#PlenaeApresenta: Geninho Goes e Eduardo Domingos e o amor multiplicado

O Plenae Apresenta a história de paternidade e afeto de Geninho Goes e Eduardo Domingos, representante do pilar Relações.

18 de Dezembro de 2024



Como a parentalidade pode se apresentar na vida de cada um? Não há uma resposta exata para essa pergunta, afinal, tanto para os pais como para as mães, a escolha em ter filhos pode ser um sonho de toda uma vida, uma casualidade ou algo construído aos poucos. Para Geninho, a ideia de ser pai não era óbvia, ainda mais sendo um homem gay. Mas foi ao lado de seu parceiro, Eduardo, em 2014, que esse chamado então se apresentou.

Representando o pilar Relações na décima oitava temporada do Podcast Plenae, o casal conta como se deu a adoção de sua primeira filha e, anos depois, dos outros quatro filhos - todos irmãos. Hoje pais de cinco filhos, a dupla não só espalha a palavra honesta sobre os desafios da adoção, mas também desse verdadeiro encontro de almas que viveram de forma coletiva com essa família que se formava. 

Em um dia ensolarado na piscina do prédio, Geninho e Eduardo observavam crianças brincando. A noite, nesse mesmo dia, assistiram sem querer a um programa chamado “Histórias de adoção”. Ao final, ambos estavam em lágrimas, no que Geninho perguntou “você tem certeza disso?” e Eduardo respondeu “sim” - sem nunca terem sequer falado do assunto, mas também sem nunca olharem para trás depois desse acordo quase que silencioso. 

“Não foi uma decisão muito racional, porque, se eu parasse pra pensar em todos os desafios envolvidos, não ia querer adotar uma criança. Foi uma coisa que veio da alma. Eu faço terapia e na psicanálise a gente fala muito sobre o desejo. A gente só sabe que um desejo existe quando ele se efetiva. O desejo existia, porque se não existisse a gente não seria pai. Mas eu não tinha consciência dele”, elabora Geninho.

Apesar de morarem em um estado com “fama de preconceituoso”, como Eduardo pontua ao falar de Santa Catarina, eles não lembram de ter sofrido nenhum tipo de constrangimento ao longo de todo o processo da inscrição para a adoção, que se deu na sequência. No formulário, preencheram: queriam dois filhos, no máximo, e com até sete anos. Não sabiam ainda as surpresas que a vida guardava para eles. 

“Foi um processo demorado, que durou dois anos e meio, até que um dia num encontro de adoção que a gente participou uma assistente social falou assim: “Ah, que pena, porque lá onde eu moro tem uma menina, mas ela está com 8 anos”. Aí ela mostrou a foto da Maria Helena. Na mesma hora a gente começou a chorar. Sentimos que aquela era a nossa filha”, conta Eduardo.

Maria não chegou para os braços deles de imediato, inclusive, uma das famílias desistiu de adotar e a outra adotou, mas devolveu por não se adaptarem. Quase um mês depois, eles conseguiram então levar a pequena para passar um fim de semana num hotel junto da cunhada e dos cachorros, para descontrair o clima. Seis semanas depois, no dia 14 de novembro de 2006, Maria enfim foi passar o período de adaptação em casa para, dezesseis dias depois, virar oficialmente filha perante o juiz.

“Com mais ou menos um mês, ela já chamava a gente de pai. Ela tinha um desejo grande de ter uma família. Mas, ao mesmo tempo, ela ficava testando o nosso amor. No primeiro aniversário da Maria, que foi em dezembro, ela não deixou nem a gente dar um abraço. Teve um dia que ela subiu na nossa cama, teve um ataque de raiva e jogou tudo no chão. No começo, ela gritava dentro de casa: ‘Socorro, eu sou uma prisioneira!’”, relembra Eduardo. 

