Coloque em prática

Cuidados para os 60+: o que fazer em tempos de epidemia

Pesquisas revelam que o poder do ciclo familiar e sua convivência são mais fortes do que se pensava para nossa saúde mental e física.

18 de Março de 2020


Estamos vivendo mais, e isso é um fato comprovado. Mas, como levantamos nessa matéria, estamos vivendo melhor e com mais qualidade? Graças aos medicamentos, conseguimos estender nossa vida em anos, mas não reduzimos as doenças crônicas que podem nos acometer em um estágio mais avançado da vida.

E são graças a elas que surtos virais como H1N1, Influenza B e o mais recente, Coronavírus, assustam tanto os longevos.
“Com o avançar da idade existe uma tendência natural da imunidade rebaixar e, associado também a o aumento de comorbidades crônicas como diabetes, doenças cardiovasculares e pulmonares, há uma verdadeira dificuldade na produção de agentes defensivos do corpo, além de uma maior lentidão a responder aos medicamentos” explica o pneumologista Sérgio Pontes Prado.

Pacientes diabéticos, por exemplo, possuem três vezes mais risco de desenvolver uma pneumonia, porque a condição dificulta a resposta do organismo a um processo infeccioso.
Mas então, o que fazer? “Não existe uma resposta específica para o combate e prevenção da Covid-19, até pelo seu caráter inédito. As orientações são as mesmas para o combate de outros vírus que, apesar de não possuírem o poder de disseminação do coronavírus, também são bastante infecciosos” explica o doutor.

Vale ressaltar que as dicas e cuidados se aplicam a qualquer idade, mas devem ser redobradas quando se trata de idosos . E quais são essas orientações afinal?

  • Manter uma higienização das mãos impecável. Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos, sem deixar de lado nenhuma de suas superfícies. “Não esquecer no meio dos dedos, a ponta de cada um deles também, além do dorso da mão e dos punhos” diz o doutor. Dica importante: dê uma atenção maior para cada dedo e cante sua música favorita enquanto faz isso. Assim você se habitua a sempre levar o mesmo tempo e ainda se diverte no processo.

  • Após a boa higienização das mãos, aplicar o álcool gel. Importante: ele deve ser sempre aplicado com as mãos limpas, ainda que apenas visualmente, se não não possui eficácia. “O seu álcool deve ter mais de 70% de pureza, conhecido como álcool hospitalar” continua Sérgio. Esqueça os álcoois perfumados e delicados, o momento pede eficácia.

  • Mãos higienizadas? Agora é hora de higienizar os seus utensílios, em especial, o seu celular. Você sabia que o vírus pode se manter vivo por até 9 dias na superfície das coisas? Molhe um lenço com água e sabão e higienize o seu telefone. Em seguida, faça o mesmo com álcool gel. Dica importante: que tal deixar os seus sapatos perto da porta ou até mesmo do lado de fora da casa? Assim, você não espalha possíveis contaminações presentes na sola dele pelo seu chão.

  • O seu ambiente também pede por limpeza. Mais do que mantê-lo limpo, é importante mantê-lo arejado. “É muito comum em ambientes fechados, pela dificuldade da circulação do ar, ocorrer uma concentração de germes. É preciso avaliar o risco benefício. A possibilidade de germes entrando por uma janela aberta é menor do que a de germes se propagando em um ambiente fechado” comenta Sérgio.

  • Ache novas formas de demonstrar o seu amor e carinho pelo próximo. Abraços e beijos nem pensar! Que tal escrever mensagens bonitas e espalhar por aí?

  • Evite ficar se tocando, em especial a região da mucosa, dos olhos e do nariz.

  • Precisou espirrar ou tossir? Use um lencinho que possa ser descartado logo em seguida. “Em caso de impossibilidade do lenço, use o dorso do cotovelo. As mãos devem ser utilizadas em último caso, e higienizadas logo em seguida” diz o pneumologista.

  • De dentro para fora, como está sua imunidade? “Será o seu estilo de vida quem vai determinar sua saúde e imunidade para enfrentar esses tempos mais críticos” explica. “Mantenha uma boa hidratação do corpo, de 2 a 3 litros de água por dia. Tente manter uma atividade física regular e durma pelo menos de 7 a 8h por dia. Sua alimentação deve ser rica em vegetais, verduras e frutas” conclui.

  • Não se esqueça de se vacinar. A campanha de vacina da gripe, que acontece nos meses de abril, foi adiantada para março esse ano. “A vacinação é uma forma de estarmos protegendo essa população vulnerável de outras formas de vírus que podem provocar o mesmo sintoma que o Covid-19, como o adenovírus, influenza B, H3N2, H1N1. Assim, você se protege e evita de exposição ao ir para o hospital desnecessariamente”.

  • Fique em casa! Aproveite para se reconectar com o seu próprio lar e, de quebra, ajude na corrente para evitar não só o seu próprio contágio, como o dos outros. Que tal arrumar o seu cantinho? Ou regularizar seu sono? Acompanhe os stories do @portalplenae que daremos dicas de como fazer do seu tempo mais útil e produtivo. “Eu oriento meus pacientes que possuem doenças crônicas e estão estáveis, evitar procurar o médico para consulta de rotina, troca de receita, solicitação de exames. O ideal, se necessitar, é entrar em contato com a clínica do médico correspondente e pedir pra algum familiar, de preferência jovem, buscar essa receita ou pedido de exame” explica o médico.
Sentiu sintomas comuns de uma gripe? Calma, não há motivo para se desesperar. Use máscaras caso precise circular por aí, pois você faz parte do grupo que necessita de máscaras, ao lado de profissionais da saúde e cuidadores de idosos. Mas caso você esteja se sentindo bem, tenha uma atitude cidadã e deixe a máscara para os demais. Meus sintomas persistiram.

