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O sono na quarentena: conversa entre Abilio Diniz e Dr. Geraldo Lorenzi Filho

Diferentes queixas acerca do tema têm surgido por parte dos que estão em casa. A pergunta é: o que fazer para melhorá-lo?

26 de Abril de 2020


Como anda o seu sono na quarentena? Especialistas têm ouvido constantemente a mesma queixa: a insônia está fazendo parte do dia a dia das pessoas, até mesmo daquelas que nunca sofreram com isso. Segundo o doutor Geraldo Lorenzi Filho, isso pode estar acontecendo pela falta de rotina, ponto chave para um sono regulado.

Em conversa ao vivo com Abílio, transmitida pelo Instagram do mesmo, o médico relatou alguns pontos que podem estar ocasionando esse desconforto, mas todos eles levam à uma rotina que hoje se vê diferente e em crise.
“Falta de horários regulados, escassez de exercícios físicos e alimentação desregulada - tudo isso pode contribuir para uma má qualidade do sono” comenta Geraldo.

Abílio, por sua vez, conta um pouco de sua própria experiência com o descanso. “Tenho aprendido ao longo da minha vida que o sono é muito importante, reflete em todo o resto da nossa vida. Se você não está descansado, nada mais funciona direito” comenta o empresário. E é um fato:
dormir mal é prejudicial a toda sua saúde.

  Mas então, o que fazer? Em primeiro lugar, manter-se ativo. “Não existe desculpas para o exercício físico, mesmo não podendo sair de casa. Você pode assistir vídeo aulas e utilizar os próprios utensílios da sua casa. Minha esposa segura uma caixinha de leite em cada mão para servir de peso” diverte-se o médico.

Em segundo lugar, não aceitar o fato de dormir mal como uma verdade. “Não pode ficar só falando “eu durmo mal”, e começar a olhar nossas rotinas e o que você pode fazer por ela” continua. Uma atitude simples que pode ajudar (e muito!) o seu sono é a privação de tecnologia e telas antes de dormir. “Não só pelo efeito negativo que a tela exerce sobre a nossa produção hormonal, mas também pela distração que esses dispositivos podem gerar”.

A criação de rituais prévios pode te ajudar a disciplinar sua mente e seu corpo. Que tal definir o seu momento de leitura sempre antes de dormir? “Opte por livros físicos ou e-readers eletrônicos como o Kindle. Porque eles não vão te oferecer distrações” pontua Lorenzi. “O sono é parte de um todo. Se você tem um dia programado, com uma rotina normal, cheio de atividades que fazem bem, o sono é consequência.”

Ter o banho como rotina prévia do sono pode ser interessante, como faz Abílio.
Assim como as pessoas desempregadas, que tendem a se perder um pouco em seus horários, todos que estão de quarentena sofrem esse mesmo risco. “Precisamos tomar cuidado, apesar da biologia de cada um, a nossa tendência é sermos animais diurnos, funcionamos muito melhor de dia do que de noite.

Para reverter esse quadro dos horários trocados depois é bem difícil e pesaroso” diz Geraldo. “Quando eu era criança, às 23h da noite a TV Tupi tinha chiado, justamente porque íamos dormir nessa hora, não existia esse conceito de 24h operando.”
Uma outra dica chave para pegar no sono é fazer um diário de preocupação. “Escreva em um caderno algo que às 3h da manhã você não vai resolver.

Ao fazer essa espécie de ‘download’ dos seus problemas que estão te preocupando ou que te tomarão tempo amanhã, você já tira isso da sua frente” revela o especialista.
Abílio concorda, e divide o conselho de sua antiga terapeuta: “Na época em que enfrentei alguns problemas pessoais, também sofri com problemas de sono. Minha analista da época me deu uma dica muito valiosa: não brigue com o sono.

Pegue uma caneta e uma agenda e comece a escrever o que você tá pensando, o que tirou seu sono. Depois de um dia ou dois, pegue esse caderno e leia. Você vai conseguir distinguir aquilo que é real e aquilo que é imaginário, os seus fantasmas da madrugada. Se você dá vazão à sua imaginação, você coloca as coisas muito além, muito pior do que a realidade”.

