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Sua pele e suas emoções: qual é a relação entre elas?

Como é possível atrelar problemas de pele às nossas emoções? Alguns especialistas explicam essa relação

20 de Outubro de 2022


Não é exagero cravar: nossa saúde mental afeta nosso corpo de maneira integral. Esse não é exatamente um assunto novo por aqui, mas o que você talvez não saiba é que suas emoções podem te trazer até mesmo problemas de natureza dermatológica. 

Na nona temporada do Podcast Plenae, conhecemos a história do artista Carlinho de Jesus e sua relação com o vitiligo. Um dos gatilhos para que essas manchinhas brancas surjam pelo corpo é, justamente, a saúde mental, como te contamos aqui. Mas essa não é a única coisa que pode acontecer.

Relação direta

Questões emocionais como ansiedade, estresse e tristeza podem ser reveladas por sinais espalhados pelo nosso corpo, como dermatites, queda de cabelos, psoríase e vitiligo, por exemplo. Isso acontece porque tanto a nossa derme quanto o nosso sistema nervoso possuem a mesma origem embrionária. 

A dermatologista Adriana Vilarinho, que já participou de um Plenae Drops, é a autora do recém lançado livro “Saúde à Flor da Pele”, obra que trata justamente dessas questões. Ao Estadão, ela relata: “O estresse vivido aumenta a inflamação e a liberação de uma série de hormônios, como o cortisol, adrenalina e derivados, que interferem em receptores e neurotransmissores em diversas regiões do corpo. Se ficamos envergonhados ou emocionados, nossa pele exprime essas emoções através da ruborização e dos arrepios, por exemplo”.

O grande vilão dos novos tempos, o estresse é pauta constante aqui no Plenae. Já sabemos que ele, quando em excesso, pode enfraquecer o seu sistema imunológico. Isso pode trazer as tão temidas acnes a níveis já inflamatórios ou até envelhecer precocemente a pele.

“Quando o grau é elevado ou cronificado, doenças mais sérias, como as autoimunes, podem se apropriar do momento e serem deflagradas, em indivíduos predispostos. A dermatite causa vermelhidão, coceiras e até mesmo bolhas. Outras condições pioradas podem ser a urticária, uma reação alérgica que pode aparecer por meio de vergões na pele”, enfatiza Adriana. 

Problemas de pele que podem ter fundo emocional, ou seja, as psicodermatoses:

  • Acnes

  • Dermatite atópica

  • Rosáceas

  • Vitiligo

  • Vergões

  • Coceiras

  • Urticária

  • Psoríase

Entre outros! E é por conta dessas questões que hoje a especialização em Dermatologia oferece estudos em psicodermatologia, ou seja, a psicologia aplicada nos estudos da pele. Estudos estão sendo cada vez mais publicados em uma área que promete ser promissora, uma vez que é possível analisar seus resultados em qualquer pessoa, e não há necessidade de um perfil específico de paciente. 

O que fazer

O primeiro passo, ao perceber uma alteração dermatológica, é ir correndo procurar um especialista. Isso porque a pele engana, o que parece somente uma pintinha inofensiva pode estar mascarando problemas mais graves. Caso questões mais sérias sejam descartadas, então é hora de investigar os gatilhos que estão ocasionando aquela alteração: pode ser alergia a algum produto, histórico familiar, entre outros.

Se a resposta for emocional, então o dermatologista irá atuar direto no que lhe cabe, ou seja, trabalhará sua pele, mas também te encaminhará para um psicoterapeuta - e este, por sua vez, pode solicitar a participação de um psiquiatra nesse tratamento, que como você pode ver, é multidisciplinar. 

Os cuidados com a mente e a pele são tão interligados que, nos últimos tempos, o skin care, que em tradução livre significa cuidados com a pele, ganhou mais espaço nas prateleiras e nos vídeos de influenciadores. Utilizar cremes e vitaminas complementares, por exemplo, passou a ser rotina na vida de muitas pessoas.

Segundo um estudo feito pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal (ABIHPEC), a procura por produtos para cuidados com a pele cresceu em média 21,9% em 2020. Sendo que as máscaras para tratamentos faciais tiveram um aumento no crescimento de vendas de 91% e os produtos para o corpo e esfoliantes 153,2%. Portanto, isso nos faz concluir que o contrário também é verdadeiro: estar bem consigo mesmo faz bem para sua pele!

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Seu médico já perguntou se você tem amigos?

Questionar sobre a rede de amigos do paciente vai ser tão importante para o médico quanto saber se ele fuma

15 de Agosto de 2019


A rede de relacionamentos pessoais ganha cada vez mais relevância na área da saúde. Atualmente, ela é associada à diminuição da pressão arterial, melhor funcionamento do sistema imunológico, cicatrização e redução da inflamação. Por isso, saber se uma pessoa tem uma boa rede de amigos deveria ser tão importante para um médico como perguntar se alguém faz uma boa dieta e exercícios físicos. Uma meta-análise de 148 estudos, com mais de 300 mil participantes, comprovou que o apoio social aumenta a sobrevivência em 50%. Segundo o estudo, publicado na revista científica PLoS Medicine, o benefício promovido pela convivência com amigos, familiares e até mesmo colegas acaba sendo tão bom para a saúde a longo prazo quanto desistir do hábito de fumar. “As redes sociais interpessoais são mais cruciais para a saúde física do que se exercitar ou vencer a obesidade”, informaram os pequisadores, das universidades da Carolina do Norte e Brigham Young, nos Estados Unidos. A principal autora do estudo, a psicóloga Julianne Holt-Lunstad, recomenda que a sociedade pense nas instâncias mais variadas, na hora de se organizar. Adaptar currículos escolares para apoiar habilidades sociais, planejar cidades com o objetivo de aumentar a integração da comunidade e criar layouts em escritórios para promover a conexão dos funcionários são algumas ideias.

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