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Os benefícios da convivência entre irmãos

De sangue ou não, a fraternidade é um dos elos mais poderosos que carregamos na vida, e até mesmo as disputas internas podem nos fortalecer como indivíduos

24 de Dezembro de 2020


Eles brigam, se desentendem, se criticam. Mas, no final do dia o amor sempre prevalece. Crescer com irmãos é isso, e poucas coisas no mundo são tão sinceras quanto o amor fraternal - como a história de Chitãozinho e Xororó. A dupla, que foi personagem do quinto episódio da terceira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, contou como a união e o respeito mútuo foram imprescindíveis para que superassem suas diferenças e realizassem o sonho de se tornarem famosos.

Para realizar esse sonho, foi preciso muita paciência e amadurecimento - e também, muuuuuitas viagens juntos e horas compartilhadas. Mas a convivência entre irmãos é extremamente benéfica na formação do ser humano. Um irmão é como um amigo dentro de casa, antes mesmo da experiência social que se encontra na escola.

Aprender a dividir, a lidar com as diferenças e não ser sempre o centro das atenções são algumas das vantagens que se têm no convívio entre irmãos. A relação de camaradagem entre dois irmãos pode assumir diversas formas, como a admiração do mais novo pelo mais velho, enquanto este vira uma espécie de protetor. Ter um irmão é saber que nunca se estará sozinho para enfrentar os dissabores da vida.

Disputa fraternal

Entretanto, nem tudo são flores. Em muitos casos, essas brigas normais entre irmãos podem escalar para algo muito maior, rompendo até mesmo esse vínculo tão forte. Essa relação tal qual a de Caim e Abel pode ser evitada , e quanto antes, melhor.

Nesse caso, o papel dos pais é ainda mais determinante. Inveja e ciúmes são sentimentos normais a todos os humanos, não seria diferente com a convivência tão próxima dentro do próprio lar. Cabe aos pais a tarefa de ensinar os filhos a lidar com tais sensações no caminho para uma relação bela e sadia.

É importante que o mais velho entenda que aquela nova pessoa está chegando na família para agregar, não para separar. A competição entre irmãos é saudável e pode ser estimulada. Quem nunca ouviu aquela história sobre o caçula ser o mais mimado? Ou o mais velho ser o mais esperto? Uma pesquisa da Universidade de Leipzig, na Alemanha, encontrou lastro nessa afirmação de que os primogênitos seriam mais inteligentes. Em contrapartida, os mais novos são mais saudáveis.

Em outros casos, porém, pode prevalecer a união, como na hora de dividir a bronca levada dos pais e o castigo compartilhado. Esses laços, se fortalecidos, duram a vida toda (afinal, não existe ex-irmão). Não é incomum irmãos que “seguram a barra” dos outros já durante a vida adulta quando a necessidade se faz valer.

Irmãos da vida

Isso tudo quer dizer que os filhos únicos saem prejudicados ? Não necessariamente. Apesar dos muitos benefícios em se ter irmãos, não quer dizer que uma pessoa que não os tenha terá seu desenvolvimento afetado de alguma forma, principalmente se os pais permitirem que amigos e/ou primos sirvam como substitutos. O processo de educar um filho único pode ser um pouco diferente, mas não quer dizer que ele se tornará o estereótipo da pessoa que tem o “rei na barriga”.

É importante ressaltar que os irmãos não são só aqueles de sangue. Laços fraternos podem ser estabelecidos, também, entre irmãos adotivos ou de criação. O que importa é o amor e o afeto mútuo que surge entre ambos, não o parentesco sanguíneo. A adoção é uma excelente alternativa a casais que não podem ter (mais) filhos.

A parceria entre irmãos muitas vezes chega aos holofotes da fama e não só pelas duplas sertanejas, como Chitãozinho e Xororó. Existem diversos artistas famosos que são irmãos , provando que a fraternidade e a camaradagem persistem e prevalecem não importam as circunstâncias.

