#PlenaeApresenta: Fabiana Scaranzi e o fôlego para recomeçar

O Plenae Apresenta a história de Fabiana Scaranzi, que que nunca se perdeu de vista e sempre se manteve fiel ao seu objetivo final: ser feliz

9 de Setembro de 2024



Apesar das tantas especulações e múltiplos dogmas, até então não há como comprovar o que há depois da vida. Teremos outras oportunidades para fazermos o que não fizemos por aqui? Não há como saber. E é instigada por essas questões que Fabiana decidiu fazer dessa jornada a melhor possível, mesmo que ela tenha que recomeçar quantas vezes forem necessárias.

Representando o pilar Mente, ela é jornalista, mas já fez quatro faculdades – sendo uma delas iniciada aos 54 anos -, foi modelo e encarou a tão temida transição de carreira, que assusta tantos jovens por aí, aos 48 anos. Isso sem contar as chances que deu para o amor: ela se casou pela segunda vez aos 46 anos. Mas vamos contar essa história melhor, desde o comecinho.

Vinda de uma família de classe média baixa, Fabiana conta como ter entrado no ballet ainda aos 5 anos abriu a sua cabeça e a fez sonhar em ser bailarina fora do país. Mas esse sonho foi interrompido aos 13 anos, depois de um acidente de kart que lesionou todo o seu corpo.

“Eu fiquei três meses engessada até o quadril. Depois, tive que reaprender a dobrar o joelho e a andar. Com muito sofrimento, choro e sacrifício, eu consegui me apresentar no final do ano, oito meses depois do acidente. Só não consegui subir na sapatilha de ponta, porque não tinha força na perna. Eu convidei os médicos para se sentarem na primeira fila do Teatro, e foi um momento muito emocionante para mim. Mas foi um momento também de cair na real. O meu sonho de ser bailarina clássica fora do Brasil não ia rolar. Então, eu decidi focar nos estudos para ser a primeira pessoa da minha família a entrar numa faculdade”, conta.

A decisão pela graduação veio por meio de um acontecimento familiar: acometido por uma doença neurológica, o irmão de Fabiana rapidamente perdeu a capacidade de fala. Empenhada em encontrar formas de se comunicar com ele, Scaranzi fez a que seria sua primeira de muitas escolhas, e se matriculou no curso de Comunicação. Para arcar com os custos dessa faculdade, encarou o desafio de ser modelo, profissão que nunca tinha sequer sonhado.

“Quem apontou um caminho foi um amigo meu, o Osvaldo. Ele me falou assim: ‘Olha, a minha irmã trabalha numa agência de modelos. Ela falou que vem uma gringa fazer um teste com algumas meninas para levar para fora do Brasil. Parece que essas meninas ganham bem, porque recebem em dólar’. Aí eu falei: ‘É, mas eu nunca fui modelo. Não tenho um book’. E ele disse: ‘Fala que roubaram’. ‘Mas eu vou mentir?’. E ele me devolveu com uma pergunta que eu me faço até hoje, em várias situações: ‘Você tem outra opção?’”, relembra.

Deu certo. Aos 17 anos, ela entrava em um avião sozinha, com desembarque para o Japão, o outro lado do mundo. E que mundo! Foi a partir dessa experiência que ela não só conseguiu o dinheiro para a faculdade, mas também a independência de várias maneiras e a expansão do olhar. E ainda assim, esse era só o começo.

Fabiana não quis seguir como modelo depois de formada, e entrou em uma das maiores agências de publicidade do país graças à sua “cara de pau”, como definiu Washington Olivetto, dono da agência. Separada, com um filho pequeno e uma grande torcida contra, ela entendeu ali que era preciso novamente se reinventar e estudou jornalismo.

“No primeiro mês da faculdade, eu fui ao cabeleireiro e encontrei a Sandrinha Annenberg, que eu conhecia dos testes de modelo. Eu contei que estava estudando jornalismo e ela me disse que ia ter um teste na Globo. Pois eu passei no teste e entrei na emissora. Eu acho que, quando a gente segue o coração e mira no que faz sentido para gente, as coisas fluem. Eu fiquei 10 anos na Globo. Fui repórter, moça do tempo e apresentadora de vários telejornais. Saí quando recebi uma proposta irrecusável da TV Record: virar apresentadora do Domingo Espetacular, que era o principal concorrente do Fantástico”, diz.

Foram muitos anos imersa em trabalho, algo que sempre a motivou e moldou seu caráter, como a própria define, além de ter te trazido disciplina, responsabilidade, oportunidades e um olhar mais plural. Mas com ele, veio também o tão temido piloto automático, a perda do encanto e até mesmo os sintomas físicos que essa ausência de propósito pode gerar.

"Eu comecei a me questionar: será que ainda tá fazendo sentido para mim? Mesmo sabendo que tinha algo errado, eu fui empurrando aquele desconforto para debaixo do tapete. Eu ganhava super bem, estava numa posição de destaque, era reconhecida nacionalmente pelo que eu fazia. Então, eu falava para mim mesma: ‘Fabiana, nem pensa, porque está tudo certo. Amanhã você vai acordar melhor. Domingo que vem você está bem’”, conta.

