Coloque em prática

Os benefícios da dança para o seu corpo

Além de divertido, dançar faz bem para a saúde mental e pode ser a opção de exercício físico que buscava.

16 de Novembro de 2020


Dançar é, provavelmente, uma das práticas mais completas de todas. Ela contempla, de forma lúdica, a saúde física e também a mental. Como nos contou Mariana Ferrão , nossa personagem da primeira temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir , a dança possibilitou que ela se reconectasse até mesmo com a sua feminilidade, e descobrisse novas possibilidades com seu corpo.

Mas isso vem sendo falado mais recentemente. Segundo artigo publicado no periódico da americana Harvard , foi em 2008, em um artigo publicado na revista Scientific American por neurologistas da Universidade de Columbia, que a investigação começou. Isso porque a dança, além de tudo, requer uma complexa coordenação mental.

Nas palavras dos cientistas, “sincronizar música e movimento - dança, essencialmente - constitui um ‘jogo duplo do prazer’.” Além disso, a música é a responsável por estimular determinadas áreas do cérebro ligados ao processo de recompensa - por isso a musicoterapia pode ser tão efetiva em determinados tratamentos, como explicamos nesta matéria .

A dança, por sua vez, ativa circuitos sensoriais e motores bastante expressivos do nosso corpo de maneira física e também mental. Um outro estudo, coordenado por pesquisadores da Albert Einstein College of Medicine , investigou o efeito das atividades de lazer sobre a saúde do cérebro, sobretudo no risco de demência em idosos.

Ainda segundo o artigo, “os pesquisadores analisaram os efeitos de 11 tipos diferentes de atividade física, incluindo ciclismo, golfe, natação e tênis, mas descobriram que apenas uma das atividades estudadas - dança - reduziu o risco de demência dos participantes”.

Isso acontece porque “a dança envolve tanto um esforço mental quanto uma interação social”, o que acaba estimulando o cérebro de forma multidisciplinar. Outros estudos da mesma maneira ainda demonstram que determinados estilos musicais, como a Zumba, ainda ajudam a reduzir os níveis de estresse, aumento dos níveis de serotonina, melhora no reconhecimento espacial e na qualidade do sono.

Os resultados na prática

Em recente matéria aqui no portal, o Plenae falou sobre os diferentes benefícios de cada exercício físico - sobretudo na terceira idade. Para isso, conversamos com alguns especialistas, dentre eles, a educadora física Roberta Marques. Ela, que foi a idealizadora do Divas Dance, uma escola focada no público maduro com aulas de dança de todos os estilos.

Para Roberta, os benefícios podem ser divididos em físicos, emocionais e mentais. Praticar regularmente algum tipo de atividade física faz com que esse idoso, por exemplo, perca sua massa muscular de forma mais lenta, melhore seu condicionamento cardiorrespiratório e sua coordenação motora.

Sua postura e seu equilíbrio também são afetados de forma positiva, decorrentes de uma maior consciência corporal e reflexo, o que diminui a incidência de quedas ou a sua gravidade. Há até mesmo uma baixa da glicose no sangue, inclusive por quebrar a gordura do sangue, portanto há uma diminuição na incidência de diabetes.

Por fim, entramos na saúde mental. “Tem a questão da escolha, da autoestima, quando essa aluna se vê independente, se sente capaz de fazer suas próprias escolhas da vida sem interferir na dos filhos e noras, por exemplo” explica Roberta. Com a descarga hormonal que o praticante experimenta, há uma movimentação em todas as suas emoções, afastando risco de depressão ou doenças psicossomáticas.

Há ainda o fator relações, mencionado pelos cientistas que comandaram as pesquisas citadas acima, e também por Roberta. “A pessoa idosa muitas vezes deixa de ter grupos para se relacionar. Os exercícios em equipe proporcionam esse novo ambiente de pessoas com condição física semelhantes, realidades iguais, onde ela acaba tendo acesso a oportunidades de se divertir e conviver com esse grupo que não são só sua família, mas foram escolhidos ativamente por ela”.

Isso tudo acaba por auxiliar na disposição final do praticante e até da qualidade do seu sono. “Tenho centenas de depoimentos das minhas alunas do quanto a vida delas mudou desde que elas se dispuseram a dançar. Acreditamos que o físico é o ponto de partida para uma mudança geral na vida, em todos os aspectos, e os feedbacks passam até pela mudança na relação com a família, que relatam perceber a alegria e independência delas” diz.

Cuidados específicos

Há algumas etapas importantes que uma praticante mais velha deve se proteger. Até mesmo nos detalhes, como por exemplo, propor coreografias sem a necessidade de um parceiro para que isso estimule ainda mais a independência e não exclua aquelas que vão sozinhas - como faz a escola Divas Dance.

Existem também os cuidados mais voltados para o físico. “O maior deles é saber se existe alguma lesão, limitação, porque o exercício é muito bem indicado para esse público, quase como um remédio, mas pode ser necessária algumas adaptações. É preciso fazer uma anamnese logo no começo, mas num geral já é um público que se conhece bem, conhecem suas dores específicas, se cuidam muito e estão sempre fazendo exame” diz Roberta.

O público mais velho também costuma ter mais medo e tendência à quedas. Portanto, é preciso estar atento ao solo desse local, oferecer antiderrapantes e barras para caso precise se segurar, além de evitar que o piso tenha desníveis ou uso de calçados inadequados.

