Os caminhos paternos

Em uma viagem particularmente turbulenta, em um avião particularmente cheio

13 de Agosto de 2023


Em uma viagem particularmente turbulenta, em um avião particularmente cheio, havia um pai que não soltou a mão de sua filha por toda a uma hora e quarenta e cinco de trajeto. Observei-os por toda a viagem e foram muitos os assuntos conversados, a fim de distraí-la de um pequeno caos que parecia querer se instaurar. 

"Estamos indo em direção ao sol", disse ele quase que poeticamente, enquanto explicava a função das asas, o mecanismo dos motores, a quantos metros de altitude estávamos e qual o efeito das nem tão inocentes nuvens. Vez ou outra, escapava uma risada, mas o tom era calmo e professoral na maior parte do tempo. 

Pouco a pouco, a menina foi acalmando, assim como a chuva que causava o tumulto e que ficou abaixo das nuvens. Ali onde estávamos, havia um sol que começava a se despedir e um silêncio quase completo em toda a aeronave, não fosse a voz desse pai. Baixinho, ele não desistia de falar o que quer que fosse, só pra que a menina não esquecesse que ele estava ali.

Pensei: é impossível generalizar o papel paterno. Cada um o exerce à sua maneira, pois são infinitas e lindas as possibilidades. Mas, se fosse preciso definir um pai em uma só linha de raciocínio, seria essa: ainda que também esteja com medo da turbulência, ele não solta a mão de sua cria por todo o voo enquanto busca explicações que amenizem a dureza da realidade. E essa é, enfim, a sua linguagem de amor. 

Por um mundo onde o afeto seja universal e que todos os homens possam experimentar, ao menos uma vez, o contato com suas emoções mais profundas sem temê-las. E não há caminho mais bonito para isso se não o da paternidade. Feliz dia dos pais!

Os caminhos paternos Os caminhos paternos Os caminhos paternos Os caminhos paternos

Compartilhar:


Quais os laços do inverno?

O tempo esfriou e a paisagem ao nosso redor, mais uma vez, se modificou

29 de Junho de 2023


O tempo esfriou e a paisagem ao nosso redor, mais uma vez, se modificou. Como é bonito acompanhar a valsa do tempo diante dos nossos olhos, dançando sem parar, sem nunca se cansar. Ela nos obriga a enxergar beleza perante a todas as possibilidades, sem nunca parar de aceitar as mudanças de braços abertos.

Em um país tropical, onde o verão e seus mil sóis são celebrados aos sete ventos, é preciso um olhar apurado para absorver a poesia do inverno. Aceitar o seu recolhimento e fazer dele um balanço interno. A temporada mais fria do ano pode ser um convite para essa pausa tão esquecida e negligenciada em tempos tão acelerados. 

As baixas temperaturas nos fazem olhar para o lado e lembrar que, para aquecer, é preciso estar perto. Os laços, nessa estação, precisam ser estreitados, seja consigo mesmo ou com o outro. A sensação é de que o tempo se dá em outro ritmo, pois mesmo o astro rei parece querer descansar. 

Se a sensibilidade pode estar aflorada, é tempo de abraçá-la. Aproveite ainda para ser grato por ter como se aquecer, por ter como se recolher, por ter como permanecer. Devolva ao mundo, sempre que puder, empatia e compressão em seus pequenos gestos, pois a generosidade deve ser regra em qualquer estação. No inverno, permaneceremos de mãos dadas. 

Quais os laços do inverno? Quais os laços do inverno? Quais os laços do inverno? Quais os laços do inverno?

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Grau Plenae

Para empresas
Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais