Para Inspirar

Como ajudar o próximo pode ser benéfico para você?

Doações de tempo ou de dinheiro ajudam a mudar realidades inteiras, mas também podem ajudar a sua própria realidade. Saiba mais.

29 de Abril de 2021


Chegamos ao fim de mais uma temporada do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir. Para encerrar, conhecemos o trabalho incrível realizado pela dupla de mãe e filha, Kety e Gabi, respectivamente. Criadoras do Flores para os Refugiados, o ateliê e floricultura revertem grande parte de seu lucro para continuar o trabalho voluntário realizado pelas duas mundo afora, que tem o objetivo de ajudar imigrantes.

Para elas, o trabalho voluntário é o propósito principal de suas vidas. Desde o primeiro contato com a prática, a vida de ambas nunca mais foi a mesma. Isso porque elas perceberam o que algumas pesquisas já confirmaram: ajudar o próximo surte efeito positivo em suas próprias vidas.

A voz da ciência

Um estudo conduzido pela Harvard School comprovou que pessoas que doam, de alguma forma, são mais felizes, como te contamos nesta matéria . E a boa notícia é a de que, segundo estudos , as novas gerações doam mais e são mais engajadas em diversas causas. É sinal de que a conscientização acerca desse tema esteja ganhando cada vez mais força.

Mas e quando a doação será de tempo, e não de bens materiais? Os benefícios podem ser ainda mais impressionantes. Em entrevista ao Jornal Extra , o neurocientista Jorge Moll Neto trouxe o resultado de experimentos realizados, que utilizaram a ressonância magnética como mecanismo para mapear áreas do cérebro no momento do trabalho voluntário.

O estudo concluiu que as pessoas envolvidas nesse processo tiveram o seu “centro de recompensa” cerebral ativado durante o momento, na mesma medida e intensidade do que outras pessoas que também vivenciaram outros momentos prazerosos, como comer comidas que gostam, ouvir música e até receber um elogio.

“Vimos também que o doar ativou, de forma seletiva, duas regiões do cérebro (o córtex subgenual e a área septal) que estão relacionadas ao sentimento de apego, de pertencimento. Essas regiões estão envolvidas, por exemplo, no cuidado que uma mãe tem com o filho e na união entre casais. Ou seja, quando você age em favor de uma causa ou princípio importante, você está ativando um sistema que foi desenvolvido ao longo de milhões de anos para promover os laços familiares e de amizade”, contou ele à reportagem.

Ele ainda pontuou que diversos estudos acerca do tema já comprovam que se engajar em causas está intrinsecamente ligado à uma redução do risco de doenças como depressão ou problemas cardíacos, e que promover o bem-estar alheio pode levar o praticante a uma maior longevidade.

E falando em viver mais, o trabalho voluntário pode realmente ser uma ponte para essa tão almejada longevidade. “Importantes pesquisas conduzidas por instituições do peso da Universidade de Harvard, já comprovaram que pessoas que desenvolvem atividades voluntárias têm, em média, uma maior expectativa de vida, assim como mais qualidade no viver” aponta a psicóloga Andrea Bossan para entrevista na Folha de São Paulo.

A explicação fisiológica parece estar ligada a um aumento de neurotransmissores durante essa atividade voluntária, além da liberação de hormônios como endorfinas e a serotonina, responsáveis pela sensação de bem-estar e até de um fortalecimento do sistema imunológico.

De acordo com o Relatório Mundial de Felicidade de 2019, há algumas pesquisas que já trabalham com a conexão do voluntariado e esse bem-estar, que gera uma maior satisfação existencial, emoções positivas e, novamente, redução de doenças emocionais como a depressão.

Continuidade

Porém, é preciso que esse trabalho voluntário seja contínuo, e não somente pontual, para que esses efeitos sejam sentidos. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Flinders, na Austrália, aponta que esses efeitos positivos são breves caso não haja a frequência necessária.

Os participantes desse estudo vivenciaram um aumento imediato do bem-estar subjetivo logo após o trabalho de voluntariado, mas um ano depois os níveis voltaram ao que eram antes dessa atividade, caso ela não tivesse sido mantida. Essa permanência pode ser boa não só para a sua saúde, como para a busca do seu propósito de vida.

