Para Inspirar

Vida nômade: conheça os prós e contras!

Viver viajando pode parecer um sonho para muitos, mas é preciso organização e determinação. Conheça a opinião de quem já embarcou nessa empreitada.

4 de Novembro de 2022


Ter o mundo todo como seu quintal parece um sonho - e muitas vezes é! A liberdade de ir e vir, se reinventar, absorver tanta riqueza cultural e belas paisagens e, de quebra, ir riscando sonhos da lista: tudo isso é válido e muito bom. Os “nômades digitais”, aliás, tornou-se um estilo de vida cada dia mais difundido e que ganhou força na pandemia, já que o trabalho remoto tornou-se uma realidade.

O termo surgiu pela primeira vez em 1997, no “Digital Nomad”, escrito por Tsugio Makimoto e David Manners. Trata-se de pessoas que viajam o mundo com seu computador a bordo e, enquanto moram por um tempo em cada canto, seguem trabalhando normalmente, só que de forma remota. Lembrando que isso é diferente de tirar “um sabático”, já que o primeiro consiste em seguir trabalhando, enquanto o segundo trata-se de não trabalhar por um tempo. 

Mas há dificuldades escondidas nessa vida sem raízes que, à primeira vista, podem não aparecer. Na terceira temporada do Podcast Plenae, conhecemos a história da Família Nalu, que viaja em busca das mais belas e desafiadoras ondas, sem CEP definido. Agora, na décima temporada, retomamos o conceito de uma forma diferente: a história de Haikaa, a artista que passou toda a sua juventude viajando e, como bônus, tornou-se poliglota, mas como ônus, teve crises existenciais. Fomos investigar o que nômades já disseram sobre o tema e separamos os prós e contras da empreitada. A conclusão, é claro, fica à seu critério, pois é preciso que a realidade caiba em sua rotina, seus desejos e em seus valores. Veja a seguir!

Prós

Os benefícios em viver de malas por aí são muito parecidos com as sensações que sentimos quando viajamos, só que de forma mais estendida. Para a nômade Priscila Kamoi, um dos grandes destaques é a quantidade de pessoas que se conhece pelos caminhos.

“Ao viajar pelo mundo conhecemos muitas pessoas, de diferentes lugares e culturas. Pessoas interessantes e com histórias de vida inspiradoras.

Com frequência, você se reconhece nelas, por entender as dificuldades e o que cada um está passando nessa jornada”, diz ela.

Ela ainda lembra da liberdade geográfica que o estilo de vida traz, possibilitando que a pessoa possa trabalhar em lugares paradisíacos onde o custo de vida, por incrível que pareça, é menor do que o esperado, e ainda o aumento da produtividade. “Como você faz o que você ama, não tem horários específicos de trabalho, você acaba sendo mais produtivo. Eu por exemplo, gosto mais de escrever à noite, pois minha mente criativa funciona melhor nesse horário”, conta. 

Natália Becattini também pontuou algumas outras vantagens em seu artigo depois de experimentar alguns anos dessa jornada. A flexibilidade figura no topo da sua lista, sobretudo a flexibilidade sazonal, ou seja, poder curtir a temperatura que se quer, na hora que se quer. 

“Fuja dos invernos rigorosos ou aproveite as temporadas de neve, viaje em busca do verão, esteja nos principais festivais do mundo. Vá aonde sua vontade mandar. Com um pouco de planejamento, é possível ir a qualquer lugar enquanto trabalha. A partir do momento em que não precisamos mais estar em um lugar, as possibilidades são infinitas”, diz.

Isso casa com o segundo ponto levantado pela viajante: mais tempo para realizar seus sonhos. Em um período de férias tradicional, ficamos limitados a realizar somente alguns desejos. Quando se vive na estrada, os finais de semana, por exemplo, tornam-se oportunidades de conhecer um lugar paradisíaco. “Você pode trabalhar enquanto estuda idiomas em outro país, ou ligar seu computador de frente para aquela paisagem linda que você sempre sonhou em conhecer”, conta.

