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Rir é mesmo o melhor remédio?

Quais são os efeitos do humor no nosso cérebro? Como rir pode ser benéfico para a nossa saúde? Descubra 5 razões para se divertir mais!

25 de Junho de 2021


Intuitivamente, sabemos que a risada é uma das ferramentas mais poderosas que temos, seja para a diminuição do nosso estresse, ou até mesmo para desarmar o outro em caso de uma situação mais tensa. Afinal, quem é que não gosta de dar uma boa e sincera gargalhada?

Mas a ciência, como sempre, quis ir mais além. Há uma infinidade de estudos que revelam a mesma coisa: rir é sim um potente remédio para muitos males! É como a participante da quinta temporada do Podcast Plenae, Lorrane Silva , decidiu levar as adversidades de sua própria vida. A humorista revela encarar até mesmo episódios de capacitismo de forma menos intensa e relata o quanto isso mudou sua vida.

A seguir, separamos 5 motivos para você começar ainda hoje a buscar mais motivos para sorrir!

Hormônios

Rir libera endorfina - e isso é um fato. Um estudo revelou ainda que dar risada em grupo torna esse processo ainda mais potente, pois multiplica o que a ciência chama de “receptores opióides”, canal cujo objetivo é se conectar com compostos químicos conhecidos como opióides - a própria endorfina, por exemplo.

Eles são importantes para regulação da dor e do humor, por exemplo, e quanto mais receptores opióides uma pessoa tiver em seu cérebro, melhor. Drogas como a heroína ou a cocaína, por exemplo, produzem esse mesmo efeito. Portanto a risada é tão potente quanto o uso dessas substâncias, mas sem a parte negativa!

Rir pode funcionar também como um antidepressivo, pois ativa a liberação de outro neurotransmissor importante: a serotonina. Essa substância química, tão importante para a sensação do bem-estar, está presente em diferentes fármacos para que pessoas com dificuldade de produção possam ingeri-la. Não se sabe quanto tempo esse efeito dura, mas a explosão da atividade cerebral que dispara o riso é bastante potente por, pelo menos, um curto período de tempo.

Conectividade cerebral

Em artigo , a Revista Forbes americana trouxe alguns estudos que demonstraram diferenças entre os risos. Há o alegre, o provocador e o nervoso, por exemplo. E para colocá-los em prática, há um desafio cerebral desenvolvido, que demanda formação de novas áreas de conectividade - tanto para quem ri como para quem ouve a risada e tenta decodificar o seu tom. É um jogo de comunicação que precisa acontecer de forma rápida.

Contágio

Você já começou a rir de forma espontânea depois de ver outra pessoa rindo? Há uma explicação para isso. É a resposta do nosso neurônio-espelho, aquele mesmo que explicamos na nossa matéria sobre empatia . Localizadas no córtex pré-motor e no lobo parietal inferior, essas células fazem parte do nosso processo de aprendizagem da linguagem, por exemplo, quando somos bebês e imitamos o que vemos os outros fazer.

Isso vale para a linguagem corporal, como a gargalhada, que para a nossa espécie, exerce um papel também social. Já se sabe que alguns animais também riem, como comprovou esse estudo , e esse riso também exerce uma “função”, como mostrar que ele está em paz e não em posição de ataque. Para os seres humanos, rir em conjunto promove uma sensação de união, segurança e contágio.

Casal

Rir em casal é fundamental! Segundo esse estudo , as mulheres costumam ter o senso de humor como uma das principais características que a atraem em um potencial parceiro. E o contrário também acontece: homens buscam parceiras que riam de suas piadas e valorizam as que possuem um senso de humor mais presente. Esse mesmo estudo sugeriu que mulheres riem cerca de 126% a mais do que os homens, enquanto os homens parecem instigar mais o riso. Se um busca o que o outro possui, eis a receita de um relacionamento de sucesso!

Saúde física

Uma pesquisa comprovou que rir exerce um efeito antinflamatório muito importante para proteger os vasos sanguíneos e os músculos cardiovasculares. O riso protege seu coração. A suspeita é a de que isso ocorre porque o riso diminui o nosso estresse - um dos grandes causadores dessas inflamações.

“Quando você sorri, seu fluxo sanguíneo aumenta, auxiliando no controle da pressão arterial e protegendo contra ataques cardíacos e outros problemas cardiovasculares”, explica o Dr. Abrão Cury, cardiologista do HCor para o blog do hospital .

Por fim, dar uma gostosa risada ainda queima de calorias, fortalece o abdômen e o sistema imunológico, melhora a respiração e a digestão e movimenta até 80 músculos - mantendo-os relaxados por até 45 minutos, o que é ótimo para nossa pele.

Se a diversão ou os motivos para sorrir andam escassos por aí, crie situações que possam estimular esse prazer tão genuíno e natural para o nosso corpo e tão potente para a nossa saúde. Os médicos especialistas recomendam: mantenha-se sorrindo o maior tempo possível e sem nenhuma moderação!

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Momentos prazerosos determinam vida mais longa

Aqueles que relataram experiências prazerosas mais frequentes tiveram taxa de mortalidade reduzida em 24%

17 de Julho de 2018


Depois de descobrir que a longevidade está relacionada aos momentos de satisfação e felicidade experimentadas ao longo do tempo, pesquisadores da University College, de Londres, entre outras instituições, mergulharam mais na questão. Investigaram se quanto mais contínuas forem essas sensações, mais tempo de vida teríamos. Na década de 1960, o estudo começou a acompanhar 9 mil adultos testados em intervalos de dois anos. Primeiro, descobriu que a taxa de mortalidade foi progressivamente maior entre as pessoas que aproveitaram menos a vida. Esse achado se manteve mesmo quando contabilizaram outros possíveis fatores. Aqueles que relataram experiências prazerosas mais frequentes tiveram taxa de mortalidade reduzida em 24%. Os pesquisadores concluíram que quanto mais tempo um indivíduo experimenta sensações como felicidade e satisfação, menor o risco de morte. O estudo ainda observou que ajudar de alguma forma as pessoas ao seu redor também ajuda a estender a vida. O estudo foi realizado por um pool de universidades, descrito neste relatório da Universidade de Basileia e publicado na Evolution & Human Behavior. Os resultados coincidem com pesquisas clínicas e observações sobre os percursos de vida das pessoas e suas experiências ao longo do tempo. Ou seja, a chave para uma vida longa e plena também se relaciona a ter um propósito e engajamento - uma razão para viver. Isso tende a contribuir para sentir mais satisfação e ter mais saúde em geral. E assim viver mais tempo. Leia o artigo completo aqui.

Fonte: Douglas LaBier Síntese: Equipe Plenae

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