Coloque em prática

Encontre seu propósito e viva mais

“Encontrar uma direção para a vida e estabelecer metas abrangentes pode ajudar a viver mais”, disse o professor-assistente Patrick Hill, um dos pesquisadores.

26 de Junho de 2018


Você tem um objetivo de vida? Quando se é mais jovem, não faltam desafios. Ganhar dinheiro, subir na carreira, casar, ter filhos ou ainda herdar uma fortuna e sair gastando por aí. Mas um dia a aposentadoria vem e as pessoas ficam desorientadas ao perder o principal eixo de organização da rotina, o trabalho. Principalmente nesse momento, é preciso ter um propósito na vida. Os pesquisadores afirmam que isso faz com que qualquer um viva bem, feliz e por mais anos. A conclusão saiu de um estudo longo, que durou 14 anos, da Universidade Carleton, no Canadá. Durante esse período, foram acompanhadas 6 mil pessoas em toda a América. “Encontrar uma direção para a vida e estabelecer metas abrangentes pode ajudar a viver mais”, disse o professor-assistente Patrick Hill, um dos pesquisadores. “E quanto mais cedo for encontrado, melhor.” A pesquisa começou com perguntas sobre se a vida tinha ou não propósito e se as atitudes eram positivas ou negativas frente aos relacionamentos e emoções. No final dos 14 anos, 9% do grupo havia morrido – na maior parte, aqueles que no início relataram falta de propósito e de emoções positivas, além da presença de relacionamentos negativos. Por outro lado, adultos que afirmaram ter um propósito chegaram vivos em maior número.

5 dicas para viver mais:

  1. Para quem estiver prestes a se aposentar: preencha seus dias com atividades diferentes no lugar de ficar contemplando o vazio (ou a televisão).
  2. Realizar trabalhos voluntários, por exemplo, ou assumir um projeto de longo prazo ou até mesmo fazer artesanatos amplia a longevidade.
  3. Não importa a natureza do propósito de vida. O que conta apenas é sentir e vivenciar uma razão para se manter ativo.
  4. Ter um objetivo leva as pessoas a adotar um estilo de vida mais saudável para cumprir suas ambições.
  5. Quanto mais jovens as pessoas estabelecerem esses objetivos, mais cedo começarão a ter um estilo de vida saudável e vão viver mais. Em outras palavras: comece já, pois não há tempo a perder.
O estudo foi originalmente publicado na revista Psychological Science. Leia mais aqui.

Fonte: ANNA HODGEKISS Síntese: Equipe Plenae

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Coloque em prática

Minimalismo: como trazer o movimento artístico para sua vida?

O minimalismo é um movimento antigo, mas que tem ganhado novas versões e cada vez mais espaço! Que tal levá-lo para seu guarda-roupa?

1 de Agosto de 2022


O minimalismo não é um termo recente. Sua primeira versão - ou aplicação, por assim dizer - foi na arte. Do inglês “minimal art”, ele faz referência aos movimentos estéticos, científicos e culturais que surgiram em Nova York, entre o fim dos anos de 1950 e início da década de 1960, segundo esse artigo, mas também figurou de forma pontual em períodos distintos. 

Seu objetivo era utilizar o mínimo possível de recursos e elementos, a fim de deixar somente o essencial. Em 1966, por exemplo, o filósofo Richard Arthur Wollheim (1923- 2003) já apontava o minimalismo daquela década como uma das correntes que mais influenciaram o campo das artes visuais, arquitetura, design, música, programação visual, desenho industrial, durante o século XX.

Na filosofia, o minimalismo se destacava como o resgate pela essência das coisas simples. Nas artes plásticas e figurativas, despontavam o número baixo de cores usadas, a ausência de emotividade e formas geométricas simples, que se repetiam. A música também foi influenciada pelo movimento e aderiu a composições com poucas notas e variações sonoras.

O objetivo era criar um ritmo pulsante e hipnótico, algo parecido com o que conhecemos hoje por música eletrônica, usando pouco e repetindo muito. Por fim, a literatura não ficou de fora e ofereceu a sua versão minimalista por meio de microcontos, evitando excesso de palavras e advérbios.

