Para Inspirar

A evolução das preparações físicas dos jogadores de futebol

O que mudou nos últimos tempos e o que há de mais moderno e tecnológico na preparação de atletas de alto rendimento

23 de Novembro de 2022


Chegou a Copa do Mundo, evento mundial tão completo e importante que é capaz de se relacionar com cada um de nossos pilares Plenae. Hoje, damos início à primeira das seis matérias que irão fazer parte desse período aqui no site, começando pelo pilar Corpo. 

Te contamos neste artigo a diferença entre os corpos de um atleta e de um sedentário. Dentre os vários pontos, a memória muscular é um dos grandes benefícios que o atleta possui, ou seja, ainda que ele esteja parado há um tempo, ele irá conseguir retomar muito mais fácil do que uma pessoa que nunca treinou. Lembrando ainda que, para muitas pessoas, se exercitar é tarefa dificílima quando comparada a outras.


Ainda assim, mesmo contando com seu maior desempenho, resistência e a memória muscular, é preciso uma preparação especial, que leva meses durante o processo. Mas essa é uma preocupação relativamente nova, que se ancora nos novos avanços científicos e tecnológicos.  

O arroz com feijão do passado


Segundo artigo, antes de 1960, não era comum clubes ou seleções de futebol manterem nas comissões técnicas um profissional especializado nesta matéria. Até então, o desempenho era olhado de forma individual, sem muita técnica ou acompanhamento, e sem englobar esse desempenho individual ao da equipe como um todo. 


A primeira Seleção Brasileira que teve um preparador em uma Copa do Mundo foi a campeã da Copa de 1958. Mas as atividades de preparação eram bastante “simples” se comparadas às de hoje. Era comum, por exemplo, colocar os atletas para subirem e descerem degraus das arquibancadas, dar voltas no campo e fazerem flexões e polichinelos, sem nenhum método para avaliar o desempenho ao final. 


O objetivo aqui era aguentar jogar pelos 90 minutos corridos de uma partida, já que não havia o sistema de substituições que conhecemos hoje. Então, partidas longas e completas de futebol eram feitas também como treinamento, e você pode conferir nesse vídeo.


O que parece absurdo hoje, como permissão de álcool e cigarro, era normal na época também. O físico não precisava ser atlético e, por conta disso, nutricionistas não eram peça-chave como são hoje. Dietas restritivas? Nem pensar! Isso não se aplicava somente ao Brasil pois, naquele momento, poucas seleções tinham esse zelo com a saúde de seus integrantes. O foco era resistência individual e não desempenho coletivo ou altas velocidades.


O avanço


Foi na década de 70 que tudo começou a mudar - e não por coincidência, ano em que o Brasil se tornou tricampeão. Os médicos e a ciência entraram na jogada, tanto no que diz respeito às alimentações de cada jogador, quanto em seus micro-movimentos. 


Ou seja, mais do que saber correr 10 quilômetros sem cansar, movimentos mais precisos, que poderiam ser usados em jogo, eram treinados, como zigue-zagues e arrancadas. Massagens para relaxamento também entraram em campo, assim como a musculação, antes rejeitada pelo mito de que ela reduzia a velocidade. Os treinamentos se tornaram mais periódicos e as lesões passaram a receber mais atenção, com equipamentos modernos que usavam o calor, por exemplo, na recuperação. 


Essas mudanças se deram porque o próprio torneio também evoluía. Foi nesse ano que as substituições passaram a acontecer, assim como os tão temidos cartões de punição. A bola e o uniforme eram mais leves, as medidas do campo se atualizaram, a televisão transmitia os jogos agora em cores, e até mesmo o marketing se solidificou, gerando mais receita. Dois queridinhos brasileiros ganharam força: o ídolo Pelé e o álbum de figurinhas


Os ganhos ficaram muito claros ao longo dos outros torneios e só foram melhorando. Nos anos 90, por exemplo, os jogadores passaram a ser treinados de forma individual: um treino para o zagueiro, outro para o goleiro e assim por diante. Da mesma forma, a dieta era pensada conforme a necessidade de cada um. Frequência cardíaca, consumo de oxigênio, posicionamento do corpo nos movimentos de jogo e vários outros detalhes passaram a ser minuciosamente analisados, como contam aqui


Panorama atual


Uma das grandes críticas sobre o treinamento é que os jogadores da seleção também jogam em seus respectivos times, e muitas vezes eles estão competindo em outros campeonatos, o que pode gerar uma exaustão. Segundo o preparador físico e o fisiologista Carravetta, o período de treinamento ideal seria 30 dias, suficiente para: organização e planejamento da comissão técnica; diagnóstico clínico e físico dos atletas; e consolidação de uma base física ótima, aliada aos aspectos técnicos e táticos. 