É o caso de Telma Sobolh, presidente do voluntariado realizado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, e envolvida com o trabalho há 36 impressionantes anos. O trabalho da instituição nasceu em 1955, junto com a fundação do hospital em si. “Os médicos que fundaram e idealizaram o hospital buscavam uma proposta de arrecadar fundos para construção do hospital, mas essa área filantrópica da instituição acabou sendo o primeiro serviço a funcionar mesmo com a estrutura inacabada do hospital”, conta Telma.

Eles começaram a atuar em Paraisópolis, hoje uma comunidade, mas na época um bairro nos arredores. Em uma visita a essa região para fazer propaganda do hospital, eles passam a trazer pessoas daquela região para dentro do Einstein. Hoje, essa equipe de voluntariado continua a atuar na mesma região, mas com ações que englobam de crianças à idosos, contemplando os 69 setores diferentes em que o hospital atua.

“Muitas são as razões que movem uma pessoa que procura ser voluntária. Uns buscam fazer mais amigos, outros por questões religiosas, há os que buscam uma satisfação pessoal, são inúmeras as razões.. Se ela não fizer e não acreditar no que ela tá fazendo, ela não fica, sai logo”, diz ela, que atua na coordenação desses voluntários e vê de perto essas permanências e desistências.

“Ser voluntário é um privilégio. Durante a vida, seus gostos vão mudando, você vai se adaptando às necessidades que a vida vai te impondo, como uma profissão que você escolheu aos 18 e se arrepende. E é no hobby que muitas pessoas realmente descobrem o que gostam de fazer, o que amam. E ser voluntário está intimamente ligado a esse prazer”, conclui.

Atualmente, o projeto do Einstein está com todos os seus esforços voltados para a pandemia, sobretudo no que tange a educação. Há diferentes iniciativas voltadas para a promoção da capacitação na região de Paraisópolis, levando acesso à internet e uma gama variada de cursos. Mas, sendo um hospital, evidentemente eles também atuam com a saúde da população, da prevenção ao atendimento.

Há uma gama imensa de possibilidades para se atuar como voluntário, e uma parcela alta da população precisando de um serviço que você mesmo pode prestar. Pense que, mais do que fazer o bem sem ver a quem, você estará trazendo inúmeros benefícios para sua vida. Que tal começar ainda hoje esse ato de amor tão potente?

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O que é a idade biológica e como cuidar da sua?

Qual é a diferença da nossa idade cronológica para nossa idade biológica e por que isso importa? Te contamos sobre o tema e como cuidar de si neste artigo!

1 de Novembro de 2023


A idade é só um número, é o que dizem por aí. E isso não é só uma frase clichê motivacional: a idade cronológica, apesar de ser muito importante para traçar alguns parâmetros sociais – como as leis, por exemplo -, pode ser muito diferente da nossa idade biológica. E essa segunda é quem verdadeiramente importa.

Ainda está confuso? Vamos te explicar a diferença entre cada uma e como cuidar do que realmente importa!

Assoprar as velinhas: a idade cronológica

O título é autoexplicativo: assopramos a vela no nosso aniversário que marca um número exato. Esse número é a nossa idade cronológica, ou seja, aquela que conta o passar do tempo desde o momento que nascemos – sem contar os meses que estivemos gestando dentro da barriga, é claro.

Essa é a idade mais conhecida, celebrada anualmente e que pode trazer até uma certa angústia para alguns com o passar do tempo. Marcos como os trinta anos, os cinquenta e até os cem são sim importantes e merecem ser celebrados e, por que não, levantar questões importantes, nos levar a refletir e fazer um balanço da vida.

Essa idade também serve para que certos parâmetros sejam criados. A maioridade penal, por exemplo, ou a própria maioridade por si só, que define quem pode consumir bebidas alcoólicas ou dirigir. Votar também é definido por lei, assim como uma idade máxima que uma criança pode estar fora da escola e a idade mínima que um adulto pode ter para enfim parar de trabalhar.

Além disso, essas classificações etárias estão presentes na medicina, que define alguns parâmetros importantes baseando-se nesse número, e na cultura, com as famosas classificações etárias. A idade cronológica, por fim, também atravessa nossas relações: o quão mais novo ou o quão mais velho é considerado ok para eu me relacionar?

Mas, apesar de ser evidentemente um mecanismo importante que rege a nossa sociedade, a idade cronológica não pode nos criar amarras desnecessárias. Se sentir velho para realizar um sonho, para começar uma nova empreitada ou se sentir incapaz de qualquer forma é o que não pode acontecer.

