Parada obrigatória

Viagem por outros caminhos​

O que foi falado no Plenae em outubro

4 de Novembro de 2024


Viagem por outros caminhos

Viagem por outros caminhos
Esse mês, viajamos juntos. Demos as mãos, pegamos nossos passaportes simbólicos e embarcamos rumo a destinos diferentes. Começamos o mês em um lugar e terminamos em outro completamente diferente, mas certamente mais evoluídos e com mais informações na bagagem. Se você perdeu o horário do voo, fique tranquilo: te contamos a seguir um pouco mais sobre essas experiências!
1 é pouco, 2 é bom e 9 é ótimo!
Isso mesmo: separamos não um, nem dois e sequer três, mas nove hábitos que podem te trazer felicidade segundo a ciência. E engana-se quem pensa que é preciso uma grande revolução para chegar a esse estado. Trata-se, na verdade, de atos cotidianos que, quando feitos com frequência, te trazem muitos benefícios!
Dicas, para quê te quero?
Para ler, para ouvir, para assistir e até para empreender! Na primeira semana de outubro, que antecedeu a estreia da décima sétima temporada do Podcast Plenae, aproveitamos para te dar dicas sobre temas variados, mas todos com o objetivo de contribuir ainda mais com a sua jornada. 
A viagem para mares profundos
Embarcamos no primeiro destino, que na realidade, são muitos! Assim foi o primeiro episódio da décima sétima temporada do Podcast Plenae, representando o pilar Relações por Estela e Pedro, o casal que levou seus dois filhos para velejar pelo mundo, contrariando todas as expectativas de quem duvidou da empreitada.
Tem espaço para mais um?
E inspirados pela aventura de Estela e Pedro, perguntamos para a inteligência artificial quais são os benefícios de embarcar em uma viagem em família! E o melhor: todos os benefícios apontados também foram colhidos pelo casal e relatados em seu episódio. Deu match!
A arte como denúncia
No segundo episódio da décima sétima temporada do Podcast Plenae, embarcamos para uma quase viagem no tempo. Representando o pilar Contexto, o artista Dalton Paula conta como seus caminhos anteriores o levaram ao sucesso e ao privilégio de poder viver de arte, arte essa que denuncia o passado doloroso de seu povo. 
Outros nomes de peso
O que Dalton Paula faz por meio de suas expressões artísticas não é só bonito esteticamente falando, mas é importante do ponto de vista histórico. E há outros artistas afro-brasileiros que estão fazendo o mesmo, seja na literatura, na música ou nas artes plásticas também. Separamos muitos nomes para você conhecer!
A mão invisível dos professores
Ninguém chegou até aqui sem ter passado por um professor. Não há quem não tenha testemunhado mudanças em sua própria vida à luz de uma aula. Homenageamos aqueles que usam sua própria voz para fortalecer o ensinamento por meio da oralidade, método quase tão antigo quanto a própria humanidade.
Quando eu quiser, eu paro!
O Tema da Vez desse mês poderia se chamar “Temão da vez”, já que o assunto é de peso. Falamos sobre o vício, essa doença tão incompreendida e cheia de estigmas que ainda carece de leis, políticas públicas, olhar médico empático e acolhimento da sociedade - mas que atinge números cada vez mais alarmantes. 
A culinária como religião
Próxima estação: Trancoso. Ou seria Inglaterra? Pode ser na zona oeste de São Paulo também, não importa. O fato é que viajamos com a chef Morena Leite, representante do pilar Espírito dessa temporada e que nos conduziu a destinos diferentes embalados pelo cheiro delicioso de sua gastronomia. 
Comer, rezar e amar
Há um motivo para uma chef de cozinha ter representado o pilar Espírito nessa temporada. Morena Leite fala como a gastronomia foi sua ponte para conhecer outras culturas e, sobretudo, outras religiões. E essa relação entre o espiritual e o prato de comida, como investigamos, é mais antiga do que você imagina.
Acima do mundo
Nossa quarta parada foi no pilar Mente, ou mais especificamente, no pico do Everest. Quem conta essa história é o empreendedor Gustavo Ziller que, como muitos de sua área, teve que ver o seu corpo padecer para então levar a sua saúde mental a sério. E esse, na verdade, foi só o começo de sua outra jornada.
Você brinca?
Ainda que a ciência insista nos benefícios da diversão para a nossa saúde de forma geral, seguimos sufocados por uma lista de afazeres que não contempla essa atividade como algo legítimo e igualmente importante a todas as outras. Nesse mês das crianças, te convidamos a ouvir o que a sua criança interna está tentando dizer

Não desfaça suas malas! Nos vemos em novembro para terminarmos juntos essa viagem com várias paradas, mas nunca um destino final único. Até breve!