A hidratação deve ser ponto constante de alerta, pois a desidratação é muito comum e rápida na maturidade. Até mesmo o nível do ar condicionado, geralmente mais gelado em academias, deve ser controlado para evitar ressecamentos ou síndromes gripais.

Por fim, estar atento às questões emocionais daquele aluno, que só tende a melhorar com a prática da dança, mas que podem ser maiores em determinados dias. “A evolução precisa ser gradual e constante, mas lenta - levando ele pra uma condição cada vez maior, fazendo com que ele tome consciência disso. E que ele se divirta, pois é o principal intuito da dança, faz bem até para a alma” conclui.

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Coloque em prática

Como evitar problemas de saúde comuns no verão

Desidratação, queda de pressão e doenças da pele são potencializadas pelo calor

19 de Dezembro de 2019


Com as temperaturas atingindo picos no verão, é preciso tomar alguns cuidados extras com a saúde. O calor intenso aumenta o risco de desidratação, inchaço, queda de pressão arterial e infecções de pele como micoses. Para se prevenir, os médicos especialistas dão algumas dicas para cada um deles.

Desidratação

Todo mundo possui estruturas denominadas osmorreceptores que recebem o estímulo da sede. Entretanto, com o passar dos anos, esse mecanismo acaba sofrendo alterações. “O idoso acaba sentido menos sede e tem maior risco de ficar desidratado”, explica Olga de Souza, cardiologista e presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro.

Outro agravante é que, à medida que o indivíduo envelhece, ele também perde massa muscular e gordurosa. Com isso, de acordo com a médica, começa a haver redução de líquidos no organismo. “Um adulto tem em média 70% de água corporal. Já o idoso tem aproximadamente 50%”, afirma a especialista. Juntando essas alterações naturais ao calor e umidade do verão, o idoso acaba se desidratando muito mais. Algumas das consequências da desidratação são desorientação (confusão mental), a pessoa fica sem vontade de fazer nada e pode haver surgimento de pedra nos rins, já que a urina fica mais concentrada.

Como evitar:
 Para prevenir esse quadro, a recomendação é beber 2 litros de água diariamente, ou um copo cheio a cada 2 horas, mesmo que não sinta sede.

Inchaço

As altas temperaturas também podem provocar inchaço nos membros inferiores, principalmente entre pessoas que passam várias horas do dia sentadas. De acordo com o diretor da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Bruno de Lima Naves, é necessário que o sangue percorra todo o organismo e retorne ao coração, e para isso é importante que a panturrilha trabalhe.

“Quando estamos parados, esse retorno se dá de forma lenta, principalmente em dias quentes, quando os vasos dilatam e o sangue acumula em uma região. Assim, é normal que a perna fique pesada e até inchada. É uma alteração fisiológica”, explica.

Como evitar: O grande remédio é fazer alguma atividade física. Não precisa ser algo complexo. Pequenas caminhadas dentro de casa ou no trabalho podem ser suficientes.

Queda de pressão

Em dias de temperaturas elevadas é tendência natural haver queda da pressão arterial. Com o calor, as artérias ficam mais dilatadas e o sangue tem mais espaço para circular. Quem toma medicamentos vasodilatadores para pressão alta pode ter esse efeito acentuado e sofrer hipotensão, ou seja, pressão insuficiente para que o sangue chegue a todos os órgãos e tecidos. Os principais sintomas são tontura e vista embaçada, podendo ocorrer desmaios.

Como evitar: A dica para evitar esse problema também é simples e combina com a prevenção da desidratação: beber muito líquido, como sucos, água, chá, água de coco e isotônicos. A conhecida técnica de ingerir sal não ajuda, pois demora para esse nutriente ter algum efeito na pressão e pode ser prejudicial para quem tem hipertensão.

Problemas de pele

Segundo a dermatologista Daniela Lemes, devido à exposição solar é muito comum nesta época o aparecimento de micoses, herpes e brotoejas. “Quando o indivíduo já tem o vírus do herpes no organismo, o sol acaba propiciando o aparecimento das crises, principalmente de herpes labial, que resultam naquelas bolhinhas d’água, como se fossem cachos de uva. É importante lembrar que elas são altamente transmissíveis”, ressalta Lemes.

Como evitar: Para se prevenir, é importante utilizar protetor labial com filtro solar de fator de proteção não inferior a 30. Pode-se usar várias vezes por dia, preferencialmente a cada duas horas. Já a brotoeja ocorre quando há uma obstrução das glândulas sudoríparas que impede a saída do suor. Elas são mais comuns em crianças, que transpiram mais, principalmente se utilizarem roupas fechadas. A pele fica avermelhada e as lesões aparecem mais no tronco, pescoço, dobras das pernas e tórax.

"Procure deixar as crianças com roupas mais leves e em locais ventilados. Para amenizar os sintomas, a mãe pode colocá-lo numa banheira com água e amido de milho para secar as erupções”, explica a dermatologista. Já micoses como o pé de atleta, que é a micose entre os dedos dos pés, acontecem geralmente porque o indivíduo colocou calçado com os pés ainda úmidos.

O ambiente de calor e umidade é ideal para o fungo se instalar. “No calor, tente não repetir os sapatos. Após chegar do trabalho, coloque-o para tomar um ar e, no dia seguinte, utilize outro par”, recomenda a médica. Na praia, evite sentar diretamente na areia ou ficar com roupa de banho molhada por muito tempo no corpo. Ao sair do mar, da piscina ou do banho, seque bem o corpo todo, principalmente as regiões de dobras e entre os dedos.

Fonte: Juliana Conte, para Drauzio Varella
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo original aqui.

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