Coloque em prática

Mudar suas crenças sobre o envelhecimento pode beneficiar sua saúde

Como encarar essa etapa sob outra perspectiva pode estender o seu tempo e trazer mais qualidade de vida

27 de Novembro de 2024


Envelhecimento é uma etapa da vida que, com sorte, todos chegaremos. E é preciso mudar as nossas crenças a respeito dessa etapa, afinal, o mundo evoluiu, a ciência avançou e os “novos velhos” são exatamente como diz o termo: novos. A economia prateada, que olha para o público 60+ com apetite econômico, por exemplo, é a prova disso. 

E não poderia ser de outra forma. Estamos chegando cada vez mais longe e a população idosa já superou o número de adolescentes e jovens adultos de 15 a 24 anos, de acordo com dados mais recentes do IBGE. Em 2023, o total de pessoas com mais de 60 anos correspondia a 15,6% da população, enquanto a faixa etária de 15 a 24 anos representava 14,8% dos brasileiros.

Sendo assim, é preciso começar a mudar suas crenças sobre o envelhecimento, provavelmente construídas com base em velhos conceitos que já não se aplicam mais. Falaremos mais disso a seguir e também sobre os benefícios colhidos ao longo dessa jornada! 

Projeções positivas


Quando você fecha os olhos, como se imagina na terceira idade? Muitos de nós podem ter dificuldades em se projetar nessa etapa. Isso se dá por vários fatores, mas talvez o principal deles seja o tabu e o medo que essa etapa da vida pode trazer. É mais fácil e seguro se concentrar no aqui e no agora. Mas não precisa ser assim e subverter essa lógica traz benefícios cientificamente comprovados.

Um estudo de décadas com 660 pessoas publicado em 2002, como conta o artigo do The New York Times traduzido, mostrou que as pessoas com crenças positivas sobre o envelhecimento viveram 7 anos e meio a mais do que aquelas que tinham sentimentos negativos a respeito. Outras pesquisas subjacentes descobriram que isso se deve ao fato de que uma mentalidade positiva em relação ao envelhecimento leva o indivíduo a ter pressão arterial mais baixa, uma vida geralmente mais longa e saudável e um risco reduzido de desenvolver demência.

Além disso, esse posicionamento otimista e esperançoso faz com que essas pessoas tomem melhores decisões a respeito de sua saúde, pois a valorizam muito. Exercícios físicos, por exemplo, que já sabemos oferecer inúmeros benefícios para o corpo e a mente, são mais comuns na rotina desses indivíduos, que consequentemente tendem a ser mais ativos. 

Ainda, essa percepção pode ser alterada em qualquer momento da vida. Em um estudo de 2014, 100 adultos com idade média de 81 anos foram expostos a imagens positivas do envelhecimento e mostraram melhorias na percepção do envelhecimento e na função física.

E o contrário também se aplica. Um estudo de 2009, como continua contando o artigo, descobriu que pessoas na faixa dos 30 anos que acreditavam em estereótipos negativos do envelhecimento tinham uma probabilidade significativamente maior de sofrer um evento cardiovascular, como um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral, mais tarde na vida do que aquelas com crenças positivas.

Como mudar a chavinha


Então, como repaginar todos os estereótipos construídos pelo imaginário popular na sua mente? O primeiro passo é tomar consciência deles, ou seja, entender que esse pensamento não se aplica a todos os idosos e sobretudo que você pode fazer diferente e construir uma vida que faça sentido para você.

Entenda também de onde essas crenças negativas vieram. Foi a falta de alguma referência que se aproxime mais da sua realidade? Busque modelos que tragam inspirações positivas e se espelhe neles. E aqui, vale dizer: a referência positiva pode sim ser física, mas não precisa ser inalcançável, como um atleta que foi de alto rendimento um dia. O mesmo vale para as capacidades intelectuais, que podem servir de grande inspiração para você também. 

E atenção: pensar de forma mais positiva sobre o envelhecimento não significa propagar a positividade tóxica que te contamos aqui. As preocupações concretas não podem ser encobertas com pensamentos felizes, e elogios como  “Você não envelheceu!” são, na verdade, um etarismo velado que supervaloriza a juventude, como pontuou a jornalista e palestrante Denise Ribeiro em seu Plenae Entrevista.

Por fim, lembre-se que cada corpo é um e o envelhecimento não é igual para todos. Você é capaz de mudar sua história a partir dos seus hábitos, como sempre falamos por aqui, e focar no acúmulo de ganhos que o passar dos anos te trouxe é também muito importante. Longevidade é uma certeza, envelhecer bem é uma escolha, como dizia Abilio Diniz. Conheça a história de alguns longevos que já trouxemos por aqui e inspire-se! Seu futuro só depende de você.

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Coloque em prática

Dez passos simples para mudar seus hábitos

Conheça a estratégia dos micro-passos e comece ainda hoje a aplicá-los!

