Parada obrigatória

Hora do balanço

O que foi falado no Plenae em agosto

1 de Setembro de 2023


Conhecido por ser um mês longo, agosto passou impressionantemente rápido, mas não sem deixar suas marcas. O próximo ano já começa a dar suas caras e é importante rever nesse período as suas metas que foram traçadas lá no comecinho. O que você já conseguiu conquistar? Ainda há tempo, mas é preciso colocá-las em prática!

Se uma das suas metas foi ter mais qualidade de vida, o que não faltou foram artigos por aqui, todos com esse objetivo em comum: mostrar que mudar seus hábitos traz benefícios reais e que é mais possível do que você imagina.

O quase
Como experiências de quase morte podem mudar o propósito de vida de uma pessoa? O que acontece nesse momento tão intenso quando se está entre a vida e a morte? A ciência já tem algumas respostas a partir da observação de alguns pacientes e traz alguns insights importantes sobre o assunto



O relacionamento moderno
Nós sabemos: há muitas siglas modernas rodando por aí e é quase impossível de acompanhar. Mas elas são uma tentativa de tentar expressar sentimentos que são comuns para todos. Dessa vez, te trouxemos um glossário de termos modernos em inglês que explicam situações que você pode se identificar também.


Ginástica animal
Trouxemos para você o conceito do U Natural, uma nova forma de se exercitar que vem ganhando espaço. Inspirado na Ginástica Natural, modalidade mais antiga, o U Natural cria treinos lúdicos, sem interrupções, onde o praticante se exercita simulando o movimento dos animais.


Os caminhos paternos
Na primeira crônica de agosto, homenageamos os pais e refletimos sobre as várias formas de se exercitar a paternidade. Ser pai é, acima de tudo, continuar sendo mesmo diante de situações desafiadoras. É nunca abandonar o posto e sorrir confiante mesmo durante uma turbulência. Vem ler ela completa aqui!



Meditação e intestino
Meditar é uma prática milenar por conta de seus inúmeros benefícios - e isso nós já te contamos por aqui exaustivamente. O que você talvez não saiba é que essa atividade pode ser benéfica até mesmo para a sua saúde digestiva. Mais especificamente, para a sua microbiota intestinal. De que forma? Te explicamos!



Fazer o bem sem ver a quem
Você com certeza já ouviu esse ditado em algum momento da sua vida. Mas, mais do que sabedoria popular, a bondade é cientificamente comprovada como uma atitude benéfica para quem pratica, para o beneficiado e para a comunidade em geral - sobretudo se praticada a um estranho.



Solta o som, DJ
Music, mix the people, come together, yeah. Assim cantou Madonna, a rainha do pop, que já dizia como a música mistura e aproxima as pessoas. E é verdade: estudos explicam de que forma os sons combinados nasceram, se desenvolveram, como nos afetam e seus benefícios.



Onde dói? Tudo!
Você já ouviu falar em fibromialgia? Nessa matéria, desmistificamos mais esse conceito e te explicamos como surge essa síndrome que se caracteriza principalmente pela dor generalizada no corpo. Apesar de ser relativamente nova na literatura, já se sabe que sua relação com as nossas emoções são bem relevantes.



As pequenas alegrias da vida adulta
Sair da casa da sua mãe cheio de potinhos de afeto em formato de comida. Olhar ao seu redor e ver que só ficou quem tinha que ficar. Aproveitar uma boa promoção, aceitar a beleza do envelhecimento, colher os benefícios dos bons hábitos… A vida mora nos detalhes e celebramos todos eles na segunda crônica de agosto. 



Só mais 5 minutinhos… 
Quem não ama um bom cochilo, que atire a primeira pedra. E agora, temos as pesquisas ao nosso lado: uma dormidinha rápida pode ser importante para manter o bom funcionamento do seu corpo e a saúde do seu cérebro. Te explicamos mais sobre o assunto aqui!


