A magia do recomeço

O sinal acabou de soar, são 7h30 da manhã e no ar, há um cheiro de pão de queijo fresquinho e tinta de caneta nova

5 de Fevereiro de 2024


O sinal acabou de soar, são 7h30 da manhã e no ar, há um cheiro de pão de queijo fresquinho e tinta de caneta nova. Há também um clima de novidade em cada corredor onde uma criança passa correndo, seguido de um grito "cuidado com a escada" dado pela inspetora.  

A volta às aulas marcava esse período tão extraordinário nesse lugar chamado infância. Com ela, vinham as novas possibilidades, sejam elas de amigos ou de finalmente se dar bem em determinada matéria. Era quase como um ano novo particular dentro de cada um daqueles alunos, os votos de renovação em um ambiente que é sim acadêmico, mas também essencialmente social. 

Foi na escola que aprendemos o valor de uma companhia na hora do lanche. A confiança em uma dupla na educação física. A força de um trabalho em grupo e de uma nova e avassaladora paixão. Aprendemos na escola muitas fórmulas e regras ortográficas, mas também a guardar os segredos de um melhor amigo.  

Quando as férias de verão acabam, os dias de praia podem até ficar para trás, mas há pela frente tantos outros universos a serem explorados. Porque é nesse retorno que moram os grandes recomeços, os primórdios de tantas coisas que brotam na meninice, mas que nos acompanham por toda a vida adulta.  

E é como se procurássemos essas sensações que o primeiro dia de aula nos causava por toda a nossa existência. Que a gente possa se reconectar com essa criança interna, cheia de expectativas e vontade de fazer, todos os dias, pelo menos um pouco. É isso que trará mágica e alegria para os dias comuns. 

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Para Inspirar

Perder a fé pode afetar a saúde do seu cérebro

Perder a fé em um poder superior pode ser uma das experiências mais profundas da vida.

15 de Março de 2019


Perder a fé em um poder superior pode ser uma das experiências mais profundas da vida. Dependendo de quão forte essa fé era originalmente, ou quão central era para o seu senso de identidade ou comunidade, a tendência para o ateísmo pode destruir as convicções e os sistemas sociais que dão sentido e segurança à sua existência. Pesquisas sugerem, no entanto, que a perda da fé em poderes superiores também pode ter efeitos muito tangíveis na forma como o cérebro funciona e na saúde física. Neurologicamente, os fiéis e ateus, explica Jeff Anderson, neurocientista da Universidade de Utah, “têm a mesma arquitetura e processam informações de maneiras muito semelhantes”. Diversos estudos, no entanto, sugeriram que a fé em um poder superior e a experiência de estados transcendentais estão associados a menos atividade em áreas do cérebro associadas ao pensamento analítico e mais em áreas associadas ao pensamento intuitivo e empático. "Não está claro se ser mais ou menos crítico-analítico é melhor ou pior", aponta Andrew Newberg, neurocientista do Hospital Universitário Thomas Jefferson e pioneiro em neuroteologia, o estudo das ligações entre experiências religiosas e o cérebro. “Como todas as coisas na vida, essas são diferenças que funcionam melhor para diferentes tipos de pessoas” e em diferentes tipos de situações. Perder a fé em um poder espiritual maior não necessariamente leva a uma diminuição da atividade nas partes intuitiva e empática de nossos cérebros. Algumas pessoas podem apenas redirecionar esses circuitos cerebrais para uma crença menos espiritual, mas ainda abstrato, como o conceito de justiça. Independentemente do efeito exato que a falta de crença tem em nossa atividade neurológica e processos de pensamento resultantes, muitas evidências sugerem que “ter algum tipo de crença espiritual está associado a ser mais psicologicamente ajustado e ser fisicamente mais saudável”, segundo Anthony Jack, do Laboratório de Cérebro, Mente e Consciência da Universidade Case Western Reserve . Alguns estudos apontam, por exemplo, que os crentes têm, em média, pressão arterial mais baixa do que seus pares não religiosos, além de melhores resultados quando atingidos por câncer, doenças cardíacas, artrite reumatoide e depressão. Eles vivem até sete anos a mais e relatam menos ansiedade, depressão e estresse do que os ateus. Alguns benefícios da religião provavelmente se devem à ampla rede social de apoio oferecida pelas igrejas, assim como à prática da oração e da meditação. Outros benefícios, sugere Jack, provavelmente derivam do poder da crença em algo superior por si só dar um sentido ao mundo e propósito à vida. O pensamento analítico totalmente naturalista, argumenta ele, “é inadequado para encontrar significado ou propósito, ou coisas que nos motivem ou nos conectem com as pessoas” da mesma forma como faz o pensamento abstrato. Leia o artigo completo aqui . Fonte: Mark Hay Síntese: Equipe Plenae

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