Os viajantes Aline e Will também têm suas próprias visões da vida nômade, afinal, também estão na estrada há um tempo. Para eles, a surpresa que essa vida reserva é uma das grandes vantagens. Exemplo: você planejava ficar em determinado lugar, mas o lugar vizinho está mais barato, então você opta pela segunda opção e acaba se surpreendendo muito!

Contras

Matheus de Souza talvez seja um dos nômades digitais mais famosos da atualidade, tendo publicado até mesmo um livro sobre o tema. Mas parte de seu trabalho é também desmistificar essa vida que também reserva suas dificuldades, e não só glamour. Em artigo, ele relembra que nômades digitais não são turistas em tempo integral. “A gente trabalha. Pra caramba. A grande diferença é que durante nosso tempo livre podemos conhecer novas culturas, lugares e pessoas de diferentes nacionalidades”.


Ele ainda cita orçamentos apertados, contratempo, dificuldade com a língua e atesta o que pode parecer óbvio para alguns, mas para outros nem tantos: viajar não resolverá os seus problemas. Se você está em busca de esquecer algo, como no filme "Comer, rezar e amar", lembre-se que você poderá estar jogando somente para baixo do tapete um problema que exige mais atenção.

Para Thaisy, que junto de Roger já riscou alguns bons lugares do mapa enquanto trabalhava simultaneamente, a saudades é algo a se levar em consideração, afinal, o coração aperta longe da nossa rede de apoio e isso pode ser maior e mais pesado do que se pensa. Ela também revela a dificuldade em se manter rotinas como a de alimentação (afinal, os alimentos mudam muito de país para país!), exercícios físicos e até de trabalho. 

E se viajar antes significava um momento de desconexão, isso infelizmente desaparece quando se é um nômade, segundo Natália Becattini. “Agora, aonde quer que eu vá, eu levo todas as preocupações, problemas de trabalho e tarefas comigo”, conta. Ela ainda pontua duas faltas importantes relacionadas a trabalho: a de uma estrutura apropriada para desempenhar suas atividades e a dos colegas do dia a dia. 

A própria Haikaa, participante da décima temporada do Podcast Plenae e grande inspiração para esse artigo, traz uma grande desvantagem em seu relato. Apesar de não viajar tanto quanto os outros personagens citados nesse texto, ela passou por grandes mudanças geográficas em um período determinante para a formação de nossa personalidade: a da juventude.

E por ter que se adaptar e trocar de roda de amigos e até de língua algumas vezes, isso gerou o que ela denomina como uma “personalidade camaleônica”, ou seja, adaptável aos diferentes lugares que frequentava, mas também sem muita identidade própria.


Com a maturidade, veio também a busca por mais autoconhecimento, sensação de pertencimento e inclusão. O mundo das artes contribuiu nessa busca, mas também os episódios pessoais que aconteceram em sua vida. Como dissemos no começo, tudo é uma questão individual do que faz sentido para cada um e os caminhos que cada indivíduo toma para se encontrar. Reflita sobre si mesmo e mergulhe no seu interior!

Compartilhar:


Para Inspirar

Quantos anos um estilo de vida saudável adiciona à longevidade?

Segundo estudo, mulheres ganham dez anos vida saudável, e homens, oito

27 de Janeiro de 2020


Diversos estudos nos lembram que, por mais desafiador que seja, seguir hábitos saudáveis ​​- comer direito, exercitar-se regularmente, não fumar, manter um peso saudável e controlar a quantidade de álcool ingerida - pode nos ajudar a viver mais. Mas anos extras de vida não são tão atraentes se alguns ou a maioria deles vêm acompanhados de doenças cardíacas, diabetes ou câncer.