Se você não tem uma atividade pela manhã, evite de começar a compensar o sono pela manhã, dormindo até tarde. “Um dos tratamentos para a insônia é justamente a privação do sono, mas em horários inadequados. Isso é um tíquete carimbado para dormir a noite. Muito cuidado, mantenha a disciplina, não tente dar uma compensada pela manhã.

A dormidinha na frente da televisão às 19h, é o começo da crise” diz Geraldo.
O mesmo vale para os fins de semana: mantenha a disciplina. “Se no fim de semana você dorme muito mais, é porque você está reproduzindo o padrão típico de restrição de sono ao longo da semana e compensa no sábado e domingo, causando um efeito de atraso” explica o especialista.

Valorize as práticas meditativas, que são ótimas. “O momento da meditação é pessoal, o meu por exemplo, é pela manhã, mas tem reflexos positivos pro resto do meu dia.  Me exercito 2 horas por dia, 1 hora é exercício aeróbico, como esteira e tudo mais. Na hora seguinte, eu medito e faço minhas preces. Normalmente eu nem acendo a luz. Vou vendo o dia clarear enquanto exerço essas práticas” comenta Abílio.

Esqueça velhos conceitos que podem gerar ansiedade, como a necessidade de dormir uma quantidade exata de horas. “Quanto é bom dormir é pessoal de cada um, você tem que se conhecer e se sentir bem para o dia seguinte. Thomas Edison, criador da lâmpada, costumava dizer que 4h e meia era mais do que suficiente, só que o Einstein precisava de 10, e os dois são gênios” comenta.

E essa variação de horas pode sofrer alterações ao longo da vida. “É só ver quantas horas dormem as crianças e os adultos”
Abílio conclui a conversa com sua própria reflexão. “Eu sou matutino, gosto de levantar cedo e não gosto de ir dormir tarde. Gosto mais de inícios que do fim. Gosto até mesmo mais do nascer do sol do que do pôr dele. Gosto de começar empreendimentos, não gosto do fim deles. Eu simplesmente odeio cebola, despertador e despedidas.”

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Ingrid Silva em "O ballet clássico precisa evoluir"

A oitava temporada do Podcast Plenae está no ar! Confira a história da bailarina Ingrid Silva. Aperte o play e inspire-se!

5 de Junho de 2022


Leia a transcrição completa do episódio abaixo:


[trilha sonora]


Ingrid Silva: Eu sempre fui magérrima, com 45 quilos. Mas, como boa brasileira, tenho curvas. Aos 13 anos, ouvi de uma professora de balé a frase que foi o meu primeiro gatilho sobre o meu corpo. Ela disse: “Ingrid, ou você coloca o seu bumbum pra dentro ou nunca mais vou te corrigir”.

Se você fez balé clássico, provavelmente já ouviu algo semelhante. Até hoje eu não descobri como se coloca um bumbum pra dentro. Esse tipo de correção só existe porque o balé foi criado nas cortes da Europa, onde os corpos são muito diferentes dos brasileiros. 


[trilha sonora]


Geyze Diniz: Carioca, determinada e brilhante. Esses são só alguns adjetivos do nosso orgulho brasileiro: Ingrid Silva. Nos palcos do Rio de Janeiro ou de Nova York, Ingrid dribla com maestria os obstáculos da vida e abre caminhos para um balé e um mundo mais justo e inclusivo. 


Conheça a história da bailarina Ingrid Silva pelos palcos da vida e do mundo. Ouça no final do episódio as reflexões do rabino, escritor e dramaturgo Nilton Bonder para te ajudar a se conectar com a história e com você mesmo. Eu sou Geyze Diniz e esse é o Podcast Plenae. Ouça e reconecte-se.