A primeira etapa da pré-temporada nas copas passadas foi destinada ao período pré-preparatório, quando o planejamento do treinamento era definido por toda a comissão técnica, juntamente com o presidente e o diretor de futebol do clube. É nesse momento que entra o treinamento físico, resistência aeróbia, anaeróbia, força, velocidade, coordenação e agilidade.


O diagnóstico físico e clínico também era realizado na primeira semana de trabalho, feito não só para “quantificar a condição física dos atletas ou evoluções entre fases de treinamento, mas também como ferramenta prática de uso em seu dia a dia para individualizar a intensidade do treinamento”, como diz a pesquisa. 


No período competitivo, as mesmas competências físicas citadas na pré-temporada são trabalhadas, mas a preparação física reduz significativamente, trabalhando somente aquilo que cada jogador pontualmente precisaria. Isso porque os próprios jogos já são treinos, então competências individualizadas são olhadas mais minuciosamente e os demais jogadores, que tiveram um bom desempenho, são colocados para treinar com os jogadores de banco. 


Esse ano, a Copa será realizada no final do ano, meio da temporada de diversos clubes europeus onde nossos jogadores estão. Além disso, o tempo de copa terá 2 dias a menos, o que deixa os jogos mais perto um dos outros. Esses dois fatores afetaram a rotina de treinamento da seleção, que exigiu modificações. Mas a preparação ainda conta com um roteiro semelhante e cenas já conhecidas: jogadores na academia, conectados a eletrodos e/ou aparelhos modernos, dietas e apoio de fisioterapeutas. 


De 2018 para cá, como conta o professor Antônio Carlos Gomes, Coordenador Pedagógico da Academia Brasileira de Treinadores no Comitê Olímpico do Brasil ao Fitness Brasil, “nestes últimos anos, a literatura internacional se dedicou a estudar os métodos mais adequados para melhorar a velocidade e a capacidade do jogador resistir durante o jogo em velocidade alta. (...) Por outro lado, estão dando atenção a outras partes da preparação do atleta como tentar identificar o potencial biológico de treino do atleta, além do mental (neurociência)”.


Segundo artigo no UOL, “a comissão técnica quer os jogadores ‘fresh’ — termo em inglês que remete ao frescor —, mas o tempo e a condição física dos convocados demandam uma abordagem diferente.” Porém, apesar desse treinamento todo, os primeiros dias de copa são sempre mais leves, de descontração e de muitas aulas com o treinador, além de análise de outros times, uma espécie de “detox”. 


Nesta edição, os jogadores terão apenas sete dias de preparação, ao invés das habituais três semanas, o que não deixa margem de erro para nenhuma das equipes. Além disso, não houve os tradicionais jogos amistosos pré-torneio, o que pode ser um problema para o entrosamento do time agora escalado oficialmente. Mas, vale dizer que, antes da copa oficialmente, ao longo dos quatro anos, há jogos classificatórios, por exemplo, que já servem como uma espécie de treinamento. 


O treinamento mais robusto se dará um dia antes da primeira partida, mas há preocupação com lesões em cima da hora, por exemplo. E é por isso que fisioterapeutas e massagistas ganham força nessa etapa, pois com os jogos mais próximos uns dos outros, é preciso focar bastante na recuperação.


Sobre o futuro e suas inovações, o preparador físico Walmir Cruz deu seu palpite ao Yahoo: o aumento do uso da genética, tema que contamos por aqui. “Através de um exame do gene da criança, você vai saber se ela tem mais tendência ou mais fibras para desenvolver um esporte de resistência ou esporte de força. Então você vai começar a fazer um pré-selecionamento já desde criança para você saber quais os esportes onde ela se dará melhor.” Nos resta aguardar os próximos lances!

