Parada obrigatória

Pode entrar, 2023!

O que foi falado no Plenae em janeiro

31 de Janeiro de 2023


Pode entrar, 2023!

Sim, ele chegou: o tão esperado ano novo! E como todo começo de ciclo, as esperanças foram renovadas, a energia recarregada e a lista de sonhos e metas, atualizada! A única coisa que não mudou é a companhia do Plenae no seu dia a dia, trazendo conteúdos ricos e aprofundados sobre qualidade de vida, com o objetivo de gerar gatilho para mudança.

Nesse mês, nos dedicamos a trazer dicas práticas, retomar o que passou no último ano e olhar para o futuro. Confira a seguir um pouco do que rolou por aqui!


Recordar é viver!
Como de costume, trouxemos a nossa retrospectiva, e não só dos melhores do ano, mas de todos os conteúdos que passaram por aqui em cada pilar. Um conselho: que tal fazer o Grau Plenae gratuito para analisar qual o seu pilar em desequilíbrio? Assim, é só focar nele e absorver as nossas dicas!


A diversão importa
De olho na campanha do Janeiro Branco, como sempre estivemos, trouxemos o especialista Raphael Negrão para falar o porquê é importante trazer o lúdico e o brincar para o ambiente de trabalho e como a escuta ativa é parte importante desse processo. Saúde mental, seguidores, importa - e muito!


No pain, no gain
Uma das metas mais comuns de início de ano é colocar a atividade física nos seus planos. Trouxemos neste artigo caminhos possíveis para te ajudar a não furar os exercícios e de fato tornar essa rotina uma realidade. Mas o mais importante ninguém pode fazer por você: o comprometimento. 


Quem veio antes?
O ovo ou a galinha? Não! O sucesso ou a felicidade. E foi esse dilema que buscamos entender, com base em pesquisas internacionais que são claras em sua conclusão: funcionários felizes obtêm resultados melhores. E aí, já deu pra sacar a resposta da pergunta inicial?


Dois cérebros
É verdade que temos um lado do cérebro emocional e outro racional? É verdade que eles entram em conflito ou eles podem conviver pacificamente? É verdade que podemos optar em escolher um dos lados em determinadas situações, de forma intencional? Essas e outras questões foram desmistificadas por aqui!


Aumigão
É muito difícil conhecer alguém que não ame cachorros, essa espécie tão parceira e leal. Mas, para ter um em casa, é preciso mais do que amor. Se adotar um aumigão estiver nas suas metas para 2023, te damos o maior apoio! Mas antes, leia o nosso artigo para entender o que é preciso saber antes de realizar esse ato de amor. 


Dois caminhos
Em janeiro, seguimos publicando nossas duas crônicas mensais. Dessa vez, falamos sobre locais, sendo um ainda bastante inexplorado e um tanto futurístico, e o outro, bastante real e aniversariante do mês. São eles: metaverso e São Paulo, respectivamente. Vem conferir!


Tema da vez
Se você é nosso leitor fiel, já deve conhecer a newsletter temática que temos por aqui, o Tema da Vez. Mas se você ainda não conhece, tudo bem! Elas agora estarão de forma resumida em nosso Instagram, começando pela desse mês, sobre rituais. Não se esqueça de se inscrever para tê-la completa, é rápido e grátis!


Te encontramos por aqui daqui alguns dias, no mês mais colorido do ano: fevereiro! E com mais mergulhos para dentro de nossas questões, é claro, buscando sempre ter uma vida longa e com qualidade. Nos vemos por aí!

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Entrevista com

Luiz Alberto Hanns

Doutor em psicologia clínica

O estresse é o maior inimigo silencioso do casamento

11 de Abril de 2019



Com mais de 20 anos de prática como terapeuta de casais, o doutor em psicologia clínica Luiz Alberto Hanns defende a tese de que há seis dimensões para um casamento feliz. Descritas no livro A Equação do Casamento - O Que Pode (Ou Não) Mudar na Sua Relação (Ed. Paralela) são elas: compatibilidade psicológica, grau de consenso, atração sexual, competência de convívio a dois, valorização de permanecer casado e, por fim, grau de fontes de estresse e de gratificação. Hanns afirma, no entanto, que o casal não deve idealizar que tudo se encaixe perfeitamente. “Esperar isso pode arruinar uma relação que seria muito boa”, diz ele, que dá aulas da Casa do Saber. 

