Para Inspirar
Estudar é sempre bom, mas estudar quando já se está mais velho pode ser uma fórmula poderosa de sucesso para se ter propósito e longevidade!
17 de Junho de 2022
Dizem que agora os sessenta são os novos quarenta, e cada vez mais pessoas buscam novas experiências e vivências na melhor idade. Algo que pode ser interessante, e que tem tido cada vez mais demanda entre idosos, é o estudo.
Para todas as pessoas, estudar traz uma série de benefícios ao cérebro: aumento da capacidade de memória e de concentração, bem como a prevenção às doenças degenerativas como o Alzheimer e demências no geral. Portanto, para os mais velhos, é ainda mais importante manter essa atividade cerebral em alta.
Existe um ditado da língua inglesa que diz: “um cão velho não aprende truques novos”. Mas cada vez mais pessoas estão tentando provar que isso não é a verdade. É o chamado Lifelong Learning, ou Educação Continuada, o ato de continuar aprendendo e desenvolvendo novas habilidades ao longo de toda a vida, não apenas durante a juventude.
Lifelong learners são, antes de tudo, pessoas curiosas. Buscam sempre agregar a seu próprio conhecimento através de tudo aquilo que os cerca, além, inclusive, do ensino formal. A técnica se dá através de quatro pilares, como já contamos aqui: o primeiro é a atitude interior, ou como a pessoa encara o que aprende. O segundo é o misto entre técnica e sabedoria. O terceiro é a convivência, tanto consigo mesmo quanto com os outros. E o último é uma síntese dos outros para que se tenha autonomia nessa busca pelo conhecimento.
Pode ser uma maneira da pessoa se sentir “útil” nos anos dourados da velhice. Com o aumento da expectativa de vida, temos cada vez mais idosos e a qualidade dessa vida tem se tornado uma preocupação cada vez maior daqueles que já chegaram lá.
Apesar do Lifelong Learning não se tratar apenas do que aprendemos em sala de aula, é comum que as pessoas queiram buscar uma graduação por interesse ou hobby, algo que sempre quiseram estudar mas não tinham tempo nem condição enquanto eram jovens, geralmente por estar construindo uma carreira ou precisar sustentar uma família.
É o caso do jornalista Boris Casoy que, aos 80 anos, decidiu se matricular no curso de Medicina Veterinária, como ele conta na oitava temporada do Podcast Plenae. Em seu episódio, ele relembra os momentos da aposentadoria e como se viu sem propósito para continuar e à beira da depressão. Por ter sempre amado animais, ele decidiu então dar esse passo - e spoiler: ele está amando!
Pensando nisso, diversas instituições de ensino em diferentes lugares do Brasil já contam com iniciativas focadas para o público mais velho, como te contamos aqui. Fazer um curso pode significar, além do aprendizado, uma reinserção social. Muitas vezes, o idoso pode se sentir um ponto fora da curva ou um estranho no ninho ao adentrar um ambiente comumente habitado por jovens e esse pode ser um desafio.
Porém, leva a situações interessantes de socialização e acaba por contribuir até com uma maior independência. É uma chance, também, de conhecer e conversar com pessoas de realidades e visões distintas, além do âmbito familiar, e se relacionar como você já deve saber, é benéfico para a autoestima e para manter também suas capacidades cognitivas em dia..
Para quem não pode ou não quer sair de casa, existe também a possibilidade do EAD. Em 2018, houve um aumento de 40% no número de idosos matriculados no ensino à distância segundo dados do Ministério da Educação e, com a pandemia, é provável que esse número tenha crescido ainda mais.
Essa dinâmica diferente, em vez de preocupar-se com coisas como o deslocamento ou a socialização com pessoas mais jovens, apresentam-se outros desafios como lidar com a tecnologia. É também o modelo que novamente ele, Boris Casoy, conta ser adepto.
As dificuldades que aparecem pelo caminho também são oportunidades de aprender coisas novas ou de lidar com pessoas diferentes. O importante é manter a mente ativa e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Há alguns passos importantes, que te contamos neste artigo, e que podem ajudar você ou alguém que possa estar precisando, a melhorar sua aprendizagem.
Estamos sempre aprendendo, cotidianamente. Até mesmo quem tanto já viu e viveu tem algo a retirar das experiências, por mais mundanas que sejam. E essa educação, seja ela formal, continuada ou ambos, nunca deve parar.
Para Inspirar
O assunto delicado que quase ninguém quer falar, mas que é urgente entre nós: nossos filhos podem estar deprimidos e precisamos saber ajudá-los.
17 de Novembro de 2023
A depressão
não é brincadeira: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas no mundo, de
todas as idades, sofram com esse transtorno, sendo a principal causa de
incapacidade mundial e afetando mais as mulheres do que os homens. Mas, há uma
camada ainda mais fina, sutil e preocupante nesses dados, trazidos pela Organização Mundial da Saúde: em seu pior desfecho, ela pode levar ao suicídio.
Cerca de 800 mil pessoas tiram suas próprias vidas a cada ano, sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com
idade entre 15 e 29 anos. E é sobre isso que vamos falar hoje. Inspirados pelo relate potente de Luciane Zaimoski, que abre a décima quarta temporada do Podcast Plenae, fomos
entender um pouco mais sobre depressão infantojuvenil, doença que acometeu
seu filho.
Sabemos que o assunto pode ser difícil e delicado, mas ele se faz igualmente
necessário. É preciso reconhecer os sinais enquanto há tempo e saber o que
fazer a partir disso. Conversamos com três especialistas para te ajudar nessa
jornada!
“As escolas precisam ainda promover formações para os seus
profissionais visando a questão da saúde mental, promover campanhas internas
para seus professores e funcionários, ensinando-os como identificar, como
intervir, etc. Tem que ser uma coisa maior, que faça parte do projeto político-pedagógico da instituição. Os pais também têm que ser
contemplados nessa campanha com palestras, debates, formações
sobre a prevenção, entre outros”, continua Bifulco.
Mas, é preciso cautela nessa transferência, pois a escola é parte de um todo, e
não a responsável total pelo problema, como reforça Thaís Malta. “Direcionar a
responsabilidade total aos educadores é sobrecarregar um profissional que não está
habilitado para tal função. A realidade é diferente do desejo, há professores
com dois turnos de trabalho, com três ou quatro salas de quarenta alunos. Há casos
que naturalmente chamam mais atenção, mas o que nos preocupa são os
adolescentes discretos com suas dores”, pontua.
Algumas possibilidades sugeridas por Thaís para driblar esse impasse são os dias temáticos, atividades extracurriculares, palestras, rodas
de conversa. “Dessa forma, podemos instrumentalizar os adolescentes a reconhecer
sinais em si e nos colegas, prevenir o bullying, o assédio, as brigas. Um educador
físico que ensine consciência corporal, respiração, relaxamento, meditação. Ter
uma equipe de acolhimento, com um espaço seguro para que eles possam se
expressar sem julgamentos ou ameaças.”
A escola, como dito anteriormente, trabalhará em conjunto com os especialistas.
Mas, quem são eles? “São duas abordagens mais utilizadas nesse
caso: a psicanálise e a comportamental. A segunda é mais específica para ensinar
novos comportamentos, mudar uma fobia ou atender crianças atípicas. Se a questão for de comportamento
emocional ou de pensamento, a psicanálise Winnicottiana seria ideal para começar a investigar e entender o que essa criança
está sentindo”, explica Carolina.
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