Compartilhar:


Para Inspirar

Maha Mamo em "Orgulho de ser brasileira"

A sétima temporada do Podcast Plenae está no ar! Confira a história da ex-expatriada Maha Mamo. Aperte o play e inspire-se!

6 de Março de 2022


Leia a transcrição completa do episódio abaixo:


[trilha sonora]


Maha Mamo: Você sabe o que é um apátrida? Uma pessoa consegue a sua nacionalidade de duas maneiras: pelo lugar onde nasceu ou pela origem dos seus pais. Se você nasceu no Brasil, é brasileiro, não importa de onde os seus pais vieram. Mas, na maioria dos países da Europa, não é bem assim. Quem nasce na Itália, só consegue um passaporte caso os pais sejam italianos. Milhões de pessoas pelo mundo não têm nenhuma dessas escolhas. Eu sou uma delas. Eu sou Maha Mamo. Eu passei quase a minha vida inteira como alguém sem pátria. 


[trilha sonora]


Geyze Diniz: De origem libanesa, Maha Mamo é uma ativista que passou a maior parte de sua vida sem nenhum tipo de documento. Sem identidade, ela não teve acesso a direitos básicos como educação, saúde e liberdade de ir e vir. Maha era apátrida, um indivíduo que não é titular de qualquer nacionalidade. Sem encontrar uma solução no Líbano, Maha Mamo buscou ajuda em todas as embaixadas existentes em Beirute, até ser aceita pela brasileira. 


Neste processo, ela descobriu que, como ela, 10 milhões de pessoas no mundo são apátridas, e transformou o seu problema em uma causa de vida. Conheça a história emocionante de Maha Mamo. Ouça, no final do episódio, as reflexões do especialista em desenvolvimento humano Marc Kirst , para te ajudar a se conectar com a história e com você mesmo. Eu sou Geyze Diniz e esse é o podcast Plenae, ouça e reconecte-se.


[trilha sonora]


Maha Mamo: Eu nasci no dia extra de um ano bissexto. No dia 29 de fevereiro. Dizem que é sinal de uma vida fora do padrão. No meu caso, é verdade. Eu morei na minha terra natal, o Líbano, por 26 anos, sem nenhum documento. No Líbano, você só recebe a nacionalidade se o seu pai for libanês. Meus pais são sírios. A minha mãe é muçulmana e meu pai, cristão. Na Síria, o casamento inter-religioso é ilegal. Por isso, eles se mudaram pro Líbano. Tentaram se casar lá, mas só conseguiram na igreja, não no cartório.


Sem um registro de casamento, eles não puderam passar a nacionalidade deles pra minha irmã, pro meu irmão e nem pra mim. Nós nascemos apátridas. Nós não tínhamos passaporte, RG, CPF ou mesmo certidão de nascimento. Nenhum documento que prova que a gente existia.


O primeiro problema da minha vida foi estudar. Quando a minha mãe começou a procurar escolas, a primeira pergunta foi: cadê os documentos? Como não tinha, mandavam a gente embora. Minha mãe implorou pros diretores, pediu muito favor, até um colégio armênio aceitar a nossa matrícula. 


Conforme eu fui crescendo, ficou cada vez mais claro que a falta dos documentos era um problema sério. Por exemplo, eu tenho urticária, uma alergia severa. Quando me ataca, preciso correr pro hospital. Cada vez que eu ia, precisava levar comigo a minha melhor amiga, Nicole, pra ser atendida com o documento dela. Meu maior medo era andar na rua e ser parada pela polícia. Sempre que eu via uma blitz, corria pro outro lado, porque eu não tinha um documento pra apresentar. 


A ficha caiu mesmo quando eu comecei a pensar no que eu queria estudar na universidade. Naquela idade em que você projeta o futuro e faz planos, eu percebi que os meus sonhos eram impossíveis de serem realizados. Eu queria fazer medicina, tinha boas notas, mas não fui aceita por nenhuma universidade. Em uma universidade de Beirute, a recepcionista, simplesmente, jogou os papéis na minha cara e disse: “Volta quando você tiver seus documentos. Porque se você é libanesa você consegue estudar, se você é síria você consegue estudar, quem é você?”.


