Para Inspirar

Thaís Bastos em "Depressão pós-parto não é frescura"

A médica conta como as questões emocionais

14 de Novembro de 2022



Leia a transcrição completa do episódio abaixo: 

[trilha sonora]


Thaís Bastos: Eu sou médica, tenho acesso a muitas informações e, mesmo assim, senti vergonha quando tive depressão pós-parto. Eu não queria que ninguém soubesse. Tinha preconceito, pensava que era frescura de gente privilegiada. Mas não é. No meu trabalho no SUS, eu descobri que o transtorno não escolhe classe social. Ele é comum e pode afetar qualquer mãe.


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Geyze Diniz: Thaís Bastos, assim como muitas mães, tinha vergonha em dividir o turbilhão de emoções que sentiu depois de dar a luz aos seus filhos. Enquanto tentava corresponder aos padrões da sociedade para ser uma mãe perfeita e viver a alegria da maternidade, ela enfrentava o paradoxo de uma tristeza profunda. Após passar por duas depressões pós-parto, conseguiu se libertar das cobranças, se reconectar com sua família e voltar a se dedicar ao seu trabalho. Conheça como Thaís atravessou este período e voltou a encontrar o equilíbrio pessoal e profissional.

 

Ouça no final do episódio as reflexões do historiador Leandro Karnal para te ajudar a se conectar com a história e com você mesmo. Eu sou Geyze Diniz e esse é o Podcast Plenae. Ouça e reconecte-se.

 

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Thaís Bastos: A minha primeira filha foi uma criança que eu e meu marido desejamos muito. Mas, quando ela nasceu, eu não senti só alegria. Senti bastante tristeza também. Eu sorria por fora, mas por dentro pensava “cadê aquele amor materno imediato e incondicional que tanto me disseram?”. E isso me dava muita culpa. Foram dois meses de bastante instabilidade emocional. Eu sou uma pessoa alegre, pra cima. Aquela angústia e tristeza não combinavam comigo. Mais tarde, eu fui entender que eu tive o que os médicos chamam de “baby blues”. É um quadro que atinge a maioria das mulheres no puerpério e que está associado às oscilações hormonais da gravidez. O “baby blues” não chega a ser uma doença. Não precisa de tratamento e passa sozinho. Foi assim comigo.


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Eu voltei a ser uma pessoa solar. Só que eu virei uma mãe neurótica. Eu não tinha interesse em quase nada que não fosse a minha filha. Eu sou oftalmologista e organizei a minha agenda em função dos horários dela. A minha meta era trabalhar o mínimo possível, pra poder estar presente pra ela em qualquer ocasião. Se ela espirrasse, eu tinha que estar do lado. Se ela saísse da escola às 11h30, às 11h eu já tinha que estar de plantão, soltando foguete.


O meu marido percebia que aquela dedicação estava exagerada. Ele achava que eu devia tirar um momento do dia só para mim. Ele dizia: “Você chega do trabalho às 4 da tarde. Por que você não vai pra uma academia? Você gosta de malhar”. Eu virava para ele e falava: “Você tá louco? Eu tenho uma filha, eu vou ficar com ela”.
Ser a mãe “perfeita”, sempre presente e disponível, virou uma coisa obsessiva. 


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Logo engravidei de novo. Quando minha outra filha nasceu, eu entrei em parafuso, pensando: “E agora? Como eu vou me dedicar à filha mais velha?”. Se eu dava de mamar para a pequena, me culpava por não estar dando atenção para a maior. Aí eu decidi não amamentar mais. E me culpava por não amamentar. Uns dois meses depois que ela nasceu, eu comecei a ficar muito mal e fui pro extremo oposto. Eu perdi o interesse pelas minhas filhas. Só queria ficar na cama, não tinha apetite e chorava muito. Por insistência do meu marido e da minha mãe, procurei uma psicóloga. 


A psicóloga disse que eu estava com depressão pós-parto, mas leve. Se eu fizesse um compromisso com o tratamento, ela achava que daria pra resolver o problema sem precisar ir ao psiquiatra. Eu nunca tinha feito terapia, nem me interessava por autoconhecimento. Era uma pessoa extremamente fechada, com muita dificuldade pra falar de sentimentos. Mas eu topei. Quando eu me culpava por trabalhar, a psicóloga me acalmava: “Toda mulher trabalha. As suas filhas estão bem”. Aquelas conversas foram me ajudando e a depressão passou. Eu larguei a terapia, mas voltei pro esquema da maternidade neurótica.