[trilha sonora]


Ingrid Silva: Eu venho de uma família humilde. A nossa casa fica na zona norte do Rio de Janeiro. Minha mãe matriculava meu irmão e eu em todos os cursos que tinham na Vila Olímpica da Mangueira, que fica ali pertinho. A gente fez natação, futebol, ginástica olímpica, basquete, artes marciais, capoeira. Quando eu tinha 8 anos, ela me inscreveu em um projeto social chamado Dançando para Não Dançar. Eu nunca tinha ouvido falar de balé, mas passei na audição e o balé nunca mais saiu da minha vida.


[trilha sonora]


Eu aprendi a dar as minhas primeiras piruetas numa sala pequena, com piso de linóleo, barras nas paredes e o calor abafado do Rio. Aos 11 anos, fiz uma audição na Escola de Dança Maria Olenewa, do Theatro Municipal, e passei a estudar lá também. Foi nessa escola que uma professora me chamou a atenção para um aspecto que eu não tinha percebido em mim mesma. Ela me disse: “Você tem talento, mas não vê a dança como carreira. Sabe por quê? Você não acredita em si mesma”. 


E ela estava certa. Eu não me achava boa o suficiente. Além disso, eu não via ninguém parecido comigo nas grandes companhias de balé do Brasil. Quando eu saí do subúrbio, me dei conta que o balé era (e ainda é) uma arte elitista. Eu sempre fui uma das poucas negras e periféricas de qualquer turma de dança. Olhando pra trás, eu percebo que a ausência de representatividade me trazia um sentimento de não pertencer àquele universo. 


A minha falta de autoconfiança se refletia no palco. Eu não gostava de dançar na frente. Eu tenho 1 metro e 57 de altura e preferia me esconder atrás das outras meninas. Um dia, a Bethânia Gomes me viu dançar numa sala de aula e me deu uma chamada por causa disso. A Bethânia era a primeira bailarina na Companhia Dance Theater of Harlem naquela época. Ela me disse: “Ei, você! Vem pra frente. Você não é alta, não pode ficar atrás. Você tem que se acostumar a ficar na frente”. 


A Bethânia me achou talentosa e sugeriu que eu tentasse uma bolsa de estudos na Dance Theatre of Harlem, a única companhia no mundo a ter mais bailarinos negros no seu corpo de baile. O grupo foi fundado em 1969 pelo Arthur Mitchell, o primeiro bailarino negro a assumir o posto de bailarino principal no New York City Ballet.

Ele queria oferecer às crianças do Harlem, o bairro onde ele cresceu, a oportunidade de mudar o seu futuro. 
Eu fiz um vídeo-audição e mandei pros Estados Unidos pelo correio. Fui selecionada entre mais de 200 concorrentes para participar de um curso de verão na companhia. Eu cheguei a Nova York em 2007. 


[trilha sonora]


Lembro até hoje da sensação de abrir a porta da Dance Theatre of Harlem e ver todos aqueles bailarinos negros, como eu. Eu senti um acolhimento que, até então, eu não conhecia. Foi emocionante conhecer o Mister Mitchell pessoalmente. Eu estava no estúdio 3, em uma sala ampla e luminosa, e esperava encontrar um cara com roupas de dança. Mas ele entrou de terno e bengala. Ele era um homem muito elegante. Ele se sentou numa cadeira especial e eu senti uma pressão enorme. Tremia que nem vara verde, nervosa, pensando: “Como assim? Ele fundou isso aqui?”. 


[trilha sonora]


Eu não falava inglês, mas entendia os comandos em francês. Em um momento da audição, ele pediu que a gente fizesse um port de bras, um movimento com os braços. Eu fiz, mas sempre acanhada, e ele disse: “Se você não levantar essa cabeça e se impor, te mando de volta pro Brasil”. 


[trilha sonora]


A Dance Theatre of Harlem foi o único lugar onde nenhum professor questionou o tamanho do meu bumbum. O foco das correções eram outros: a minha técnica, o movimento dos braços, a leveza e os passos. Hoje eu tenho consciência que o meu bumbum não atrapalhava em nada os meus movimentos. Só atrapalhava na cabeça de quem dava aula. Mas essa ficha demorou pra cair.


