Coloque em prática

Como a meditação pode ajudar o seu intestino

Pesquisas apontam que a prática meditativa é tão potente que pode ser benéfica até para a sua microbiota intestinal, a população de bactérias boas do seu corpo

15 de Agosto de 2023


A frase a seguir pode parecer assustadora, mas a realidade é que somos povoados por bactérias. Trilhões delas, na verdade. E isso não é ruim! Conhecidas como “bactérias boas”, elas estão por toda a parte do nosso corpo, mas principalmente em nosso intestino, formando a microbiota intestinal.

Essa microbiota intestinal é uma estrutura importantíssima para o bom funcionamento do nosso organismo e é formada desde que nascemos. É graças a ela que nos protegemos de agentes infecciosos, absorvemos nutrientes, fazemos uma boa digestão, renovação celular, dentre outros benefícios. 

As bactérias boas são, portanto, nosso “exército” invisível, e é preciso que ela esteja em equilíbrio para que o resto do corpo também esteja. É o que separa a saúde da doença, como defendem alguns especialistas. E, como já te contamos neste Tema da Vez, o nosso intestino é considerado o nosso segundo cérebro, tamanha sua importância para o bom funcionamento do corpo. 


Como ajudar e como atrapalhar 

Há uma série de coisas que podem desequilibrar a microbiota intestinal - antes conhecida como “flora intestinal” - e causar a chamada disbiose: 


  • Uso de antibióticos ou outros medicamentos em abundância

  • Estresse e maus hábitos como tabagismo ou sedentarismo

  • Doenças, sobretudo as crônicas

  • Poluição

  • Fatores genéticos

  • E, principalmente, uma alimentação pobre em nutrientes e rica em gorduras saturadas.

Além disso, seu desequilíbrio está também relacionado ao surgimento de diferentes males, sobretudo os males intestinais, como conta este artigo. São eles: 

  • Síndrome do Intestino Irritável                                     

  • Infecções repetidas 

  • Asma 

  • Obesidade 

  • Diabetes tipo 2

  • Doenças cardiovasculares 

  • Doenças autoimunes 

  • Transtornos comportamentais

Mas, o que faz bem para ela, então? Muitas coisas também! 

  • Alimentos fermentados e/ou probióticos (vale a suplementação também, mas nunca antes sem conversar com o seu médico)

  • Uma dieta rica em fibras para que a digestão se dê de forma saudável

  • Cultivar bons hábitos, como prática de exercícios físicos e bom nível de hidratação

  • Meditação


O que os monges nos ensinam

Meditação? Sim! É isso mesmo que você leu. A prática já surgiu aqui no Plenae aplicada em inúmeros contextos, é verdade. Mas, aplicada aos benefícios da microbiota é a primeira vez, pois trata-se de uma descoberta recente, mas que já provoca os cientistas a pesquisarem mais sobre o assunto.

Um estudo específico ganhou destaque. Liderado por cientistas do Centro de Saúde Mental de Xangai, da Universidade de Medicina Jiao Tong, na China, os resultados foram posteriormente divulgados na General Psychiatry e publicados pelo British Medical Journal. 

A metodologia analisou amostras de sangue de 37 monges tibetanos, de três templos diferentes, e de 19 pessoas “comuns” que viviam nos arredores desses templos. Os resultados apontam para o fato de que a meditação, se feita de forma profunda e constante, pode ter influência na regulação da flora intestinal.

Os monges analisados possuíam uma microbiota enriquecida, associada a um risco menor de ansiedade, depressão e doenças cardiovasculares, potencializando ainda o sistema imunológico. “Em suma, estes resultados sugerem que a meditação desempenha um papel positivo em patologias psicossomáticas e no bem-estar”, conclui o estudo.

Isso acontece também provavelmente por causa de um detalhe interessante: a prática meditativa é conhecida por ser um caminho para o equilíbrio mental e emocional, e um atalho também para reduzir o estresse. E, como te falamos, o estresse é justamente um fator negativo para sua microbiota intestinal, e sua presença em excesso pode sim levar a uma disbiose. 


