Para Inspirar
Vida com propósito é mais saudável e feliz
Para pesquisadores, propósito é particularmente importante em idades mais avançadas
29 de Julho de 2019
Uma vida com
propósito
é mais
saudável, longeva e feliz
, revelou um
estudo
publicado no periódico
PNAS
.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas Andrew Steptoe e Daisy Fancourt, da Universidade College London, no Reino Unido, analisaram uma ampla gama de possíveis influências sobre o bem-estar, examinando separadamente fatores como saúde, renda, envolvimento cultural e relações sociais. O estudo durou quatro anos e avaliou dados de mais de 7 mil britânicos com mais de 50 anos.
Estudos anteriores estabeleceram que um senso de propósito está relacionado, ao longo do tempo, a viver mais, desenvolver menos deficiências relacionadas à idade, taxas menores de doenças cardiovasculares e estilos de vida mais saudáveis, mas não necessariamente usando amostras de adultos mais velhos.
Estudo.
Os participantes avaliaram seu senso de propósito na vida ao classificar, em uma escala de 0 a 10, a medida em que sentem que suas atividades valem a pena. A média nesta amostra foi de 7,4, com a maioria dos participantes pontuando entre 5,2 e 9,7.
Essas pontuações tornaram-se a base para dividir os voluntários em cinco categorias, do menor para o maior, permitindo que a equipe de pesquisa os comparasse quanto ao uso diário do tempo e várias medidas de saúde.
Resultado.
A análise dos dados revelou que pessoas com classificações de propósito mais altas tinham maior probabilidade de estar em um relacionamento íntimo e de ter contato mais frequente com seus amigos. Além disso, dedicavam-se mais ao trabalho voluntário.
Eles também eram mais propensos a participar de atividades culturais, como ir a concertos e museus.
Houve uma série de outras relações positivas com o sentimento inicial de que a vida vale a pena, incluindo maior autoavaliação de saúde, menos doenças crônicas, maior facilidade com atividades diárias, como tomar banho e se vestir, e sentir menos dor. Essas pessoas também comeram mais frutas e verduras, disseram que dormiam bem e tinham menor probabilidade de fumar.
No quesito riqueza, os indivíduos trabalharam mais horas e tiveram rendimentos mais altos, uma característica que permaneceu independentemente do status de trabalho nos quatro anos do estudo.
A vida com propósito, como sugere o estudo, impulsiona a felicidade por meio das relações sociais, comportamento saudável e conexão com o mundo fora de casa.
Ter um sentido para a vida, segundo Steptoe e Fancourt, "pode ser particularmente importante em idades mais avançadas, quando os laços sociais e emocionais se fragmentam, o engajamento social é reduzido e os problemas de saúde podem limitar as opções pessoais".
Fonte: Susan Krauss Whitbourne, para
Psychology Today
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo completo
aqui
.