E aí, eu fiz uma lista com todas as universidades do Líbano e procurei uma por uma, até que uma me aceitou. Mas eles não tinham curso de medicina. Aí eu tive que estudar Sistemas de Informação, me formei e fiz até um mestrado, um MBA. Mas e depois? Como eu poderia me casar? Como vou conseguir um emprego? Como que eu teria coragem de ter filhos na mesma situação que eu? Mesmo com muitas barreiras, eu tinha que continuar tentando.


[trilha sonora]


Como no Líbano não encontrei esperança, comecei a sonhar com outros países. Escrevi a minha história e mandei pra todas as embaixadas que existiam no Líbano. Eu assinava as mensagens com o meu nome e, como sobrenome, escrevia “Someone Unkown”, ou seja, “Alguém Desconhecido”. 


[trilha sonora]


Eu passei dez anos esperando a resposta de algum país. Até que, em 2014, o Brasil aceitou. Me aceitou e aceitou meus irmãos. Não porque nós éramos apátridas, mas porque o país tinha aberto as portas para os refugiados sírios.


O Brasil, para nós, era uma opção muito distante. Eu não sabia nada sobre o país, exceto o carnaval, o futebol e, infelizmente, a violência. Mas pra onde eu iria? Onde moraria? Como ia viver? Comecei uma pesquisa nas redes sociais. Conheci uma família de Belo Horizonte, em Minas Gerais, que aceitou me acolher e acolher meus irmãos. 

 

Eu deixei pra trás meu pai, minha mãe, meus amigos, minha vida toda no Líbano. Eu decidi embarcar para o desconhecido, pro Brasil. 


[trilha sonora]


Apesar do medo, tinha a excitação da novidade. Nos primeiros dias, tirei fotos, registrei as minhas digitais e assinei muitos papéis. Ganhei CPF, carteira de trabalho e um protocolo de solicitação de refúgio. 


O segundo passo foi buscar trabalho. Quando eu cheguei, eu falava quatro línguas: inglês, árabe, francês e armênio. Tinha um mestrado, mas o único trabalho que consegui foi entregar panfletos na rua. Mesmo assim, eu, meu irmão, a gente estava feliz por trabalhar legalmente pela primeira vez na vida. 


Comecei a aprender português, porque eu precisava me integrar na sociedade. Eu precisava entender a cultura, a maneira de pensar das pessoas, o comportamento delas. Alguns tempo depois, consegui um emprego melhor, como gerente de operação em exportação e importação de gado. Mas não era um emprego bem remunerado. No Líbano também era assim. Eu ganhava menos do que deveria, por causa do meu status. 


Até então, eu achava que só eu, meu irmão e minha irmã estávamos nessa situação. Só que eu comecei a pesquisar sobre o assunto e encontrei uma campanha da Acnur - Agência da ONU para refugiados, eu chamo dos apátridas também, chamada  “I belong”, ou “eu pertenço” em português. Fiquei em choque quando descobri que existem 10 milhões de pessoas no mundo inteiro sem pátria. 


Eu morri de medo quando descobri que o Brasil não tinha lei para essas pessoas. Não tinha nem sequer a definição da palavra apátrida. 


[trilha sonora]


Mas meus irmãos e eu tínhamos esperança que um dia a lei mudaria no Brasil. Em maio de 2016, fomos aprovados como refugiados. Conseguimos nosso primeiro sonho. Eu consegui obter o meu primeiro Registro Nacional de Estrangeiro, RNE, que é um certificado de residência para estrangeiros no Brasil. Que tinha a minha foto, o meu nome e o direito de permanecer no país por 5 anos, legalmente. 


[trilha sonora]


Mas a vida tem caminhos tortuosos. Exatamente um mês depois dessa felicidade toda, eu perdi o meu irmão, eu perdi Eddy.


