Para Inspirar

Porque ter amigos é essencial para uma vida longa

A ciência já comprovou que as amizades evitam doenças e reduzem o estresse

8 de Novembro de 2019


As amizades são um ingrediente fundamental para uma vida longeva e feliz. Portanto, é necessário dar a elas a atenção que merecem. Enquanto os relacionamentos familiares geralmente vêm com uma dose de culpa e obrigação, os amigos são o antídoto para os desafios da vida cotidiana.

A maioria das pesquisas científicas sobre saúde e relacionamentos é focada em parceiros românticos. No entanto, pesquisadores descobriram que nossas amizades têm um impacto maior em nossa saúde do que os casamentos. Eis alguns benefícios das amizades sobre a saúde:

  • Cientistas australianos descobriram que as pessoas mais velhas com um grande círculo de amigos tinham 22% menos probabilidade de morrer durante os 10 anos da pequisa do que aquelas com menos amigos.
  • Em 2006, uma pesquisa com quase 3.000 enfermeiras com câncer de mama descobriu que aquelas sem amigos próximos tinham quatro vezes mais chances de morrer da doença do que mulheres com 10 ou mais amigos. A existência de um cônjuge, por outro lado, não estava associada à sobrevivência das pacientes.
  • Em um estudo de seis anos com 736 suecos de meia-idade, ter um relacionamento amoroso não afetou o risco de doenças cardíacas fatais, mas ter amigos, sim. Entre os fatores de risco para a saúde cardiovascular, a falta de apoio social era tão ruim quanto o tabagismo.
Por que as amizades são tão boas para nós? Os cientistas têm teorias:

  • Suporte logístico: os amigos podem fazer compras e buscar remédios para uma pessoa doente, embora na maioria dos estudos a proximidade física não tenha sido um fator nos benefícios da amizade.
  • Acesso à saúde: pessoas com fortes laços sociais podem ter melhor acesso aos serviços e cuidados de saúde ou maior probabilidade de procurar ajuda.
  • Menos estresse: indivíduos com fortes amizades desenvolvem menos resfriados, talvez porque tenham níveis mais baixos de estresse.
  • Pressão positiva: os pesquisadores descobriram que certos comportamentos de saúde parecem contagiosos e que nossas redes sociais - pessoalmente e on-line - podem influenciar a obesidade, a ansiedade e a felicidade geral. Um relatório recente descobriu que a rotina de exercícios de uma pessoa foi fortemente influenciada pelos amigos.
O efeito também pode ser o oposto. Um estudo de 2007 mostrou um aumento de quase 60% no risco de obesidade entre pessoas cujos amigos ganharam peso.

Amizades facilitam o envelhecimento

O jornalista americano Dan Buettner, pesquisador das Zonas Azuis, isto é, lugares do planeta onde as pessoas são longevas, descobriu que amizades positivas são um tema comum nessas regiões. Buettner falou sobre essas comunidades no evento do Plenae , em 2018. Em Okinawa, no Japão, onde a expectativa média de vida das mulheres é de cerca de 90 anos, os indivíduos formam um tipo de rede social chamada moai.

Trata-se de um grupo de cinco amigos que oferece apoio social, logístico, emocional e até financeiro para uma vida inteira. O grupo também parece influenciar os comportamentos de saúde ao longo da vida. Buettner aconselha as pessoas a se concentrarem em três a cinco amigos do mundo real, em vez de colegas distantes do Facebook.

"Em geral, você quer amigos com quem possa ter uma conversa significativa", diz. “Você pode ligar para eles em um dia ruim e eles se importarão. Seu grupo é melhor do que qualquer medicamento ou suplemento antienvelhecimento e fará mais por você do que qualquer outra coisa.”

Fonte: Tara Parker-Pope, para The New York Times
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo completo aqui

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Ética e coerência fazem viver mais

O fato é que pessoas com alta capacidade de tomar decisões afinadas com seus objetivos podem ter dois anos a mais de vida do que aqueles que têm essa habilidade rebaixada.

25 de Abril de 2018


Você já ouviu falar em bem-estar eudemonístico? Ele se relaciona com o senso de autocontrole, baseado na ética individual. O fato é que pessoas com alta capacidade de tomar decisões afinadas com seus objetivos podem ter dois anos a mais de vida do que aqueles que têm essa habilidade rebaixada. A conclusão partiu de um estudo liderado pela Universidade Global de Londres com apoio das universidades americanas de Princeton e Stony Brook. Foram ouvidos 9.050 ingleses com idade média de 65 anos. A íntegra da pesquisa, publicada no portal de saúde The Lancet , mostra que os cientistas trabalharam com quatro de níveis de bem-estar, que vão do mais alto ao mais baixo. Nos oito anos e meio seguintes, observaram que o número de mortes dos entrevistados com baixo bem-estar foi, em média, três vezes maior (29%) do que os de baixo (9%). Os resultados passaram ainda por ajustes de idade, sexo, status socioeconômico, saúde física, depressão, tabagismo, atividade física e consumo de álcool para descartar o maior número possível de variáveis capazes de influenciar a saúde e o bem-estar. A tentativa era de isolar o fator bem-estar eudemonístico. E chegaram a um outro resultado: um terço das pessoas com o maior bem-estar foram menos propensas a morrer durante o período de estudo, vivendo em média dois anos mais do que os com mais baixo bem-estar. “Anteriormente, descobrimos que a felicidade está associada a um menor risco de morte”, diz o professor Andrew Steptoe, diretor do Instituto de Epidemiologia e Saúde da Universidade Global de Londres, que liderou o estudo. “Agora não dá para ter certeza de que um bem-estar maior necessariamente causa menor risco de morte, uma vez que não há comprovação científica causal, apenas um levantamento comportamental. Mas os resultados levantam a possibilidade intrigante de o aumento do bem-estar ajudar a melhorar a saúde física.” Existem vários mecanismos biológicos que podem ser a conexão física entre a causa e o efeito desse processo investigado por Steptoe. Entre elas, mudanças hormonais ou redução de pressão sanguínea provocadas por esse bem-estar. “Será preciso investigar mais profundamente para confirmar essas suposições e comprovar cientificamente a conexão entre o bem-estar e longevidade.” Leia o artigo completo aqui .

Fonte: Science Daily Síntese: Equipe Plenae

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