Até poucas décadas atrás, os casamentos duravam a vida toda para a maioria das pessoas. Hoje, cerca de 50% dos casais se separam. As pessoas eram mais felizes no casamento antes? Em muitos países o modelo ainda é o dos nossos avós. Muçulmanos ortodoxos, judeus hassídicos e sikhs se casam não em busca de um projeto individualista de felicidade pessoal, mas como parte de um ciclo de vida a ser cumprido em que outros aspectos também pesam, obrigações, estabilidade, expectativas da comunidade etc. Tem de haver simpatia, não necessariamente paixão. O entendimento é que você aprenderá a amar seu cônjuge por meio do convívio e da aliança pela construção da vida em comum. As pesquisas indicam que essas pessoas tendem a esperar menos prazer e sintonia de almas e em geral estão mais satisfeitas com o que têm. Nesse sentido, podemos dizer que nossos avós eram mais felizes. Hoje, temos total liberdade de escolha e uma expectativa muito alta da vida. Esperamos demais do trabalho, filhos, saúde, aparência e casamento. Se a vida não for maravilhosa em todos os aspectos, nos sentimos devedores de nós mesmos. O lado positivo da liberdade e fluidez das relações é que podemos sair de situações de extrema opressão. O negativo é que facilmente nos frustrarmos por idealizar  metas irrealizáveis. O que podemos fazer? Idealizar menos e desenvolver o que se chama de "habilidades interpessoais para conviver a dois". 

Como é possível aprender a conviver com outra pessoa? As pessoas podem fazer terapia de casal para aprender a viver a dois e lidar com divergências. Pesquisas mostram que indivíduos que fazem 6 ou 7 sessões antes do casamento tendem a ter relacionamentos mais satisfatórios. São aprendizados como, por exemplo, não dizer tudo que quero no momento em que sinto necessidade de desabafar, mas entender que é vital escolher o momento e a forma de pedir, cobrar ou reivindicar. Outro exemplo se refere ao fato de compreender que o mau humor não é um salvo conduto que me permite dizer desaforos ao outro. Se eu estiver mal-humorado porque não dormi, é melhor que eu durma, mas preserve o meu parceiro do mau trato que corrói o relacionamento. Muitos casais dizem que, se soubessem e fossem treinados em como praticar essas coisas antes, o casamento teria sido melhor. 

De que maneira duas pessoas podem saber se são psicologicamente compatíveis? Depois de um tempo de convívio, as pessoas percebem se combinam no jeito de ser. Em alguns casos, os opostos se atraem, como o sádico e o masoquista, que são complementares. Mas, em outros casos, os opostos podem se repelir, como por exemplo, uma pessoa com déficit de atenção e uma perfeccionista, que tenderão a ter mais conflitos. Do mesmo modo os iguais podem se atrair ou repelir dois indivíduos ansiosos tendem a potencializar o nível de irritação um do outro. Já um mais tranquilo pode acalmar um ansioso. O problema é que, no afã de se casar, a pessoa pode perder a capacidade de observar essas dinâmicas. 

A incompatibilidade psicológica inviabiliza o casamento? Não necessariamente. É possível fazer ajustes. Uma pessoa extremamente espaçosa pode se habituar a não falar tão alto e ser mais ordeira para não incomodar o parceiro. É claro que tudo isso tem limites. Por exemplo, se eu genuinamente não tolero pessoas com pouco interesse intelectual, talvez não consiga me adaptar a um parceiro sem esse pendor. Enfim, é preciso ser ao menos suficientemente compatível, mas não é preciso buscar um casamento em que tudo se encaixe perfeitamente. Esperar isso pode arruinar uma relação que seria muito boa. 

Com o passar do tempo e após o nascimento dos filhos, a vida sexual se deteriora para a maioria dos casais. Qual é o caminho para lidar com essa realidade? O primeiro passo é entender que isso acontece para muitos casais, tanto por razões hormonais, quanto pela logística de ter um filho. Às vezes, não contamos com reservas internas para ter foco simultâneo em filho, família estendida, nós mesmos e ainda sobrar espaço para o romantismo. O problema é quando isso se torna permanente. Em tese, seria importante tentar recuperar o espaço de namoro dentro do relacionamento. Não precisa ser sempre sexo, mas também fazer programas de que os dois gostem, como jantar, conversar, praticar esportes. Ter prazer em compartilhar determinados momentos a dois. 

