Em uma jornada pessoal de autoconhecimento, o empreendedor David Hertz descobriu maneiras de fazer do mundo um lugar melhor
5 de Julho de 2021
Como você aplica as suas vivências na sua vida profissional? Representando o pilar Contexto , o empreendedor social David Hertz contou em seu episódio, na quinta temporada do Podcast Plenae, o que ele define como “os três chamados em sua vida”.
Tudo começou ainda muito jovem, quando ele, aos 18 anos, decide trancar a faculdade e viajar pelo mundo sem roteiros, buscando conexão verdadeira com seus destinos e pessoas que cruzaram seu caminho. Foi por meio dessa experiência que ele se viu dono de seu próprio destino, em uma epifania emancipadora que o fez querer cada vez mais encontros genuínos com o outro.
Após essa viagem, David decide assumir sua orientação sexual e ouvir mais a sua intuição, o que lhe custou a relação com seus pais, mas o aproximou ainda mais de sua verdadeira paixão. Ele então começa a explorar o mundo da gastronomia, descobrindo não só ter talento para cozinhar, mas também para liderar equipes.
Mas se consolidar em um grande restaurante era o seu propósito? Ele logo descobriu que não. Uma visita a uma favela em São Paulo o lembrou dos dias vividos sem medo e aberto a tudo na Índia. Foi o seu segundo chamado: mesmo com as entraves financeiras, ele criou o projeto Cozinheiro Cidadão, dedicado a profissionalizar gratuitamente jovens da comunidade.
Em seu terceiro chamado, ele cria seu principal empreendimento, a Gastromotiva, ao lado de uma antiga estagiária que muito lhe ensinou sobre propósito e trajetórias pessoais. Esse era, novamente, um momento de longas viagens para dentro de si mesmo que ele enfrentava.
Apesar de hoje ela já contar com outros braços, a essência do negócio se manteve: David nunca mais quis saber de outra coisa que não fosse fazer da gastronomia uma ponte para uma mudança de realidades. Para saber mais da história, confira o relato na íntegra, disponível na quinta temporada do Podcast Plenae.
Entrevista com
Empresário e fundador do Plenae
O empresário Abilio Diniz abre seu coração sobre os desafios de ser pai e como a atividade permeia toda a sua vida.
8 de Agosto de 2021
Criador do conceito dos seis pilares que norteiam essa plataforma. - e seguidor fiel de cada um deles -, era de se esperar que família fosse um tema sensível e fundamental para Abilio Diniz. Afinal, Relações está entre o que consideramos a base para uma vida equilibrada.
Muito se fala sobre seus êxitos econômicos, suas dicas de corpo, mente e propósito e até sobre sua rotina espiritual. Mas hoje, nesse Dia dos Pais, em um Plenae Entrevista mais do que especial, trazemos para vocês um lado do empresário pouco explorado em outras entrevistas: o Abilio Diniz pai de seis filhos.
Para você, em uma frase, o que é ser pai?
Ser pai é uma das coisas mais maravilhosas da vida, mas não podemos nos esquecer que a gente cria os filhos para o mundo.
Com quantos anos virou pai pela primeira vez? Ainda lembra do que sentiu?
Virei pai com 23 anos, pai da minha filha mais velha Ana Maria. Senti uma alegria imensa.
As sensações foram diferentes em cada nascimento de cada filho, ou sempre a mesma?
Cada filho é diferente, é uma alegria nova; é uma vida que se renova.
Quais foram seus principais aprendizados nessa jornada da paternidade?
É preciso observar as crianças, ver a maneira como elas pensam e agem e fazer disso um aprendizado. Observar crianças.
Acredita que esteja fazendo algo de diferente agora, na maturidade, enquanto pai? Se sim, por que?
É importante deixar as coisas muito claras: eu estou muito mais próximo dos meus filhos do segundo casamento, a Rafaela e o Miguel, hoje com 14 e 11 anos, do que com meus filhos do primeiro casamento, hoje todos adultos, Ana com 60, João com 58, Adriana com 56 e o Pedro com 51. Isso não significa mais amor, isso significa apenas proximidade. Quando meus filhos mais velhos nasceram, eu estava num momento da vida muito envolvido com outras coisas, principalmente com meu trabalho e meus esportes. As conquistas e as vitórias vinham disso, ter filhos naquela altura era uma coisa praticamente banal, todos meus amigos estavam tendo filhos, era natural que eu também os tivesse. Agora, depois de tantas conquistas na vida, no trabalho e nos esportes, isso se tornou a coisa natural, e o incrível, o maravilhoso e incomum passou a ser o fato de ter tido a Rafaela com 69 anos e o Miguel com 73. É claro que minha proximidade com eles está sendo muito maior, mas como eu disse anteriormente, isso não significa mais ou menos amor. Com meus filhos hoje adultos tenho um relacionamento de amizade, uma amizade profunda e um amor enorme. Com os pequenos é realmente uma relação de amor, de companheirismo, mas também de paternidade. Para eles eu sou o “Papi”, para os adultos eu sou o “Papi” também, mas sou o amigo deles.
O que diria para outros pais de primeira viagem, que podem estar se sentindo perdidos?
Eu diria para eles: se preparem, ter um filho muda a vida, aumenta muito a capacidade de amar.
E aos seus filhos, o que diria enquanto pai a eles?
Meus filhos, amem seus filhos como eu amo vocês e sejam felizes. Mas tem uma coisa que é importante dizer para os pais de crianças ainda pequenas. Aproveitem as crianças, elas são perecíveis, elas se tornam adultos e você tem de entregá-las para o mundo.
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