O desequilíbrio emocional e psicológico acumulado de todos esses anos se manifestou em uma doença física: uma úlcera aberta gigante. Não dava mais para se enganar e era preciso começar do zero de novo. “Eu decidi que, quando o meu contrato com a Record terminasse, eu não ia renovar. Eu fiquei quase 20 anos na televisão. Mas eu acho que os humanos têm ciclos, assim como a natureza. A gente gosta de acreditar em estabilidade e permanência, só que a vida não é assim”.

O resto dos seus passos são igualmente impressionantes, dignos de alguém que nunca se acomodou com a vida que lhe é apresentada e quer sempre mais. Digno de alguém que nunca se perdeu de vista e sempre se manteve fiel ao seu objetivo final, que é ser feliz. Aperte o play e inspire-se!

Compartilhar:


Parada obrigatória

Os vários mundos possíveis

O que foi falado no Plenae em setembro

3 de Outubro de 2024


Os vários mundos possíveis

Os vários mundos possíveis
Você acredita ser responsável pela mudança que quer ver no mundo? Nós aqui do Plenae sim! E ela não precisa ser uma mudança muito estrutural: é preciso valorizar mesmo os menores passos. E nosso conteúdo de setembro, pode-se dizer, trouxe um pouco disso. 

Encerramos a décima sexta temporada do Podcast Plenae e mergulhamos em outros temas pelo resto do mês. Se você perdeu, não tem problema, a hora de tirar o atraso é agora! Leia a seguir um pouco do que passou por aqui. 
Superando limites
No quinto episódio do Podcast Plenae, representando o pilar Corpo, conhecemos a história da atleta Patrícia Fonseca - que hoje leva esse título graças a sua participação nas Olimpíadas dos Transplantados. Mas nem sempre foi assim: ela enfrentou múltiplos desafios para chegar até ali, incluindo receber um novo coração. 
Esporte com propósito
Inspirados pela história de Patrícia Fonseca, fomos entender um pouco mais sobre as Olimpíadas dos Transplantados. Quando surgiu? Do que se trata o evento? Quais são suas motivações? Quem pode participar? Essas e outras questões nós respondemos no artigo completo!
Mil versões de si mesma
Essa pode ser a definição de Fabiana Scaranzi, a última participante da décima sexta temporada do Podcast Plenae, que representou o pilar Mente. Em sua história, viajamos pelas suas mais diferentes facetas, todas ancoradas por um mesmo anseio: buscar a melhor versão de si mesma. 
Sede de saber
E para alcançar todas essas versões, Fabiana Scaranzi revela qual é o segredo: ser apaixonada por estudar. E essa sede de saber, o estudo que parece nunca ter fim, tem um nome específico: o lifelong learning. O termo existe desde os anos 70, mas a todo tempo ganha uma nova chancela sobre sua importância científica. 
Sem idade pra ser feliz
O Plenae Entrevista de setembro foi dedicado a um tema importante e que há muito não aparecia por aqui: o combate ao etarismo. E quem tocou essa conversa foi a jornalista e candidata a vereadora em São Paulo, Denise Ribeiro, que dedicou suas últimas décadas a pensar e discutir o assunto de forma séria, sem perder o humor.
Doar enquanto cultura
Lembra que começamos essa news falando sobre ser a mudança que quer ver no mundo? Esse é um dos artigos que representam esse compromisso: falar da cultura de doação de forma engajada. Entrevistamos Marcos Prado, diretor de “Meu, Seu, Nosso”, série que discute o tema, e com uma das sete personagens que participam.
Doutores da natureza
Você já ouviu falar em medicina da floresta? O conceito embarca diferentes abordagens, mas todas elas possuem o mesmo objetivo: resgatar saberes de povos originários e encontrar na natureza a cura para diferentes mazelas, tendo sempre um manejo responsável com o nosso planeta. Venha entender mais!
O primeiro passo
Sair do sedentarismo pode ser tarefa desafiadora para muitos, afinal, essa é uma condição aparentemente inofensiva, mas que vicia e traz malefícios. Como o método “Neat” (Non-Exercise Activity Thermogenesis, em tradução livre “atividade termogênica não associada ao exercício”) pode te ajudar? Contamos aqui!
Você ainda conferiu nas nossas redes sociais algumas dicas, frases inspiradoras e alguns conteúdos sobre tendências do momento. Tudo isso de forma leve, bem diluída e pronta para você passar adiante. E acredite: esse compartilhamento só fortalece a nossa comunidade e pode chegar em quem está mais precisando ler aquilo. É uma forma de altruísmo também, certo? E está na ponta dos seus dedos. Fique com a gente no próximo ciclo: novidades muito especiais estão para chegar!

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Grau Plenae

Para empresas
Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais