Para Inspirar
Segundo estudo, esse tempo é suficiente para reduzir o nível de cortisol no organismo
3 de Dezembro de 2019
Para Inspirar
O assunto delicado que quase ninguém quer falar, mas que é urgente entre nós: nossos filhos podem estar deprimidos e precisamos saber ajudá-los.
17 de Novembro de 2023
A depressão
não é brincadeira: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas no mundo, de
todas as idades, sofram com esse transtorno, sendo a principal causa de
incapacidade mundial e afetando mais as mulheres do que os homens. Mas, há uma
camada ainda mais fina, sutil e preocupante nesses dados, trazidos pela Organização Mundial da Saúde: em seu pior desfecho, ela pode levar ao suicídio.
Cerca de 800 mil pessoas tiram suas próprias vidas a cada ano, sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com
idade entre 15 e 29 anos. E é sobre isso que vamos falar hoje. Inspirados pelo relate potente de Luciane Zaimoski, que abre a décima quarta temporada do Podcast Plenae, fomos
entender um pouco mais sobre depressão infantojuvenil, doença que acometeu
seu filho.
Sabemos que o assunto pode ser difícil e delicado, mas ele se faz igualmente
necessário. É preciso reconhecer os sinais enquanto há tempo e saber o que
fazer a partir disso. Conversamos com três especialistas para te ajudar nessa
jornada!
“As escolas precisam ainda promover formações para os seus
profissionais visando a questão da saúde mental, promover campanhas internas
para seus professores e funcionários, ensinando-os como identificar, como
intervir, etc. Tem que ser uma coisa maior, que faça parte do projeto político-pedagógico da instituição. Os pais também têm que ser
contemplados nessa campanha com palestras, debates, formações
sobre a prevenção, entre outros”, continua Bifulco.
Mas, é preciso cautela nessa transferência, pois a escola é parte de um todo, e
não a responsável total pelo problema, como reforça Thaís Malta. “Direcionar a
responsabilidade total aos educadores é sobrecarregar um profissional que não está
habilitado para tal função. A realidade é diferente do desejo, há professores
com dois turnos de trabalho, com três ou quatro salas de quarenta alunos. Há casos
que naturalmente chamam mais atenção, mas o que nos preocupa são os
adolescentes discretos com suas dores”, pontua.
Algumas possibilidades sugeridas por Thaís para driblar esse impasse são os dias temáticos, atividades extracurriculares, palestras, rodas
de conversa. “Dessa forma, podemos instrumentalizar os adolescentes a reconhecer
sinais em si e nos colegas, prevenir o bullying, o assédio, as brigas. Um educador
físico que ensine consciência corporal, respiração, relaxamento, meditação. Ter
uma equipe de acolhimento, com um espaço seguro para que eles possam se
expressar sem julgamentos ou ameaças.”
A escola, como dito anteriormente, trabalhará em conjunto com os especialistas.
Mas, quem são eles? “São duas abordagens mais utilizadas nesse
caso: a psicanálise e a comportamental. A segunda é mais específica para ensinar
novos comportamentos, mudar uma fobia ou atender crianças atípicas. Se a questão for de comportamento
emocional ou de pensamento, a psicanálise Winnicottiana seria ideal para começar a investigar e entender o que essa criança
está sentindo”, explica Carolina.
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