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Quando a mais velha estava com 7 anos e a menor, com 5 anos, eu engravidei novamente. Dessa vez sem planejar. Já no primeiro ultrassom, o médico disse: são gêmeos. Eu fiquei em choque, mas confesso que procurei nem refletir sobre o impacto daquele anúncio. Tive uma gravidez super tranquila, como as outras duas também foram. Trabalhei até quase 9 meses, porque os bebês nasceram com quase 40 semanas.

E aí, depois do parto, ainda no hospital, começou a me bater o desespero. Eu olhava praquelas quatro crianças e não queria ir pra casa. Eu não tinha nenhuma preocupação financeira. A minha rede de apoio era ótima. Mas, mesmo assim, eu fui entrando numa paranoia que só aumentou nos 5 meses seguintes. 


Se os bebês estivessem dormindo, eu queria dar atenção pras mais velhas. Se estava todo mundo dormindo, eu queria estudar para o meu trabalho. Eu não me sentia no direito de descansar. Chorava muito, sentia muita culpa o tempo todo. Não conseguia dormir, não tinha fome. Emagreci bastante. A minha mente foi entrando em curto-circuito. Eu tinha vergonha de ser mãe de 4 crianças. Achava que nenhuma pessoa bem-sucedida podia ter tantos filhos. 


Perdi totalmente o prazer em coisas que eu amava como ler, viajar, tomar um banho de mar. Não queria ver ninguém, nem o celular ou o zap respondia. Basicamente, eu não queria que ninguém chegasse perto de mim. Só queria ficar deitada, isolada.


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Como se não bastasse, eu comecei a me sentir uma péssima oftalmologista por não me dedicar tanto como antes e quis parar de trabalhar. Tudo era "catastrofizante", tudo era desesperador. É como se eu estivesse num transe, não escutava ninguém. Eu queria acreditar que conseguiria cuidar de quatro crianças, trabalhar e ter uma minha vida normal, mas não tinha esperança disso acontecer. 


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Meu marido, que já tinha visto aquele filme, insistiu para eu ir ao psiquiatra. Eu não queria, porque não acreditava que eu pudesse sair do fundo do poço. Mas o meu estado de apatia era tão profundo que eu não tinha reação. Ele marcou a consulta com o médico, foi comigo e falou muito mais do que eu. O psiquiatra não demorou pra dar o diagnóstico. Ele disse: “Isso é depressão pós-parto. Não é frescura e é muito comum. Algumas mulheres têm predisposição genética à depressão, e o pós-parto funciona como um gatilho. Isso é tão simples de tratar… Eu tenho a receita do bolo. Você quer ficar boa?”. Eu nem respondi. O médico prescreveu o remédio e o meu marido já foi logo comprando na farmácia.

Eu passei um tempo me boicotando. Falava que tinha tomado a medicação, mas não tinha. Até que um dia, numa crise de tristeza e desespero, eu percebi que eu estava afetando todos a minha volta, eu estava jogando pro alto uma linda história de amor que gerou uma família tão grande e tão linda. Eu entendi que eu estava destruindo não só a mim. E eu até queria me destruir. Mas eu estava destruindo a vida das crianças. E aí eu decidi dar uma chance. 


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Por 15 dias, eu tomei o remédio certinho. A primeira semana foi desesperadora, porque eu não via melhora. O psiquiatra insistiu pra eu continuar tentando. E aí, duas semanas depois… parece mágica. Eu acordei um dia sem sentir aquele desespero que me dominava todas as manhãs. Eu fui ganhando força pra lidar com a rotina. Viver foi deixando de ser tão difícil. 


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Um mês depois que eu comecei a tomar o medicamento, eu voltei para a terapia. Dessa vez, eu decidi mergulhar no autoconhecimento pra valer. Com a ajuda do psicólogo, eu fui conhecendo os meus traumas de infância. Eu nasci no dia da missa do sétimo dia de meu pai. Ele morreu de acidente de carro. Minha mãe sofreu muito e também ficou sem amparo financeiro. Ela teve que trabalhar muito para conseguir sustentar a mim e a minha irmã, e acabou se fechando para o lado afetivo.


