Para Inspirar
Prática feita no smartphone reduz a solidão
Treinamento em mindfulness pode ajudar as pessoas a se sentirem menos sozinha
2 de Abril de 2019
Usados da maneira certa, os smartphones podem aproximar pessoas, em vez de afastá-las. Um novo estudo da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, sugere que a prática de mindfulness - ou meditação da atenção plena - no smartphone ajuda os indivíduos a se sentirem menos sozinhos e motivados a interagir com mais pessoas. Os pesquisadores também descobriram que o treinamento de habilidades de aceitação é um ingrediente essencial para melhorar a interação social.
O
estudo
, publicado no periódico
Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS)
, revelou uma nova abordagem que utiliza uma tecnologia amplamente disponível para lidar com a solidão e o isolamento social, um problema de saúde pública em todas as faixas etárias.
"Quando falamos sobre intervenções de mindfulness, falamos sobre dois componentes-chave", disse um dos autores da pesquisa, J. David Creswell, professor associado de psicologia. "O primeiro é aprender a usar a atenção para monitorar experiências do momento presente. O segundo, adotar uma atitude de aceitação em relação a essas experiências, não de julgamento."
Por exemplo, durante a meditação, o praticante pode notar uma dor em seu joelho. Os programas de treinamento instruem os participantes a somente observar a sensação. No estudo da Carnegie Mellon, voluntários foram encorajados a responder a essas experiências incômodas dizendo "sim" em um tom de voz suave, para manter um estado de espírito aberto e acolhedor. "Quando você está mais receptivo a si mesmo, fica mais disponível para os outros", disse Creswell.
O método.
No estudo, 153 adultos foram aleatoriamente divididos em três grupos que receberam treinamentos no smartphone. Durante 20 minutos por dia, por duas semanas, um grupo de mindfulness praticou habilidades de monitoramento e aceitação, um segundo grupo de mindfulness desenvolveu apenas habilidades de monitoramento e um terceiro grupo não recebeu nenhum conteúdo de meditação, somente orientação em técnicas comuns de enfrentamento. Durante três dias antes e depois da intervenção, os participantes preencheram avaliações para medir a solidão e o contato social.
Os participantes que receberam treinamento em habilidades de monitoramento e aceitação reduziram a solidão da vida diária em 22% e aumentaram o contato social em uma média de duas interações por dia. O grupo de atenção plena que não recebeu o treinamento de habilidades de aceitação não mostrou esses benefícios.
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