#PlenaeApresenta: Konrad Dantas e as portas que se abriram

Mergulhe na história de reinvenção e vitórias de Konrad Dantas, representando o pilar Contexto.

6 de Maio de 2024



Que as oportunidades não são iguais para todos, nós sabemos. Mas o que cada um é capaz de fazer a partir daquilo que se tem à sua disposição? Konrad fez mais do que poderia imaginar. O produtor musical que encerra a nossa décima quinta temporada do Podcast Plenae representa o pilar Contexto e nos inspira com a forma que ele tomou as rédeas de seu destino.

“Começar a vida do zero é fácil. Eu comecei no menos 100. Eu sou negro. Não tenho sobrenome italiano. Não estudei em faculdade renomada. Eu aprendi a filmar fazendo cursos livres. Nas aulas, eu era o único moleque que não tinha morado fora do Brasil. O único que não falava inglês fluentemente. Era o mais jovem da turma. Na minha cabeça, eu tinha que arrepiar”, diz.

O menino que nasceu em Santos e cresceu na Vila Santo Antônio, na periferia do Guarujá, no litoral de São Paulo, é filho de uma professora da educação infantil e de um “faz tudo”: pintor, pedreiro, cozinheiro, encanador, entre outros. Sua infância foi simples e se deu nas ruas de um conjunto habitacional. Isso o moldou para sempre.

“Quando eu era criança, eu sonhava em mudar a realidade da minha família. Eu não acreditava que eu tinha capacidade intelectual de passar num vestibular de uma faculdade pública. E a minha família não tinha condições de pagar uma boa faculdade privada. Então, eu achava que a música seria o meio pra eu ganhar dinheiro”, conta.

E foi. Mas antes de descobrir isso, a jornada foi longa. Aos 11 anos, para se ter uma ideia, Konrad começou a cantar rap, estilo musical muito comum nas periferias, e fundou a sua própria produtora, ainda um projeto muito incipiente. “Eu escrevi o nome da gravadora na porta do armário, no meu quarto. Coisa de moleque. Eu não lembro o que eu escrevi, mas era alguma coisa relacionada ao nome do meu bairro. Tipo Quebrada Santo Antônio, alguma coisa assim”, diz.

Esse era o começo de algo maior. O próprio nome artístico adotado até hoje, Kondzilla, nasceu nessa mesma época inspirado no filme Godzilla, o primeiro que ele assistiu no cinema. Acontece que o rap não deu certo por conta de sua timidez e também pela sua falta de habilidade com instrumentos musicais. “Eu entendi que eu era um apertador de botão. Um apertador de botão com um bom ouvido”, reflete.

Ele não tardou em corrigir a rota. “Eu acho que uma das minhas maiores habilidades, desde cedo, é corrigir a rota quando um caminho tá indo na direção errada. Eu aprendi com a minha mãe a ser pragmático. Não tenho tempo a perder”. Aos 16 anos, ele ganhou um primeiro gravador de CD. Com isso, ele montava coletânea de músicas e fazia sozinho a capa dos CDs para vender posteriormente. O empreendedorismo corria inevitavelmente em suas veias.

Quando sua mãe faleceu subitamente, os seus planos foram interrompidos temporariamente. “Quando a minha mãe morreu, a gente estava sem se falar, por causa de um desentendimento. Na minha cabeça, a gente ia fazer as pazes. Não deu tempo. Ela ficou em coma 10 dias. Eu fui todos os dias ao hospital conversar com ela. Eu tenho paz no meu coração. Ela me perdoou por tudo que eu fiz de errado, e eu perdoei ela também. Eu tenho certeza que um dia a gente ainda vai se encontrar e vai alinhar tudo que estava desalinhado nesse plano espiritual”, emociona.

Com o dinheiro do seguro de vida deixado, Kond decidiu investir no que há de melhor: sua educação. “. Eu comprei a minha primeira câmera e fui pra São Paulo estudar computação gráfica e cinema 3D. Na época, eu estava focado em trabalhar com pós-produção. Então, eu não me dediquei a duas disciplinas: direção de cena e direção de fotografia. Quando o curso acabou, eu me senti em dívida com a minha mãe. Eu comecei a estudar essas matérias por conta própria. O resultado foi que eu acabei me apaixonando por essas duas áreas que, hoje, são o core business da minha empresa”, conta.

Kond continuou se aventurando até entender que a música era o começo e o fim de sua história, e que a cultura e a arte tem um peso imenso para populações mais desfavorecidas e pouco contempladas por essa área. O resto da história você confere no episódio completo, disponível no Spotify ou aqui em nosso site. Aperte o play e inspire-se!

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Parada obrigatória

#PlenaeApresenta: em casa com os Gil

Celebrando os 80 anos do patriarca da família, os Gil entram em turnê com direito a série gravada nos bastidores

3 de Julho de 2022


Que a família Gil é uma inspiração para o Plenae, isso não é nenhum segredo. Mais do que uma família de artistas sensíveis, Gilberto Gil é a prova de que é possível partilhar sonhos e projetos diferentes com os seus familiares. Contamos aqui neste artigo como todos juntos podem influenciar um pouco de cada um dos nossos pilares. 


Agora, voltamos a falar da família Gil por um motivo nobre: eles entrarão em turnê internacional, todos juntos pela primeira vez, chamado “Nós, Gente”. O acontecimento se dá bem próximo do aniversário de 80 do Gilberto Gil, o grande patriarca de todos. Foi dia 26 de junho que o artista, ovacionado nacionalmente, completou 8 décadas de vida e celebração.


A preparação para se lançarem aos palcos por todo o mundo foi registrada e virou documentário, disponível na Amazon Prime Video. “Em casa com os Gil” foi gravada na casa da família em Araras, região serrana do Rio de Janeiro, com direção de Andrucha Waddington, Pedro Waddington e Rebeca Diniz. 


O roteiro é de Hermano Vianna e a produção executiva é novamente de Andrucha, ao lado de Renata Brandão e Ramona Bakker. A equipe acompanhou os 27 familiares durante 15 dias. No doc-reality, iremos encontrar desde cenas comuns como as refeições em família, os ensaios e até episódios mais íntimos, como momentos de lembranças familiares.


“A gente acabou conseguindo fazer uma polaroid muito poderosa desse momento, retratando uma família que vai fazer o mundo pensar sobre o que é uma família”, diz Andrucha Waddington à Revista Gama. A ideia dessa excursão partiu da cantora Preta Gil, durante um dos períodos de isolamento da pandemia, em Petrópolis.


Esse momento de introspecção também estará nos registros, fazendo da série um documento completo que explora as alegrias da família, mas também as tristezas. “A gente tem nossos conflitos e questões, e eles são absolutamente naturais, discutidos na intimidade da família. O que cada um da sua geração passou, com relação a alguns preconceitos e opressões… Muita gente pode se identificar com a nossa história“, diz Preta, também à Gama.


Esse foi o segundo desafio que a família enfrentou: encontrar um tom que funcionasse para todos os integrantes e que entregasse um resultado bom para o público, com uma equipe grande envolvida. E isso inclui a participação dos pequenos integrantes da família, a geração mais jovem que vem para contribuir e ensinar da mesma maneira que os mais velhos. 


A primeira temporada do “Em casa com os Gil” já está disponível no Amazon Prime Video exclusivamente para assinantes e conta com cinco episódios iniciais. Aperte o play e inspire-se! 

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