Acessos profundos
O Access Consciousness é um conjunto de práticas que tem o objetivo de ajudar a pessoa a mudar o que ela quer que seja diferente e criar uma outra realidade a partir de suas escolhas, com o que ela tem no momento presente. Ficou curioso? Te contamos mais aqui


Nutrição sem pressão
No dia do nutricionista, conversamos com a profissional Thais Poças sobre o termo nutricionismo. Trata-se desse foco restrito a um nutriente específico, não levando em consideração a sua interação com outros nutrientes, além da qualidade do alimento e do momento à mesa. É preciso resgatar o prazer.


Em agosto, ainda demos dicas de como envelhecer mantendo sua mente ativa, como se livrar da procrastinação diante de grandes tarefas e como continuar falando mesmo depois de ser interrompido. Vem conferir todas elas em nosso Instagram! Nos vemos em setembro.



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#PlenaeApresenta: Adriana Barbosa e a a potência da ancestralidade

O Plenae Apresenta a história da empreendedora Adriana Barbosa, participante da nona temporada do Podcast Plenae!

12 de Setembro de 2022



Por trás de sua história, há ainda a história dos que vieram antes de você. Pavimentaram caminhos para que hoje você possa caminhar. Esse pensamento se intensifica quando falamos da história da negritude no Brasil, um lugar que melhorou, mas ainda precisa evoluir muito para se tornar menos hostil aos negros.

A empreendedora Adriana Barbosa sabe disso, mas essa sabedoria veio com o tempo, com a maturidade e com suas vivências pessoais. Representando o pilar Contexto na nona temporada do Podcast Plenae, ela começa seu relato dizendo justamente que, em sua família, não haviam conversas raciais frequentes, talvez por serem dolorosas demais.

Crescida em um modelo matriarcal, foi mais uma criança vítima de uma paternidade ausente durante a infância, mas contava com sua mãe, avó e até bisavó para viver e sobreviver. Foram muitos os percalços: separação do núcleo familiar, reencontro, trabalho precoce, entre outras.

“Durante os meus primeiros anos de vida, eu morei com a minha mãe e a minha avó na casa dos patrões. Até que uma das minhas tias sugeriu me levar, pra eu ter uma vida melhor. Esse ciclo de distanciamento não era novidade na minha família. A mesma dinâmica aconteceu com a minha avó, com a minha mãe e com o meu irmão Douglas. Só o Rafael, meu irmão caçula, conviveu mais tempo com a minha mãe”, conta. 

Após um período afastada de sua mãe de sua avó, Adriana retorna a São Paulo para morar com elas em uma casa comprada com o apoio dos patrões de sua avó, e posteriormente para um sobrado ainda melhor, em um bairro de classe média, mas simples comparado aos outros. Era uma clara ascensão financeira, mas também foi fruto de frustrações, pois por viver cercada de pessoas de classe média é também viver cercada de pessoas brancas e com condições financeiras melhores do que a sua. 

“Apesar de não ser um bairro periférico, eu me sentia à margem o tempo todo. Na minha classe, mesmo sendo uma escola pública, só tinha mais um negro. Quando o assunto era namoro, era como se eu só pudesse ser aceita por ele. Eu nunca era escolhida para dançar nas festinhas. Não lembro de ter recebido um correio elegante numa festa junina”, conta. 

Se o dinheiro apertava, sua bisavó e avó logo se mexiam para inventar e reinventar. Mesmo carecendo de estudo, o tino comercial pulsava na veia de sua família e hoje pulsa dentro dela, que acredita ter esse bom desempenho no mercado por herança quase que genética.

Aos 15, ela arranjou seu primeiro emprego e, desde então, não parou mais de trabalhar. Foi em um emprego na Rádio Gazeta que ela amadureceu ainda mais e fez amizades importantes, com outras meninas negras que validavam sua existeñcia e apresentavam para o mundo da cultura, porta de entrada para que ela compreendesse melhor o que significava ser uma mulher jovem negra.

O empoderamento que a música lhe trazia era tanto que ela passou a frequentar reuniões do movimento negro organizado e se radicalizou, ainda que momentaneamente, nessa grande epifania racial que seria tão necessária pra toda sua trajetória futura.

