Coloque em prática
A prática milenar que tem ganhado mais atenção nos últimos anos pode te ajudar a encontrar mais equilíbrio apenas com o auxílio de sons.
13 de Julho de 2023
O nosso cérebro, em toda a sua complexidade, pode ser estimulado de diferentes maneiras que já conhecemos, e com certeza muitas outras que ainda não temos conhecimento científico a respeito. Isso é bom e ruim, pois na mesma medida em que somos estimulados positivamente, também somos negativamente afetados a todo o tempo.
Prova disso são os benefícios do silêncio que te contamos nesse artigo, e também o calm-tainment que te trouxemos aqui. Ambos, à sua maneira, possuem o mesmo objetivo: trazer um pouco de paz para seus pensamentos diante de um mundo tão acelerado e cheio de estímulos estressores.
Outra técnica que utiliza sons e imagens é o ASMR - Autonomous Sensory Meridian Response (Resposta Sensorial Autônoma dos Meridianos), que te contamos aqui. Trata-se de um estilo de vídeo que tem como objetivo estimular regiões cerebrais específicas a fim de trazer calma e até sono para quem os assiste. Para isso, eles utilizam diferentes estilos em busca de diferentes sensações, mas todos usam som em algum nível.
Agora, queremos entender uma outra técnica que vem ganhando cada vez mais espaço nas “prateleiras” de terapias alternativas que buscam trazer melhora e mais qualidade de vida para seus pacientes. É o sound healing. Você já ouviu falar? Vamos conhecer um pouco melhor dele a seguir!
Essa é, literalmente, a tradução de sound healing: a cura pelo som. Trata-se de uma terapia holística, cujo objetivo é usar diferentes tipos de sons para relaxar o corpo, a mente e a alma, trazendo harmonia e equilíbrio para o paciente. “É uma experiência onde o som escaneia o nosso corpo modulando todos os nossos sistemas. Nós não somos feitos só da parte física, temos várias camadas antes de chegar no físico”, explica Pat Diogo, que conduz sessões de terapia sonora na Awake Health, em São Paulo, para a revista Claudia.
“Geralmente, quando alguma doença nos acomete é porque nós estamos com essas camadas perfuradas, fora de sintonia e ficamos vulneráveis. O sound healing nos regula, nos coloca no eixo. É como se fôssemos um instrumento e o sound healing nos afinasse”, completa.
Mas é claro que não é qualquer tipo de som e nem em qualquer lugar. É preciso um ambiente aconchegante, calmo, com a luz balanceada e até outros artefatos que possam contribuir para a experiência, como um piso de quartzo - um material considerado um alto receptor de energia eletromagnética - ou cobertores e colchonetes para criar uma atmosfera confortável e convidativa.
Os sons podem ser desde tigelas de cristais até alguns instrumentos específicos, e a ideia é que você se deixe guiar pelos seus tons e sequências, como numa meditação mesmo. Não é exagero compará-las, afinal, ambas atuam diretamente nas nossas ondas cerebrais. É importante dizer que a frequência dos cristais é sempre em 432Hz, que é a mesma frequência do universo.
“É uma terapia que trabalha as ondas cerebrais. As ondas chegam em Theta, que é o estado meditativo, ou Delta, que é quando a gente está dormindo, mas ainda não está sonhando. É muito comum as pessoas dormirem. Eu já atendi muitas pessoas que falaram que não conseguiram relaxar, mas que roncaram a sessão inteira. É engraçado como não temos a noção dos caminhos que podemos acessar de tão ligados que estamos, pode parecer que estamos acordados, mas na real, não”, conta Pat à revista.
A sessão pode durar até uma hora e meia e seu público alvo geralmente são pessoas que sofrem de ansiedade e estresse crônico. Mas, pode ser apenas um programa para quem busca relaxar de diferentes maneiras. A única contraindicação é para quem usa marca-passo, que pode desregular com as frequências dos sons.
Porém, não há nada comprovado, é apenas uma contraindicação mais leve. E vale pontuar que alguns sons, por serem mais agudos ou graves, podem incomodar no primeiro momento. Além disso, a técnica, que tem ganhado notoriedade recente, é uma prática oriental milenar, nascida no Tibete, usada desde os aborígenes da Austrália que buscavam a cura com ela, passando por Grécia, Egito, China e Índia.
Os últimos três países mencionados utilizam a técnica amplamente até os dias de hoje. Na China, entoar mantras, cantos e sons específicos leva o nome de Qigong e é usado para tratar doenças, promover longevidade, melhorar habilidades de luta e expandir a mente e muito mais. Já no Tibete, tigelas de canto curativas entram em cena e, na Índia, o Nada Yoga (Yoga do Som) é bastante popular.