[trilha sonora]


Meu único irmão foi assassinado por adolescentes drogados, numa tentativa de assalto. Meu irmão morreu como um apátrida. Pelo menos, ele teve uma certidão de óbito. Porque, normalmente, pessoas sem pátria vivem e morrem como uma sombra, como alguém que nunca existiu.


[trilha sonora]


A morte do meu irmão virou uma chave na minha cabeça. Quando ele faleceu, entendi que a vida é muito curta e nós não temos garantia em nada. Eu não queria morrer sem a minha nacionalidade. Comecei a me questionar: Quem sou eu como ser humano? Onde eu pertenço? Pra que eu realmente quero essa liberdade de ir e vir, de fazer o que eu quiser? Entrei num looping de medo, de incerteza e questionamentos. Caí bem no fundo do poço. 


[trilha sonora]


Aí eu entendi. Eu entendi que no tempo de vida que a gente tem, precisa lutar por alguma coisa. Eu comecei a elevar a minha voz e compartilhar a minha história com todo mundo. Muito mais do que eu fazia. Comecei a dar entrevistas, fazer  palestras pra qualquer um que quisesse ouvir. Onde me dão espaço pra compartilhar a minha história, eu vou, na imprensa, em escolas, nos salões da ONU, no parlamento de países. Conto que a apatridia é um problema de direitos humanos. Eu luto pelo meu irmão, pela minha irmã, por 10 milhões de pessoas que têm o direito de existir.


[trilha sonora]


O Brasil me deu isso. No dia 4 de outubro de 2018 eu renasci. Aos 30 anos, eu e minha irmã ganhamos a nacionalidade brasileira. Fomos as primeiras na história do Brasil a ser reconhecidas como apátridas pelo Estado e a conquistar  a nacionalidade. Nossos registros mostram os números 001 e 002 . Depois da gente, mais pessoas foram reconhecidas como apátridas no país. E o Brasil virou exemplo pro mundo inteiro. 


Eu tenho consciência que com meu trabalho eu não vou conseguir dar nacionalidade para 10 milhões de pessoas. Mas se eu mudar a vida de uma pessoa, duas pessoas, pra mim já é suficiente, a minha missão está cumprida. Não estou falando somente sobre os meus companheiros de luta. Eu espero que as minhas palavras alcancem todos aqueles que sonham com uma vida mais justa e, por algum motivo, foram privadas desse sonho. Eu quero que minhas palavras ajudem os outros a não perder a esperança. 


Se receber um não, que aprendam, como eu fiz diversas vezes, a buscar outras portas. Porque todo mundo tem o direito de pertencer. Hoje eu tenho orgulho de anunciar que eu sou brasileira. Hoje, eu pertenço. 


[trilha sonora]


Marc Kirst: Tivemos o privilégio de ser tocados, provocados e inspirados por uma história incomum para a maioria, mas de muitas formas, presente em todos nós. A luta de Maha Mamo por encontrar seu próprio lugar no mundo, seu papel único e intransferível, nos convida a questionar o contexto e as prioridades da nossa própria caminhada. 


O desafio de ter que provar e formalizar sua própria existência, pode parecer distante pra muitos, mas faz parte das regras da mesma sociedade moderna que diariamente julga o valor e a importância de cada um de nós, por outros tipos de documento. Como as marcas vestidas, as instituições frequentadas e os bens materiais acumulados. Para além destes rótulos sociais, que nos representam na superfície, com que frequência somos acolhidos por quem somos em essência? 


Com seu exemplo, Maha Mamo desperta a coragem necessária para lutar pelo nosso próprio lugar autêntico no mundo, onde nos sintamos parte de algo maior, apesar de qualquer julgamento externo. Fortalecendo os próprios valores e convicções, com persistência e resiliência, acabamos de ouvir a história de alguém que não só conquistou seu sonho, mas como consequência, facilitou o caminho de inúmeras outras pessoas passando pela mesma dificuldade. E você? Qual luta pessoal tem o potencial de transbordar para todos ao seu redor? 


[trilha sonora]


Geyze Diniz: Nossas histórias não acabam por aqui. Confira mais dos nossos conteúdos em plenae.com e em nosso perfil no Instagram @portalplenae.


[trilha sonora]

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais