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Maioria das vitaminas não protege o coração, diz estudo
Cientistas avaliaram dados coletados em quase 1 milhão de pessoas em todo o mundo
25 de Julho de 2019
O consumo de
suplementos de vitaminas, minerais e outros nutrientes não prolongam a vida
, nem protegem o
coração
contra doenças. Essa é a conclusão de um grande estudo, publicado no
Annals of Internal Medicine
, que analisou 277 ensaios clínicos usando 24 intervenções diferentes. Um crescente número de
pesquisas
tem chegado ao mesmo resultado.
A análise mostrou possíveis (e baixos) benefícios para a saúde apenas com o consumo de suplementos de ácidos graxos ômega-3 e de ácido fólico para algumas pessoas.
Os pesquisadores também descobriram que os suplementos que combinam cálcio e vitamina D podem estar ligados a um risco ligeiramente aumentado de derrame.
"As pessoas devem se concentrar em obter seus nutrientes por meio de uma dieta saudável para o coração, porque os dados mostram cada vez mais que a maioria dos adultos saudáveis não precisa tomar suplementos", diz uma das autora do estudo, Erin D. Michos, professora da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Pesquisa.
Os cientistas avaliaram dados coletados em quase 1 milhão de pessoas em todo o mundo para descobrir se o consumo de 16 vitaminas ou outros suplementos poderia reduzir a mortalidade por problemas do coração, incluindo doença coronariana, acidente vascular cerebral (AVC) e ataque cardíaco.
A maioria dos suplementos, incluindo poli-vitamínicos, selênio, vitamina A, vitamina B6, vitamina C, vitamina E, somente vitamina D, cálcio isoladamente e ferro, não mostrou nenhuma ligação com aumento ou diminuição do risco de morte ou saúde do coração.
Ômega-3.
Quarenta e um estudos com mais de 100 mil participantes sugeriram que a ingestão de ácidos graxos ômega-3 estava ligada a uma redução de 8% no risco de ataque cardíaco e a uma queda de 7% na doença coronariana em comparação com aqueles que não tomavam esses suplementos. Os pesquisadores classificaram o possível benefício como baixo.
Ácido fólico.
Com base em 25 pesquisas com 25 mil pessoas saudáveis, os dados também mostraram que o ácido fólico estava associado a um risco 20% menor de acidente vascular cerebral. Para os autores, o efeito benéfico é baixo.
Segundo os cientistas, as análises sugerem que o maior impacto da suplementação de ácido fólico na redução do risco de derrame ocorreu na China, onde cereais e grãos não são fortificados com o nutriente - como no Brasil. Assim, eles dizem, esse aparente efeito protetor pode não ser aplicável em regiões do planeta.
Cálcio e vitamina D.
Vinte estudos avaliaram a combinação de cálcio com vitamina D em um suplemento. Os pesquisadores verificaram um aumento de 17% no risco de AVC, evidência considerada moderada. Não houve evidência de que o cálcio ou a vitamina D, isoladamente, tivessem riscos ou benefícios para a saúde.
Fonte:
Science Daily
Síntese: Equipe Plenae
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