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Um pouco de história: como surgiu o Dia Mundial da Oração?

Celebrada em mais de 170 países, a data surgiu no século XIX, mas ganhou novos significados desde então.

6 de Março de 2020


Dia 6 de março comemora-se o Dia Mundial da Oração do ano de 2020. A efeméride é celebrada toda primeira sexta-feira do mês de março, portanto, pode mudar de dia conforme o calendário vigente daquele ano. Celebrado em mais de 170 país, o Dia Mundial da Oração ajuda a fortalecer a importância da religião no cotidiano das pessoas, além de promover o aumento de obras missionárias e doações de civis à entidades religiosas que desempenham projetos sociais. Porém, a data não é direcionada à uma só religião, mas sim para todas as crenças e credos que vêm, por meio da oração, uma forma de fortalecer sua fé e propagar o bem. Apesar de promulgada oficialmente em 1968,  sua história tem início ainda no século XIX, quando um grupo de mulheres americanas e canadenses buscavam formas de conscientizar a população de como agir efetivamente em prol de causas sociais era mais importante do que somente rezar ou cumprir penitências. O objetivo final era arrecadar mais dinheiro ajuda de todo tipo em projetos voltados às crianças e mulheres. Seu caráter mais específico perdeu-se após a Primeira Guerra Mundial, quando a consciência de que o mundo sofria dos mesmos problemas se abateu sobre a população. Logo, esse dia  ganhou um viés mais democrático e globalizado, unindo todas as nações ao redor de um bem comum: as preces pela paz mundial. Até mesmo um comitê específico, chamado Comitê do Dia Mundial da Oração, foi criado para que se pensassem em conjunto uma liturgia específica para esse dia. O grupo organizava encontros a cada quatro anos para pensar em expansão coletiva. O Comitê existe até hoje, e seu escritório oficial fica em Nova York Estados Unidos, mas já não é mais responsável por tomada de decisões de grandes dimensões. E você, já exerceu sua espiritualidade hoje?

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Evento Plenae: Genética, células-tronco e a vida eterna

“O que faz um índio ser diferente de uma loira?”, pergunta a geneticista brasileira Lygia Veiga Pereira, durante a palestra em São Paulo, no lançamento do Plenae.

14 de Junho de 2018


“O que faz um índio ser diferente de uma loira?”, pergunta a geneticista brasileira Lygia Veiga Pereira, durante a palestra em São Paulo, no lançamento do Plenae. “Isso se deve a uma pequena variação, 0,2%, no sequenciamento do genoma” – a chamada receita que forma cada ser vivo. No caso dos seres humanos, ela é composta por 3,2 bilhões de letras. E são os genes que dão as instruções da “receita”. O grande desafio do século 21 é descobrir a conexão entre variações e características. Do mesmo jeito que os pesquisadores desvendaram os genes que determinam características físicas – cor da pele, olhos, cabelo e altura – e uma série de funções do organismo, acredita-se que seja possível chegar à combinação que leva ao envelhecimento.
“A investigação genética pode ser a verdadeira chave para a vida eterna”, diz Lygia, pesquisadora do Centro de Terapia Celular do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. “Quando descobrirmos os processos do envelhecimento pelos quais os genes são responsáveis, será possível estender o tempo de vida e a saúde com medicamentos eficientes e específicos.” Ao estudar famílias com nível excepcionalmente baixo de colesterol, cientistas descobriram que elas possuíam uma alteração genética específica. Faltava-lhes o gene codificador de uma determinada proteína. Ao inibi-la com um medicamento específico, equilibraram o colesterol. Do mesmo modo, entender quais proteínas provocam a formação de músculos, por exemplo, pode ajudar na formulação de remédios para manter a forma. Células-tronco. Mas não é apenas nos genes que está o segredo. “O vampiro Drácula talvez não estivesse totalmente errado quando associou sangue e vida eterna”, diz Lygia, divertindo a plateia. Um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, mostrou que transfusões de sangue de camundongos mais novos ajudaram a reparar danos cognitivos e neurológicos nos mais velhos. Outro estudo revelou que o sangue retirado do cordão umbilical de bebês humanos aumenta a atividade cerebral de camundongos idosos. “Ainda não existem tratamentos similares para humanos”, diz a pesquisadora, mas não há razão para desespero. “Mudar o estilo de vida também tem efeito positivo.” A vida de um camundongo, por exemplo, pode ser aumentada em 50% com uma dieta de restrição calórica. Mesmo com todo cuidado, tecidos e órgãos perdem a função e se deterioram ao longo do tempo. As células embrionárias – chamadas de células-tronco, derivadas da massa de um embrião humano – funcionam como uma espécie de “coringa”. Podem se transformar em cada um dos mais de 100 tipos de células de um adulto. No laboratório, é possível multiplicá-las para formar uma rede de neurônios. Ao trocar os reagentes, elas viram células do músculo cardíaco. O que isso quer dizer? “Um dia poderemos trocar órgãos e tecidos com a mesma facilidade que substituímos o carburador do carro”, diz Lygia. Com o genoma e as células-tronco poderemos, segundo ela, ser eternos. Se isso acontecer, precisamos cuidar do local em que vivemos. No Brasil, em 1840, a expectativa de vida estava abaixo dos 40 anos. Hoje, ela é de 76 anos. Por outro lado, menos de 30% da população tem acesso a esgoto tratado. “O desafio de construir um país melhor é superior ao de se entender o genoma. É mais fácil pousar um robô em Marte do que resolver conflitos na Síria ou na favela da Rocinha.” Assista à palestra na íntegra aqui .

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