No imaginário das pessoas, existe um corpo ideal da bailarina, que é de uma mulher extremamente magra, alta, com ombros finos, pescoço longo, cabeça pequena, seios pequenos, sem músculos aparentes, sem bunda e com uma certa aparência facial. É um biotipo completamente diferente do meu, que eu nunca atingiria de maneira saudável. 


Eu não acredito nesse corpo extremamente magro, que abre portas para distúrbios alimentares e psicológicos. Em escolas antigas, como o Bolshoi, até hoje é feito um estudo no corpo da criança, para saber se ela pode entrar na escola. Dependendo da abertura do quadril, ela não é aceita. Mas quem garante que o corpo dessa criança não vai mudar? Todos nós estamos em constante mudança. 


[trilha sonora]


Essa paranoia do corpo ficou ainda mais evidente pra mim, depois que eu me tornei mãe. A gravidez é um tabu no balé. Muitas bailarinas clássicas querem ter filhos, mas não concretizam esse sonho, por medo de não conseguirem voltar ao balé.

Existe um mito, não só no balé, de que a mulher não pode ser mãe e profissional de alta performance ao mesmo tempo. Ninguém fala isso para os homens! Eles têm filhos e continuam dando piruetas e dirigindo companhias, mas a mulher não pode? É possível, sim, ter filhos e voltar ao palco. 


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A minha consciência sobre o meu corpo negro se estendeu também ao meu penteado. A minha mãe começou a alisar o meu cabelo lá pelos 12 ou 13 anos. Eu só fui assumir os meus cabelos naturais mais de uma década depois. Quando eu fiz a transição capilar, recebi muitos elogios, menos da minha mãe. Ela não gostou muito da ideia não. Quando me viu, perguntou: “Que cabelo é esse, Ingrid? Por que você mudou?”. Eu respondi: “Porque eu sou esta pessoa e eu me amo assim”.


Ela claramente não entendeu e disse que estava feio. Eu expliquei que não me sentia confortável em viver um padrão que não era o meu. Expliquei que, em Nova York, pela primeira vez, eu tinha a liberdade de ser quem eu queria, sem medo e sem vergonha. Essa conversa mudou a mente dela e ela mesma fez a transição um tempo depois. 


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O penteado, obviamente, não atrapalhou em nada na minha dança. Desde que o balé clássico existe, o coque da bailarina precisa ser super esticado, com coque preso na redinha e nenhum fio fora. Eu continuo fazendo isso, mas com um coque afro. Eu mostrei pra outras pessoas que é possível sim ser bailarina clássica e ter um black power.

Virei referência no assunto e fui a primeira bailarina negra brasileira a sair na capa da
Pointe Magazine, uma das revistas mais importantes e respeitadas no mundo da dança. No ensaio de fotos, eu tô com os meus fios soltos e naturais, quebrando as barreiras do conservadorismo. A transição capilar foi uma das coisas mais importantes que eu fiz na minha vida. Se eu soubesse que era tão bom, teria feito antes.


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Mas, esse é o tipo de coisa eu não tinha noção quando era mais novinha. Eu também não tinha noção sobre um detalhe que parece pequeno, mas não é: a cor do uniforme do balé. No Brasil, eu sempre usei meia-calça e sapatilhas da cor rosa. O ponto é que pra nós, bailarinos, a meia-calça e a sapatilha são a continuação do nosso corpo. Então, o rosa é o tom mais próximo da pele europeia, por isso foi adotado como modelo.


Quando eu cheguei nos Estados Unidos, aprendi com outros bailarinos a pintar a minha sapatilha com uma base líquida no tom da minha pele. É um padrão que o Mister Mitchell, um homem visionário, implantou nos anos 70 na companhia. Na Dance Theatre of Harlem, o uniforme é da cor da pele de cada bailarino e não rosa.


Eu passei 11 anos fazendo esse ritual de pintar as sapatilhas, até que, em 2019, entrei em contato com um fabricante, perguntando se eles não poderiam produzir um par no tom da minha pele. Eles toparam! Demorou um ano, mas elas ficaram prontas! Foi emocionante a sensação de dever cumprido, de viver na pele a diversidade no mundo da dança.