É aí que entramos no conceito de “idade subjetiva”, também autoexplicativo. Você pode até apresentar um determinado número no RG, mas não se sente pertencente ao que a sociedade espera de uma pessoa naquela faixa etária. E aí, não se trata de algum atraso cognitivo ou até uma Síndrome de Peter Pan, mas sim, um estado de espírito jovial, ou ao menos mais jovem do que se esperava.

Por fim, há a idade biológica, que é como o seu corpo se encontra. E é sobre ela que falaremos a seguir!

A idade biológica é o corpo falando

A longevidade não é termo novo nem aqui no Plenae e nem na medicina como um todo. Com o advento das vacinas, maiores condições de higiene, maior acesso a alimentos e queda na mortalidade infantil, começamos a chegar cada vez mais longe. Hoje em dia, não é incomum ter alguém na família com mais de 80 anos e os centenários estão por aí, não mais só concentrados nas chamadas blue zones, quete contamos aqui.

Com estas transformações, o conceito de idade passa a ser revisado, com o progressivo abandono da simples idade cronológica, para a agregação da moderna concepção de idade biológica,
como explica esseartigo científico. Trata-se de um marcador científico que vai indicar como está a o seu estado de saúde geral e o envelhecimento do seu corpo.

Para chegar nesse número, fatores como a sua genética, seus hábitos, o estado de suas células e tecidos, entre outros – tudo isso será levado em consideração. Ela também pode ser chamada de idade fisiológica e será cravada com o auxílio de alguns testes médicos que podem ser feitos em casa ou no laboratório e que vão ter o DNA como um dos focos. Lembra até mesmo os testes para saber sua árvore genealógica
quete contamos neste artigo.

Apesar de a genética exercer um papel importante nesse resultado, há outros fatores que interferem também. E é neles que vamos focar para que você, que nos lê e busca melhorar o seu resultado, possa encontrar atalhos.

Como melhorar a minha idade biológica

O ideal, para começar, é ter sempre uma idade biológica abaixo da sua idade cronológica ou ao menos igual. Isso indica que seu corpo está mais jovem ou está seguindo um curso natural e esperado. Uma idade biológica maior do que a sua idade cronológica é um indicativo problemático de que seu corpo está envelhecendo em uma velocidade rápida.

Você que busca melhorar esse índice, deve focar principalmente em seus hábitos. São eles:

- Torne os exercícios físicos parte do seu dia a dia, como uma medicação. É importante a musculação para fortalecer seus músculos, mas incluir uma prática lúdica pode ser interessante também para a saúde mental e para suas relações.

- Em uma sociedade moderna, é impossível evitar 100% do estresse. Mas deve-se tentar evitá-lo o máximo que puder ou então torná-lo seu aliado,
comote explicamos aqui. Isso porque o estresse é um dos principais fatores para o desgaste do seu DNA.

- O hábito de fumar é nocivo como um todo para a sua vida – até mesmo financeiramente falando -, mas ele é principalmente ruim para o envelhecimento das suas células e tecidos, indicadores importantes para a idade biológica.

- O sono, como já te contamos aqui algumas vezes, é importantíssimo não só para a sua produtividade no dia posterior, mas para a regeneração das suas células. Ter noites de sono de baixa qualidade com frequência contribui – e muito! – para o seu envelhecimento.

- Níveis ruins de hidratação também são maléficos para sua regeneração celular e hidratação dos seus tecidos.

- Por fim, de olho na sua dieta! Seguir uma cartilha mediterrânea,
comoa que te contamos por aqui, pode ser interessante pois já indica os alimentos que te farão bem. Mas não é uma regra: basta evitar alimentos gordurosos em excesso ou ultraprocessados e estar de olho nas suas fibras e alimentos reguladores já é um bom começo!

Pronto, agora você já conhece a diferença entre as idades e sabe os caminhos que deve tomar para melhorar os seus indicativos. Aqui no Plenae, ainda tecontamos sobre a Medicina do Amanhã, que traz boas dicas, e a fórmula MAP, criada pelo mesmo médico e que pode te oferecer caminhos importantes.

Os "novos velhos", como te contamos aqui neste Tema da Vez, já é uma realidade! O futuro, afinal, já chegou, mas como viver nele só dependerá de suas próprias escolhas!

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