Inconscientemente, eu fui pro extremo oposto, para uma maternidade excessiva. Hoje eu sei que nenhum filho precisa de uma mãe perfeita, aliás nada pior para uma criança do que ter uma mãe perfeita. Criança também precisa da ausência e de frustração para amadurecer. 


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Por indicação do psicólogo, eu comecei a participar de um grupo sobre maternidade. Era uma turma de 15 mulheres que não se conheciam, mediadas por um terapeuta. Naquele espaço, a gente podia desabafar sobre, digamos assim, o lado B da maternidade. A cobrança, o cansaço, a culpa, o impacto no casamento e na vida profissional. Cada uma podia expor as suas vulnerabilidades e encontrar escuta e acolhimento, sem julgamento. 


Quando eu mudei o meu olhar sobre a maternidade, a minha vida profissional também mudou. Eu lembro que, lá no começo da terapia, o psicólogo perguntou quais eram os meus planos no trabalho. Eu achei aquela pergunta tão idiota e pensei: trabalho só serve para ganhar dinheiro, ninguém se realiza com isso.


Aí, um dia, li por acaso numa revista uma reportagem sobre ikigai, uma teoria japonesa sobre propósito de vida. Cada pessoa pode encontrar o seu propósito unindo paixão, missão, vocação e profissão. Aquilo ali me tocou profundamente, e me fez refletir sobre a oftalmopediatria que eu havia abandonado … Decidi que iria complementar a minha pós-graduação em oftalmopediatria, fazendo uma nova especialização. Eu sempre amei e tive um ímã com criança. Hoje eu amo meu trabalho e não sinto a menor culpa de passar tempo longe dos meus filhos por causa da profissão. 


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Como oftalmopediatra, eu tenho contato com mães e bebês, e vejo muito o tal do baby blues. 


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Eu observo que as mães que conseguem falar sobre os sentimentos passam por esse período com mais facilidade. E isso vale pra pessoas de qualquer classe social e econômica. Falar ajuda muito.


Os profissionais de saúde precisam ter um olhar pra condição psicológica das pacientes. Quando os meus filhos gêmeos nasceram, eu tive vergonha de expor a minha frustração pro meu marido, pra minha mãe ou pra qualquer pessoa. Aí, eu mandei uma mensagem pra pediatra dos gêmeos, porque eu não tinha coragem de falar ao vivo. Ela só respondeu assim: “Ah, acontece. Se você tiver muito mal, vai no psicólogo”. Faltou muita sensibilidade à ela.


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A minha motivação para contar essa história foi ter recebido a doação das córneas de uma mãe que se suicidou. Eu trabalho num banco de olhos e tive que ler o prontuário dessa doadora. Era uma mulher com depressão e um bebê de oito meses. O psiquiatra me contou que a depressão pós-parto pode aparecer até o primeiro ano de vida da criança. Ele me falou sobre a importância do pré-natal psicológico, um acompanhamento durante a gravidez pra proteger a saúde mental da mãe.


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Eu aproveitei a gravação desse podcast para conversar com a minha família sobre o que a gente viveu. Esse assunto era um tabu. A minha segunda filha ficou surpresa. “Mãe, você teve depressão!?”. Eu confirmei. Aí ela falou: “Que bom que agora eu sei disso. Você ficou muito estranha naquela época. Eu tinha medo de você”. Outra filha, hoje com 4 anos, recentemente pegou no meu seio e falou: “Esse peito não tinha leite, né, mãe? Só tinha amor. Minha irmã me explicou que, quando a mamãe tá muito triste e preocupada, não tem leite”. Conversar com as crianças abertamente sobre o que aconteceu comigo, aumentou ainda mais a nossa conexão. 


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Até o nascimento dos gêmeos, eu achava que ser mãe era se anular em nome dos filhos. Eu achava que tinha que corresponder aos padrões inalcançáveis que a sociedade impõe sobre a maternidade. Tem que ter parto normal na floresta, tem que amamentar por 5 anos… Tá cruel demais! A depressão, no fundo, me salvou, porque eu me libertei dessas cobranças. Hoje, eu vejo a maternidade como um portal de cura. Eu sou grata por ter tido apoio e acesso ao tratamento. Eu sou grata por poder viver a benção de ter o meu trevo de quatro filhos por inteiro. 


