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25 sinais de que sua ansiedade está acima do normal

A ansiedade descontrolada pode interferir nos seus relacionamentos e no seu trabalho

26 de Julho de 2019


A ansiedade não é algo que muitos de nós admitiria prontamente. No entanto, ela afeta 9,3% da população brasileira, ou 18,6 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), fazendo do Brasil o país recordista em ansiedade no mundo. Você não está sozinho se estiver se sentindo deprimido ou ansioso.

A ansiedade descontrolada pode interferir nos seus relacionamentos e no seu trabalho. Além disso, quando nos preocupamos demais nosso cérebro envelhece mais rápido. É normal que todas as pessoas se sintam ansiosas de vez em quando. A ansiedade se torna um problema quando começa a interferir em suas atividades cotidianas ou mudar a maneira como você costumava abordar a vida, como sair com seus amigos, ser produtivo no trabalho e praticar um esporte.

Causas.

O psiquiatra sul-africano Ian Westmore, membro Grupo de Gestão de Psiquiatria, afirma que uma série de fatores pode contribuir para o desenvolvimento de um transtorno de ansiedade. Entre as causas estão predisposição genética e fatores físicos, como um desequilíbrio de hormônios e neurotransmissores, além de efeitos colaterais de medicação e sintomas de estresse relacionados a uma doença. Há também causas ambientais, como estresse excessivo em um relacionamento, trabalho, dificuldades escolares ou financeiras, e eventos traumáticos da vida.

Indicadores.

Ansiedade é mais do que apenas um pouco de estresse, palmas das mãos suadas e uma sensação de frio na barriga. Ela inclui sentimentos contínuos de preocupação, medo e morte iminente. Essas percepções são tão graves que interferem em sua capacidade de trabalhar, viver uma vida saudável, relacionar-se e dormir.

25 sinais de ansiedade

Físicos

  1. Coração acelerado
  2. Suor excessivo
  3. Tensão muscular ou dores
  4. Inquietação ou agitação
  5. Tontura ou vertigem
  6. Falta de ar ou sensação de asfixia
  7. Insônia
  8. Ataques de pânico
  9. Fadiga
  10. Náusea, diarreia e síndrome do intestino irritável
Emocionais
  1. Preocupação constante sobre o que poderia dar errado
  2. Percepção de ameaça quando ela não existe
  3. Indecisão e medo de tomar a decisão errada
  4. Dificuldade de concentração
  5. Sentimentos de pavor
  6. Problemas de concentração
  7. Evitamento de situações sociais
  8. Pensamento catastrófico
  9. Irritabilidade e nervosismo
  10. Pesadelos ou pensamentos repetitivos de cenas traumáticas
  11. Mudanças de humor
  12. Excesso de vigilância
  13. Distração
  14. Medo de perder o controle
  15. Tristeza persistente

Compartilhe suas preocupações com alguém
Apatia, perda de esperança ou pensamentos suicidas podem mostrar que a ansiedade se transformou em depressão, condição comum. Westmore diz que é importante compartilhar seus sintomas com alguém da sua confiança. Comece com um familiar ou amigo, mas sempre procure um profissional de saúde que possa ajudá-lo a administrar os sintomas. Os tratamentos incluem acompanhamento psicológico e, em alguns casos, uso de medicamentos.

Estilo de vida.

Além de procurar ajuda médica, é recomendável desenvolver um plano de ação que inclua as seguintes mudanças no estilo de vida: Exercitar-se regularmente Dormir o suficiente Socializar e conectar-se com amigos e familiares Gerenciar o estresse por meio da meditação, música ou arte Seguir uma dieta saudável Reduzir o consumo de álcool, evitando drogas e outros estimulantes

Conclusão.

A boa notícia é que você não precisa viver em um estado perpétuo de preocupação. Transtornos de ansiedade são tratáveis ​​se você reconhecer que tem um problema e encontrar auxílio. Fonte: Gisèle Wertheim Aymes, para Longevity Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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Estudar na terceira idade traz propósito de vida

Como as iniciativas voltadas para que o público maduro ocupe novamente as salas de aulas podem trazer diferentes benefícios a todos os envolvidos

