Para Inspirar

Voluntariado estende o tempo de vida

Pesquisadores descobriram que as razões que levam à prática do bem potencializam os benefícios à saúde do voluntário.

17 de Julho de 2018


O voluntariado faz bem ao próximo e a quem ajuda. Quem já não escutou essa frase? Os pesquisadores foram um pouco além disso. Descobriram que as razões que levam à prática do bem potencializam os benefícios à saúde do voluntário. Por isso, os altruístas vivem mais do que os egocêntricos.

“Quem ajuda tendo o próximo como principal motivação pode ser protegido contra potenciais estressores associados ao voluntariado, entre eles, a restrição de tempo e falta de remuneração”, explica a pesquisadora Sara Konrath, da Universidade de Michigan.

A equipe de Konrath analisou os resultados do Wisconsin Longitudinal Study, que seguiu uma mostra aleatória de 10.317 alunos da graduação do ensino médio de 1957 até o presente. Em 2008, a idade média dos participantes era de 69 anos, sendo aproximadamente metade mulheres. Quatro anos antes, os entrevistados relataram a frequência da prática do voluntariado na última década.

Também, explicaram a razão que os levaram a ajudar ao próximo. Quem planejava começar uma atividade beneficente relatou porque pensava nisso. Aqueles com foco no outro relataram que “o voluntariado é uma atividade importante para o próximo”. Outros apresentaram razões egocêntricas: “o voluntariado me faz esquecer dos meus problemas” ou "isso faz com que me sinta melhor comigo mesmo”.

Os pesquisadores compararam os depoimentos dos participantes com informações de saúde física coletadas em 1992. Foram considerados o status socioeconômico dos entrevistados, saúde mental, apoio social, estado civil e fatores de risco para a saúde, incluindo tabagismo, índice de massa corporal e consumo de álcool.

Longevidade
Os resultados mostraram que os voluntários altruístas tiveram menores taxas de mortalidade, a partir de 2008, do que quem nunca fez uma atividade beneficente. Quatro anos depois, foram comparadas as taxas de óbitos. Morreram 4,3% de não-voluntários e 1,6% de voluntários altruístas.

Porém, as pessoas que disseram se engajar em uma causa para sua própria satisfação pessoal tinham quase a mesma taxa de mortalidade (4%) do que as pessoas que não se voluntariaram. “Dá para entender que as pessoas façam o bem, em parte, pelos benefícios que irão colher de volta. O problema está em transformá-los na principal motivação, pois a atividade pode não gerar tantas vantagens à saúde”, disse uma das pesquisadoras do estudo, Andrea Fuhrel-Forbis, da Universidade de Michigan.

Leia o artigo original aqui.

Fonte: Remy Melina
Síntese: Equipe Plenae

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A terapia da floresta

Os urbanistas radicais vão ter que dar o braço a torcer. O contato com a natureza traz benefícios à saúde comprovados pela Universidade de Chiba, próxima a Tóquio.

25 de Abril de 2018


Os urbanistas radicais vão ter que dar o braço a torcer. O contato com a natureza traz benefícios à saúde comprovados pela Universidade de Chiba, próxima a Tóquio. Diminuem em 16% o estresse, em 2% a pressão arterial e em 4% a pressão cardíaca. Agora o maior benefício: aumenta em 100% a atividade do sistema nervoso parassimpático, que mede o nível de relaxamento. E os japonese avisam: o passeio de um dia no campo traz benefícios que permanecem no organismo por um mês. Os pesquisadores realizaram mais de 50 estudos com aromas dos óleos essenciais das plantas e árvores das florestas no laboratório de Yoshifumi Miyazaki, cientista Universidade de Chiba. Ali, 600 voluntários foram recrutados para participar da pesquisa. A experiência atestou que o tempo de terapia gasto em um espaço arborizado realinhava as respostas hormonais e celulares do corpo humano. Um dos estudos mostrou que os indivíduos que simplesmente olhavam para um ambiente de floresta pacífica durante 20 minutos experimentaram uma queda média de 13,4% no cortisol salivar, um dos indicadores de estresse. Houve também quem se beneficiasse com uma frequência de pulsação e pressão sanguínea mais baixas. A explicação científica para esse processo são os fitocidas, produto químico que as plantas liberam para se protegerem das pragas. A respiração desses vapores ativa as células do nosso sistema imunológico (as NKC, do inglês, Natural Killer Cell) – que são linfócitos potentes no combate à infecção e crescimento do câncer. As pessoas que participaram de uma série de viagens de três dias para a floresta (que incluíam passeios diários) exibiram um aumento de 50% na atividade e número das NKC . Esses benefícios não desapareceram depois que os indivíduos deixaram a floresta, mas subsistiram por até um mês.

A ENERGIA DA NATUREZA RECARREGA MENTE E CÉREBRO

Todos os ambientes naturais - florestas, oceanos, montanhas - de fato energizam o corpo. Esses locais são carregados de íons negativos, que aumentam o fluxo de oxigênio para o cérebro, elevando o estado de alerta e diminuindo a letargia. Quando estamos fora de equilíbrio e empobrecidos de íons negativos, o corpo responde com fadiga, perda óssea, sono comprometido, glândulas adrenais hiperativas, ansiedade, depressão, inflamação crônica e redução da função cardiovascular e cerebral. Não é pouca coisa. Dê ao seu corpo a dose saudável de íons negativos que precisa ao caminhar na natureza diariamente ou semanalmente. Para os mais naturalistas, amplifique os benefícios caminhando com os pés descalços em superfícies condutoras, como grama, areia ou pedras. A prática, chamada terapia terrestre (ou aterramento), é recomendada para diminuir a inflamação, melhorar a viscosidade do sangue, gerenciar a dor física e os distúrbios emocionais, melhorar o sono e reduzir os níveis de cortisol, o conhecido hormônio do estresse. Leia o artigo completo aqui .

Fonte: Underground Health Reporter Síntese: Equipe Plenae

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