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#PlenaeApresenta: Daniel Munduruku e a arte de ser um contador de histórias

O Plenae Apresenta a história de Daniel Munduruku, que encontrou na força das palavras uma forma de manter sua cultura viva

19 de Agosto de 2024



Contar histórias é uma das práticas mais antigas da nossa espécie e que já nos garantiu até mesmo a sobrevivência. No caso dos povos originários ou de minorias oprimidas, compartilhar narrativas é uma forma de manter a sua cultura viva e atravessando gerações, diante de todas as tentativas diárias de apagamento cultural que sofrem.

Daniel Munduruku, representante do pilar Contexto na décima sexta temporada do Podcast Plenae, é parte fundamental dessa dinâmica. Ele elevou a outras potências a velha roda de histórias ao redor de uma fogueira e publicou livros, ministrou palestras e segue rodando o mundo garantindo que seus ideais e pensamentos estejam vivos e caminhantes por aí.

Mas, como você que nos lê pode imaginar, nem sempre foi fácil – e ainda não é. “Eu sofri muito preconceito na escola por causa da minha origem. Mas eu acho que, de certa maneira, ser escritor me libertou um pouco dessas memórias ruins. Eu consigo escrever sobre a minha infância e adolescência sem nenhum ranço daquele período”, relembra.

Originário de um povo cujo significado é “formiga vermelha”, a mais temida das formigas, ele relata em seu episódio que os Mundurukus eram os mais temidos na região Amazônica, e hoje estão espalhados em três estados: Amazonas, Mato Grosso e Pará.

Dentre os ensinamentos que aprendeu em sua aldeia, ainda na infância, o silêncio é o mais valioso. “Não tinha energia elétrica, e aprender a ficar em silêncio era parte da nossa educação. O silêncio era necessário pra gente não despertar a fúria dos outros seres da natureza, sejam eles animais, sejam eles espirituais”, conta.

Além do silêncio, ter os sentidos apurados também foi uma lição ensinada e não pela figura de um professor, já que em sua cultura não há um único detentor do saber, mas sim os saberes coletivos. Sobreviver, para as crianças, era quase uma atividade lúdica e sem o peso que lhe cabe, entendimento que só chegou muito tempo depois.

A obrigação imposta pelo Regime Militar no Brasil de que os indígenas em idade escolar se integrassem aos trechos urbanos e estudassem ao lado de crianças brancas foi um divisor de águas na vida de Daniel, que relembra da época como um período de angústia e confusão.

“Aos 15 anos, eu já tinha completado o Ensino Fundamental II e recebido um diploma de gráfico off-set. Pros militares, era hora de começar a trabalhar. Pros indígenas, eu já era considerado adulto. Se eu voltasse pra aldeia, seria a hora de me casar e ter filhos. Mas eu não queria nem uma coisa nem outra. Eu tinha o desejo de ajudar e fazer com que a sociedade brasileira entendesse melhor a realidade dos povos indígenas. E pra isso eu precisava estudar mais”, diz.

Para conseguir subverter ambas as lógicas, Daniel fingiu ser interessado em seguir a vida religiosa. “Os padres disseram que eu era muito jovem pra tomar essa decisão, mas me permitiram continuar estudando. Aos 18 anos, eu entrei no Seminário Diocesano de Belém. Terminei o Ensino Médio, estudei filosofia e saí da ordem, porque o que eu queria mesmo era ser professor”.

Foi quando ele se mudou para São Paulo, no início dos anos 90, começou a dar aulas no Ensino Médio e se deparou com a possibilidade de fazer um mestrado em antropologia na USP - o começo do resgate de suas minhas origens, vale dizer, já que seu objeto de pesquisa era, justamente, o povo Munduruku.

“Eu cheguei na aldeia com uma consciência crítica muito elaborada sobre a realidade dos indígenas. Os Mundurukus estavam sendo muito assediados por garimpeiros e eu me vi num conflito: estudar ou me envolver mais diretamente na luta pela sobrevivência do meu povo. Eu acabei perdendo o prazo para defender a dissertação e fui jubilado. Eu não tinha cabeça para fazer pesquisa naquele momento”, desabafa.

Apesar de terem chegado a uma solução pacífica nesse conflito em questão, a chama tinha sido acesa de vez dentro do militante e professor. Foi no poder da contação de histórias e inspirado por um aluno de 9 anos de idade que Daniel concluiu que escrever livros e passar adiante suas ideias seriam sua principal e mais potente arma.

Para saber mais sobre a encantadora história de força e resistência dos Mundurukus e de Daniel especificamente, você terá que ouvir todo o episódio, disponível aqui e no também no Spotify. E acredite: é uma viagem sem volta. Aperte o play e inspire-se!

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