Um mês já se passou e dois meses estão por vir.
22 de Janeiro de 2024
Um mês já se passou e dois meses estão por vir. Meses preenchidos com dias quentes e chuvas fortes - nada morno, nada pouco, pois é a intensidade que rege essa estação. Estamos falando do verão, que desagrada alguns na mesma medida que encanta outros, mas que jamais passa despercebido.
Agudo, ativo, enérgico. Forte, poderoso, vigoroso. Profundo, vivo, escaldante. A língua portuguesa parece não ter adjetivos o suficiente que consigam captar com exatidão as sensações que esses três meses nos causam. Uma euforia desmedida que molda a sociedade de tal maneira a ponto de se tornar motivo de férias coletivas.
Nesses próximos dias, a prece é para que a gente saiba apreciar até mesmo uma leve brisa em meio ao dia quente. Que a pele, protegida, aqueça - e com ela, o corpo todo. Que ao encontrar uma sombra, a gente se lembre das pequenas vitórias e também lembre de celebrar cada uma delas.
Que ele seja vivido à beira do mar ou de uma piscina, mas que ele possa ser apreciado mesmo distante da água, a um simples olhar para o céu azul. Que ele nos tire de casa e nos convide para estarmos ocupando as ruas, as praças, os bares ou mesmo a casa das pessoas queridas.
O verão, afinal, funciona como um lembrete de que a vida é uma eterna atividade em grupo, impossível de ser atravessada totalmente sozinho. As sensações são individuais, mas a experiência é sempre coletiva. Que estejamos então sempre juntos, em qualquer estação.
Ir visitar sua mãe e sair com um, dois, três potinhos, todos cheios de memórias afetivas em formato de comida.
28 de Agosto de 2023
Ir visitar sua mãe e sair com um, dois, três potinhos, todos cheios de memórias afetivas em formato de comida. Receber um abraço quente da sua avó, um conselho valioso do seu pai, uma risada sincera daquela tia moderna, sempre conhecida como "tia legal". Perceber que seus irmãos são mesmo seus primeiros e melhores amigos.
Sentar-se em uma mesa cheia, olhar para o lado e ver que ficou só mesmo quem tinha que ficar e que a jornada das amizades pode até ter sido árdua, mas que valeu a pena cada segundo. Olhar para um parceiro de longa data e entender tudo somente nesse olhar.
Conhecer pessoas novas no trabalho, em um curso, em um grupo de atividade física, e sentir que o mundo ainda é cheio de possibilidades. Mergulhar em universos nunca antes explorados, se interessar todos os dias pela mesma coisa ou descobrir um interesse inédito com a curiosidade de um cientista. Se olhar no espelho e abraçar a beleza que o tempo te trouxe e que você demorou para entender.
Testar uma nova receita, pegar uma estrada no final de semana, aproveitar uma promoção daquilo que se queria há tempos, colher os benefícios dos bons hábitos cultivados. Descobrir um gênero literário favorito, reassistir filmes antigos, ir ao show de uma banda que se ama muito, ganhar o sorriso de uma criança no cruzamento de um farol.
São muitas as pequenas alegrias da vida adulta, como profetizou o poeta Emicida. É preciso estar atento a elas, que moram nos detalhes, pois perdê-las é também passar despercebido de toda uma vida que te convida para dançar diante de seus olhos. Aceite o convite e tome a pista para você!
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