“Foi nessa época que eu me aproximei do meu pai. Ele e toda a minha família paterna é sambista. Meu pai é um dos fundadores do Grupo Mé Menor, e ele ajudou a construir a comunidade do Samba da Laje, uma das mais tradicionais do samba paulista. A reaproximação com o meu pai marcou também a minha aproximação com a cultura afro-brasileira”, relata.

Foi quando ela pediu demissão da Gazeta e passou a trabalhar no lugar dos seus sonhos: a gravadora Trama. Por dois anos, ela esteve nas nuvens e em contato com artistas que eram seus ídolos, mas a demissão desse mesmo lugar foi o início de uma depressão transformadora, que ela ainda não tinha dimensão na época.

“Foram as minhas amigas que me ajudaram a lidar com aquele sentimento de frustração, decepção e autopiedade. Depois de sair do banzo, o meu primeiro passo foi separar minhas roupas bacanas pra tentar vender nas ruas e feiras da cidade. Esse era o meu método de “sevirologia”, a arte de saber se virar. Minha parceira de sevirologia era a Deise Moyses, que vendia pastel na feira. Dessa experiência eu comecei a idealizar a Feira Preta, um evento pra valorizar produtos e serviços de empreendedores negros”, relembra. 

A primeira edição da Feira Preta aconteceu em 2002, quando Adriana tinha 22 anos de idade. Ela e sua amiga Deise escolheram a Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, por ser um lugar aberto, bonito e acessível, e também por já ter uma cena de feiras e mercados alternativos. e uma população de jovens negros frequentes por lá.

“No dia da feira, eu pendurei faixas nas ruas para sinalizar o local, ajudei a montar as barracas e varri o chão. Junto comigo estavam minha avó, meu avô, minha mãe e meus irmãos. Eu tinha medo que ninguém aparecesse e fiquei plantada em pé, na esquina da rua Teodoro Sampaio, olhando em direção à saída do metrô Clínicas. Até que eu comecei a ver mulheres, homens e crianças com tranças, black power e cabelos alisados. Gente com pele mais ou menos retinta. Sete mil pessoas parecidas comigo lotaram a praça, numa das regiões mais ricas e brancas de São Paulo. Foi ali que o sonho começou a se tornar realidade”, diz.

A Feira Preta passou a ser realizada anualmente, tamanho o sucesso. Com muitos percalços, ela se transformou no maior evento de cultura e empreendedorismo negro na América Latina. Tem venda de roupas, acessórios, artesanato, e também muita música, bate-papos e palestras. A Feira Preta deixou de ser um evento de um único dia para se transformar num festival de programação extensa, em cidades fora de São Paulo também.

Hoje, ela tem o privilégio de encontrar propósito em todos os seus dias de trabalho. Mas, para a quantidade de coisas que ela já fez na vida, era pra ela estar muito mais rica - e fica a questão no ar: se fosse uma mulher branca, provavelmente ela estaria.

“As mulheres negras são as que mais estudam, as que mais estão dentro do mercado de trabalho informal, as que mais empreendem, mas ainda estão na base da pirâmide. Por que? Por que ainda tem tanta diferença, se nós contribuímos tanto para o desenvolvimento desse país?”, questiona-se.

Adriana enxerga-se como uma ponte, uma viabilizadora de sonhos, sem nunca esquecer que ela é soma de todas as mulheres que vieram antes dela e sustentaram sua caminhada. “Eu chamava a minha avó de sócia, porque a aposentadoria dela foi a grande financiadora da Feira Preta no início. A minha vó me ajudava até a pagar a passagem de ônibus. A forma como tomo decisões, como insisto naquilo em que acredito, como crio, busco soluções e até mesmo a minha mania de ser forte o tempo todo… Tudo isso é herança. E, por acreditar nesse legado, tenho trabalhado para transformar a sobrevivência negra em uma vida cada vez mais livre e realizada”, diz.

Você sabe reconhecer os que vieram antes e pavimentaram seu caminho? Reconhecer suas heranças é reconhecer sua própria identidade e apropriar-se dela. Saiba reconhecer também o legado negro, há mãos negras por toda a parte que tocamos, e é preciso que isso seja sempre lembrado. Ouça mais dessa história apertando o play por aqui ou no seu streaming de preferência. 


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