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Leandro Karnal: O depoimento da Thaís é muito interessante. Ela é médica, ela tem informações, ela é preparada pra enfrentar as questões biológicas e psíquicas da maternidade e, mesmo assim, ela se viu envolvida em processos com reações que ela desconhecia nela mesma. Por um lado, uma excessiva dedicação à maternidade, uma quase obsessão em ser uma mãe perfeita. E depois a experiência da depressão pós-parto.


Isso mostra que não depende muito da formação da pessoa, não são as pessoas ignorantes que vão ter depressão pós-parto, qualquer ser-humano, qualquer mulher está submetida a esse risco. Uma das coisas que pode ajudar a superar essa expectativa excessiva é não comprar aquele modelo de que ser mãe é tudo, você vai ser feliz o tempo todo e se você não for perfeita isso vai ser o caos. É preciso incorporar a imperfeição, saber que você vai amar seu filho, vai ser um ser especialíssimo na sua vida, mas você continuará sendo uma mulher, uma profissional, e tem direitos a ter alguns momentos em que você não queira estar 100% do tempo com seu filho.


Isso é saudável, é saudável querer de vez em quando algum afastamento. Cumprir suas funções de cuidado, de alimentação, de defesa de uma criança, mas também saber que a criança precisa de um espaço e você precisa de um espaço. Não há problema em, de vez em quando, não ser uma mãe perfeita e não incorporar essa ideia falsa de que a maternidade é um mar de rosas, uma felicidade total e a negação de um ser-humano, a mulher, pra que ela seja a mãe ideal, a mãe dos sonhos. Isso é falso, e pode ajudar a provocar uma depressão muito grande. 

 

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Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae.


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Otimistas tendem a ser mais saudáveis

Essa capacidade do órgão de se modificar é chamada de neuroplastia, ciência introduzida pela primeira vez por William James na década de 1890.

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O pensamento positivo altera o cérebro. Essa capacidade do órgão de se modificar é chamada de neuroplastia, ciência introduzida pela primeira vez por William James na década de 1890. Por muitos anos, no entanto, acreditava-se que o cérebro estava rigidamente mapeado. Cada parte dele controlaria funções específicas. Barrie Davenport, coach pessoal e de carreira, fundador do blog Live Bold and Bloom, explica que o pensamento positivo “muda o cérebro de uma forma concreta, física – e não de um modo mágico.” Em outras palavras, os pensamentos podem mudar a estrutura e a função do cérebro. Mais ainda: “Você pode reprogramar seu pensamento.” Cérebro Emocional. Autor do livro O Estilo Emocional do Cérebro, disponível no Brasil pela editora Sextante, Richard Davidson é fundador do Centro de Investigação de Mentes Saudáveis ​​da Universidade do Wisconsin. Trata-se de um complexo de pesquisa dedicado a aprender como as qualidades da mente que a humanidade sempre valorizou – como a compaixão, o bem-estar, a caridade, o altruísmo, a gentileza e o amor – surgem no cérebro humano e como são nutridas. O trabalho de Davison em neurociência, apoiado por anos de pesquisa, analisa a vida emocional do cérebro, que identificou como “estilo emocional”. Estilo emocional. “É a maneira consistente de responder às experiências de nossas vidas. Regido por circuitos cerebrais específicos e identificáveis, ​​pode ser medido usando métodos laboratoriais objetivos. Ele influencia a probabilidade de sentir estados emocionais particulares. Como está muito mais próximo dos sistemas cerebrais subjacentes do que estados ou traços emocionais, pode ser considerado o átomo de nossas vidas emocionais – blocos de construção fundamentais”. “O estilo emocional”, diz Davidson, “afeta a forma como nos sentimos sobre nós mesmos, como nos comportamos, o quanto somos suscetíveis ao estresse, nossa função cognitiva e vulnerabilidade a distúrbios psiquiátricos particulares.” Mente e saúde. “O estilo emocional também afeta o equilíbrio do corpo. Tem consequências fisiológicas que, por sua vez, têm importantes efeitos sobre a função dos nossos sistemas respiratório, imunológico, cardiovascular, gastrointestinal e endócrino.” Davidson vai mais longe: “Mesmo levando em conta todas as formas de comportamento humano e estados psicológicos, a influência mais poderosa da saúde física é a vida emocional”. Ter um pensamento positivo pode ajudar a prevenir doenças e, no surgimento delas, ser um grande aliado no tratamento. Leia o artigo completo aqui.

Fonte: Kim Bell Síntese: Equipe Plenae

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