Geninho, hoje, conta muito do que aprendeu. “Quem adota tem que abrir mão da expectativa de que o filho vai chegar e falar ou demonstrar que ama. Isso é raro. Toda adoção tem uma história de violência, abandono por trás. E quando você adota uma criança com mais idade, ela vai testar o seu amor. Ela vai fazer de tudo pra você mostrar que não aguenta mais. A gente oferece o melhor, mas a criança oferece o que ela tem de pior, porque assim ela vai ter certeza de que você gosta dela ou não”, diz. Durante anos, e até recentemente, Maria ainda testa esse amor. 

Por 6 anos, eles foram uma família de 3 pessoas, se fortalecendo enquanto pais e enquanto casal que se manteve unido mesmo durante as maiores dificuldades. Até que, em 2022, o Geninho recebeu uma ligação de uma assistente social. “Eu não estava com nenhuma expectativa, porque às vezes eles ligavam pra gente dar uma entrevista ou pra falar com uma família que queria adotar também. Só que dessa vez o assunto era os irmãos da Maria”, relembra Eduardo. 

A Maria sabia da existência de uma irmã, com quem conviveu até os 3 anos de idade - e sabia de um irmão que ela não conhecia. Os dois contam que ela chorava de soluçar querendo esses irmãos, e que eles até tentaram adotar essas crianças, que também foram para um abrigo. Mas ficaram sabendo que elas foram devolvidas para a família de origem. Mas então a assistente social contou para eles que Maria não tinha dois irmãos, mas sim quatro - sendo um bebê. 

E ainda completou: “Os três mais velhos já estão destituídos, então a gente queria saber se vocês conhecem alguém no grupo de adoção aí na cidade de vocês que possa adotar os dois meninos e a menina separadamente, para eles ficarem perto da Maria”. “Um olhou pro outro e, de novo, a gente não teve dúvida: ‘Nós sabemos. Somos nós’. Ela perguntou: ‘Vocês vão adotar os três?’. Eu respondi: ‘Os quatro’”, conta Geninho. 

A história ganha caminhos ainda mais desafiadores, mas igualmente bonitos, recheados de aprendizados e muito, muito amor no trajeto. A família mais do que dobrou e, com isso, a paternidade desse casal que já transbordava de empatia e afeto, sem tirar os pés do chão para as dificuldades. Ouça o resto do relato no episódio completo, disponível aqui no site ou no Spotify. Aperte o play e inspire-se!

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Parada obrigatória

#PlenaeApresenta: filmes clássicos e o que podem nos ensinar

O Plenae separou 5 títulos disponíveis na plataforma de streaming, Netflix, considerados clássicos da sétima arte e que muito podem nos ensinar

14 de Novembro de 2020


A arte tem como essência esse intuito de nos provocar sensações, nos tirar da zona de conforto, refletir o que pode hoje nos parecer óbvio, mas que nem sempre o foi. E a sétima arte, o cinema, provavelmente a mais prestigiada de todas as outras artes, garante em seu íntimo dar continuidade a esse propósito.

Propósito. Um dos pilares Plenae que, quando em equilíbrio com todos os outros, é capaz de te proporcionar uma vida longa e plena, com mais bem-estar e qualidade de vida. É preciso ter propósito em tudo que fazemos, das pequenas às maiores ações.

E é isso que pretendemos trazer nessa lista a seguir. Você provavelmente já assistiu a esses filmes, ou pelo menos a um deles. Mas você se atentou à mensagem de propósito que eles resguardam? Confira os títulos, que estão todos disponíveis na plataforma de streaming Netflix, prepare sua pipoca e aproveite o final de semana com essas dicas!

Forrest Gump

Vencedor de seis Oscars em 1995, o clássico Forrest Gump é estrelado por Tom Hanks, um jovem chamado Forrest que, à primeira vista, parece desinteressante e com um Q.I abaixo da média.

Mas, o que muitos não sabem e aos poucos descobrem, é que esse contador de histórias para ouvintes desconhecidos em um ponto de ônibus já testemunhou diversos eventos da história dos Estados Unidos no final do século 20.

A trama percorre várias décadas de vida do personagem central, que é um homem simples do Alabama mas, de tanto andar pelo país, conhece personalidades históricas e participa de momentos notórios para a cultura popular americana.