Quando devo procurar um médico? “Procure a clínica apenas se tiver sintomatologia mais séria mesmo, como febres ou sintomas de falta de ar importante ou tosses persistentes.” explica.
Se o seu caso não for hospitalar, trate como uma gripe normal: canja, antitérmicos como paracetamol e descanso. Importante: evite antinflamatórios!

Seus efeitos colaterais para o tratamento da Covid-19 estão submetidos a estudo mundial, mas tudo indica sua ineficácia e até mesmo o seu poder de piora do quadro.
Por fim, mantenha a calma. Situações alarmantes não demandam pânico, mas sim, preocupação moderada e repouso.

Aos longevos, esse momento é de reflexão e auto cuidado consigo mesmo. Resgatar o que se perdeu, e entender o recado que a natureza quer nos passar. Olhe para dentro. Cuide-se. E não se esqueça: viva bem para viver mais. 

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Coloque em prática

Como obter o melhor do seu sistema imunológico

Saiba de que maneira você pode evitar danos a essa estrutura delicada e complexa do organismo

15 de Maio de 2019


Você já deve ter lido dicas para fortalecer o seu sistema imunológico. Para se sentir saudável e viver bem, no entanto, é mais importante equilibrar o sistema imune do que turbiná-lo. Saiba de que maneira você pode evitar danos a essa estrutura delicada.

O que é o sistema imunológico?

Vivemos imersos em um mar de organismos. Bactérias, vírus, parasitas e outras formas de vida grandes e pequenas pavimentam o nosso entorno, cobrem nossa pele, compartilham nosso intestino. A maioria deles não faz nenhum mal. O trabalho do sistema imunológico é nos manter saudáveis ​​em meio a esse ambiente desafiador e complexo.

É um equívoco comum que o sistema imunológico entra em guerra com todo organismo estranho. Em vez disso, ele monitora, avalia e julga possíveis ameaças. Se um invasor é considerado perigoso, o sistema imunológico tem um trabalho restrito: destruir a ameaça enquanto causa o menor dano colateral possível.

Essa resposta chama-se "inflamação", e ela pode se manifestar como nariz entupido, dor de garganta, dor de barriga, febre, fadiga ou dor de cabeça. Muitas moléculas do sistema imune são projetadas para enviar um sinal de que ele deve se retirar e pausar um ataque. Sem elas, o estado de inflamação que ajuda a destruir as ameaças detonaria o seu corpo.

Como você pode apoiar seu sistema imunológico?

Dormir bem
A falta de sono leva à morte prematura por males como câncer e doenças cardíacas, e as razões têm tudo a ver com o sistema imunológico, avisa a Clínica Mayo. Um amplo estudo, publicado em 2009, que resumiu descobertas de mais de uma dezena de projetos de pesquisa, incluiu evidências de que as pessoas precisam, em média, de sete horas de sono por noite. Dormir abaixo disso representa um risco para uma série de condições associadas à morte prematura.

Praticar exercícios
O exercício alivia o estresse, desenvolve mais células T (cruciais para o sistema imunológico) e evita a obesidade, ajudando a manter o sistema imune em equilíbrio. Quando você fica doente, no entanto, a mesma atividade física pode fazer a balança inclinar-se em favor da inflamação.

Meditar
A meditação da atenção plena, também chamada de mindfulness, tem um efeito calmante que, por sua vez, pode diminuir a ilusão de que você está sendo perseguido por um leão ou urso. Logo, essa prática pode inibir inflamações e equilibrar a sua imunidade.

Comer alimentos naturais
Outra maneira de ajudar seu corpo a manter a homeostase é comer alimentos naturais em vez de alimentos processados. Comida de verdade fornece ao organismo nutrientes familiares a ele. Logo, o sistema imunológico tem menos probabilidade de reagir, ou reagir de forma exagerada, a esses alimentos.

Limpe com moderação
O sistema imunológico evoluiu no período em que vivíamos na miséria, com doenças abundantes e sem mecanismos para higienizar nossa comida, água e casas. Hoje, temos todos os tipos de ferramentas para limpar nossos ambientes, de sabonetes a desinfetantes antibacterianos.

Com toda essa higiene, não apenas purificamos patógenos, mas também muitos micróbios não ameaçadores que ajudam a treinar o sistema imunológico sem causar nenhum dano a nós. O resultado? Um aumento acentuado de alergias alimentares e de pele nos países industrializados.

Alergias são basicamente o sistema imunológico criando inflamação em resposta a algo que não causa uma grande ameaça. Isso acontece, sugere a ciência, porque as pessoas crescem em ambientes tão higienizados que os sistemas imunológicos não se ajustam adequadamente ao mundo natural. Alguns encontros com vírus e bactérias hoje podem prevenir uma alergia amanhã.

Fonte: Matt Richtel, para The New York Times
Síntese: Equipe Plenae
Leia o artigo completo aqui.

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