3 de Março de 2020


Quem nunca ouviu “estudar nunca é demais”, que atire a primeira pedra. Mas é fato: nada como a sensação de estar aprendendo algo novo e ver novos horizontes se abrindo diante de seus olhos. E porque então restringir algo tão bom a uma só fase da vida? “Hoje existe uma maior valorização à educação, e mais do que isso, existe uma maior necessidade de se estar atualizado para se manter ativo, tanto mentalmente quanto no mercado” conta Egídio Lima, médico, professor e coordenador da USP 60+, uma iniciativa da Universidade de São Paulo criada 1994 e voltada para a população madura que deseja voltar a estudar. Para operar, a USP 60+ se baseia em três pilares: gratuidade, oferecendo todos os cursos gratuitos e acessíveis; Abertura, não exigindo formação prévia para a maioria deles; E intergeracionalidade, ou seja, criando disciplinas que unam jovens e idosos em uma mesma sala de aula. “Esse último pilar configura um aspecto da nossa universidade que desde o início se diferenciou de todas as outras, e que hoje é algo é advogado por todas as entidades que estudam essa questão do envelhecimento saudável e ativo. A intergeracionalidade é uma tentativa de romper muito esse estigma da sociedade que coloca os mais velhos de um lado e jovens do outro. Isso não deve existir mais” conta Egídio. A oferta de cursos, é claro, não poderia também ser mais variada. Existem os cursos da grade curricular, que são esses abertos para os 60+ e para os estudantes mais jovens que estão se graduando. Esse é, na verdade, o único modelo de curso que exige um conhecimento prévio do inscrito na matéria, pois são disciplinas mais específicas e não preliminares. Além dele, há os chamados cursos culturais, que são voltados apenas para os estudantes acima de 60 anos. Esses já oferecem temáticas das mais variadas possíveis e não exigem diploma - qualquer um está apto a se inscrever. Por fim, há também os cursos que fazem parte das atividades esportivas, e acontecem dentro dos centros esportivos da Universidade. Mas não se engane: eles não envolvem somente exercícios físicos, mas também a teoria do exercitar. Para o professor Egídio, a procura pelos cursos têm aumentado nos últimos anos. “Houve um aumento de 20 a 30%, então consequentemente aumentamos a oferta de vagas. Hoje já são 5 mil vagas abertas todo início de semestre, e centenas de cursos. Hoje, a temática do envelhecer bem é amplamente divulgada pela mídia, e há muitas iniciativas voltadas para isso. A educação continuada é parte desse processo”. O programa emite um certificado de participação ao final do semestre, que não possui caráter profissionalizante, mas de atualização do profissional. “O principal objetivo é a reinserção desse aluno dentro de um contexto universitário, um convívio mais amplo na sociedade e, obviamente, a recapacitação em muitos casos.” complementa. Nesses 26 anos de existência, algumas pesquisas qualitativas e quantitativas foram realizadas com os principais atores do projeto. E os resultados foram todos positivos. “Percebemos que a qualidade de vida desse aluno melhora como um todo. Fora isso, também conversamos com os alunos mais jovens que relataram sentir que a presença de um aluno mais velho agrega e muito à sua aula. Isso foi sentido também pelos coordenadores desses cursos” conta o médico. Esses dados, aliados à constante preocupação com o bom envelhecimento, acabaram inspirando outras faculdades a pensar em iniciativas bem parecidas. Hoje existem programas semelhantes na UNICAMP e na UNIFESP, além de iniciativas privadas na PUC e na Universidade Presbiteriana Mackenzie, com seu programa "universidade em tempo útil". Além de universidades, diversas iniciativas são oferecidas em entidades como o SESC, SENAI e SESI, além de cursos mais livres fomentados até mesmo pela Prefeitura de São Paulo e de outras cidades. “Estudar hoje em dia acaba sendo mais fácil porque a mobilidade está melhor, e há a possibilidade de estudar à distância” pontua Egídio. Abrir novos horizontes, conhecer novas pessoas, aprender novas funções e até se reinserir no mercado. Os benefícios de voltar a estudar em idade mais avançada apontam todos para um mesmo caminho: adquirir um novo propósito de vida. “A gente vê que a medida que envelhecemos, o propósito torna-se fundamental. É saber que hoje eu vou acordar porque eu tenho essa meta e isso me faz querer levantar da cama todo dia. O mundo é muito rico para ficarmos somente fechados na nossa casa ou escritório. Ganhamos 20, 30 anos de vida, que nos dão a possibilidade de conseguir aprender e conhecer muito mais do que antes. Isso é um privilégio, um presente” conclui Egídio.

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