2 de Janeiro de 2020


Em 6 de abril de 2007, acordei em uma poça de meu próprio sangue. Fazia dois anos que eu estava construindo o The Huffington Post . Mãe divorciada de duas filhas adolescentes, eu acabara de voltar de uma semana levando minha filha mais velha a potenciais faculdades. Como ela insistiu que eu ficasse fora do meu Blackberry durante o dia, passaria todas as noites acordada trabalhando. E assim, na manhã seguinte ao retorno para casa, acordei exausta - e desmaiei. O resultado foi um osso quebrado no rosto, vários pontos no olho e o início de uma longa jornada. Nos dias que se seguiram, eu me encontrei em muitas salas de espera de médicos, que, ao que parece, são ótimos lugares para pensar sobre a vida. E é isso que eu fiz. Eu me fiz muitas perguntas, como: É assim que o sucesso realmente se parece? Essa é a vida que eu quero levar? A resposta foi não. E o diagnóstico que recebi de todos os médicos foi que eu tive um caso grave de burnout. Então, eu mergulhei no crescente corpo da ciência sobre a conexão entre bem-estar e desempenho, e como podemos realmente ser mais produtivos quando priorizamos nosso bem-estar e levamos tempo para desconectar e recarregar. Decidi fazer muitas mudanças na minha vida. Eu queria começar a dormir o suficiente. Eu queria começar a meditar novamente, o que aprendi a fazer quando criança. Queria mudar a maneira como trabalhei para ser mais produtiva, mais focada, mais enérgica e menos cansada e estressada. Mas fazer mudanças em nossas vidas e criar novos hábitos não é fácil, especialmente quando nos aproximamos da estação das resoluções: um estudo da Universidade de Scranton descobriu que 92% das pessoas não conseguem manter as resoluções de Ano Novo e outra descobriu que 80% já falharam na segunda semana de fevereiro. Por isso, na Thrive Global, empresa que fundei para ajudar as pessoas a melhorar seu bem-estar e desempenho, nosso sistema de mudança de comportamento é construído com a ideia de micro passos. Trata-se de estratégia simples que você pode adotar para fazer mudanças imediatas em sua vida. Aqui estão dez dos meus micro passos favoritos. Cada um deles pode servir como base para promover mudanças em sua vida. 1. Escolha um horário para desligar o celular Nossos telefones são repositórios de tudo o que precisamos guardar para nos permitir dormir: nossas listas de tarefas, caixas de entrada, projetos e problemas. Desconectar-se do mundo digital ajudará você a dormir melhor, recarregar mais profundamente e reconectar-se à sua sabedoria e criatividade. 2. Programe o alarme para tocar 30 minutos antes de dormir Se você pensa no sono como um compromisso, é muito mais provável que conceda o tempo que ele merece. Definir um alarme serve como lembrete para finalizar as tarefas antes de dormir. 3. Sente-se para comer Comer de pé pode nos fazer sentir como se estivéssemos sendo produtivos ou economizando tempo. Mas comer sem pensar nos leva a consumir mais calorias e pode causar inchaço e indigestão. 4. Movimente a reunião Em vez de ficar sentado em uma sala de conferências, tente caminhar com um colega durante uma reunião. É menos provável que você acesse seus dispositivos eletrônicos, e o movimento pode ajudar a estimular a criatividade. 5. Desative suas notificações Quanto mais nosso telefone vibra, mais nos condiciona a liberar cortisol, o hormônio do estresse. 6. Faça uma limpeza na tela inicial do seu telefone Reserve apenas alguns minutos para determinar quais aplicativos você realmente precisa acessar. Mantenha apenas ferramentas que agregam valor - não aplicativos projetados para consumir mais sua atenção. 7. Deixe-se aborrecer Da próxima vez que estiver na fila, no trânsito ou esperando alguém atrasado para uma reunião, aceite o momento, em vez de imediatamente olhar para o seu telefone. Momentos não estruturados podem fomentar criatividade, reflexão e conexão. 8. Reserve tempo para gerenciar o e-mail Estudos mostram que são necessários em média 25 minutos para retomar a atenção depois de uma interrupção. Portanto, reservar um tempo para o e-mail pode ajudar a evitar distrações da caixa de entrada. 9. Separe até 5 minutos por dia ou semana para se preocupar Anote ou reflita sobre suas preocupações. Não defina expectativas sobre como resolver suas preocupações ou gerar soluções. Os caminhos a serem seguidos podem surgir naturalmente. 10. Marque um horário para encerrar o dia, mesmo que não tenha concluído as tarefas Depois de lidar com as prioridades do dia, reconheça que em qualquer trabalho é quase impossível fazer tudo o que você poderia ter feito em 24 horas. Reserve um tempo para recarregar e retome o trabalho no dia seguinte. Fonte: Arianna Huffington, para The New York Times Síntese: Equipe Plenae Leia o artigo completo aqui .

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