Mas eu ainda não considero uma super vitória, porque a sapatilha é feita sob medida. Orgulho mesmo, vai ser no dia que eu tiver a minha própria marca. E que as pessoas possam ir até a loja comprar uma sapatilha da cor da sua pele. Aí sim, vai ser um grande marco. 


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Em 2020, um par de sapatilhas que eu pintava virou peça de museu. Elas estão expostas no Museu Nacional da Arte Africana Smithsonian, nos Estados Unidos. É uma instituição extremamente importante pra história do povo negro americano. Foi um passo importante pra inclusão da dança nessa mudança de mentalidade que a gente tá vivendo. Mas ainda temos um longo caminho pela frente. 


São poucas, mas muito poucas mesmo, as pessoas que entenderam o significado da pluralidade dos corpos, gêneros e cores no mundo do clássico. Várias meninas negras já me contaram que, quando falaram pro professor de balé que queriam ser bailarinas clássicas, ouviam: “Você não quer fazer aula de dança contemporânea? Jazz? Hip hop?”. Como se o clássico não servisse pra elas.

Muitas obras do balé foram criadas há muito tempo, são antigas mesmo, mas as pessoas que dançam mudaram. O mundo mudou. Ver essas narrativas em corpos diferentes é fazer essa arte evoluir.


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Se eu não tivesse vindo pra Dance Theatre of Harlem, onde existe diversidade, talvez eu não teria conquistado uma carreira profissional. Normalmente as companhias de dança só tem 2 ou 3 bailarinos negros entre seus 40 bailarinos! Para mudar essa realidade, eu fundei com Ruan Galdino e o Fábio Mariano, dois colegas de profissão no Brasil, o Blacks in Ballet, um movimento pra dar destaque a bailarinos negros e contar as suas histórias.

A plataforma tem uma biblioteca digital e oferece workshops e bolsas de estudo. Tudo isso para gerar oportunidades pra essas pessoas em companhias profissionais. O nosso grande sonho é um dia realizar o maior festival de dança de bailarinos negros do mundo. Nós queremos mostrar que existem muitos bailarinos negros super talentosos tendo sucesso em companhias de dança importantes e internacionais. Nenhuma ação é pequena quando se trata de mudar o mundo. 


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Nilton Bonder: No esforço de lapidar o seu corpo para a excelência da arte do balé, Ingrid modela e aprimora também a sua consciência. E este despertar para um corpo maior, um corpo que não é apenas o físico, mas o corpo percebido no espaço social e cultural, lhe oferece a oportunidade não apenas de uma coreografia no palco, mas na vida. Esta nova consciência permitirá que tudo que em seu corpo parecia ser uma deficiência, uma imperfeição nos padrões do balé, se tornem um ativo, uma potência nova. 


Nossa lição maior é sobre acreditar em si mesmo. Esse é o conselho inicial que põe em andamento sua carreira. A inadequação de não configurar os padrões de corpo e pele, precisa ouvir “sai da linha de trás e vem pra frente”. E o encolhimento de não corresponder ao biotipo esperado, precisava ouvir “levanta a cabeça e se impõe”. Ir pra frente ao invés de esconder o bumbum e as curvas resultou no empoderamento de sua graça, levantar a cabeça ou invés de se envergonhar do cabelo e da pele, a investe de sua beleza.

Habilitada de sua graça e beleza, se abrem não só os caminhos do sucesso, mas da autenticidade. Essa é a chave para não só abrir caminhos para si, mas para todos os outros bailarinos, que seja por cor de pele, especificidade física, ou qualquer outra convenção que não esteja vinculada à própria arte, tenham maior oportunidade. 
Ingrid lutando por si, acabou lutando por todos. O seu progresso não é apenas o de sua biografia, mas é o progresso do mundo. A lição é clara, saber encontrar o corpo, o seu sujeito autêntico, permite dançar a vida. 


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Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae.


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