O minimalismo na prática

Sabemos que a vida imita a arte, como já diz o ditado. Portanto, todas as correntes artísticas são reflexos da sociedade daquele tempo, ou acaba refletindo nos costumes contemporâneos. Isso não é um achismo, é um fato: no tempo do romantismo, emoções à flor da pele, por exemplo.

O minimalismo ocorreu em períodos distintos do século XX, como dissemos anteriormente. E ele reaparece até hoje, dessa vez, servindo de inspiração para alguns artistas que se identificam com a corrente, mas também como estilo de vida. Tudo aquilo que era incentivado nas artes se aplica aos costumes e a rotina de alguém que busca ser minimalista.

A pessoa, portanto, deve evitar principalmente os excessos. O desnecessário. O desperdício. O muito. É preciso diminuir drasticamente os níveis de consumo e adquirir somente o necessário, para assim, ter uma vida plena e com mais significado. Os adeptos priorizam uma vida mais simples e focada em seus reais interesses, realização pessoal e autonomia. Funciona ainda quase como uma crítica ao capitalismo e a fetichização da mercadoria. 

Um guarda-roupa minimalista

Agora que você já entendeu mais sobre o movimento e suas possibilidades, que tal trazê-lo para sua vida? Nesse Plenae Entrevista, conversamos com as sócias da IT Brands, empresa que tem como propósito trazer o consumo sob uma perspectiva mais responsável. Você pode, é claro, aderi-lo à sua maneira e em diferentes áreas da vida. Mas hoje, vamos te ensinar os primeiros passos para ter um guarda-roupa mais minimalista. 

Por aqui, também já dedicamos um Plenae (a)prova inteiro para colocar em prática os ensinamentos de Marie Kondo, propostos em seu livro “A Mágica da Arrumação”. O caminho é bastante parecido. O principal objetivo, segundo a especialista, era estar rodeado por objetos que trazem alegria, refletir sobre excessos e o que é essencial e exercitar a gratidão.

Dentre as 5 categorias, a primeira delas são justamente suas roupas. Segundo o seu método, haveriam também 5 passos para cada uma das categorias antes de dispensá-los: Colocar todos os itens de uma determinada categoria na sua frente;  Pegar item por item e perguntar: isso me traz alegria?; Agradecer cada objeto que for se desapegar; Levar estes itens para doação ou ecopontos; Organizar o que te traz alegria.

Você não precisa seguir necessariamente o método de Marie Kondo para ter um armário minimalista. Mas há alguns passos necessários e simples que você deve se atentar nessa jornada:

  • Fazer uma grande arrumação inicial, descartando o que não é usado há pelo menos um ano ou não tem perspectiva de ser usado tão cedo.

  • Ter peças conhecidas como “coringa”, ou seja, que podem ser combinadas entre si de várias formas.

  • Aposte em peças de boa qualidade para durarem mais, assim, você evita o descarte rápido. Tons neutros também são uma boa pedida! 

  • Você encontrará por aí alguns números definidos para validar um “armário cápsula”. Geralmente, vão de 33 a 37 itens. Não se prenda a esse valor! Você pode ultrapassá-lo ou até reduzi-lo, contanto que faça sentido.

  • É hora de abrir mão um pouco das tendências. Isso porque a moda é datada, e estimula a compra de itens que, em pouco tempo, você não gostará mais.

  • Desapegue de categorias pré-estabelecidas, como pontuou este artigo. Assim, sua roupa de “escritório” pode muito bem compor a roupa de lazer. 

  • Empreste e peça emprestado. Faça essa moda circular por aí, sobretudo em trajes de esporte fino, que são mais caros e pouco usados. 

Você ainda pode adotar o minimalismo com todos os seus itens em casa e até com a sua decoração e artigos pessoais. Mas suas roupas podem ser o start necessário que você estava precisando. Neste vídeo, o jornalista Junior Kuyava ensina ainda outros 6 passos para ter incluir a filosofia em sua rotina. O importante é se identificar e começar! O planeta agradece. 

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