivo é se conectar com compostos químicos conhecidos como opióides - a própria endorfina, por exemplo.
Eles são importantes para regulação da dor e do humor, por exemplo, e quanto mais receptores opióides uma pessoa tiver em seu cérebro, melhor. Drogas como a heroína ou a cocaína, por exemplo, produzem esse mesmo efeito. Portanto a risada é tão potente quanto o uso dessas substâncias, mas sem a parte negativa!
Rir pode funcionar também como um antidepressivo, pois ativa a liberação de outro neurotransmissor importante: a serotonina. Essa substância química, tão importante para a sensação do bem-estar, está presente em diferentes fármacos para que pessoas com dificuldade de produção possam ingeri-la. Não se sabe quanto tempo esse efeito dura, mas a explosão da atividade cerebral que dispara o riso é bastante potente por, pelo menos, um curto período de tempo.
Em artigo , a Revista Forbes americana trouxe alguns estudos que demonstraram diferenças entre os risos. Há o alegre, o provocador e o nervoso, por exemplo. E para colocá-los em prática, há um desafio cerebral desenvolvido, que demanda formação de novas áreas de conectividade - tanto para quem ri como para quem ouve a risada e tenta decodificar o seu tom. É um jogo de comunicação que precisa acontecer de forma rápida.
Você já começou a rir de forma espontânea depois de ver outra pessoa rindo? Há uma explicação para isso. É a resposta do nosso neurônio-espelho, aquele mesmo que explicamos na nossa matéria sobre empatia . Localizadas no córtex pré-motor e no lobo parietal inferior, essas células fazem parte do nosso processo de aprendizagem da linguagem, por exemplo, quando somos bebês e imitamos o que vemos os outros fazer.
Isso vale para a linguagem corporal, como a gargalhada, que para a nossa espécie, exerce um papel também social. Já se sabe que alguns animais também riem, como comprovou esse estudo , e esse riso também exerce uma “função”, como mostrar que ele está em paz e não em posição de ataque. Para os seres humanos, rir em conjunto promove uma sensação de união, segurança e contágio.
Rir em casal é fundamental! Segundo esse estudo , as mulheres costumam ter o senso de humor como uma das principais características que a atraem em um potencial parceiro. E o contrário também acontece: homens buscam parceiras que riam de suas piadas e valorizam as que possuem um senso de humor mais presente. Esse mesmo estudo sugeriu que mulheres riem cerca de 126% a mais do que os homens, enquanto os homens parecem instigar mais o riso. Se um busca o que o outro possui, eis a receita de um relacionamento de sucesso!
Uma pesquisa comprovou que rir exerce um efeito antinflamatório muito importante para proteger os vasos sanguíneos e os músculos cardiovasculares. O riso protege seu coração. A suspeita é a de que isso ocorre porque o riso diminui o nosso estresse - um dos grandes causadores dessas inflamações.
“Quando você sorri, seu fluxo sanguíneo aumenta, auxiliando no controle da pressão arterial e protegendo contra ataques cardíacos e outros problemas cardiovasculares”, explica o Dr. Abrão Cury, cardiologista do HCor para o blog do hospital .
Por fim, dar uma gostosa risada ainda queima de calorias, fortalece o abdômen e o sistema imunológico, melhora a respiração e a digestão e movimenta até 80 músculos - mantendo-os relaxados por até 45 minutos, o que é ótimo para nossa pele.
Se a diversão ou os motivos para sorrir andam escassos por aí, crie situações que possam estimular esse prazer tão genuíno e natural para o nosso corpo e tão potente para a nossa saúde. Os médicos especialistas recomendam: mantenha-se sorrindo o maior tempo possível e sem nenhuma moderação!