#PlenaeApresenta Gustavo Ziller e os horizontes ampliados

O quarto episódio da décima sétima temporada é sobre enxergar o topo do mundo, mas não só sobre o Monte Everest.

28 de Outubro de 2024



Até onde o seu olhar alcança? O empresário Gustavo Ziller teve que subir no pico do monte mais alto do mundo, o Monte Everest, para entender que não é preciso uma atitude tão drástica para ampliar os seus horizontes. Representando o pilar Mente, ele nos conta que, assim como muitos em sua área, ele assistiu o seu corpo padecer por conta da exaustão da mente. 

Em uma das passagens mais marcantes de seu relato, Ziller lembra de quando desmaiou ainda no trânsito e acordou no hospital, sem entender o que tinha acontecido. Mas é claro que ninguém atinge esse ponto de um dia para o outro, e é essa história mais profunda que iremos conhecer ao longo do episódio. 

“Fazia três anos e pouco que eu tinha mudado de Belo Horizonte pra São Paulo. Eu era sócio de uma empresa de produção de conteúdo com clientes gigantes. Eu tinha uma rotina repetitiva, e a minha função era basicamente resolver pepino. Eu tenho muita facilidade pra desenrolar coisas encalacradas. E quando você vira um polo de solução de problemas pras pessoas, elas te demandam pra tudo.  

Eu lembro direitinho que eu dormia cansado, sentindo muito desânimo, e acordava exausto. Não tinha nenhum hobbie. Não fazia exercício. Não tinha tempo de qualidade com os meus três filhos. Por outro lado, eu ganhava muito dinheiro e proporcionava um padrão de vida alto pra minha família. Então, de alguma maneira, eu achava que tava valendo o sacrifício. Nessa cilada eu não caio mais”, relembra.

Seduzido pela falácia da meritocracia, Ziller acreditava que se desse duro, a recompensa viria, mas não era capaz de enxergar tudo que colocava em jogo a cada vez que ele saía para longas e intensas jornadas de trabalho - e tudo que ele perderia no futuro. A Síndrome de Burnout era questão de tempo e não tardou a vir.

“Eu desmaiei um dia no meio do trânsito, em 2012. Eu não lembro direito o que aconteceu, mas sei o que me contaram. Eu tava num evento chamado Social Media Week, falando sobre o futuro das redes sociais, em São Paulo. Aí eu saí desse evento, que foi no Morumbi, peguei meu carro, atravessei a ponte Cidade Jardim e em cima da ponte comecei a dirigir meio em ziguezague. Quando eu fui entrar numa ruazinha à direita pra pegar a Avenida Faria Lima, eu apaguei”, relembra. 

Foi o taxista que dirigia atrás dele que o levou para o hospital, onde ele acordou em um quarto com sua mulher, vários médicos ao redor e muitas dúvidas pairando pelo ar. Foi nesse momento que ficou evidente o tamanho descontrole físico que o seu mental havia lhe causado e agora ele colhia inúmeros diagnósticos. 

“Descobri que meus exames estavam alterados. Aos 36 anos, eu tinha colesterol alto, triglicérides alto, pressão alta e pré-diabetes. Tava pesando 112 quilos. Não foi exatamente uma surpresa, porque eu sabia que o meu estilo de vida não era legal. Mas, de qualquer maneira, aquele apagão foi um choque, porque você nunca acha que vai acontecer com você. Até que acontece”, conta. 

Em um primeiro momento, a recomendação foi a clássica nesses casos: era preciso que ele se afastasse por muitos dias do seu trabalho. Mas a mudança precisa ser mais profunda do que essa, nós sabemos. E Gustavo, que ainda não sabia, estava prestes a descobrir. Foi tendo tempo de qualidade com a sua família e conversando com amigos que ele entendeu que os desafios precisavam ir além do escritório, e foi quando a natureza surgiu em seu horizonte. 

