Para Inspirar
Sempre de olho na espiritualidade e suas diversas manifestações, o Plenae traz para você uma lista de 4 religiões que você provavelmente não conhece. Confira!
11 de Novembro de 2020
Já te contamos aqui como alimentar a sua espiritualidade e porque isso é tão importante . Também trouxemos nas nossas duas temporadas do Podcast Plenae - Histórias Para Refletir , dois convidados representantes do pilar Espírito que enfatizaram a importância do cultivo da fé em todos os âmbitos de sua vida.
Para Fernanda Souza , Deus é tão onipresente que não se restringe a uma só religião, pois não há barreiras para ele. Paulo Vicelli possui uma opinião parecida , e aprendeu por meio de uma relação íntima com a sua fé que não existe Deus errado.
Cid Moreira, por sua vez, também faz parte das pessoas que encontraram na espiritualidade um respiro e uma força interna, que refletiu em todos os âmbitos de sua vida. E, para se atingir essa elevação espiritual, há diversos caminhos. Conhecemos as religiões mais clássicas, como o Cristianismo, Evangelismo, Espiritismo, Umbandismo, Judaísmo e outras.
Porém, há vários tipos de fé sendo praticados ao redor do mundo - muitas, por grupos pequenos que buscam, assim como as outras manifestações religiosas, responder dúvidas existenciais do ser humano.
Pensando na força da cultura e da espiritualidade, o Plenae separou uma lista com cinco religiões não tão comuns, mas que possuem o mesmo ideal que qualquer outra: praticar o bem com base em suas próprias crenças. É interessante observar como, ainda que preguem de outras maneiras, todas elas são muito influenciadas uma pelas outras. Confira:
Caodaísmo, significa “terceira grande amnistia religiosa universal”, mas é também conhecido por Cao Dai, “morada alta” em vietnamita. A religião, que surgiu justamente no Vietnã em 1926, é uma combinação de elementos do Budismo, Taoísmo, Hinduísmo, Islamismo, Catolicismo e até Confucionismo.
Contando com cerca de 8 milhões de seguidores atualmente, sobretudo no Vietnã e em alguns pontos da Oceania. Sua missão é fazer do mundo um lugar mais tolerante.
Seu deus único, o Cao Dai, seria o responsável pela criação da vida, pela reencarnação e até pelo karma. Ele é representado como um olho esquerdo inserido num triângulo, e não possui um gênero ou uma forma.
Você confere mais informações sobre a criação dessa religião
neste link
, além do vídeo de uma cerimônia dessa religião aqui nesse vídeo.
Surgido no início do século 20, mas baseado em uma corrente criada no século 19 (o “Donghak”, de 1860), o Cheondoísmo surgiu na Coréia e por ali ficou majoritariamente até hoje - tanto na do Norte, como na do Sul.
Para os chedonístas, Deus mora dentro de cada pessoa ( semelhante ao Panteísmo , lembra?) e, por isso, devemos ser bons e altruístas ainda vivos, pois não há vida após a morte, há somente a experiência que estamos vivenciando agora - e que deve ser boa. Essa presença divina em todos os seres pode também ser comparada ao céu - que é o que há de melhor no quesito bondade.
Além de semelhanças com o Panteísmo, o Cheondoísmo também bebeu de fontes do Monoteísmo e do Cristianismo - ainda que renegasse as culturas ocidentais. Seu texto sagrado é a “Grande Escritura Sagrada”, onde os fiéis consultam os mandamentos na palavra do Hanulnim (o Mestre Céu dentro de todas as coisas vivas).
Há aproximadamente 1 milhão de seguidores na Coreia do Sul e cerca de 280 igrejas por lá. Já na Coreia do Norte, estima-se que haja até 2,8 milhões, sendo a segunda principal religião.
Zoroastrismo, Masdeísmo ou Parsismo: esses são os possíveis nomes que podem se dar à uma mesma crença, baseada nos ensinamentos do profeta Zoroastro, que viveu no primeiro milênio antes de Cristo no Irã.
Essa crença é pautada sobretudo na velha dualidade de muitas religiões: o bem e o mal. Portanto, seus seguidores acreditam na existência de um paraíso, em ressurreição, em juízo final e na vinda de um messias que iria salvar a humanidade.