As pessoas mudam ao longo da vida. Com isso, pode mudar também o grau de consenso do casal. Quando isso acontece, é hora de se separar? Quando os projetos de vida ou os valores do casal são incompatíveis, pode acabar o casamento. Um exemplo é se uma pessoa quer ter filho e a outra, não. Um pode até mesmo abrir mão de um projeto que para ele era vital, mas ficar ressentido e a cada briga jogar na cara do outro. Valores também são importantes, inclusive políticos, estéticos e éticos. Alguns casais não se mantêm atualizados sobre essas mudanças e só se dão conta dessas diferenças quando já não têm mais muito em comum. Por isso, é importante prestar constantemente atenção ao que se passa com o parceiro e sempre que necessário conversar, repactuar e renegociar. Quais são os principais inimigos do casamento?Existem inimigos barulhentos, são conflitos evidentes, como projetos de vida incompatíveis e concepções de direitos e deveres que não foram discutidos antes de casamento. Por exemplo: quem vai acordar à noite para trocar a fralda do bebê? Ou: é aceitável viajar sem a companhia do cônjuge? Mas existem também inimigos silenciosos, problemas que não detectamos, mas deterioram a relação. O maior inimigo silencioso é o estresse oriundo de fontes externas, como trânsito, finanças, filho, saúde. A maioria dos casamentos contemporâneos está sujeita a ele. Muitas vezes um casamento com alto grau de satisfação se deteriora porque a pessoa sem perceber acumula estresse. Em algum momento, o indivíduo então começa a se irritar com parceiro e atribui isso equivocadamente à relação, tal como na história do sapo, que estava sentado na frigideira com água fria e não notou como ela se aquecia até ferver.

Em qual das seis dimensões do casamento feliz é mais fácil corrigir a rota e, em oposição, em qual é mais difícil fazê-lo? A mais fácil é a aprendizagem de habilidades para conviver a dois. Ele funciona como um pó de pirlimpimpim que ajuda a ajustar as outras dimensões. As dimensões mais difíceis de ajustar são a incompatibilidade de projetos essenciais, de valores e de química sexual. Também é complicado quando não há afinidade de interesses. Por exemplo, uma triatleta que seja casada com um filatelista, intelectual e sedentário tenderá a sentir vibração e prazer em atividades praticadas com outras pessoas fora da relação. Esse interesse em assuntos em comum tem se mostrado como muito importante na maioria dos casamentos contemporâneos.

Estatisticamente, somente um em cada 4 casais é feliz. Ainda assim, a maioria das pessoas quer se casar. Por quê? Por um conjunto de razões. As pessoas muitas vezes chegam a uma fase em que desejam estabilidade e compromisso. Esse período coincide com o fim dos estudos e início da vida profissional, entre os 26 e 32 anos, quando o indivíduo cansa da balada e quer formar uma família. Homens frequentemente se casam movidos pela busca de fundar um lar para ter uma relação que sirva de apoio para a vida. Já as mulheres são movidas pela expectativa da vida a dois, algo que os homens não compreendem direito. 

Os aplicativos de namoro tornaram as relações mais efêmeras? Não vejo assim. A maioria das pessoas busca compromisso, inclusive homens. A diferença é que, enquanto ele não encontra uma companheira de vida, se diverte com outras parceiras e pode-se ter a impressão de que ele não quer nada sério. Na verdade, ele apenas não achou ainda a parceira certa. A mulher, por pressão social, aspectos emocionais, encaixe sexual e certas vulnerabilidades, como segurança, higiene etc., não costuma querer praticar sexo tão promíscuo como passatempo. Mas, mesmo assim, elas também se envolvem em paqueras e podem ter sexo com um ou outro parceiro ocasional apenas para ter companhia e por recreação. Mas, vale para eles e elas, hoje, 30% dos casamentos nos Estados Unidos se originam de pessoas que se conheceram em aplicativos. 

Como o avanço da longevidade deverá impactar as relações amorosas? Os jovens hoje são menos românticos e ingênuos ao se casarem. Eles dizem “espero que dure a vida inteira”, mas não têm certeza de que “seremos felizes para sempre”, o que é muito diferente. Soma-se a isso o fato de que a longevidade com mais saúde pode fazer com que as pessoas tenham dois ou três relacionamentos de compromisso ao longo da vida, ou experimentem outras sexualidades. Além disso, o segundo ou terceiro relacionamentos de compromisso não precisam ser necessariamente casamentos, mas namoros, sem morarem 100% do tempo juntos.

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