Apesar do grande número de vídeos disponíveis na internet sobre o assunto, o ideal é conhecer a prática guiada por um especialista, que saberá como te auxiliar e como ir evoluindo o som e o tratamento. Mas, vale assistir os vídeos para conhecer e matar a sua curiosidade! Afinal, todos os caminhos são válidos quando o objetivo final é um mergulho interno cada vez mais profundo e intenso.
Coloque em prática
Conheça mais sobre o maravilhoso mundo das cores e como os diferentes tons influenciam em nosso bem-estar e sociedade
19 de Março de 2024
O mundo ao nosso redor é colorido e, por isso, a televisão em cores foi um marco tão grande na história da humanidade: retratar na tela o que nossos olhos são capazes de capturar em vida. Mais do que apenas contemplar o belo, o contato com as cores produz efeitos profundos nos seres humanos, provavelmente a espécie mais “afetada” - no sentido positivo da palavra - por elas.
A seguir, vamos te contar um pouco mais sobre essa relação e o porquê você deveria mergulhar nesse assunto!
Não somos os únicos a vermos cores, outras espécies também possuem essa capacidade. Mas, a percepção de cada uma e até a quantidade de cores possíveis variam de um para outro. Os mamíferos, por exemplo, incluindo primatas, cães e gatos, têm a chamada visão dicromática.
Isso significa que sua estrutura ocular possui dois tipos de cones sensíveis a diferentes comprimentos de onda de luz, trazendo uma percepção limitada de cores. Mas o tema ainda é controverso, sobretudo a respeito dos cães, mesmo que numerosos estudos tentem se aproximar de uma resposta concreta - como pontua este artigo da National Geographic.
Já as aves geralmente têm uma visão tetracromática, ou seja, possuem quatro tipos de cones sensíveis a diferentes comprimentos de onda de luz, conferindo a essa espécie uma gama de cores muito mais ampla do que a maioria dos mamíferos e pode permitir que vejam até mesmo cores ultravioletas.
Ainda há os répteis e anfíbios, que variam entre visão dicromática e tetracromática; os peixes, que possuem múltiplos tipos de cones e percebem cores muito variadas e conseguem até mesmo distinguir padrões sutis; os insetos, que também variam entre conseguir ver cores ultravioletas, enquanto outros podem ter uma visão de cores limitada; entre outros casos.
Mas, para além da capacidade de enxergar as cores ou não, há uma questão mais subjetiva envolvida: o que essas tonalidades representam para cada espécie, o quanto elas se manifestam pelas necessidades específicas de sua ecologia e o quanto elas influenciam o seu comportamento.
Se tratando do ser humano, as cores têm um poder significativo sobre a nossa mente e as nossas emoções. Elas influenciam nosso humor, comportamento e percepção de diferentes maneiras, como:
Associatividade cultural: vermelho representando paixão ou perigo, azul representando calma… Tudo isso são símbolos culturais cujo significado simbólico específico vai variar de acordo com a associação cultural na qual ele está inserido.
Estímulos emocionais: diferentes tons podem evocar diferentes emoções. Os tons quentes como vermelho, laranja e amarelo, por exemplo, podem trazer energia e estímulo, enquanto tons frios como azul e violeta podem trazer calma.
Influência no comportamento: segundo um estudo feito em 2006 pelo Management Decision, 62% a 90% das pessoas decidem comprar algo em apenas 90 segundos e, ainda que inconscientemente, baseada nas cores que veem. Ainda, estudos sugerem que algumas cores podem estimular o apetite e, por isso, são intencionalmente usadas em propagandas ou em estabelecimentos alimentícios.
Efeito terapêutico: da mesma forma que as cores influenciam no comportamento, elas podem ser usadas para outro caminho que não seja os estimulantes mencionados no tópico anterior. A chamada cromoterapia é um tratamento integrativo, ou seja, não substitui outros, apenas complementa, e utiliza cores para promover o equilíbrio e a cura no corpo e na mente.
Agora que você já sabe o poder que as cores podem ter e seus tantos benefícios, não faça escolhas levianas. O simples fato de estar preocupado em se cercar de cores que tragam sentimentos positivos já é uma forma de autocuidado. Se manter atento também aos gatilhos, como perceber se em dias mais agitados, você esteve exposto a alguma cor específica ou outro estímulo.
É importante lembrar que as respostas às cores podem variar para cada um e fatores como experiências pessoais, contexto cultural e preferências individuais influenciam nisso. Tome um cuidado extra com as cores que você pintará a sua casa, sobretudo o seu quarto, ambiente onde a tranquilidade deve prevalecer e ser estimulada.
Se você possui uma marca, também atente-se às cores do logo, isso faz muita diferença na imagem externa que você quer passar. Até mesmo os tons da sua roupa devem ornar com o ambiente que você está inserido e com a imagem de si que você pretende comunicar.
Por fim, na alimentação, ouse como você não ousaria em outras frentes da sua vida. Quanto mais colorido, melhor o seu prato. Percebe como o tema está por toda parte? Basta abrir os seus olhos e se manter concentrado no mundo ao seu redor!
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