O filme é baseado no romance homônimo de Winston Groom que, acima de tudo, nos deixa mensagens valiosas: todos nós somos especiais à nossa maneira; não há ninguém que não tenha uma história para contar; não julgue alguém sem antes conhecer a sua narrativa.

A escolha de Sofia

Com 5 indicações ao Oscar, A escolha de Sofia é a obra que, já em 1982, consagra uma Meryl Streep ainda novinha como a grande atriz reconhecida que é hoje. Na história, Meryl faz uma mãe polaca que, filha de um pai antissemita , está presa num campo de concentração durante a Segunda Guerra .

Porém, o pior ainda está por vir: ela é forçada por um soldado nazista a fazer a escolha mais dolorosa de sua vida, entre qual filho iria viver e qual iria morrer. A história é narrada pela própria Sofia, que decide contar esse momento decisivo ao seu mais novo amigo, o jovem Stingo.

Para além do ponto-chave dramático óbvio, fica a mensagem do filme que é: nós nunca sabemos qual batalha aquela pessoa que estamos conversando já viveu ou está vivendo. É preciso empatia e compreensão para respeitar a trajetória do outro.

Ghost - O outro lado da vida

O filme, que foi a maior bilheteria dos cinemas de 1990, seu ano de estréia, trata da história de Sam. O jovem, que é morto por um assaltante na frente de sua mulher, se recusa a deixar o plano dos vivos, pois seu amor por ela (Molly) vai além da vida.

Além disso, Sam também se mantém atrelado à essa história depois de conhecer uma médium que, à primeira vista, trata-se de uma interesseira, mas depois demonstra compaixão e o ajuda não só em sua vingança contra seu assassino, como também consegue avisar Molly que ela está correndo grave perigo.

O filme, é claro, trata-se de uma ficção romântica de deixar qualquer um emocionado. Mas é preciso ir além da obviedade para entender sua real mensagem: há barreiras para um grande amor? Você ama alguém com tamanha intensidade, a ponto de tornar esse o seu maior propósito - mesmo em outro plano?

Top Gun

Estrelado por um jovem Tom Cruise em um de seus personagens mais icônicos - Maverick é um jovem piloto de caça que se esforça para equilibrar as suas várias demandas da vida.

Ele possui um caso de amor, também possui suas responsabilidades diárias e, ao mesmo tempo, compete na escola de pilotos da marinha para alçar vôos maiores. Em um enredo fácil, repleto de tramas envolventes, dramáticas e românticas, Maverick nos ensina que nada é tão longe e tão alto que você não possa alcançar.

O filme é baseado em um artigo do jornalista israelense Ehud Yonay chamado "Top Guns", publicado na revista California Magazine, e foi o maior sucesso de bilheteria de 1986.

À procura da felicidade

O filme mais novo dessa lista, lançado em 2006 mas já considerado um grande clássico, é um dos trabalhos mais icônicos e memoráveis da carreira de Will Smith.

Nele, o ator interpreta uma história real - com cenas adicionadas para incrementar - do hoje empresário Chris Gardner, sobre a época em que ele foi um morador de rua. Sua trajetória se tornou um livro, “À procura da felicidade” e, por fim, foi parar nas telonas de todo o mundo com o mesmo nome e diversas indicações.

O filme se passa no momento em que Gardner começa a enfrentar problemas financeiros e sua mulher, Linda, decide partir. Ele torna-se então o tutor único responsável pelo seu filho Christopher, de cinco anos.

Em busca de emprego, ele então consegue uma vaga de estagiário não remunerado numa corretora de valores, mas antes de ser contratado ao final do prazo de experiência, ele recebe uma ordem de despejo que leva os dois a morarem na rua.

É praticamente impossível não se emocionar com uma história de tamanha resiliência, cujo propósito fica tão evidente. O amor do pai pelo filho e a esperança de uma mudança de vida são seus combustíveis que levaram ele a ser o empresário de sucesso que é hoje.

Gostou da lista? Não esqueça de comentar lá no nosso Instagram, @portalplenae, depois de assistir a um desses filmes. Prepare seus lenços e mergulhe nessa onda de inspiração!

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