Como essa corrente antecedeu a maior parte das religiões que hoje conhecemos, pode-se dizer que ela serviu então de influência para Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, entre outras que também são monoteístas.
E por falar em um único Deus, o do Zoroastrismo seria o Deus Ahura Mazda, responsável por mediar as forças do caos e vencer a luta das divindades contra Arimã (o representante do “mal”).
Hoje em dia, há poucos seguidores no mundo - cerca de 150 mil seguidores - e estão concentrados principalmente na Índia e no Irã. Mas ela um dia foi tão forte e popular, a ponto de causar desafetos e até uma corrente contrária, o Mazdakismo.
Fundado pelo profeta Mazdak, a corrente visava uma diminuição das formalidades religiosas, do acúmulo de riqueza e o fim do clero. Para eles, as outras religiões - sobretudo o Zoroastrismo - oprimia o povo persa e causava muita pobreza. Você confere mais informações
aqui
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Surgido na Índia há 2500 anos, o Jainismo, assim como outras religiões já citadas anteriormente, possui elementos do Hinduísmo e do Budismo. Para eles, não há um Deus criador e todo poderoso, mas sim nossos ciclos de renascimento pessoais, onde só cabe a nó mesmos buscar atingir a perfeição e elevação espiritual.
Há também os chamados “Doze Votos”, que nos ensinam a como se livrar do karma durante a vida. Neles, constam lições como “não praticar violência” ou “não consumir produtos de origem animal” como passos simples para a evolução.
Ela é uma das religiões mai antigas do mundo e tem, até hoje, cerca de 4 milhões de seguidores, além de vários templos na Índia e alguns poucos na Europa e na América do Norte.
Apesar das semelhanças com óbvias com o Budismo, ela se mantém original, pois nunca possuiu um “líder missionário” como o Buda, por exemplo. Até mesmo a origem do seu nome é original: ela possui origens no verbo sânscrito jin, que significa "conquistador". E é isso que se espera de seus seguidores: conquistar a libertação do mundo por meio dos estágios e com a força das paixões.
Os jainas, como são chamados, reconhecem “jiva”, ou seja, alma, em todas as pessoas, animais, plantas e manifestações da natureza como cachoeiras. Para eles, tudo isso teria valor igual e estariam interligados “na teia de existência por elos “kármicos”.
Em 1992, um movimento religioso chamado Falun Gong surgiu na China, criado por Li Hongzhi. E ele possui muitas semelhanças tanto com o Jainismo quanto com o Budismo, Taoísmo e até folclore chinês.
Para eles, um dos passos para se obter a tão sonhada renovação mental e espiritual é por meio da meditação. Em 1999, quando a corrente já contava com 10 milhões de seguidores, o governo chinês passou a perseguir Falun Gong, que fugiu para os Estados Unidos, e ainda conta com o apoio de milhares de fiéis.
Perceba como a espiritualidade é sempre uma manifestação fervorosa, que faz parte da trajetória pessoal de cada ser humano. Para o Plenae, não importa qual é a sua corrente espiritual, o que importa é que a linha de chegada seja sempre a evolução espiritual e a procura em estar sempre ao lado do bem. E você, como reconhece a sua própria fé?
Para Inspirar
Descubra o que essa nova sigla tem a ver com a modernidade e sua rotina, e como ela pode te afetar.
5 de Dezembro de 2021
De siglas, a modernidade está cheia. Já te contamos por aqui um pouco sobre a FOMO e o JOMO - o “fear of missing out” (medo de estar perdendo algo) e a “joy of missing out” (felicidade em estar de fora). Também falamos, aqui nesse artigo, sobre as siglas relacionadas aos medos pós-pandêmicos: o FODA (“fear of daiting again” ou medo de namorar novamente), o FOGO (“fear of going out”, medo de sair) e o FONO (“fear of the normal”, o medo do normal).
Dessa vez, trazemos um conceito igualmente moderno e factível de ser abreviado em uma sigla, mas mais abrangente do que os anteriores: o mundo BANI. Indo direto ao ponto, trata-se da junção das palavras “brittle, anxious, nonlinear e incomprehensible”. Em tradução livre: frágil, ansioso, não linear e incompreensível.