A primeira parada foi o Nepal, indicação de um amigo. Apesar de ter feito escalada em sua temporada no exército, havia anos que ele estava sem condicionamento físico para essa façanha. “Eu treinei firme por alguns meses, e essa disciplina foi me ajudando a restabelecer o bem-estar e a organizar as ideias. No dia 9 de abril do ano seguinte, eu embarquei pro Nepal. Fiz sozinho um trekking até o campo base de uma montanha chamada Annapurna. Foram 35 dias de muita reflexão sobre a minha saúde, o meu trabalho, o meu relacionamento e a paternidade. Eu tinha pensamentos que flutuavam na minha cabeça como se fossem uma constelação de planetas que precisava ser realinhada”, conta.

E foi. Os astros se alinharam internamente quando Ziller entendeu que dinheiro era importante, mas não podia mais ser o protagonista de sua vida, porque foi essa ideia que o desconectou de forma tão brusca de sua essência. Gustavo e sua família voltaram a morar em Belo Horizonte e diminuíram drasticamente o padrão de vida, mas lentamente ele foi entendendo um pouco mais sobre si. 

Escreveu um livro, sucesso absoluto de vendas, sobre escalada. Do processo de escrita, veio a ideia de um programa de TV, que também se tornou um sucesso. Até que a escalada deixou de ser apenas um tema secundário e tomou conta de sua vida, bem como o esporte em geral se tornou fundamental. O destino final não poderia ser diferente: o gigantesco Monte Everest iria surgir em seu horizonte e a sua vida nunca mais seria a mesma. 

Para conferir o resto dessa história, ouça o episódio completo, disponível no Spotify ou aqui em nosso site. Tome um fôlego, areje as ideias e quebre paradigmas. Deixe o novo entrar e reconecte-se. Aperte o play e inspire-se!

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#PlenaeApresenta: Mariana Kupfer e a maternidade latente

O sonho em ser mãe é capaz de transpor qualquer dificuldade. Conheça o relato de Mariana Kupfer, no Podcast Plenae

5 de Outubro de 2020



Mãe por essência, essa pode ser a descrição da apresentadora Mariana Kupfer. Representando o pilar Relações, a quarta convidada da segunda temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, traz um relato potente sobre a maternidade solo.

De tanto sonhar com a maternidade, desde muito novinha, Mariana se tornou o tipo de amiga que cuida das outras. Até mesmo na infância, ela brincava de ser mãe de suas Barbies. “Lembro que na adolescência eu tinha algumas certezas, mas duas delas sempre me acompanhavam: eu iria trabalhar com comunicação e iria ser mãe.”

Esse instinto tão profundo guiou todas as escolhas seguintes de Mariana. “Eu não tinha pressa, apenas tinha a intuição de que essa era uma relação fundamental para mim, uma certeza de que eu queria essa troca, esse afeto que não se mede e não se explica.”

Apesar de não ter tido pressa para realizar esse sonho primitivo que nela habitava, foi aos 32 anos que ela começou a trilhar o seu caminho para a maternidade. Na época, namorando com uma pessoa que não tinha certeza de que queria ser pai, Mariana não teve dúvidas, terminou o namoro e partiu para a maior empreitada de sua vida: a de ser mãe solo.

Depois de muito estudo e consultas com grandes especialistas, ela então realizou a tão sonhada fertilização in vitro. Quando grávida, não enfrentou uma gestação fácil, sendo internada diversas vezes. Esse parecia o treinamento para todos os outros desafios que viriam em seguida.

“Eu sabia que estaria sozinha na gestação, mas viver a gravidez com essa condição foi uma provação dupla. Mas vinha uma força, porque eu estava realizando desejo profundo que eu tinha, por mais difíceis que fossem as circunstâncias.”

"Nas horas mais difíceis, eu me agarrava no amor que levava literalmente dentro de mim e seguia em frente.” Nada foi capaz de desanimá-la, e quando sua Vitória nasceu, a confirmação de que tinha tomado a melhor escolha de sua vida veio.

“Como decifrar um milagre? Não dá. E é realmente o milagre da vida, aquele momento em que você passou 9 meses com dois corações dentro de você e, no minuto seguinte, você consegue sentir esse mesmo coração batendo sozinho, chegando no mundo.”

Hoje, Mariana divide sua história com outras mães, sobretudo a sabedoria que a vida lhe trouxe: ser mãe é construção diária. Confira um pouco mais dessa linda história de amor no quarto episódio da segunda temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir, disponível no seu streaming de preferência.

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