Para meditar, é preciso acreditar 

Vale destacar, porém, que os efeitos não são a curto prazo. Ou seja, é preciso tempo de prática. Os monges que participaram dessa pesquisa praticaram pelo menos duas horas de meditação por dia, durante um período de três a 30 anos. Além disso, nenhum deles tinha usado substâncias que pudessem alterar a sua microbiota nos últimos três meses — como antibióticos ou probióticos, por exemplo. 

Fatores como a idade, a pressão arterial, a frequência cardíaca ou a dieta também foram levados em consideração na hora de compará-los aos moradores da vizinhança, também analisados, como te contamos anteriormente. Depois, foram comparados os valores da microbiota intestinal destes monges com os de outras pessoas a viver na vizinhança. 

Apesar dos bons resultados, os pesquisadores reforçaram o fato de que a amostra analisada é reduzida e que todos os participantes do estudo viviam em lugares altos, o que pode trazer diferenças nos resultados e dificultar uma conclusão. 

Mas, se tratando de uma prática que aparenta só trazer benefícios e que não oferece nenhum risco à saúde, vale a tentativa, afinal, tudo é válido na jornada das mudanças de hábitos em busca de qualidade de vida. E se você nunca meditou e não sabe por onde começar, te demos algumas dicas de como começar, dicas de como te ajudar a manter a prática e outras sobre como superar os obstáculos.

Comece devagar e vá respeitando seus tempos e entendendo as dificuldades. Você vai chegar lá!

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Coloque em prática

Cinco motivos para integrar os idosos

As políticas de integração que hoje podem decidir a vida das gerações mais velhas e traçar o futuro dos que ainda não envelheceram.

27 de Agosto de 2018


A escritora e jornalista norte-americana Ann Landers resumiu bem a indiferença da sociedade em relação ao idoso: “Aos 20 anos, estamos preocupados com o que os outros pensam de nós. Com 40 anos, não importa mais o que pensam de nós. E aos 60 anos, descobrimos que eles não pensam sobre nós.” Em breve essa realidade pode mudar à medida que os adultos com mais de 60 anos se tornam o maior grupo demográfico dos Estados Unidos. Os ganhos sem precedentes de expectativa de vida terão profundos efeitos sobre o futuro de toda a sociedade. As políticas de integração que hoje podem decidir a vida das gerações mais velhas e traçar o futuro dos que ainda não envelheceram. Por isso, as gerações mais jovens precisam pensar como os idosos podem participar e ter pleno direito na sociedade. Trata-se de uma questão a ser resolvida pela sociedade em geral. Abaixo, cinco questões importantes para serem refletidas.
  1. Recurso humano disponível. Aumentar a contribuição econômica do idosos é ganho social. A experiência e a capacidade sêniores precisam ser aproveitadas para dar impulso à economia. Por exemplo, como mentores de estudantes, de jovens empresários e de proprietários de pequenas empresas. Os especialistas em artes e música podem restaurar programas nessas áreas em escolas que foram vítimas de cortes extensivos de verbas. As possibilidades são infinitas.
  2. Aumento exponencial. Uma criança que nasce hoje tem boa chance de viver até os 100 anos. Quanto mais a população avança na idade, maior será a quantidade de idosos e menor a de jovens. Como uma mão-de-obra vastamente diminuída carregará um contingente de aposentados em expansão é um enigma econômico crítico.
  3. Novas regras. Quando os idosos forem maioria, a forma como vivemos – o trabalho, o amor e o lazer – mudarão. Isso não deve ser uma surpresa, pois as pessoas mais velhas diferem das gerações mais jovens de maneiras significativas – em valores, prioridades, gostos e preferências na moda, na televisão, nos filmes e nas novas tecnologia. Lembrando que, em geral, é a maioria quem dita as regras.
  4. Poder político. Além do aumento em número, os idosos estão mais atuantes na política. A porcentagem de norte-americanos mais velhos que votaram nas últimas eleições foi maior do que o de qualquer outra faixa etária.
  5. Consumidores potenciais. Mais importante ainda, essa população sênior não só contribuirá para a economia em geral, mas também mudará a imagem que o mercado tem dos potenciais consumidores. Nenhum outro movimento demográfico trouxe até agora tantas mudanças e promessa para a criação de uma sociedade mais integrada e ainda mais tolerante às diferenças. Leia o artigo completo aqui.
Fonte: Bernard Starr Síntese: Equipe Plenae

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