Essas características descrevem não especificamente um só sujeito, mas a dinâmica em que o mundo se dá atualmente. Ele é, na verdade, a evolução de uma outra sigla, criada depois da Guerra Fria: o mundo VUCA (volatile, uncertain, complex and ambiguous — Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo), e servia tanto para pautar o próprio exército como posteriormente as empresas. Mas, pode ser que você ainda esteja se sentindo um pouco entre as duas.
Entendendo melhor
Funciona como um tipo de visualização do nosso contexto: quando se sabe que temos uma realidade volátil, incerta, complexa e ambígua, se tenta então planejar os seus passos - ou da sua instituição - com base nesses conceitos. Sabe-se que nem tudo está posto, que as mudanças são uma realidade cotidiana e que é preciso, sobretudo, adaptar-se à elas, por exemplo.
Com o mundo BANI não é diferente. O termo, criado pelo antropólogo Jamais Cascio em 2018, ganhou ainda mais força e notoriedade com a pandemia da covid-19. Isso porque a pandemia revelou, antes de mais nada, a nossa fragilidade (o B, brittle), e como estamos suscetíveis aos mais diferentes acontecimentos.
Diante dessa revelação, que escancara a nossa finitude, e sem termos a mínima certeza do amanhã, nos tornamos ainda mais ansiosos e urgentes do que já éramos (o A, anxious). A não-linearidade (o N, nonlinear) é, provavelmente, o conceito mais subjetivo e complexo da sigla, pois trata-se justamente dessa movimentação intensa que vimos na pandemia, por exemplo, com a questão das infecções.
É a mudança no olhar sobre a causa e o efeito, na qual “a escala e o escopo desta pandemia vão muito além da experiência cotidiana que já conhecemos”, como descreve o próprio Jamais Cascio. É abdicar também, ainda que somente um pouco, dos planos a longo prazo, pois o amanhã não existe, não é linear.
Por fim, chegamos ao I da sigla: incompreensível (incomprehensible). Com a velocidade dos acontecimentos, vêm também uma sensação de incompreensão diante de tantas novas informações. Além disso, nos deparamos com explicações contraditórias inúmeras vezes nesses últimos tempos. O rápido avanço tecnológico e a busca por respostas imediatas causa justamente isso: não compreender.
Estreitando laços
Mas você deve estar se perguntando: o que você tem a ver com isso tudo? Há várias formas, mas a principal delas talvez seja empregar o conceito na sua carreira. Pensar em desenvolver habilidades mais relacionadas com essa fragilidade, ansiedade, não-linearidade e incompreensão do mundo atual, por exemplo, é um caminho. Estar pronto para se renovar a todo momento como profissional e se adaptar às novas demandas também.
“Compreender os impactos de um mundo do trabalho múltiplo e cada vez mais imprevisível vai ajudar você não só a se destacar num processo seletivo, mas a se preparar para os desafios que virão. A seguir, trago alguns pontos que considero essenciais para que os jovens naveguem pelo mundo bani, crescendo emocional e profissionalmente”, diz Tiago Mavichian, CEO e fundador da Companhia de Estágios, em seu artigo para o jornal Estadão.
Além dessa adaptabilidade intencional, ele também menciona o lifelong learning, conceito que te explicamos neste artigo. E com isso, não é somente fazer um curso de extensão ou até mesmo um mestrado e se dar por vencido. Mas é ter esse estudo contínuo na vida, estar a todo tempo buscando conhecimento.
E, por fim, a notícia boa desses novos tempos é que saúde mental tornou-se um assunto que se traz à mesa em qualquer empresa que se preze. Estar preocupado com o emocional de seus funcionários é a nova realidade de chefes e líderes que realmente querem uma equipe engajada e saudável.
Portanto, apesar do “a” em BANI, não entenda a ansiedade ou a depressão como algo cotidiano, no qual não se deve se queixar ou perder tempo. É importante compartilharmos nossas angústias em um mundo tão frágil, incerto e não-linear também - e principalmente no ambiente de trabalho, onde passamos a maior parte dos nossos dias. Você está atento e preparado?
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