Assim, é importante lembrar que irmãos são mais do que amigos, e os temos para a vida toda. Alguém que sempre vai nos ouvir e tentar entender. “Eles são a melhor ponte com o seu passado e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro” como canta Pedro Bial em sua música, Filtro Solar. E você? Já abraçou seu irmão hoje?

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Isolamento dificulta recuperação de doentes

Os pesquisadores confirmaram que estar sozinho pode aumentar as chances de ataque cardíaco e AVC

10 de Janeiro de 2019


Ter amigos por perto é muito importante para a saúde. Um estudo publicado na revista digital Heart analisou o isolamento social (ficar longe de outras pessoas) e a solidão (estar isolado da conexão social e insatisfeito com isso). Os pesquisadores confirmaram que essas condições aumentam as chances de ataque cardíaco e AVC. Elas também aumentam o risco de morte entre pessoas com histórico de doenças cardíacas. “O apoio de pessoas queridas é importante para a saúde”, disse o autor do estudo, Christian Hakulinen, professor de psicologia e logopedia (ciência que avalia, diagnostica e trata os problemas da linguagem, da voz e da deglutição) na Universidade de Helsinque, na Finlândia, à revista TIME . O estudo surge como mais uma confirmação de outros semelhantes já realizados, mas tem um dado novo. Afirma que pessoas antissociais possuem mais dificuldade de recuperação. Os pesquisadores investigaram quanto risco poderia ser atribuído apenas às causas sociais – uma etapa extra que poucos outros estudos fizeram. Desconfiavam que outros traços comuns às pessoas antissociais tivessem sua carga de responsabilidade nos efeitos encontrados. Entrevistaram 480 mil adultos no Reino Unido. Perguntaram sobre vida social, solidão, históricos médicos e hábitos de vida. Também, mediram as questões de saúde, incluindo altura, peso, índice de massa corporal e força de preensão. Os participantes foram acompanhados por sete anos. O isolamento e a solidão pareciam aumentar significativamente o risco de problemas cardiovasculares, em comparação com pessoas mais sociais. Veja o quadro abaixo, onde temos as causas e as porcentagens aumentadas para a doença.
Isolamento 43% ataque cardíaco pela primeira vez 39% acidente vascular cerebral pela primeira vez
Solidão 49% ataque cardíaco pela primeira vez 36% acidente vascular encefálico pela primeira vez
Depois de contabilizar fatores biológicos, de saúde e socioeconômicos, os riscos aumentados baixaram. Veja tabela abaixo:
Isolamento Solidão
7% - infarto pela primeira vez 6% - infarto pela primeira vez
7% - derrame pela primeira vez 4% - derrame pela primeira vez
Obesidade e tabagismo. “Isso indica que a maior parte do aumento de risco foi atribuída a fatores conhecidos, como obesidade, tabagismo, baixa escolaridade e doenças crônicas pré-existentes”, diz Hakulinen. No final, entre as pessoas com problemas cardíacos preexistentes, apenas a ligação entre isolamento social e mortalidade permaneceu estatisticamente significativa após o ajuste com outros fatores. O isolamento social parecia aumentar o risco de morte de uma pessoa em 25% entre aqueles com história de ataque cardíaco e 32% naqueles com história de acidente vascular cerebral. “O resultado sugere que, embora uma vida social vazia não cause problemas cardíacos, pode afetar seriamente a capacidade de recuperação”, diz Hakulinen. “Em teoria, pode ser que os indivíduos que estão se sentindo sozinhos tenham pelo menos algumas redes sociais ativadas depois de ficarem doentes, o que pode não acontecer com quem sofre de isolamento social”, diz Hakulinen, apesar de alertar que o estudo não provou causa e efeito. Ainda assim, as descobertas sugerem que a manutenção de relacionamentos é mais do que um preenchimento, mas um “salva-vidas”. “Seria importante manter os relacionamentos existentes encontrando familiares ou amigos cara a cara”, diz Hakulinen. “Conversar com pessoas com interesses comuns ­– por exemplo, começando um novo hobby – é provavelmente uma boa maneira de fazer novas conexões sociais”. Leia o artigo original aqui .

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