Em um estudo de 2018, um grupo internacional de pesquisadores liderados por cientistas de Escola de Saúde Pública de Harvard descobriu que a adoção de cinco hábitos saudáveis ​​poderia estender a expectativa de vida em 14 anos para as mulheres e em 12 anos para os homens:

-  Adotar uma dieta rica em plantas e pobre em gorduras
-  Exercitar-se em um nível moderado a vigoroso por várias horas por semana
-  Manter um peso corporal saudável
-  Não fumar
-  Consumir não mais que uma bebida alcoólica por dia para mulheres e duas para homens.

Para acompanhar esses dados, os pesquisadores queriam saber quantos desses anos adicionais eram saudáveis, livres de três doenças crônicas comuns: doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer. Em um estudo publicado recentemente no periódico BMJ, eles relatam que um estilo de vida saudável pode realmente contribuir para anos extras de vida - e mais livres de doenças.

Os resultados sugerem que as mulheres podem estender sua expectativa de vida sem doenças após os 50 anos em cerca de 10 anos, e os homens podem adicionar cerca de oito anos a mais do que as pessoas que não têm esses hábitos. "É importante observar a expectativa de vida livre de doenças, pois isso tem implicações importantes em termos de melhoria da qualidade de vida e redução dos custos gerais de assistência médica", diz Frank Hu, chefe do departamento de nutrição da universidade e principal autor do artigo.

“Prolongar a vida útil não é suficiente, queremos estender o tempo de saúde.” Para descobrir esses padrões, os pesquisadores analisaram dados coletados de mais de 111.000 mulheres e homens dos EUA com idades entre 30 e 75 anos, entre 1980 e 1986. Os participantes responderam questionários sobre seus hábitos de vida e saúde a cada dois anos até 2014. Com base em suas respostas, cada participante recebeu uma pontuação de “estilo de vida” de 0 a 5, com pontuações mais altas representando melhor aderência a diretrizes saudáveis.

Os pesquisadores tentaram correlacionar essas pontuações com quanto tempo os participantes viveram sem doenças cardíacas, câncer ou diabetes. As mulheres que relataram seguir quatro ou cinco dos hábitos saudáveis ​​viveram em média 34 anos a mais sem essas doenças após os 50 anos, em comparação aos 24 anos para as mulheres que disseram não seguir nenhum dos hábitos saudáveis.

Homens que relataram cumprir quatro ou cinco dos hábitos de vida viveram em média mais 31 anos livres de doença após os 50 anos, enquanto aqueles que adotaram nenhum deles viveram em média mais 23 anos após os 50 anos. Hu diz que nenhum dos cinco fatores se destacou como mais importante que os outros; os benefícios em salvar as pessoas de enfermidades e em prolongar a vida foram semelhantes nos cinco.

Além disso, as evidências sugerem que as contribuições de cada fator são aditivas - o número de anos de vida livre de moléstias adquiridas aumentou com cada hábito saudável adicional seguido pelos indivíduos. "As pessoas não devem ser desencorajadas a adotá-las se acharem um ou dois fatores difíceis de seguir", diz Hu.

E como todos os participantes do estudo tinham mais de 30 anos, as descobertas também sugerem que "nunca é tarde para mudar", diz Hu. "É sempre melhor adotar hábitos de vida saudáveis ​​o mais cedo possível, mas mesmo adotá-los relativamente tarde na vida ainda trará benefícios substanciais à saúde mais tarde."

Fonte: Alice Park, para Time
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo original aqui.

Compartilhar:


Inscreva-se na nossa Newsletter!

Inscreva-se na nossa Newsletter!


Seu encontro marcado todo mês com muito bem-estar e qualidade de vida!

Grau Plenae

Para empresas
Utilizamos cookies com base em nossos interesses legítimos, para melhorar o desempenho do site, analisar como você interage com ele, personalizar o conteúdo que você recebe e medir a eficácia de nossos anúncios. Caso queira saber mais sobre os cookies que utilizamos, por favor acesse nossa Política de Privacidade.
Quero Saber Mais